Mansão Mills
Regina acordou as 7am como sempre, se arrumou para mais um dia de trabalho, Emma por sua vez andou pela casa vestindo o pijama, entrou no quarto com uma caneca de café.
- Notei que você não dormiu, como você está? - estendeu a caneca para Regina.
- Agora não, obrigada…Henry já acordou? - disse apoiada no batente da porta vestindo o salto alto.
- ...Não, ainda está dormindo… - ficou olhando a Regina estranhando o comportamento um tanto quanto agitado.
- Ótimo.…- terminou de se arrumar e saiu do quarto.
Emma foi atrás dela e sua suspeita estava certa, Regina ia acordar o Henry, ela não gostaria de estar na pele do filho.
Regina entrou no quarto abrindo a cortina e janela deixando o sol entrar.
- Hora de acordar Henry Daniel Swan-Mills!
Henry certamente estava enfrentando sua primeira ressaca e talvez a primeira fúria da sua mãe, ele se mexeu na cama resmungando, Regina cruzou os braços esperando, sua impaciência era enorme, Emma estava na porta só observando e tentou alerta-lo.
- Kid, melhor você levantar….- Regina pegou o copo de água no criado mudo- ...Gina, não faz….- tarde demais ela jogou a água no rosto do filho, que sentou rápido na cama assustado - …isso…exatamente, isso.
- Mas.… - Henry estava ofegante sem entender bem o que tinha acontecido.
- Bom dia, você tem 10 minutos, vou te deixar no colégio… - Regina saiu do quarto passando pela Emma e pegando a caneca de café.
Emma desceu atrás da Regina indo até a sala.
- Tenho sorte da minha mãe ser a Snow White…
- Pode ter certeza que sim, Swan… - pegou o jornal na mesa central.
- Você vai conversar com ele sobre ontem?
- Não tenho nada para falar sobre ontem… - começou a ler a primeira pagina.
- Regina, você pelo menos poderia olhar para mim quando eu estiver falando com você, por favor? - disse calma.
Regina olhou para Emma e com a indiferença que ela sabia bem como acabar um assunto.
- Não tenho nada para falar sobre ontem…
- Serio mesmo que vai deixar isso passar em branco ou ignorar o fato dele ter te magoado?
- 5 MINUTOS!!!!! - falou alto para o Henry.
- Não passou 5 minutos.... - Emma contestou as contas da Regina.
- E você? Pretende ficar de pijama o dia todo Swan?
- Fiz café para você, peguei o seu maldito jornal, arrumei a cama e ainda levo uma dessa? Não te fiz nada para essa patada matinal gratuita!
Regina fechou os olhos se acalmando e depois olhou para Emma.
- Desculpa, você está certa, você não fez nada para merecer isso e obrigada...
- Vocês precisam conversar....
- Eu não tenho nada para....
Henry entrou na sala antes da Regina terminar a frase.
- Mas eu tenho, mãe…- as duas olharam para ele - Eu fui inconsequente, fui baixo e você não merece ser tratada assim, cobrei a minha mãe - olhou para Emma depois voltou a olhar para Regina - a te respeitar e não te machucar, mas acabei fazendo isso, eu não quero me tornar esse homem e aceito caso você resolva me ignorar por um dia ou uma semana, eu vou te esperar.
Emma sorriu de lado para o Henry e olhou a Regina esperando a resposta dela.
- Posso saber pelo menos o motivo pelo qual você fez aquilo?
Emma parecia assistir uma partida de tênis, ficou quieta entre eles, revezando o olhar.
- Eu sempre tive problemas em ter amigos, eles sempre julgaram você…
- Porque você falava que eu era a Evil Queen…
- Sim, tenho culpa nisso, na festa tudo voltou à tona, acabei experimentando mais bebidas que deveria, só hoje fui perceber que eles se fizeram de meus amigos para no fim me tirarem do serio, eles mexeram com a Violet, falaram que vocês eram aberrações que eu provavelmente era como vocês…
- E você parece ter concordado com eles...
- Não, eu não concordo, eu não sei porque falei aquilo para você, foi de momento...- Henry abaixou a cabeça disse em um tom chateado - foi o que escutei enquanto me batiam, que você matava vilas inteiras por diversão e eles matariam o filho louco da Evil Queen...
Emma colocou a mão no ombro do Henry, ela entendia que adolescentes eram maldosos, ela passou por isso, principalmente nessas festas e o filho dela não se encaixava no grupo dos populares, o que poderia ser difícil terminar o colegial com a sanidade intacta.
Regina respirou fundo e se aproximou do filho, segurou o queixo dele fazendo erguer a cabeça.
- Me perdoa por não ter um pingo de remorso pelo que já fiz, me perdoa por te amar e mesmo assim falhar fazendo isso…Agora NUNCA abaixe a cabeça, mantenha ela erguida, por mais errado que você esteja assuma, mas em hipótese alguma se sinta inferior. - disse firme.
Henry ergueu a cabeça e olhou nos olhos da Regina.
- Se alguém aqui precisa pedir perdão, esse sou eu mãe, prometo que isso não vai se repetir…- Regina estava seria, o que fez Henry hesitar e gaguejar um pouco com a voz falha - E...eu...eu posso te dar um abraço?
Regina sorriu de lado e puxou ele abraçando.
- Você sempre terá um lugar nos meus braços Henry, não precisa pedir...- Henry abraçou firme a mãe - mas…você está me apertando, um pouco demais…- Regina disse rindo de leve, Henry soltou ela e sorriu de lado sem jeito.
- Desculpa...
- Me fala os nomes! Quem devo matar? Afinal alguém despertou um lado escuro do meu filho, não vou tolerar - Regina perguntou sorrindo e arrumando a roupa do filho.
- Ninguém Regina, nada de colecionar corações de adolescentes, por favor! - Emma sabia que tinha um fundo de verdade naquela brincadeira.
- Mas…- olhou a esposa que não deixou ela terminar a frase.
- Se controla e fique feliz só com o meu - Emma brincou piscando para ela e saindo da sala.
Henry riu de leve com as duas, Regina olhou ela sair, aguardou o momento certo.
- Quer dizer que você deu conselhos para Emma?
- Não exatamente, só alertei...
- hun, você disse que mexeram com a Violet, ela está bem?
Henry afirmou.
- Só preciso conversar com ela, espero ainda ter namorada…
- Espero que pelo menos com ela você tenha pegado leve - olhou curiosa para ele - Henry, quem te deu carona para voltar?
- Isso realmente importa?
- Se não importasse eu não estaria perguntando...
- Liguei para o meu vô, David...
Regina respirou fundo não gostando.
- ...SWAAAANNNN!!!!!
Henry afastou um pouco e fechou os olhos com o berro da mãe.
Emma desceu correndo de calça jeans e a camiseta do pijama
- O que???? - falou ofegante.
- O seu pai é um tratante!
- O que, porque? - Emma estava confusa.
- Ele foi a carona do Henry!
Emma passou a mão no rosto não acreditando que ela tinha chamado só por isso.
- Eu vou falar com ele Gina...
- Acho bom! Antes que eu comece a cuidar das coisas do meu jeito...Vamos Henry!
Regina pegou a bolsa e foi até a porta.
Emma e Henry conversaram por olhar, se pudessem falar chamariam ela de "exagerada".
Antes dele sair, Emma segurou a mão dele.
- Vamos conversar no almoço, Grannys!
Henry afirmou e foi até a porta saindo antes de perder a carona.
_________
Granny's
Emma já estava na mesa esperando o Henry que se atrasou um pouco, coisa de família, ao chegar sentou na frente da mãe.
- Já até imagino o assunto...justo, faltou a sua bronca...
- Não, na verdade fiquei orgulhosa em saber que você assume seus erros, Regina acertou na criação...Acho que eu iria falhar de uma forma épica.
Henry sorriu de lado
- Não fala isso, nesses 6 anos você tem se saído bem...
- Esta sendo educado, mas hey, queria te mostrar algo...- Emma tirou do bolso um embalagem de comprimidos vazia e colocou na mesa. - Tinha 4 comprimidos antes, hoje cedo não tinha nenhum, sabe o que isso significa?
Henry pegou a embalagem olhando a finalidade, era para enxaqueca.
- Ela tomou os quatro...-respirou fundo- acha que era para evitar a Evil Queen?
- Tem dúvidas disso? Ainda bem que esse remédio faz uma pessoa dormir pesado, mas qualquer outro uma overdose pode ser pior que a Evil Queen.
- Ela deveria buscar ajuda e se eu falar com o meu avô, Gold?
- Eu já pensei nisso, mas se ela descobrir pode piorar, ela não fala nem comigo sobre essas crises, mal sei quando acontecem...
- Expor uma fraqueza não é o forte dela, nunca foi...
- Exatamente kid...conto com você para manter ela bem, você me cobrou mas vou cobrar você!
_________
Mansão Mills
Emma estava de pijama sentada na cama encostada na cabeceira esperando a Regina sair do banho, pegou um dos livros que estava no criado mudo e tentou entender alguma coisa.
Regina saiu de toalha e olhou a Emma com a testa franzida tentando ler e achar algum sentido no livro.
- Está difícil a leitura? - sorriu indo até o closet
- Como você entende isso? Que língua é essa?
Regina começou a se vestir, riu de leve.
- Depende, esse que você está tentando ler, cujo está de ponta cabeça, está em celta.
Emma virou o livro e continuou sem entender nada.
- Ahhhh claro, agora faz sentido mesmo! - disse irônica.
Regina foi ate a cama, já de pijama, fez a Emma abrir as pernas e sentou no meio, deitou as costas no corpo da esposa pegando o livro. Emma abraçou ela de leve.
- São feitiços sobre fertilidade e reversão - procurou a página marcada e mostrou para Emma - essas duas poções é a combinação que precisamos para gerar uma vida sem precisar de laboratórios e homens...
Emma olhou a Regina e sorriu.
- Wow, isso é incrível Gina! - ficou empolgada com a noticia - E o seu caso, achou algo para reverter?
- Ainda estou pesquisando...-fechou o livro e deixou de lado, relaxou o corpo.
Emma colocou o queixo no ombro da Regina.
- Alias, temos que fechar a data da cerimônia…alguma em mente?
- 23 de Outubro…- Regina disse sem ao menos pensar.
- Isso que chamo de "pensar rápido", gosto dessa data, um dia depois…- Emma foi interrompida
- ...do seu aniversario e o dia que te conheci, foi o "oi" mais sem jeito que escutei…
Emma sorriu olhando apaixonada para Regina.
- Parece meio em cima da hora, ao menos que não queira algo grandioso...
Regina negou com a cabeça.
- Não precisamos disso, só vamos oficializar e dar uma memória desse dia para o nosso filho.
- Parece ótimo então, posso avisar todos?
- Pode, eu vejo o local, já tenho algo em mente...
Emma olhou surpresa levantando a cabeça.
- Hey! Alguém aqui ficou fazendo planos sozinha?
- Um pouco...-Regina sorriu tímida não querendo admitir seu lado romântico.
Emma beijou o rosto dela.
- Confio no seu bom gosto...serei apenas a mensageira! Mas lembre-se, é o nosso casamento e não halloween! - disse brincando.
Regina sorriu dando uma leve cotovelada na barriga da Emma.
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