História The Name of Destruction (HIATUS) - Triplo "F"

18 de maio, 1862 - Yi-fan

     - Já faz dias - Elisabeth falou, estávamos sentados na praia da ilha que naufragamos, aguardando para ver um barco em nossa buscas - Já faz dias que estamos desaparecidos e nada, nenhum resgate…

O barco de seu pai só ia chegar na Inglaterra no dia 12 - falei calmamente - Eles devem estar nos procurando, só não acharam ainda.

-E se…? - ela começou, logo estremecendo, talvez por frio ou por pensar em uma possibilidade avassaladora - Se encontraram os destroços do barco, podem pensar que estávamos nele…
Não pense assim - Me aproximei dela, agora estávamos sentados tão próximos quanto possível - Vamos pensar positivo, está bem?

Ela aceitou, então eu passei meu braço por cima dos ombros esguios dela. Nossas roupas estavam esfarrapadas e totalmente imundas, cheias de rasgos e manchas, foi com um desses rasgos que senti a pele da clavícula dela. Algo totalmente indecoroso nos padrões de nossa sociedade, porém, nessa ilha só há nós dois, não há  regras nem ninguém para nos julgar. Penso que talvez possamos ter alguma diversão para passar o tempo, sem que ninguém saiba.

- Beth - ela olhou para mim - Me deixaria fazer uma coisa?
O que?
            - Isso - Me inclinei para ela, beijando seus lábios rapidamente.

Me afastei antes que ela pudesse fazê-lo. Mas então foi surpreendido pelas mãos dela me aproximando para mais um ósculo.

~-~Penellope~-~

-Olha por onde anda!

Por mais que eu adore a vida na cidade grande, ela as vezes é um pouco estressante, vivo gritando para péssimos motoristas por aí, na maioria das vezes eles respondem de volta, algumas vezes se resguardam quando percebem minha aparência e ficam babando mas em algumas outras me chamam do clássico. “Loira burra”. Desses eu não sinto sequer um pequeno pingo de pena e minha língua afiada como sempre, não deixa barato.

Estacionei meu Porsche perto de uma nova butique que eu queria analisar. A fachada era moderna, toda em tons de prata e rosa.

- Olá seja bem vinda - uma das vendedoras chegou sorridente - Procura algo especificamente?
Sim - Já caminhei direto para a seção infantil, com a atendente em meu encalço - Meu amigo adotou uma garotinha recentemente, bem ele não é meu amigo ainda… Mas vai ser assim que eu juntar ele com minha melhor amiga. Isso não vem ao caso agora e sim que ele não tem senso de moda para comprar roupas decentes para a garota!
Entendo - ela indicou uma arara com casaquinhos rosa e verdes - Nossa nova coleção acabou de chegar.
Vou dar uma olhadinha - comecei a analisar meticulosamente peça por peça.
Vou deixá-la à vontade enquanto atendo o outro cliente que acabou de chegar - ela fez uma leve reverência - Sou Minzy, pode me chamar se precisar de ajuda.

 Não sabia ao certo qual o tamanho de Maya mas ela parecia pequena para sua idade, escolhi alguns casaquinhos devido ao frio que começaria em breve, calças com strass de diversas cores e algumas camisetas e vestidos fru-frus.

Eu me dirigia para a parte de acessórios de cabelo quando notei que um homem de cabelos tão vermelhos quanto os da vendedora olhava para mim, de trás do balcão. Não dei muita importância e comecei a separar lacinhos e presilhas para a lobisomem

- Olá!
Que susto - dei um pulo pela abordagem do garoto de cabelos vermelhos - Nunca mais faça isso!
          - Anotado com caneta de brilho rosa - ele gesticulou como se escrevesse em um bloco imaginário - Só quis saber se precisa de alguma ajuda.
              - Já fui atendida pela…
             - Minzy - ele completou sorridente - Mas sempre é melhor ser atendido pelo próprio estilista…
Espera aí - levantei minha mão que não estava ocupada com as mercadorias - Você que é o dono dessas coleções?
Correto, assim como a loja inteira é minha - ele abriu os braços, indicando tudo ao nosso redor - Sou Ji Yoong, mais conhecido como…
              - G DRAGON!

Olhei assustada por sobre o ombro, a pessoa que cortou a frase dele era CL, a feiticeira que conheci esses dias na mansão.

- Chaerin - ele caminhou até a mesma - Meu bem, você sabe que eu te adoro, mas...  NINGUÉM INTERROMPE O DIVO, MARAVILHOSO E FANTÁSTICO, EUZINHO AQUI!
Pensei que gostasse de ouvir o próprio nome - ela comentou enquanto analisava os próprios anéis.
Claro que eu gosto - ele conseguia gesticular mais do que eu - Dito pelo meu homem quando estamos transando na nossa cama! Se bem que no chuveiro também é bem gostoso...

Comecei a rir dele, aparentemente encontrei alguém com o mesmo humor que meu.

- G Dragon, certo? - coloquei a mão em seu braço - Que roupa você suger…
              - Já ia me esquecendo - interrompeu-me, coisa que odeio que façam -Chaerin essa é… Cliente, cliente essa é Chaerin.
Em primeiro lugar, ser brilhante. Meu nome é Penellope. Em segundo, eu já conheço ela.

Ele riu do meu modo de encarar a situação dele ele nem se quer ter perguntado meu nome.

- Se conheceram onde? Chaerin não costuma interagir com gente…
             - GD - a feiticeira interrompeu tanto a fala do garoto purpurina como o que estava fazendo, analisando algumas roupas nos cabides -              - E se ela não soubesse de seres mágicos?!
             - Então ela sabe? - juro que estou ficando confusa com a reação dele, será que ele é uma espécie de ser mágico também?
            - Sabe…
           - Meu deus você sabe! - hoje é o dia oficial para interromper as pessoas - Como você sabe? Você é humana!
           - Eu… - comecei mas fui interrompida pela milésima vez, dessa vez pela jovem de cabelos loiros acinzentados.
           - Lembra que falei do Yongguk? Mansão dos lobisomens, ela é amiga de um deles…
          - Então alguém quebrou as regras - ele olhou para mim com um sorriso maligno - Melhor quem te contou tomar cuidado o conselho não vai gostar. Mas seu segredo está seguro comigo.

Ele piscou um olho então pegou algumas das roupas que eu havia separado.

- Esses são da coleção passada benzinho, venha comigo, vou te mostrar os que ainda estão por vir.
         - É pra já, brilho - tudo nesse garoto me lembra purpurina, então busco chamá-lo por adjetivos que combinam - já que eu sei dos “paranauê” que tal me dizer o que você é…?
 - Eu vou dar uma volta enquanto você mostra a nova coleção - Cl falou.
             - Vamos para meu ateliê - guiou-me até uma porta que levava para os fundos da loja- Então eu te mostro o que eu sou.

O cômodo só poderia ser descrito com uma palavra:

BRI-LHAN-TE.

Havia vários manequins com  vestidos tão divos quanto as próprias roupas de G Dragon.

- Agora me explica, flor - ele pediu enquanto se sentava em um sofá duplo em formato de lábios - Seu corpo cheira totalmente a lobisomem mas você é humana, pode começar a falar.
              - O que você é? - Quis saber
              - Não está óbvio? - Sua cara representava descrença divertida - Olhe a etiqueta naquela jaqueta.

Fiz o que ele disse, pegando o artefato de couro sintético. Na etiqueta, rosa com glitter, assim como tudo aqui, estava escrito:

“Linha triplo ‘F’. De fada, fantástico e fabuloso.”

- Como assim você é uma fada?!
             -  Obrigada por entender, gracinha - ele sorriu então pareceu esticar as costas, nas quais brotou um par de asas quase transparentes, contudo, rosas com lindos detalhes - Agora posso esticar minhas belezinhas.

Eu deveria estar surpresa, mas acho que agora terei que me acostumar que quase todos ao meu redor são algo mágico e fantástico, enquanto eu sou uma simples humana. Nunca me senti assim antes, excluída, diferente, talvez até como uma aberração perto deles. E provavelmente esse seria um dos principais motivos da lista. “Motivos pelos quais Lay não se interessa em mim.”

- Mas então - O estilista começou, para aliviar o silêncio maciço - Você é próxima dos lobisomens por que? Namorado? Interesses? Oh esse é bom! Escrava sexual?
Não! - sentei do seu lado - Minha melhor amiga é uma.
Entendi - ele conseguia ser mais agitado que eu, falando rápido - Mas deve ter “boyzinho” na jogada. Qual é você não para de suspirar…
Bem… - concluí que seria bom tirar esse peso de minhas costas e já que contar para End seria um pouco estranho, melhor contar com esta nova amizade - Tem um sim…
Eu sabia, garota! Mas então qual o problema? Ele é gay? Tem outra? Se tiver outra pode deixar que eu dou um jeito na kenga!

Realmente a  companhia do fada era bem agradável, mesmo ele falando mais rápido do que eu, até alguns minutos atrás pensava que era humanamente impossível alguém se empolgar mais que eu. Sinto que posso contar com esse de certa forma estranho mas que possui características semelhantes às minhas.

~-~End~-~

- Isso é frustrante - comentei depois de horas de leitura.
           - Fique calma - Yongguk falou tranquilamente enquanto largava o exemplar de capa de couro que lia - Uma hora vamos encontrar algo que vai nos ajudar.
          - Já faz três dias que procuramos nesta biblioteca - o feiticeiro e eu iniciamos nossa busca para saber sobre meu passado, começamos lendo alguns livros antigos das coleções da mansão, mas quando nada achamos expandimos as buscas para a biblioteca inteira - E se não encontrarmos nada?
         - amos achar, se não aqui, acharemos com o próprio oráculo que falou de sua maldição.

O olhar de Guk era tão doce e inabalável, o que me incentivou a continuar explorando por entre páginas antigas, livro por livro, estante a estante.

- Acho que achei algo...

- Yongguk falou horas mais tarde, quando já não havia luz do sol entrando pelas vidraças da biblioteca.

- O que? - Me aproximei dele, que então apoiou o grosso exemplar de capa dura na mesa - Algo sobre minha maldição?
Na verdade não - Ele indicou o desenho no topo da página, era um vampiro rodeado por labaredas roxas, como se ele possuísse magia - É um ritual de poder, bem complicado mas acho que…
            - ...  Kris conseguiria fazer - completei para ele - Do que ele precisa?
           - Sangue, muito sangue - ele me olhou - Agora sabemos o porquê de ele estar sequestrando muita gente. Ele também precisa de um dia específico, tendo relação com a posição da lua e dos astros, e também...

Ele foi interrompido por um singela batida nas portas duplas. Caminhei até as mesmas e quando abri fui surpreendida por minha prima, Ninra.

- Posso falar com você um minuto?

Olhei para Yongguk, estava debruçado sobre o livro que estudávamos.

- Sim - respondi, já seguindo para o corredor.
            - Eu devo lhe explicar os motivos de minha vinda…
          - Pensei que já tivéssemos falado sobre isso - no dia de sua chegada, a morena me contou que na verdade o conselho a tinha enviado para me vigiar.
         - Sim - Ela desviou o olhar para dentro da biblioteca, fazia de tudo para não manter seu olhar fixo no meu - O conselho me mandou uma mensagem, estão dizendo que é para eu levá-la até eles…
         - Eles não confiam mesmo em mim - Como se alguém confiasse.

Na maior parte de nossas vidas as coisas ao nosso redor só existem para nos atrapalhar, nos machucar, mas podemos nos dar bem se soubermos transformar uma situação ruim em algo benéfico. Vi uma oportunidade em minha visita ao Conselho e vou aproveitá-la.

- Diga a eles que eu vou!
             - O que? - A expressão da mais alta era de incredulidade - Você sabe que eles não vão te deixar sair de lá, se você for, não é?
            - Sei - entrei no cômodo de onde tinha saído e antes de fechar a porta eu disse - Escapei das garras de Kris, acho que dou um jeito nos velhotes que cuidam das relações entre raças.

Fechei a porta antes que ela pudesse argumentar. Respirei até me acalmar para quando voltasse para o lado de Yongguk ele não percebesse meu nervosismo.

 ~-~Baekhyun~-~

-Você não acha estranho? - Chanyeol falou, me tirando de meus pensamentos.
-O que é estranho?
-Kris anda muito… - ele parou, procurando as palavras certas - Tranquilo ultimamente.
T-em razão - voltei a comer, estávamos na cozinha das instalações de Kris. O lugar estava vazio, exceto por nós dois - Mas deve ser porque -já conseguimos todos os tipos de sangue que ele precisava.
-Provavelmente - Chanyeol concordou entre mordidas no seu bolo de cereja - Mas ainda acho estranho, ele estava muito interessado naquela lobisomem, e agora parece que simplesmente a quis deixar para lá, não nos mandou atrás dela nem nada…
-Pois é - larguei meus talheres - Mas isso não é melhor para a gente? Menos tempo perseguindo uma pulguenta e mais tempo para nós…
-E se Yi-fan estiver desapontado conosco?
-Não creio que…
-Pensa - ele colocou a mão em meu antebraço - Nós dois apenas fugimos dela, quem a trouxe foi Kai.
-Normalmente ele pune quem o desaponta, Tao é exemplo disso, ainda não fomos punidos, provavelmente Kris só está esperando o momento certo para tomar mais um passo.
-Espero que você esteja certo - ele passou seu braço por sobre meus ombros - Não importa se Kris de certa forma é meu mestre mas se ele tentar te punir por algo vai se ver comigo.
-Adoro seu lado protetor - beijei sua bochecha fofa.
-Hey o que é isso? - falou indignado - Já estamos juntos à  séculos e você apenas me dá um beijo na bochecha?

-Segurei seu rosto entre minhas palmas e lhe roube um beijo, que se ainda fôssemos humanos com necessidade de respirar, teríamos ficado ofegantes.

~-~Penellope~-~

-Você de novo?

-Eu acabava de chegar na mansão, carregando várias sacolas cor de rosa da loja de meu mais novo amigo, G Dragon, quando me deparo com Yoongi abrindo a porta para mim.

-Sim, eu de novo - ergui meu queixo e saí desfilando pelo hall - E vá se acostumando, pois eu tenho muito tempo livre então passarei aqui.
-Por que não volta para outra liquidação e me deixa em paz?

O olhar dele era entediado e a fala era arrastada e irritadiça.

-Não vou pois eu trouxe presentes para aquela doce menininha - apontei para dentro da sala de estar, onde Maya se encontrava com alguns dos feiticeiros e lobisomens, incluindo Lay.

-Então entregue os presentes mamãe Noel - ele deu de ombros - E caia fora daqui.

 -Entrei onde a pequena reunião ocorria, imediatamente todos perceberam minha presença, ou talvez meu cheiro devido ao olfato apurado, também devem ter notado meu mal humor que acabara de se instalar devido ao lobisomem loiro.

-Menina brilhante! - Maya era uma menina doce, ou devo dizer, pequena lobisomem doce…? Enfim, ela confia facilmente nas pessoas e dava apelidos fofos para todos. Mas creio que o apelido que recebi se encaixaria melhor ao garoto fada purpurina da botique.
-Olá coisa fofa - respondi enquanto deixava as inúmeras sacolas ao lado do sofá onde J-Hope e Jimin estavam, aparentemente os dois já não estavam brigados pelo biscoito que o outro comeu.
-Quanta coisa brilhante - Jungkook comentou, mexendo em algumas compras - Mas acho que essas roupas não cabem em você, Penellope…
-Não são para mim - Peguei Maya no colo - São para essa coisa fofa!
-Que tal fazermos um desfile? - Jungup, um dos feiticeiros, sugeriu - A fada Sa ama desfiles.
-A fada Sa? - Maya se virou para ele, ainda em meu colo - Ela vai vir?
-Se tiver um desfile sim - ele se levantou, e saiu correndo escada acima - Vou chamar a fada Sa!
-Cara - Himchan falou entediado do sofá - Eu não aguento mais essa fada…
-Eu também - concordou Daehyun.
-Para mim tanto faz - Zelo disse, e se aproximou de mim - Vamos te preparar para o desfile, pequena?
-Sim - ela falou animada, mas eu me afastei com ela.
-Vocês são os jurados - indiquei os 4 feiticeiros, Jae e Daehyun que estavam sentados no sofá  e Himchan e Zelo que estavam em pé pela sala. Já vocês - apontei para os seis lobisomens presentes, menos Jin e Namjoon que não estavam - Serão fotógrafos e plateia.

Não dei tempo para reclamações e já subi com Maya e as compras para o quarto dela, para prepararmos tudo.

~-~Lay~-~

-Querendo escapar do futuro desfile, subi as escadarias da mansão. Nos últimos dias eu andava extremamente preocupado com meu bando, principalmente pelo fato de não nos concentrarmos no mesmo lugar, a maioria tinha sua própria casa com sua família, e só apareciam para reuniões e caças, o que tornava o trabalho de protegê-los mais complicado. Yongguk e seus amigos feiticeiros lançaram uma barreira em torno da propriedade, mas quem estiver fora não está seguro.

-Você está um arraso - escutei a humana falar, a porta do quarto de Maya estava com uma fresta, me possibilitando a visão do cômodo.
-Você acha que a fada Sa vai gostar? - a pequena perguntou com sua voz infantil.
-Mas é claro - Penellope se ajoelhou ao lado da menor - Não só ela mas conheci uma outra fada hoje, ele ama moda e foi ele quem fez essas roupas. Ele jogaria pedras brilhantes quando você entrasse na passarela!

Ver aquela cena me deixou incrivelmente surpreso, ela era boa com crianças. E de alguma forma me senti extremamente atraído por ela.

Mas que merda estou pensando?

Tenho que cuidar de meu bando e não me apaixonar por uma humana.

Me virei para sair dali no exato instante que a porta foi aberta.

-Lay?
Ah oi…
O que está fazendo aqui em cima - ela colocou a mão que não estava dada com a da menor na cintura - O desfile já vai começar, vamos! Você tem que assistir!
Eu... - a loira me olhava atentamente, então pude notar um leve rubor em seu rosto.

Não consegui controlar-me, sem que eu me desse conta uma enorme ereção surgiu em minhas calças. Tentei disfarçar colocando a barra da camiseta na frente, mas não seria muito efetivo.

-Maya, porque você não vai lá em baixo? - ela olhou para a pequena - Vai se preparando para o desfile.

-A jovem assentiu sorridente e saiu as pressas pelo corredor, com a saia que lembrava tutu de bailarina esvoaçando ao seu redor.

Rezei para que quando Penellope se erguesse não avistasse o volume na frente de meus jeans.

-Qual é - ela falou furiosa - Você não tem nada para fazer que eu sei, então vamos assistir aquela coisa fofa desfilar melhor que qualquer modelo!
Eu… Que?
Vamos!

Ela agarrou minha mão, mas ambos fomos obrigados a nos afastar quando sentimos um choque em nossas palmas.

-Ai!
            - Aish!

Exclama-mos juntos. Quando a olhei, notei uma timidez nova em seu rosto e também o fato que ela observava minha excitação com as proporções maiores que a do Empire State Building.

-Lay…
             -Anh...

Viramos-nos ao mesmo tempo, eu caminhando em direção a meu quarto e ela provavelmente voltando para a sala.

~-~End~-~

O que ela queria? - Yongguk perguntei quando voltei para a biblioteca.
Nada - dessa vez iria evitar que as pessoas soubessem meu plano de me entregar, só espero que Kris não machuque ninguém de meus amigos quando souber que estou com o conselho - Porque fazem estantes tão altas?

Reclamei enquanto tentava pegar um volume mais do alto que havia chamado minha atenção.

-Aqui - Senti um corpo maior e mais forte que o meu, encostar desde meus ombros até minha bunda - Poderia ter pedido ajuda.

Ele estava tão próximo, o contato, o cheiro e o calor de Guk preencheram todo o meu ser, causando fortes arrepios em minha espinha.

Me virei para ele, o mesmo só fez se aproximar mais, seu rosto continha um sorriso amigável, qual algo a mais, algo que eu ainda não conhecia, mas que meu corpo parecia desejar mais do que o ar ao meu redor.

-Por favor, se afaste - coloquei as mãos em seu peitoral, tentando afastá-lo, mas elas não pareciam me obedecer.
Por que? - ele falava em meu ouvido, pude sentir os pelos em minha nuca se arrepiarem - Você quer isso…
Não quero - virei minha cabeça para o lado, com medo de tudo aquilo, nunca tive muito contato com as pessoas, quem dirá desse tipo - Eu nem sei o que é…
Você não quer? Então olhe suas mãos...

Minhas mãos, que deveriam empurra-lo para longe, estavam agarradas ao colarinho do mais velho. O aproximando.

-Para!

Gritei, e sem demoras ele o fez, mas o sorriso ainda estava lá.

-Tudo bem - ele assentiu uma vez - Vou com calma com você. Mas prepare-se, pois um dia você vai implorar por isso entre nós.

Ele estendeu o livro que eu havia tentado pegar. Tudo que fiz foi seguir ofegante, apoiada na estante. Com medo de me soltar e cair pelas pernas bambas.

-Eu preciso de um minuto - Olhei para ele, sentindo meu rosto arder - Por favor…
Está bem - ele não estava nem um pouco afetado por minha rejeição, ele parecia satisfeito com o resultado - Me chame quando se sentir melhor estarei no corredor.

~-~Jin~-~

- Isso não pode estar acontecendo!
             - O que meu bem? - Sem que eu percebesse Namjoon havia entrado em nosso quarto.

Escondi avidamente os papéis que estavam em minhas mãos.

- A bateria do meu celular não dura mais nada - menti, mas de certa forma isso era verdade, o aparelho mal durava algumas horas ligado.
Se você posso te comprar outro...
Não precisa - Entrei no banheiro da suíte, precisava de um momento para digerir a mais nova notícia -  Monnie, vai esquentando o forno para mim? Vou tomar um banho antes de começar a fazer o jantar.
Claro, docinho - ele entrou no banheiro, me fazendo cobrir melhor os papéis malditos com uma toalha - Não demore muito, estou com fome, mas não de comida e sim de você.

Deu-me um beijo estalado no pescoço e então saiu.

Isso não pode estar acontecendo.

Meus pensamentos me levavam para o futuro. O que eu faria se aquele teste fosse verdade? Como contar essa desgraça que poderia me matar…?

Olhei novamente para o resultado dos exames, estava tão ameaçadoramente marcado com tinta preta no fundo branco, me causando um profundo arrepio e um pavor tão agudo. O pior de tudo seria dar as grandes novas para Namjoon.