História The Moon and The Sun - O início

Ser normal, ter uma vida normal e pacata, ir a creche, escola, shopping, cinema ou qualquer coisa "normal", eu não sei o que é isso.

Vamos começar do início, meu nome é Alexandra Potts (ou Lexie para os mais íntimos), sou americana porém atualmente moro no Japão a alguns anos, meus pais se chamam Sasha e Rupert Potts, Pais de sangue, meus pais de criação são Lídia e Daisuke Yamasaki.

Já haviam se passado anos desde minha mudança não só para o país mas para o local em que estou atualmente, um tipo de super academia para treinar alguns jovens desde a sua infância, para ser mais exata entrei quando estava com cinco anos de idade, atualmente estou com vinte e três, sou a mais nova de meu grupo, digamos que eu tenha pulado algumas casas por me destacar mais que os demais de minha idade, essa minha façanha me fez ficar treinando com pessoas quatro anos mais velhas que eu.

Os primos Cho e Hiro Murakami, Kin Akamoto e eu, Alexandra Yamasaki, sim acabei por usar o sobrenome de meus tios já que sou "filha" deles aos olhos do país que moro. Cho e Kin são uma espécie de Romeu e Julieta do século 21 asiático, as famílias se odeiam por conta de histórias antigas, também pudera, as duas famílias mais ricas de todo Japão e não surpreende em nada serem inimigos mas isso não impede que os dois além de estarem no mesmo grupo, estarem juntos, não publicamente, claro, já que é totalmente proibido aqui (até parece que isso impede alguém aqui de se pegar), ok, continuando, Hiro Murakami, como descrever? Pegador nato, não só aqui mas um perigo quando vai a Tókio, é realmente uma coisa incrível, uma disputa entre ele e Jackson Wang, voltando a Hiro, lindo, trilionario, inteligente (que ele não saiba que eu acho isso), sexy, sedutor, ok, recomponha-se Lexie, ele é tudo isso e mais um pouco mas eu não dou muita bola pra ele já que eu seria mais uma em sua prateleira pra se gabar.

— Você está muito desatenta hoje.– falou Kin depois de me derrubar e logo estendendo a mão para ajudar a me levantar.

— Eu sei, eu estou pensando, só isso.– falei aceitando sua ajuda e levantando.

— Pense mas lute também, preste atenção, temos uma missão amanhã, não se esqueça disso.– ele falou chamando minha atenção.

Voltei a mim e me esquivei de um soco e em seguida eu o joguei ao chão.

— Isso, era disso que eu estava falando, aaai.– ele falou e logo em seguida reclamou da dor da pancada.

— Yamasaki, Akamoto, na sala do diretor agora.– um dos treinadores nos chamou.

Kin se levantou e fomos até lá, chegando lá Cho e Hiro já estavam na sala também e estavam apenas esperando por nós.

— Muito bem, a missão de vocês amanhã tem de grande importância para nós, será a quinta missão de vocês e espero que seja tão bem sucedida como as demais, não confiaria ela a outro grupo, chamei vocês aqui para lhes dizer que a partir dessa missão concluída vocês poderão ir para casa e quando solicitado vocês terão missões novas, não irão precisar mais morar aqui.– ele falou.

— Tá de brincadeira que iremos ganhar nossa carta de alforria.– Hiro falou, Cho deu uma cotovelada nele.– aaau.

— Muito obrigado senhor Nakayama, somos gratos por nos conceder isso.– Cho falou.

— Mas, claro, vocês terão que seguir algumas poucas regras básicas que deverão ser respeitadas.– ele ressaltou.

— É claro que iremos...– Hiro soltou e acabou por agora levar um beliscão.

— Podem ir, quero conversar com Murakami e Yamasaki.– o diretor falou.

Hiro e Kin saíram nos deixaram sozinhas com ele.

— Cho, Alexandra, vocês duas de longe são as duas melhores que já passaram por aqui ao longo dos anos, por isso lhes darei um presente especial, para cada uma.– ele se levantou e foi até seu armário que estava atrás de nós.

Ele voltou segurando um arco e flexa um tanto diferente, com detalhes e estrutura diferenciado ele realmente parecia ser único, entregou a Cho e novamente foi até seu armário trazendo com ele duas Katanas e me entregou.

— Acho merecido dar isso a vocês duas, são feitos de Vibranium, um tipo de metal diferente e muito resistente, vocês já os conhecem por histórias, essa material é o mesmo que foi feito a armadura do samurai mais competente de toda a história da academia, o fundador de tudo, essas são armas antigas e que faço questão que fiquem com vocês.– ele falou voltando a se sentar.

— Ficamos muito agradecidas por tamanho presente, realmente é uma honra para nós e para nossas famílias o senhor nos conceder isso.– falei em agradecimento.

— Tenham em mente que vocês estarão do lado de fora, não deverão ser descobertas, nunca deverão falhar e sempre que solicitados deverão ir ou vir.– ele falou.– agora podem ir.

Assentimos e saímos da sala dele, Cho fechou a porta atrás de si, olhamos uma para a outra e o sorriso foi instantâneo de ambas as partes.

— Vamos sair daqui, não acredito nisso.– ela falou tentando conter tamanha felicidade.

— Eu sei, vamos poder viajar para onde quisermos.– falei já pensando em quantos lugares eu queria conhecer.

— Exatamente a mesma coisa que eu penso, eu e você viajando pelo mundo.– Hiro falou surgindo do nada nos dando um susto.

— Você estava escutando atrás da porta? – Cho perguntou brava.

— Claro que sim priminha, você ainda tem dúvidas? – ele falou sínico.– voltando aos nossos planos baby, que tal começarmos pelo América do Sul? Brasil, Argentina, Uruguai...

— Hiro, vai...– ia continuar minha frase mas ele me interrompeu.

— Vou, com você vou a qualquer lugar.– ele falou, revirei os olhos e saí de perto dele.

Ouvi murmuros de Cho o brigando nas não liguei muito, fui até meu quarto (aliás, nosso, meu e da Cho.) para guardar minhas novas filhas, eram realmente lindas.

Com os olhos fechados e a mente totalmente limpa eu tentava focar e ficar totalmente concentrada, tão concentrada que até qualquer som a minha volta não era mais perceptível a mim, minhas mãos já não suavam como da primeira ou da segunda vez, eu estava menos nervosa e não estava como copiloto como da primeira vez, hoje quem iria descer seriam Channel (Cho), Hades (Hiro) e Fênix (eu), Kratos (Kin) ficaria com a parte técnica da operação.

— Se preparem, cinco minutos.– Kin avisou.

Suspirei profundamente antes de ficar de pé, era bom saber o que comunicador estava ok.

— Um minuto.– ele falou.

As portas do Quinjet se abriram e pude ver a as árvores aparecendo e sumindo tão rápido quanto meus pensamentos, a neve se destacava por conta dos galhos escuros das árvores secas.

— Cinco, quatro, três, dois, um...– ele contou.

Pulei logo em seguida de Channel, que fui seguida por Hades.

Meu coração parecia bater em um ritmo tão lento quanto minha respiração, assim que aterrissamos ao chão rapidamente recolhemos o paraquedas e os deixamos escondidos, era uma mansão enorme feita de um tijolo escuro como se fosse de época de ruínas, câmeras, seguranças e campo de força, nunca disse que iria ser fácil.

— A queda de energia irá durar dez minutos, sejam rápidos, também derrubei o campo de força.– Kratos falou ao comunicador a todos nós.– O objeto está na ala leste, segundo andar.

Assim que a queda de energia veio nós três com armas silenciosas e com visão noturna derrubamos todos os guardas que estavam do lado de fora, optamos por escalar a parede com a ajuda de alguns apetrechos até o segundo andar e entrar por uma janela, aqui não havia ninguém até o momento, de repente ouvimos passos vindo e nossas direção e nos escondemos, eles passaram por nós, fomos até aonde o objeto estaria segundo Kin, foi una questão de tempo até sermos descobertos aqui, balas começaram a tilintar em nossas direções.

— Continuem com os tranquilizantes, nada de arma letal.– Falei enquanto tentava me proteger e pensar em um modo de não matar ninguém.

Por mais nescessário que fosse em algumas vezes eu preferia não fazer, quanto menos minha conta estiver no vermelho, melhor.

— Acho que não é o momento para ser boazinha, eles não estão de brincadeira.– Hades falou.

— Não contradiga minhas palavras, é uma ordem e quem está no comando dessa missão sou eu.– falei de modo autoritário.

Respirei fundo e fui tentando acertar um a um o máximo que eu podia.

— Cinco minutos.– Kratos avisou.

— Fênix, vai, a gente te cobre.– Channel falou.

Acenti e corri até uma porta de vidro e nela havia um quadro com senha por digital, coloquei um dispositivo que burlava a senha e a porta foi aberta, entrei. Assim que a porta se fechou atrás de mim peguei uma caixa de vidro que havia um objetivo diferente dentro dele, quadrado e azul, ele cintilava em tons variáveis de azuis e era muito bonito, assim que abri a porta novamente uma bala acertou o vidro fazendo com que ele quebrasse e eu tive a sorte de ter um reflexo bom para pegar o objeto e o impedindo de cair ao chão. O escudo L28 foi acionado em minha frete impedindo que mais tiros me acertassem, olhei para o lado e vi que quem havia me protegido era Hiro, com minha não livre peguei minha katana e fui rumo a eles para proteger o objeto da missão, entreguei ele a Cho e vi que estávamos sendo cercados. Fiz um sinal para Hiro com a cabeça e indiquei para ele ir para a esquerda que eu protegeria a direita, Cho estava com o objeto e estávamos protegendo os dois, caminhei até o limite da coluna para ver de quantos se tratavam, meia dúzia com submetralhadoras, coletes e se espalhando, acionei o L28 e saí de trás da coluna já com minhas Katanas em minhas mãos, uma chuva de bala veio em minha direção, algumas foram defendidas por mim com as Katanas e poucas acertaram a L28, um a um fui golpeando eles e os fazendo cair em sono profundo, é uma opção matar ou não, eu prefiro não mas caso tenha que ser feito...

As luzes ficaram vermelhas e começaram a piscar, todos estavam caídos, percebemos que essa era a hora mais que perfeita para dar no pé.

— E esse outro objeto ? – perguntou Hiro sobre um cajado muito diferente.

Sua estrutura feito de algum metal dourado, sua ponta era como se fossem duas facas e eram na cor prata e entre elas havia uma espécie de jóia azul que brilhava de forma intensa. Olhei com mais atenção do que se tratava mas voltei a mim.

— Nossa missão é apenas o cubo ali, vamos.– falei para ele.

— Mas Fênix...– ele tentou argumentar mas foi em vão pois não deixei.

— Hades, eu disse não, temos que ir agora.– falei e continuei a caminhar para a saída.

— Channel...– Hiro falou enquanto ele e Cho caminhavam juntos a mim.

— Meu Deus, não seja chato, parece criança e você sabe que não podemos pegar algo só por achar bonito, missão é missão.– Cho falou a Hiro.

Voltamos ao Quinjet sorrateiramente e agora estávamos rumo a academia novamente, missão finalizada com sucesso, o cubo estava conosco, sem mortes, tudo uma maravilha. Chegamos e entregamos o cubo a nosso superior e fomos descansar um pouco pois hoje era sexta e domingo de noite seria nosso último dia aqui, teria uma cerimônia de despedida e tudo mais, ansiosa para a liberdade.