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História The New Mockingjay - Primeira Temporada - A Noite


Escrita por: AlfheimQueen

Notas do Autor


Então, me desculpem por maltratar vocês, deu a louca e escrevi tudo de uma vez hoje
Estou com um projeto de fazer capas para os capítulos
Prestem atenção nos sonhos do Peeta
Pra quem perguntou a aparência do cara moreno da visão: Ele é Parecido com o Joe Manganiello
Fiquem com essa imagem linda e com esse capítulo
Light Kisses

Capítulo 11 - Primeira Temporada - A Noite


Fanfic / Fanfiction The New Mockingjay - Primeira Temporada - A Noite

Ele morreu?

Tum, Tum

Ele está caído, e mesmo que não esteja pálido, sinto que a vida o deixou.

Tum, Tum

Eu o perdi, perdi Cato, para sempre. Sinto as lágrimas surgindo, mas só consigo sussurrar...

- Cato?! – Nenhuma resposta, por que o maldito canhão não é disparado?

Caio sobre ele, com a cabeça encostada em seu peito, fecho os olhos.

Tum, Tum

Isso...? Espera, isso é...?

Tum, Tum

Vivo, Cato está vivo, eu ouço seu coração voltando a bater.

-Finnick, ele tá vivo, eu estou ouvindo...

Ele me afasta um pouco e se aproxima, seus cabelos cor de areia empapados de suor, seu rosto agora sério, ele põe os dedos no pescoço de Cato (Infelizmente, meus conhecimentos de anatomia são quase zero), começa a fazer respiração boca a boca. Depois de três tentativas Cato está tossindo, ele está VIVO, será que o remédio fazia isso ou... Deixa pra lá, eu me abraço nele com força.

-Ai Peeta, meu pescoço – Ele reclama, mas me nego a soltá-lo.

-Nunca mais me deixe? Ouviu? Fique comigo...

-Sempre – Ele completa, devolvendo o abraço.

...

Depois de salvar Cato eu quase que não o soltei, ficamos de mãos dadas no jantar, e até dormindo eu o mantive junto de mim. Mas aí tudo que aconteceu veio à tona, os corvos, a Capsula, a visão do Distrito 12, o homem de armadura, o ataque na floresta de espinhos, Cato morrendo e voltando a vida.

A todo instante escuto vozes que não sei de onde vem. E nos três dias seguidos ao Banquete eu fiquei isolado, me mantive na sala onde tem a grande janela, dormi lá, comi lá, sofri lá. Eu preciso ficar sozinho, não suporto essas vozes. Nesse momento estou enrolado nos cobertores, caída ao meu lado está a lista. Vários morreram no banquete, porém não muitos nos dias seguintes. Analiso os nomes com cuidado.

Além dos já falecidos Carreiristas da equipe 2, nenhum outro morreu, eles são incrivelmente fortes.  No dia do Banquete, nove rostos surgiram, e nos dias seguintes, apenas 3. As equipes 9, 10 e 12 estão mortas, com a exceção de um tal Beetee, dá equipe 10, só sei que eu matei Chaff da 12 com a flecha de pulso elétrico. A garota estraçalhada pela Capsula Planetária é Saffra, da equipe 9. O homem morto por Gloss se chama Kruz, da equipe 14. Os dois da 24 e da 28 estão mortos, acredito eles tenham sido amassados pela Capsula Planetária. Blight da 25 e Flux da 26 também morreram, fechando os 12 mortos até agora. Sobraram só 28, acredito que seja agora o momento de as últimas alianças se formarem e de outras se quebrarem.

-Droga, o que eu estou fazendo?

Minha pergunta se perde no aposento vazio, já anoiteceu, o Hino tocou e ninguém morreu. Dá última vez que se passou um dia sem morte, houve um massacre no próximo e com ele quase que eu morri. Ponderei várias vezes sobre o efeito do meu isolamento na nossa aliança. Gloss se mostrou de confiança, ele faz rondas a cavalo dentro do Círculo todos os dias, fez uma trilha de fuga até a árvore misteriosa perto da cascata.

Vênus e Nuno já nos ajudaram bastante, e parecem se esforçar para nos mantes vivos, mais do que o normal. Cato voltou ao normal, está vivo, e isso é o suficiente para me fazer sorrir, mas tudo aquilo está me destruindo aos poucos.

Me enrolo nas cobertas e durmo... Queria saber como Vênus faz para ficar bem em um tempo tão curto...

E lá estou eu novamente, nos destroços daquele Distrito 12 mais desenvolvido, o homem moreno ao meu lado me olha, a jaqueta queimada, uma mecha de cabelo suja de sangue que escorre de um corte na testa, ele desvia o olhar para a moto amassada e raiva surge em seu rosto, a barba por fazer lhe ajuda na expressão de ódio.

-Peeta, vamos lá, uma última chance, é agora que acabamos com ele!

O homem de armadura nos olha, reparo melhor nele. Sua armadura é cheia de inscrições e tem tons negros e azulados com relevos escurecidos, mas ela brilha, sua pele é azulada e usa um fino elmo sobre a carranca. Seus olhos são negros, e estranhamente familiares.

-Chega de Mártires!

Tudo fica vermelho, morte, desespero, aquele sorriso maligno, chamas e um número em meios aos destroços que não consigo identificar.

-Peeta, acorda! –Finnick está me sacudindo, eu me acordo em sobressalto e me afasto dele, tremendo – Tudo bem, já passou, foi só um pesadelo.

Ele se aproxima e me abraça. Permito o contato por algum tempo e então me sento, com as costas na parede, os joelhos contra o peito, ele se senta na minha frente, cruzando as pernas.

-Não foi um sonho, tá bem?! – Falo de um modo um pouco mais rude que o desejado – Foi real, eu vi e senti, toda aquela morte e destruição, por que isso está acontecendo?

-Eu ainda não sei – Ele baixa o olhar, me sinto horrível, ele não tem culpa do que eu estou sofrendo.

-Desculpa, eu não quis agir como um idiota com você.

-Tudo bem – Seu sorriso surge, e seus olhos verde mar brilham – Sabe, Cato está preocupado com você, ele queria saber por que está fazendo isso.

-Eu preciso processar tudo que aconteceu, acho que é isso. – Meus machucados já estão curados em grande parte, antes eu estava coberto de hematomas e cortes.

-Quer falar o que viu?

-Os corvos me mostraram pessoas importantes, e depois... – engulo em seco, será que devo contar a ele? – Eu vi o fim do mundo.

-Isso é... – ele se detém, me analisando e suspira – Desculpa, eu não posso te ajudar, mas sei quem pode, agora tenta dormir e descansar.

Ele encosta sua testa na minha e depois deposita um beijo nela, enquanto bagunça meus cabelos. Escuto a porta se fechar e me encosto na pilha de cobertores, sem me importar com o frio, decido a não me cobrir.

-Esse é o problema, Finnick – sussurro para mim mesmo – Quando eu durmo, não tem descanso.

Olho a lua brilhando pela grande janela, o rosto de Cato se forma em minha mente e incrivelmente eu consigo ter um sono tranquilo dessa vez.

...

O dia começou tranquilo, decidi sair desse quarto e ficar o dia fora dele. Me lavei no lago, o vento hoje estava mais forte, bagunçando meus cabelos que já cresceram bastante. Como alguma coisa e decido treinar arquearia o resto do dia, afastado da casa.

Pego o arco e uma flecha comum, mirando uma mira improvisada que fiz em uma árvore qualquer. Mas meus dedos tremem, e tenho as lembranças do homem de pele azulada.

-Chega de Flechas! – Sussurro para mim mesmo, tapando a boca logo a pós, isso foi totalmente involuntário.

-Só uma. – A voz de Cato surge me surpreendendo, seus braços percorrem meu corpo, ele ajeita minha posição e me faz disparar uma flecha, acertando o alvo em cheio. – Sabe que se ficar sozinho vai ser pior, né?!

-Eu sei, mas...

-Você é um teimoso, sabia?

-Não – Respondo, sorrindo e lhe dando um soco fraco no ombro – Você que é um idiota metido.

Ele começa a rir e anda até a casa, me puxando pela mão. Olho para seu rosto, uma fina e baixa camada de barba começou a surgir em seu rosto, e deixa ele mais bonito do que eu esperava. Eu devo ter problemas hormonais, nunca tive barba, e acho que não ficaria legal se tivesse.

-Tá olhando o que?

Quando me dou conta ele está se encostando na parede de madeira da casa, eu faço o mesmo. Escorregamos as costas na parede, nos sentando, um ao lado do outro, sem soltar as mãos, ele aperta a minha força.

-O que você tem sonhado? – Sua pergunta é direta, e me dá vontade de gritar com ele.

-Se lembra de quando nos conhecemos, foi na festa de casamento da Katniss – eu digo, o que faz ele sorrir – Você me ofereceu um copo de refrigerante e conversamos sobre como seria o nosso casamento e com quem casaríamos, você disse que adoraria uma mulher gostosa.

-É, eu disse... – ele passa a mão nos cabelos, envergonhado.

-Esses sonhos tem o mesmo efeito de quando eu imagino que você preferia uma gostosona a mim, é claro que eles são mais fortes. Eu sinto, todas as mentes das pessoas sofrendo dentro da minha, eu sinto como se toda a vida fizesse parte de mim, como se eu pudesse criar vida, mas que ela morreria de tanto sofrer e...

- É mais sofrimento do que você pode imaginar que exista. – Assim que ele completa, concordo com a cabeça – Eu senti isso por causa daquela água maldita, o sofrimento de toda minha família, de todas pessoas que eu amo, dentro de mim.

Ele bate com os dois dedos na minha cabeça, e assim que o faz eu vejo tudo o que ele viu, e sentiu naquele momento.

-Peeta, tudo bem? O que houve com você? Tá pálido...

-Foi só uma tontura, eu acho...

Talvez parte do meu mal estar deva-se ao grande número de remédios que tomei. Me encosto no ombro de Cato, ele me envolve com os braços, preciso desse contato. Já passava da metade da tarde, o sol coroava um dos picos, brilhando forte. Algumas lágrimas surgem, mas o vento as afasta de meu rosto, limpo o que sobrou delas com as costas da mão.

-Nesses sonhos? Você me vê?

-Não, eu vejo um homem misterioso me ajudando, e um assustador contemplando a destruição.

-Ah é? Então Senhor Mellark, que homem misterioso está envolvido com você?

Começo a rir e me solto do abraço, olhando sua cara emburrada.

-É um sonho, só isso. – Digo sem ter certeza se isso é verdade, contradizendo o que falei para Finnick.

Ele ainda mantém o olhar desconfiado, mas um Finnick eufórico se aproxima de nós.

-Ei, o que houve? – Cato faz uma cara estranha.

-Encontramos Katniss.

Meu coração dá um salto, começo a correr atrás de Finnick, estou feliz, e ao mesmo tempo preocupado. Eles acabaram de passar pela porta de pedras, vejo Katniss, está suja, magra, com sangue por todo o corpo. Corro até ela e a abraço, seu cabelo está ressecado, mas ainda assim belo.

-Ei, vai com calma, ela tá meio machucada. – Diz Johanna – Não encontramos tanto conforto quanto vocês. As vadias Carreiristas nos acharam.

Haymitch aparece, com um ferimento na perna, Nuno o ajuda a andar, ele me olha sorrindo.

- E aí princeso, como tem sido?

Ele tem me chamado de princeso desde que viu Cato me fazendo carícias no treinamento.

-Péssimo, de certo modo – Sorrio para ele, Haymitch é até legal quando não bebe.

Cashmere está conversando com o irmão, mas me cumprimenta com um beijo na bochecha. Levo Katniss e Johanna até o lago, Vênus vai tirar os estilhaços de uma flecha que ficaram na perna de Haymitch, e Cashmere tem um ferimento no braço.

-Então, o que viram na Arena?

-Fogo, explosões, florestas assassinas, bestantes touros – Katniss começa a falar lavando o corpo – Um deles quase me matou.

-E quando a gente estava no meio da floresta choveu sangue, e os Carreiristas nos perseguiram igual loucos – Johanna está tirando grossas crostas de sangue seco do corpo – Pulamos em um rio, de lama e sangue, Haymitch foi atingido, meu machado vai decolar e cortar a cabeça de todos eles para eu me vingar.

Começo a rir e ela me atira água, devolvo o ataque e brincamos igual crianças, é um dos poucos momentos bons que tenho na arena. Cato se aproxima de nós, eu já entrei na água, então ele não hesita e dá um salto complexo para dentro da água, e por um segundo some, reaparecendo debaixo de mim, fico sobre seus ombros.

-Que lindo o casal, então, vocês foram no banquete? – Johanna agora limpa seus cabelos.

-Sim, eu fui – digo enquanto passo água no ombro de Cato e ele me beija as mãos, só falta ronronar – Tinha uma tal de Cápsula Planetária, matou muitos, eu atirei uma flecha explosiva contra os Carreiristas e...

-Você o que? – Ela grita, e até mesmo Katniss fica surpresa.

-Atirei uma flecha explosiva contra os carreiristas.

-Viu Katniss, e você se achando a arqueira do pedaço, olha a cara do Peeta, MO-DE-LO – Ela grita apontando para mim – Primeiro, a bicha é bonita, segundo ela fecha.

Como eu precisava disso, Katniss, Cato, Finnick, Johanna, e até de Haymitch. A noite chega e fazemos um grande jantar, durmo junto no saco de dormir com Finnick e Cato, e no nosso quarto ficam Katniss e Johanna, elas trouxeram seus próprios sacos de dormir. E finalmente consigo ter uma noite em paz na arena.


Notas Finais


Hoje é música brasileira, pra dar uma bad básica, espero que tenham gostado da chegada de pessoas tão especiais.
Até mais pessoal
Link da Música Tema:https://www.youtube.com/watch?v=1Ngn3fZIK2E


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