História The Moon - Capítulo II

  Cheguei em casa.

 Minha casa e um apartamento de 2 quartos no centro da Califórnia. Como são so eu e meu pai - que dorme durante o dia a bebe durante a noite - o normal seria meu pai estar na cama.

 Mas minha vida não é normal. Nunca foi. Ele estava la, no sofá. Pelo jeito me esperando, pois assim que fechei a porta ele desligou a TV. Ele me olhou com aquele olhos e sempre. Como se olhasse pra uma praga que não consegue se livrar, que fica ali, no seu pé, e que não existe maneira de exteminar. 

 - Quando é que você vai parar?- ele perguntou. 

 - parar com oque? - eu perguntei mas já sabia a resposta. 

 - de Desgracar a vida dos outros. De destruir família. De destruir pessoas? - ele me olhou com nojo. Pense. Seu pai e um alcoólatra, te culpa eternamente pela morte de sua mãe, deixa as responsabilidades da casa com você, e te trata como uma praga. Mas você o ama, mesmo ele tendo problemas com bebidas, mesmo ele te acusando de algo inevitável, mesmo sentindo nojo de você. Tudo porque você sabe que ele tem razão. Em cada remorso, em cada acusação, em cada olhar de nojo. Você sabe que ele tem um motivo e que esse motivo e certo. Que você e culpada, que você e uma desgraça na vida das pessoas. Que você não tem motivo para estar aqui. Que você não tem motivo para estar viva. Por esse motivo não questionei um segundo quando ele disse que era para mim arrumar minhas malas e que em Setembro eu iria para um internato no interior do estado. O sentimento de culpa nunca nos larga; no meu caso isso e obvio. Seria melhor e mais seguro para ele. Internato New Moon. Irônico não acham? Pois e, a vida e cheia de coincidências. 

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 Abri a porta do táxi e olhei para fora. O lugar era rústico, bonito, medieval, como um castelo. E tinha um cheiro estranho. Era um cheiro que eu não conseguia descrever, era familiar mas, ao mesmo tempo, tão estranho quanto o motorista de táxi estendendo a mão para o pagamento. 

Claro que meu pai não ia pagar. 

O Sr. Lawrence nunca foi de gastar dinheiro sem necessidade, afinal, a cerveja e mais importante. 

 Paguei o motorista, peguei minha única mala grande e cinza e minha mochila. Cherei mais uma vez o ar e uma sensação agradável se instalou em meu estômago, sensação de estar em casa. Não aquela casa mofada com cheiro de cigarro e álcool. Não. Está essa minha verdadeira casa. Tive certesa disso assim que coloquei os pés para fora daquele táxi.

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 Estava andando pelos corredores tentando achar o caminho para os dormitórios. 

As vezes olhava para os lados e via pessoas me encarando, mas não todas. Algumas , alguns grupos com no máximo 5 pessoas e no mínimo 2. Essas pessoas tinham um cheiro diferente, um cheiro... fresco. Como se fosse um manhã de sol. Depois que andei um pouco pelos corredores - onde me sentia completamente de outro mundo - esbarrei em alguém.

 Era uma garota, alta. No mínimo 1,80, cabelos Castanhos claros, igual a seus olhos, estava usando uma calça jeans larga e uma blusa preta. Um constraste, porque tinha um corpo de modelo. E era muito bonita. Estava olhando pra mim, com um sorriso sem mostrar os dentes nos lábios. 

 -- Você deve ser Ashley Lawrence. Prazer, Morhina Forks. Bem vinda ao internato New Moon, Sou a aluna encarregada de lhe mostrar a escola. --

Ela disse. Ainda sorrindo. Ela era uma dos cheiro fresco, mas não me olhava com descrença e curiosidade.

-- Então, por onde quer começar?--

 Eu não queria começar. Só queria saber onde era os quartos. De la gostaria de ficar sozinha. Até o ano acabar. Mas isso não estava nem perto do aconteceria. 

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 -- Então, o que a trás para a escola?--Morhina pergunta. 

--Meu pai me expulsou de casa pra cá-- Eu disse olhando para o chão. Ela ergueu as sombrancelhas. 

--Sinto muito--

 Ela disse, e eu acreditei que era verdade. 

-- Eu não.-- disse ainda olhando para o chão.

 Estava olhando meus pés, e acabei olhando os dela. Botinas de treinamento. Como aquelas no axercito. Estranho. Levando em conta que estamos em uma escola e não há razao para usa-las. 

 -- Ala Norte, quarto no fundo do corredor, 245. Bem vinda a família.--

 Ela disse sorrindo. A voz dela na "familia" foi diferente, mas decido ignora-la. 

-- Se quiser posso entrar e depois acompanha-la a sua sala.-- 

--Não-- disse rápido Olhando-a nos olhos --Obrigada-- 

acrescentei rapidamente vendo sua expressão mudar.

 Entrei no quarto com a chave que ela me deu e fechei a porta. Me encostei nela e respirei fundo. Calma. Você pode fazer isso. Sai da porta, mas nem dei dois passos e a porta se abriu novamente revelando Morhina. Sorrindo. Suspirei mais uma vez. 

 -- Oque quer?-- Curta e grossa. 

-- Entrar no meu quarto --. Ela disse simplesmente. -- Acho que não disse -- .Ela disse ainda sorrindo. Estava me irritando. 

-- Não você não disse--