História The Mysterious Killer - Consertando o Erro

Ariana P.O.V

- Ariana, o que você está fazendo? - Joan gritou perguntando. Após minha volta à casa de meus pais eu fui obrigada a me deitar, relaxar e assistir televisão. Acho que o quesito “repouso” não foi muito bem entendido pelos meus pais, pois os dois não me deixaram fazer nada além de ficar parada no sofá. Tudo bem que eu não devo ou posso ficar fazendo muito esforço, mas também não posso ficar parada até que o médico diga que eu estou bem.

- Mãe, eu só quero ajudar a lavar os pratos. Não posso deixar você fazer todo o trabalho, quando tenho condições necessárias para ajudar.

- Nós já conversamos sobre isso, minha filha. Você está doente...

- Não mãe. Eu posso estar um pouco fraca, mas isso não quer dizer que esteja doente. Posso lavar os pratos enquanto você passa as roupas. Isso não vai tirar minha vida - bufei, já ficando impaciente por Joan insistir tanto que eu fique plantada na sala de televisão.

- Tudo bem - respirou fundo antes de continuar - eu só fico preocupada com você. Desde o acidente, você vivia com dor de cabeça. E todas às vezes, eu te levava ao médico, mas nunca era o que eu achava. Em uma das consultas o doutor me disse que no seu caso, a dor de cabeça pode significar a perda, aos poucos, da sua memória, o que me deixou extremamente preocupada, mas isso nunca chegou a acontecer. Por isso eu tranquilizei em suas idas ao médico, porém agora... - parou de falar quando sua voz falhou, mostrando que ela estava prestes a chorar.

- Está tudo bem agora, mãe. Eu estou aqui, muito bem - a abracei forte, querendo que sua dor esvaísse para longe. Meus olhos lacrimejaram por lembrar que a culpa disso tudo era minha.

- Pattie se culpa até hoje, mas o culpado é aquele homem maluco. Ele devia ser preso perpetuamente para viver com o peso da culpa para sempre - ouvi o que ela dizia e assentia. Eu concordava com ela.

- Mãe, não vamos mais falar sobre ele, ta legal? - a afastei para encará-la - todos nós estamos bem. E ele não vai mais nos fazer mal.

- Não tenho tanta certeza. Você não viu do que ele realmente é capaz - neguei com a cabeça, desejando encerrar esse assunto por agora.

- Vamos terminar de arrumar a cozinha - dito isso, meio hesitante, minha mãe concordou e ambas voltamos a ajeitar as coisas.

Mais tarde, após arrumarmos tudo, Joan foi deitar e eu aproveitei e me dirigi ao jardim, onde tinham dois balanços. Eu adorava aquele lugar. Acalmava-me. Pelo pouco que sei do meu passado, antes do acidente, eu vi que não importa o quanto o tempo passe, nunca vou mudar completamente. Sinto que eu hoje em dia, sou a mesma de sete anos atrás e sinto a mesma coisa pelo Justin, que sentia no passado.

Balancei a cabeça, dispersando esses pensamentos. Preciso me focar no meu trabalho.

Lembrando disso, peguei meu celular do bolso de trás da minha calça jeans e olhei meus contados e fui direto a letra J. Antes de apertar no nome de Joseph, olhei o contato logo abaixo. Eu queria ligar para ele, mas não é a hora certa. Vou resolver outro assunto primeiro.

Cliquei no nome que queria e logo a ligação estava chamando.

- Alô? Ariana? Como você está?

- Olá Joseph, eu estou bem agora. Desculpe-me por desapontá-lo.

- Desapontar-me? Você nunca fez isso, querida

- Eu... Estou me recuperando, mas queria saber se posso voltar a trabalhar o quanto antes. Sei que dei trabalho demais para você. Primeiro o pedido de demissão na Casa Westreet e agora...

- Está tudo bem Ariana - Joseph me interrompeu antes que eu completasse - como sempre digo, você é muito competente. Todos têm problemas e temos que aprender a compreender. Está tudo bem. Assim que você se recuperar por completo, trate de voltar para a Fresh Start. Não vou desistir de você tão rápido - sorri pela piada dele e logo ouvi sua risada - depois de amanhã é meu aniversário, você quer vir para comemorar com todos nós? - levantei em um pulo do balanço e arregalei os olhos por ter quase esquecido.

- Meu Deus, Joseph - ouvi quando ele gargalhou - é óbvio que eu vou. Nós sempre comemoramos seu aniversário.

- Pois então venha. Minha esposa e meu filho gostam muito de você - sorri de canto.

- Como está Carla e Nathaniel?

- Eles estão bem, ainda perguntam de você. Principalmente meu filho - ri envergonhada. Nathaniel foi meu namorado depois de Justin. Quer dizer, depois de ter esquecido Justin junto com minhas memórias do passado. Hoje em dia não sinto mais nada a não ser carinho, por ele. E deixamos muito claro que nada mudaria entre nós, quando resolvemos que o melhor seria não namorarmos mais.

- Pode contar com minha presença na sua casa depois de amanhã.

Após dizer isso, começamos a conversar sobre demasiados assuntos.

Joseph é muito importante para mim. É como um segundo pai e ainda não me caiu a ficha de que em apenas dois dias, ele completará 61 anos.

Quando encerrei a ligação, decidi que ainda hoje ligaria para Clarice para saber se sua vinda para cá, é certa, afinal ela estava esperando para confirmar.

Ainda estava parada no mesmo lugar desde que conversei para Joseph, então quando me dei conta, minhas duas pernas estavam doendo por estarem paradas há um tempo.

Apoiei em uma árvore que tinha no jardim. Tirei minhas sapatilhas, podendo sentir logo em seguida a textura da grama quando meus pés ficaram descalço. Dobrei e estiquei consecutivamente as duas pernas e um alívio me tomou por ver que a dor havia passado.

- Você sempre tem que pensar? - parei o que estava fazendo ao escutar aquela voz. Não me virei. Eu sabia que era ele, mas afinal de contas. O que estava fazendo aqui?

- O que faz aqui? - perguntei tentando me concentrar em algo que não seja ele.

- Vim conversar com você - virei-me, podendo ter a vista de um Justin com semblante sério e braços cruzados.

Franzi cenho.

- Mas nós já conversamos ontem.

- Não... - respirou fundo e se aproximou em passos largos - não é sobre isso. Eu também precisava te falar aquilo, mas eu realmente preciso conversar com você sobre outro assunto - confessou, encarando-me nos olhos, fazendo-me questionar se o assunto era realmente sério como parecia.

Suspirei e voltar a me sentar no balanço vendo Justin me encarar com as sobrancelhas erguidas.

- Eu não vou sentar aí - reclamou.

- Ta bom, mas eu sentei - disse, simplesmente, vendo que ele logo negou com a cabeça e se sentou no balanço ao meu lado.

- Hoje eu matei duas pessoas - confessou. O encarei rapidamente, não tão surpresa por ele fazer isso.

- Justin...

- Hoje eu tive um pesadelo. Você não precisa saber como ele foi. O que eu quero dizer é que... Não consegui controlar minha raiva e matei essas pessoas.

- Justin...

- Deixe-me terminar Ariana, eu preciso falar - fiquei calada, percebendo que realmente Bieber queria desabafar e eu deixaria para o bem dele.

- Sei o que fiz pode causar consequências, mas porra... - colocou as duas mãos na cabeça, puxando alguns dias de seu cabelo - eu não consigo me controlar. Vi a cara de desespero delas, mas eu não senti pena. O que tem de errado comigo?

Levantei-me ficando de frente para ele e me agachei para ficar a altura dele.

- Justin, não tem nada de errado com você - ele riu como que se discordasse - agora me deixe falar - ele assentiu com a cabeça - Não tem nada de errado com você. A única coisa que aconteceu é que você sofreu muito com tudo o que presenciou, e para ocultar a sua dor, ao invés de afogar as mágoas na bebida, você foi pelo outro mal caminho, a matança. Tem que se acostumar ainda, que nada se resolve com sangue. Só torna o caminho mais dolorido. Quer dizer as famílias dessas pessoas vão sofrer e a culpa é sua. Mas o que você pode fazer diante disso tudo de agora em diante é me prometer que independentemente do que acontecer e te deixar com raiva, pensará em alguma coisa que te acalme.

Observei suas feições e ele realmente estava prestando atenção no que eu dizia.

- Têm alguma coisa ou alguém que te deixe calmo? - perguntei repentinamente, arrependendo-me na hora.

Dei impulso para levantar e pedir desculpas, mas antes que o fizesse, Justin me puxou de volta, dessa vez me encarando.

- Você - sussurrou - você me deixa calmo.

Sorri um pouco surpresa.

- Fico feliz - segurei o braço dele e passei o dedo pelo local - porque não... - antes que pudesse continuar Bieber me pegou de surpresa ao puxar-me para ele fazendo-me sentar em seu colo - o que é isso? - ri fraco vendo que o loiro estava com uma feição engraçada.

- Eu quero muito transar com você agora - disse, começando a distribuir beijos em meu pescoço.

- E porque eu deveria transar com você? - perguntei achando graça no que a conversa tomou rumo.

- Porque você me ama - Justin me pegou de surpresa ao dizer aquilo e depois começar a chupar e logo beijar meu pescoço, fazendo-me gemer e arranhar levemente sua nuca.

- Você é muito convencido.

- E porque eu te amo Ariana - engasguei com minha própria saliva ao escutar a que ele disse.

- O que você disse? - perguntei, por achar que não tinha escutado direito.

- Isso mesmo que você escutou - levantou as cabeça para que nossos olhos se encontrassem.

- Você realmente me ama, Justin? - perguntei, tremendo de ansiedade.

- Amo - olhou em meus olhos e continuou: - eu te amo Ariana - me deu um selinho - Agora, nós podemos transar?

- Você é muito pervertido - Bieber riu e assentiu.

- Só quando estou com você - neguei com a cabeça e nós dois levantamos.

                                              (...)

Justin me colocou cuidadosamente em minha cama. Nós já estávamos quase nus. Somente nossas peças íntimas nos vestiam e eu, mais do que nunca, desejava não estar as usando.

Ele estava em cima de mim e pude ver como sua ereção ficou expressa, o que me fez morder o lábio inferior, ficando mais excitada. Enquanto Bieber estava ocupado distribuindo beijos de minha clavícula para o busto, eu apertei sua ereção ouvindo seu suspiro, aprovando meu ato.

- Ariana... Não... Me... Provoca - disse, tentando soar firme, o que não deu certo.

- Se não o que?

- Eu vou te foder tão fundo, que você não vai conseguir andar amanhã - ri de tamanho convencimento e o apertei novamente.

- Está esperando o que para fazer? - assim que disse aquilo, ele rasgou as minhas duas peças íntimas, deixando-me surpresa, novamente, pela tamanha pressa que o mesmo tinha.

Abaixei eu mesma sua cueca e, quando nos encontrávamos ambos completamente livres de qualquer peça de roupa, beijei profundamente Justin, sentindo ele me deitar novamente e, sem esperar, me preencher rapidamente. Arqueei as costas sentindo o prazer me preencher.

Justin tinha realmente ido fundo, atingindo meu ponto sensível.

Tentei segurar um gemido alto, pelo fato de minha mãe estar dormindo no quarto dela, mas Justin parecia estar fazendo de propósito, pois começou a massagear meu clitóris com dois dedos, deixando-me no limite.

Revirei os olhos e não consegui mais segurar o prazer dentro de mim. Gemi alto, escutando Justin fazer o mesmo.

 Joan que me perdoe, porém eu preciso disso. Preciso sentir Justin me amando.

Depois de ambos não aguentarmos mais mexer um músculo, Justin deitou-se do meu lado e nos cobriu.

Minha respiração ainda estava desregulada, mas eu não me importava, pois sentia que estava feliz e podia ver claramente que Justin sentia o mesmo.

- Ariana você...

- Eu tomo remédio pode deixar - escutei sua risada após eu o ter interrompido e o encarei.

- Não é isso. Eu iria perguntar o que você pensou quando eu disse que te amo.

Pensei por um momento.

- Eu fiquei feliz, quer dizer... Eu já sou apaixonada por você desde quando ainda estava no manicômio, mas você sempre dava um jeito de me afastar então eu sempre tentava te esquecer. O problema é que eu não conseguia - suspirei - passamos por tanta coisa e estamos aqui, então. Estou feliz, por ver que nada foi em vão.

- Eu te afastava, pois achei que você ficaria melhor sem mim.

- Eu sei - virei-me ficando de frente para o teto - mas você parecia não se importar com o que eu sentia. Parecia realmente que não queria que eu me aproximasse e algumas vezes, achei que talvez você pudesse me odiar. Mas agora eu vi que foi algo de mina cabeça - parei de falar e respirei fundo - desculpa por ter agido como uma adolescente de 16 anos. Eu fui infantil.

- Também estava errado. Eu não devia ter te afastado. Fui egoísta, me desculpe.

- Eu te desculpo.

- Também te desculpo - rimos por um momento até as risadas cessarem e só restar o silêncio. Mas dessa vez, não era um silêncio que normalmente me incomodaria.

- Minha mãe deve ter nos escutado - comentei rindo um pouco envergonhada.

- Você gemeu muito alto, mas não te culpo. Eu sou muito bom na cama - comentou fazendo-me corar e dar consecutivos tapas no ombro dele.

- Seu convencido! - exclamei.

Justin me puxou para perto e me beijou calorosamente.

- Você se envergonha rápido.

- Mas isso é por culpa sua. Fica falando coisas que me envergonham.

Ele riu fraco, negando com a cabeça e logo me encarou tão profundo que eu achei que o mesmo atravessaria minha alma.

- O que foi?

Só... Estou pensando que você não devia ter passado por tudo aquilo. Robert ainda está solto e a culpa foi minha por não te proteger o suficiente - coloquei meu dedo indicador em sua boca, beijando sua bochecha.

- Todos se culpam, mas não deviam. A culpa não é nossa, Justin. Não podemos mudar o passado, mas podemos aproveitar o presente sem nos preocuparmos com o futuro.

Parou por um momento antes de concordar.

- Você é ótima psiquiatra.

- O que posso fazer se sou maravilhosa?

- Depois eu sou o convencido - revirou os olhos, fazendo-me rir.

O tempo todo eu o encarei para dizer o que ansiava há tempo.

- Justin? - chamei sua atenção para mim - eu te amo.

Ele sorriu feliz, e aproximou o seu rosto do meu.

- Eu também te amo Ariana Grande.