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História The New Mockingjay - Primeira Temporada - Burn


Escrita por: AlfheimQueen

Notas do Autor


Postado! Espero que gostem
E aceitem meu pedido de desculpas por qualquer coisa
É muito bom estar ao lado de vocês, é uma honra
Mas a história não acabou
Logo, chegará a Ascensão do Anjo em Chamas

Capítulo 12 - Primeira Temporada - Burn


Felicidade, segurança, força, amor e paz, coisas que todos desejam, no entanto, minguam tão rápido que quando você se dá por conta, já as perdeu e está cercado por dor e sofrimento. Mesmo estando nos braços de Cato e Finnick, os pesadelos vieram com tanta força que minha mente parecia prestes a explodir. O homem de armadura me olhava, os obeliscos duplos que estavam flutuando brilham, e uma onda de devastação percorre o local.

-Por que está fazendo isso? – Finalmente consigo falar algo, o homem me olha curioso.

- A sua pergunta, Peeta, só pode ser respondida por si próprio – um dos obeliscos brilha intensamente- Começou...

-Quem é você? Um inimigo? O que quer comigo?

-Inimigo? Não, eu sou a salvação desse mundo, e você é a minha arma favorita, seu papel aqui é mais importante que qualquer outro.

-Quem é o Inimigo?

-Isso você já sabe, acho que a única coisa que não sabe é onde o inimigo está. – Outro obelisco brilha – Está dentro de você.

Tudo fica vermelho de novo, asas de fogo devastam a terra, varrendo a vida e estão prestes a vir sobre mim quando volto para o quarto.

-Só um sonho – Sussurro para mim mesmo. A luz da lua ilumina o ambiente junto dos pequenos tubos de neon, me ergo em silêncio, Johanna dorme abraçada em Katniss, vejo paz em seus rostos.

Ando pelo corredor silencioso, e vou até a sala com a janela. Olho para a Lua gigantesca no céu, será que ela é verdadeira ou apenas uma ilusão. Os Idealizadores devem estar adorando me ver devastado, abatido, com uma mente a beira do colapso.

-Como posso enfrentar isso? – Suspiro deixando o vento levar essas palavras.

Aquele homem de armadura, como eu queria esquecê-lo, mas não consigo, Quem ele é? O que quer? Nada parece fazer sentido, uma remendado desconexo, cheio de furos e costuras mal feitas. Minha mente dá voltas, o frio parece não surtir efeito sobre meu corpo, já que sinto apenas parte dele penetrar a roupa escamosa.

-Parece que temos mais um episódio de “Peeta, o Sonâmbulo” – Finnick surge das sombras, meu coração dá um pulo, mas ao ver seu rosto me acalmo – Pesadelos novamente?

-Mais do que isso, eles parecem tão reais – fito seus olhos verde-mar – Já sentiu seus medos tornando-se realidade?

-Quando se é um tributo, essa é uma realidade, mas há coisas em que eu possa me segurar para acabar com isso.

Ele se vira para mim, e de súbito um pensamento me ocorre: Nesses dias, eu abandonei Finnick, tenho tratado ele como um amigo. Culpa é minha nova companheira.

-D-Desculpa... Eu devia ter tratado melhor, é que passamos por tanta coisa – as letras parecem se embaralhar em minha fala, o que eu estou fazendo?

-Não, você fez o certo, eu te garanto. Então, se você...

Paro sua fala com um beijo, ou melhor, um amasso. Esse impulso surge repentinamente, e meu desejo floresce como chamas no álcool. O tecido do moletom de Finnick impede o contato, mas minhas mãos se movem rápidas, abro o zíper e jogo a peça em um canto.

-Uau, o que foi isso? – Nossos lábios se separam e a pergunta escapa de minha boca, eu nem sei por que o fiz.

-Não sei – Finnick arfa – Mas eu quero mais.

-Bonito, que bonito em – Cato estava nos observando, encostado na porta fechada – Que cena mais linda, será que eu estou atrapalhando o casalzinho aí?!

Apenas sorrio, e não sei como funcionou, mas Cato se aproxima de mim como se eu estivesse o convidando para “participar”. Ele se aproxima me abraçando pelas costas, beijando meu pescoço. Finnick exibe um sorriso safado, se abaixa tocando minhas pernas e começa a retirar a roupa escamosa do meu corpo. Minha mente tenta processar o que está acontecendo mas apenas uma repostas surge: Eu vou perder minha virgindade!

O som do zíper nas minhas costas é seguido pelo toque dos dedos levemente ásperos de Cato. Sinto minhas roupas serem removidas, e cócegas percorrem meu corpo ao sentir os beijos de Finnick em meu abdômen, mas é prazeroso, e meu membro enrijece aos poucos, os olhos verde mar se dirigem ao volume na parte baixa apertada. Sinto sua língua percorrendo um trajeto abaixo de meu umbigo e então sobre o tecido, umedecendo-o. Finnick retira o restante de minha roupa, me deixando apenas com as mangas separadas do resto e revelando o quanto estou necessitado de atenção lá embaixo. Cato estava retirando sua roupa, e agora seu pênis encosta em minhas coxas, enquanto ele beija meu rosto, pescoço e ombro, dando um lambidinha em minha bochecha que me arrepia.

Finnick reclama de algo e retira suas roupas na minha frente, seu membro latejava dentro delas, mas para se aliviar ele o liberta dos tecidos apertados. Me beija outra vez e então se abaixa, ficando de joelhos, em uma posição confortável para poder se masturbar enquanto começa a introduzir meu membro em sua boca. Sinto meus pelos se eriçarem ao toque de seus lábios na glande, e então sua língua dá um uma “geral”, descrevendo um círculo ao redor do membro, a sensação de prazer é inexplicável, me deixa tonto, e minhas pernas perdem parte da força. Enquanto ele começa a sucção seus olhos verde-mar me encaram, e suas mãos tamborilam em minhas coxas, com suavidade.

-Finnick, isso é tão bom – Minha voz está cansada, e o ar ambiente não parece ser o suficiente para meus pulmões.

-Depois vai ser a sua vez, mas agora só... – Finnick contém a sucção por um tempo e sua língua percorre ao redor da base de meu membro, enquanto ele fala com uma voz mais sexy que o comum – Aproveite.

Cato, com seu jeito mais selvagem, se agacha atrás de mim e abre o espaço entre minhas nádegas, sinto meu rosto aquecer, mesmo com a intimidade que temos ainda sinto vergonha de me expor dessa forma. Enquanto Cato observa meu orifício, dando beijos ao redor do local e aperta a carne de meu traseiro, Finnick aumenta o ritmo, e força meu corpo contra ele, já que não tenho iniciativa, a sensação prazerosa começa a aumentar e sei que vou chegar ao ápice, e ele não se contém, seus lábios pressionam a base de meu pênis enquanto a língua realiza um trabalho e tanto.

-Está vindo – minha voz sai mais ofegante que antes, minhas pernas ficam bambas- Por favor, não pare.

E então acontece, o líquido enche a boca de Finnick, que parece acostumado a tal coisa e sequer se importa, ele engole em silêncio, com um sorriso satisfatório enquanto uma fina linha vaza da lateral de sua boca, caio de joelhos a sua frente, e nossos olhares se encontram.

-Você tem um gosto ótimo... peculiar... Quer experimentar?! – Seu dedo indicador passa sobre o sêmen e depois é introduzido em minha boca, minha língua envolve sua pele levemente áspera e capta o meu próprio “sabor” – Agora acho que é sua vez.

Sua mão passa por meu cabelo e ele me beija por um longo tempo, mas depois me abaixo aos poucos, beijando seu peitoral largo, os gomos definidos do abdômen, e até a virilha, terminando com uma lambida digna de prêmios, desde a glande de seu membro, até a base. Fico de quatro, e dou beijinhos em seus testículos, para então introduzir toda aquela extensão em minha boca, sentindo-o pulsar dentro de mim. Um pensamento se forma em minha mente tão rápido quanto é concluído, o tamanho extremo deles dois deve ser fruto dos exercícios e não duvido que de algum trabalho da capital.

- Peeta, empine um pouco, preciso de uma melhor visão. – a voz rouca dele soa bem próxima a meu ouvido, enquanto seu pênis rígido toca meu corpo, me dando calafrios.

Movo meus joelhos, e depois minha bunda se ergue o máximo possível. As mãos de Finnick passeiam pelo meu cabelo e nuca, e para não deixa-lo no desejo, ergo uma das mãos até seu peitoral, apertando com cuidado um dos mamilos, ele geme de modo contido.

-Tão bom – sua voz é falha, mas sensual o suficiente para me deixar com mais desejo – Peeta, se você continuar eu vou gozar, quero me divertir mais um pouco.

Paro por alguns segundos.

-Não seria justo, quero sentir seu gosto mais uma vez. – Falo olhando para cima, com meu olhar mais inocente.

Minha língua passa sobre sua glande, mas sou surpreendido por um choque, vindo de meu anus e subindo até o pescoço. A língua de Cato está se mexendo “lá”, uma sensação estranha me dá quase que agonia, seus dedos vão até minha boca e eu os deixo lubrificados com minha saliva, cheia de pré-gozo de Finnick.

-Vai doer um pouquinho, mas se você se comportar, eu posso deixar você entrar em mim depois. – O primeiro dedo de Cato passa sobre meu orifício anal.

Demoro alguns segundos para formular o que ele disse, e então me dou conta de que ele está querendo ser versátil. Enquanto seus dedos começam a entrar, primeiro só um e depois o médio junto do indicador, tento conter os gemidos, e decido terminar meu trabalho com Finnick. A cada estocada dos dedos de Cato, eu sugo o pênis de Finnick com mais força, não demorando para ele pegar uma das minhas mãos enquanto preenche minha boca com seu sêmen, que só não vaza graças a minha habilidade obtida na noite em que fui atacado pelas aranhas.

Engulo tudo de uma vez, quase me engasgando, e logo meu queixo é elevado por seus dedos trêmulos, ainda se recobrando. Ele tenta recuperar o ar, mas ao mesmo tempo está fervendo em desejo. Seu beijo é terrivelmente delicioso, compartilho com ele o próprio gosto, e depois sugo seus mamilos, deixando extasiado.

-Cato! – Minha voz sai fraca, mas ainda o suficiente para chamar a atenção do loiro atrás de mim- Está doendo, eu preciso de você logo.

-Esfomeado – Ele diz retirando os dedos de meu interior e se aproximando para um beijo – Gosto assim, mas vai ter de implorar.

-Por... Favor... Eu.... Preciso.... De... Você... – digo entre os intervalos do contato de lábios e língua.

Ele se afasta um pouco e me deita de costas no chão, para eu poder descansar meus braços. Finnick resolve saciar Cato, lhe mordiscando os mamilos, e até lhe beijando, parece que eles possuem afeto entre si. Enquanto umas mãos de Cato posiciona seu membro em minha entrada, a outra desce até a bunda de Finnick, ficando fora do meu campo de visão.

-Parece que os nós três estamos com um tanto de fogo – Seu sorriso safado indica uma ideia – Talvez...

Ele fala algo com Finnick, mas não consigo ouvir direito, minha paciência está se esgotando.

-Vamos logo com isso!

-Tá bom – Cato começa a introduzir seu membro em mim, sinto a dor da entrada- Vai doer bastante, mas Finnick vai poder te ajudar.

Sim, o homem de pele bronzeada e cabelo cor de areia se agacha sobre minha cintura e começa a introduzir meu membro dentro de si... Ele é um pouco aberto, e não sou tão grande quanto ele, mas consigo me satisfazer, quem diria, Peeta Mellark, o queridinho da Capital sendo ativo.

A sensação de estar dentro de Finnick é ótima, mas logo é afastada de mim por um tronco introduzido com violência dentro de mim, contenho o gemido/grito.

-Tão apertado, você é perfeito Peeta, está me fazendo sentir tão bem – Não posso dizer o mesmo, acho que a possibilidade de eu sangrar é grande.

Finnick percebe minha dor e se curva, com meu membro ainda dentro dele, me beijando, acho que é uma forma de conter os gemidos, pois Cato começa com as estocadas, fortes, porém não tão rápidas. Acho que ele acertou o fundo, pois finalmente a dor se torna prazer, enquanto isso nossos corpos começam a se grudar devido ao suor que umedece os cabelos e deixa madeira molhada.

Não sei por quanto tempo isso continua, meus sentidos estão entorpecidos e minha noção de espaço-tempo está mais confusa do que já esteve.

-Finnick, está vindo! – Minhas palavras fazem ele parar de se mexer, ele retira meu membro de dentro de si.

-Vamos mudar um pouco as coisas... – Cato sai de dentro de mim e se senta encostado na parede, seu membro rígido parece um prédio na minha frente. Vou até ele e recebo ajuda de Finnick para sentar aquele mastro.

Dessa vez sou eu quem me mexo, indo para cima e para baixo, mas logo os braços fortes de Cato passam atrás de meus joelhos, erguendo um pouco minhas pernas e me movendo, para facilitar a “cavalgada”. Finnick fixa seus olhos verdes nos meus, parece pensativo, e então se aproxima de meu ouvido.

-Me perdoe.

Fica atordoado e sem saber o que pensar até sentir isso, seu membro começa a forçar entrada, junto do de Cato, minha voz sai esganiçada e baixa.

-Não vai dar, não cabe, eu não consi...

Ele me para com um beijo e põe todo seu pênis em meu interior, a dor se mistura com o prazer, as lágrimas surgem, mas... Eu sinto que quero aquilo, não sei por que. Deixar os dois dentro de mim é a coisa mais estranha que fiz na vida.

-Peeta, não consigo segurar mais, eu posso? – Cato sussurra em meu ouvido, beijando meu pescoço.

-Pode, por favor.

Primeiro ele se libera dentro de mim, e logo após sinto Finnick, os dois estão me preenchendo, meu corpo fica dormente, e meu sêmen vem involuntariamente. Quando eles retiram seus membros de dentro de mim, eu só quero ir para o lago e me banhar, mas meu corpo está muito cansado para isso. Apenas me encolho sobre Cato, o frio surgiu repentinamente, e sinto Finnick me abraçando, meus olhos se fecham sozinhos.

...

O sol bate em meu rosto, os pássaros cantam e o vento faz as folhas farfalharem, meus olhos se estreitam e começo a me mover, conseguindo me erguer, mas minhas pernas estão bem fracas e minha bunda está latejando. Enrolo meu traje na cintura, continuo usando apenas as mangas, e saio da sala, andando silenciosamente pelo corredor e descendo as escadas, para minha sorte não tem ninguém ali, deve ser bem cedo.

Saio da casa e vou até o lago, e sem pensar duas vezes, me livro das roupas e entro na água, lavando meu corpo e retirando todas as impurezas. Não demora muito para Cato e Finnick aparecerem, pulando na água, e embora estejamos falando pouco nossos rostos tem um sorriso satisfeito estampado. Lavo minhas roupas e fico no lago enquanto deixo elas secarem um pouco no sol quente.

- Nunca imaginei que se sairia tão bem – Diz Cato se aproximando de mim pelas costas e beijando meu ombro – Está doendo muito?

-Mais ou menos, a água ajuda com a dor. – Meu rosto se enrubesce e fico olhando para meu reflexo na água ondulante.

-Hoje eu, Finnick e Nuno iremos fazer a ronda, então aproveita para descansar, ok?!

Faço que sim com a cabeça e saio da água, colocando a roupa de baixo, o traje escamoso e as botas. Meu corpo ainda está dolorido quando vou até o quarto e encontro Katniss e Johanna dormindo, o frio da manhã percorre meu corpo, então coloco a calça e o moletom. Me deito no saco de dormir, minha mente se acalmando, meus músculos relaxando e a respiração ficando mais calma. Finalmente tenho um sono tranquilo, sem ser atormentado por pesadelos, mas um mal pressentimento percorre meu corpo.

...

Meus olhos se abrem, um som agudo ecoa pelo local, me ergo rapidamente, o sentimento de perigo é mais forte que o cansaço. Corro pelo corredor e alcanço a sala ao fim dele, olhando pela janela grande. O som vem da porta de pedra, incessante, mas não parece uma arma... Parece um alarme. Tudo se apaga, um escuridão intensa toma conta do nosso paraíso secreto, consigo ver uma fraca luz passando por sobre as colinas, tentando penetrar o local. E então a explosão.

A casa é abalada, assim como todo o local. Chamas se agitam, pedras se espalham, e um longo e amplo faixo de luz entra por uma enorme abertura na rocha. Meus ouvidos estão latejando, quando a luz volta e começo a correr, pego meu arco e a aljava recheada de flechas e desço as escadas. Encontro Vênus, Katniss e Johanna armadas, e do lado de fora estão Haymitch, Cashmere e Gloss.

-Eu vou olhar o que tem lá dentro, vocês vão chamar os outros, agora! – Uma vez vem do ouro lado da cratera aberta na colina, nuvens de poeira se erguem ocultando nossa visão.

Ficamos em silêncio. Me permito olhar para cima, e concluo que dormi bem pouco, o sol só agora está perto de atingir o ponto máximo no céu. Em meio aos destroços uma silhueta se materializa, com uma lâmina em mãos. Ela avança lentamente e então se revela, é Beetee.

-O que vocês estão fazendo aqui? – Parece confuso e preocupado – Corram agor...

Uma lança atinge sua perna e ele cai gritando, sangue esguicha nas flores do chão.

-Um traidor – Diz uma figura musculosa saindo das sombras, olhos puxados e cabelo arrepiado – Sempre imaginei, é por isso que não confio nesses do 3.

Reconheço ele, é Gunnar, da equipe 19. Ao seu lado Noreena, da mesma coalizão, com seus cabelos ruivos caindo até a cintura.

-Vênus, leve Katniss e Johanna para a Cascata – Minha voz ganha um tom imperativo- Haymitch, você e Cashmere ajudem o Beetee, sigam Vênus.

Gloss entendeu o recado, e pega sua lança e uma espada que tinha consigo. Os outros cinco acatam minhas ordens. Gunnar retira a lança da perna de Beetee e vem na minha direção, ignorando os outros. Uma pergunta imediata surge, Onde estão Finnick, Cato e Nuno?

-Você cuida do Garoto, eu fico com o grandão – Diz o tributo de olhos puxados, girando a lança nas mãos.

Noreena desembainha uma faca e começa a correr em minha direção, disparo uma primeira flecha, mas ela desvia com um pulo, perdendo velocidade. Disparo outra flecha que acerta o ombro dela, porém, ela corre desvairadamente, o sol torna suas mechas em chamas amedrontadoras. Quando ela está a menos de dois metros giro para o lado e a derrubo usando o arco como bastão. Ela cai de bruços e imediatamente pulo sobre suas costas, preparando o arco, hesito por alguns segundos, mas disparo uma flecha em seu crânio, o baque surdo é seguido de uma poça de sangue na grama, seu maxilar tem um furo por onde a flecha saiu.

-Noreena! – Grita seu amante, mas o som de uma espada interrompe o lamento.

Sua cabeço rola e para na minha frente, a cena é macabra, os dois rosto sem vida próximos um do outro.

-Vamos para a floresta. – Minha voz sai baixa, talvez por precaução. Devem ter mais deles vindo. O canhão dispara duas vezes.

Gloss primeiro liberta os cavalos, que saem galopando assustados. Seguimos para a floresta e ficamos espreitando, escondidos atrás de árvores grossas. Não demora para outros aparecerem, ou melhor, muitos outros. Nesse momento, devem ter chegado todos os carreiristas, seguidos de Lyme e Columbae, as mulheres da equipe 22 e 23, e Spinel, o homem da coalizão 22. Os Carreiristas ordenam para que esses três entrem na casa. Eles se reúnem na cozinha e conversam alguma coisa que me é inaudível. Espero alguns segundos, ponderando o plano que criei. Pego uma flecha, penas vermelhas, miro atentamente, Gloss me olha surpreso, e disparo. A flecha entra pela da Janela da cozinha, da qual nós observávamos eles e acerta a parede da lareira. Os três olham para a arma sem entender nada e logo são engolidos pela chama, a casa se espedaça, a força da explosão joga os Carreiristas para longe. Três vezes o canhão soa, ecoando pelo local.

Meus ouvidos começam a latejar novamente, e começo a correr, passando pela borda da floresta e alcançado a trilha que leva para a cascata. Os Carreiristas começam a se recuperar, devem me odiar, primeiro explodi um porto nas costas dele, e agora uma casa bem em frente aos seus rostos. Alcançamos as ruínas e sei que logo estaremos no arco de pedra, mas minhas pernas são paradas e eu simplesmente caio. Uma corrente as mantém presas, e está se estica até as mãos de Thor.

-Não tão rápido, Anjo em Chamas – Sua voz é grave, seus olhos ameaçadores.

Quando chega perto, seu mangual se preparando para me executar, uma flecha lhe acerta o ombro, mas ele apenas solta um grito gutural e arranca-a de seu corpo. Consigo vislumbrar Katniss no alto da trilha, e Gloss lutando contra Phox. Meus pés se livram da corrente meus dedos alcançam um flecha na aljava, e eu a cravo no tornozelo de Thor, por sorte, esta era uma flecha de pulso elétrico. Seu corpo é jogado para trás, caindo contra uma arvore. Phox se distrai o suficiente para levar um soco tão forte que desmaia. Katniss grita para mim. Nada de canhão.

-Peeta, rápido! – Me ergo e corro o máximo que posso, ao meu lado está Gloss, com uma ferida no braço.

Passamos pelo arco de pedra e corremos sobre a trilha de tijolos cinzentos. Olho para o céu e vejo, quase que transparente, os números piscando “11:56”. Ouço o som dos Carreiristas correndo atrás de nós, e enquanto subimos pela estrada antiga vejo um fraca luz roxa em algum ponto perto da casa. Quando finalmente chegamos a área aberta nossos inimigos já nos alcançaram. Sou jogando no chão por Barry, da coalizão 1, sua pele escura brilhando de suor no sol e uma faca erguida, mas ele hesita, seus olhos me fitam por alguns segundos, o suficiente para Gloss chutá-lo e ele cair rolando. Me ergo novamente e atravesso o rio correndo pulando algumas pedras.

Vênus estava ali me esperando, junto dos outros. Olho para a margem oposta e vejo as coalizões 3, 4 e 6. Pearl parece estar triste, mas mesmo assim se aproxima junto com os outros. Pego uma flecha de pulso elétrico, pronto para disparar no rio e impedir a passagem deles, quando me dou conta do momento em que estamos... Meio-dia.

Quando tudo começa a flutuar, e os sons ao nosso redor param, me lembro de uma frase, dita por Vênus: “Talvez ele seja muito importante para correr riscos”.

Sinto meu corpo ser tomado por uma sensação de estar em chamas, meus olhos ficam quentes, preparo a flecha e miro na árvore. Me lembro de outra coisa, que conversei com Vênus em um dia dentro da arena. Ela me disse que quando um timer começa a agir, ele perde toda a energia de seu campo de força. Solto a corda do arco, a flecha não flutua, vai com força total e acerta o tronco da arvore.

Uma onda de energia é liberada, jogando todos para longe. Meus sentidos começam a se fragilizarem, não consigo manter os olhos muito abertos e meu corpo está muito cansado. A onda se propaga e atinge algo no céu, criando uma crepitação cheia de eletricidade e explosões. Pedaços de matéria se desprendem de um teto falso, um campo de força ao redor da arena. Visualizo um aerodeslizador, e dele descem soldados por cordas, e um deles vem até mim. Meus olhos se fecham e caio na escuridão.

...

Peeta, acorde...

O que? O que aconteceu? O campo de força se desfez e... Onde estou?

Eles salvaram a nós, Peeta, e eu te salvarei da escuridão

Essa voz... Quem é?

Sem perguntas, apenas me dê sua mão e eu te levarei para onde você quiser ir

Em meio ao escuro vejo uma luz alaranjada surgir, uma mão de chamas âmbar se estende e eu a seguro com força, sinto que tenho asas para voar agora, meu corpo ascende e alcança o limiar da escuridão, como se eu emergisse da água. Começo a tossir, estou dolorido, meu corpo está quente, mas o ambiente é frio.

Abro os olhos e me vejo em algo que parece uma sala médica, um homem de cabelos negros está sentado ao meu lado, assegurando minha mão.

-Gale? – Minha voz sai fraca, olho para cima por um segundo, e vejo marcas negras de queimadura na parede, em forma de asas – Onde estou?

-No 13 – Ele diz, sua voz suave e seus dedos machucados do trabalho são um ótimo calmante- Você está melhor?

-Ainda não sei... Cadê todo mundo?

-Nós os retiramos de lá, mas quanto a Cato, Finnick e Nuno... Não os encontramos, mas sabemos que estão vivos.

Como? Perdi eles dois? E Vênus... Deve estar arrasada sem Nuno?!

-Gale, por que não está no 12?

-Peeta... – Ele se ergue, seus olhos exibem tristeza, intensa- Não existe mais Distrito 12.


Notas Finais


Espero que tenham curtido essa temporada (Isso mesmo!), mesmo ela sendo curta
Vai demorar um pouco para eu retornar
E como de costume, aqui está o link: https://www.youtube.com/watch?v=CGyEd0aKWZE


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