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História The Nine Faces - The fifth face... Vesta.


Escrita por: Just_VK

Notas do Autor


Desculpem algum erro de português.

Capítulo 6 - The fifth face... Vesta.


Fanfic / Fanfiction The Nine Faces - The fifth face... Vesta.

 

Gabriel On

 

Vesta havia nos levado até a cozinha, era bem antiga, mas por incrível que pareça tinha comida ali, não parecia estar estragada, o que me surpreendeu mais ainda, todos nós comemos e bebemos água, ainda bem, se passassem mais algumas horas eu morreria de desidratação. Ela apenas observava enquanto fazíamos isso, Kalia pela primeira vez não parecia morrer de medo, talvez porque estivesse mais preocupada em comer do que com o que estava acontecendo em si, depois de tudo isso, voltamos para nosso caminho, Vesta nos guiava lado-a-lado com Elizer, ela era bem alta, não comentei sobre sua aparência até porque não tinha o que comentar, falava por si só.

O que mais me intriga é que não há uma sequer parede sem ao menos um quadro, deve ter dado um enorme trabalho colocar todos eles, eu parecia ser o único a reparar nas pinturas que estavam penduradas, nesse andar em uma parede de um corredor que viramos para esquerda a pouco, havia a pintura de uma mulher jovem sentada em uma poltrona de couro vinho, com seus cabelos presos, um longo vestido rosa claro e um gato em suas mãos, talvez tenha ligação com os outros dois que vi nos andares anteriores, um deles era de um homem já de idade avançada, com uma barba longa e um terno azul marinho, o outro era de uma mulher que parecia ter a mesma idade dele, com cabelos castanhos presos de uma forma estranha e um vestido longo azul claro com detalhes brancos, talvez seja uma linhagem ou apenas uma família, uma família separada talvez... Não sei direito, mas é obvio que todos foram pintados pelo mesmo artista, são os mesmos traços em todos os três quadros, Vesta andava rápido, o que a tornava mais exaustiva do que os outros, meu Deus, mas tudo bem.

-Você realmente sabe para onde está indo? – Lexi perguntou.

-Tenho e você sabe muito bem disso.

Lexi estava realmente estranha desde que acordou, até seus olhos estavam estranhos e agora que eu paro pra pensar, em algum momento eu lembro daquele Cupid dizendo algo como “emprestar o corpo” ou sei lá e desde que ela acordou ele não veio mais atrás da gente, e se... Não, isso não seria possível, quer dizer, cadê a lógica? Não existe, na verdade não tem lógica em nada do que está acontecendo aqui então.

-Astrid – Chamei baixo para que somente ela pudesse ouvir.

-Uh?

-Você notou que... Cupid sumiu desde que “Lexi” acordou?

-... Agora que você falou... Realmente.

-E não acha isso estranho?

-É claro que acho, mas quer que eu faça o que?

-Eu não sei, fala para os outros aí, fala com o Elizer, ele deve saber o que fazer ou com a Nami, ela parece entender de coisas assim sei lá.

-Ok...

Ela falou com os outros mesmo sobre aquilo, o que era bom, eu olhava para Lexi as vezes e “ela” não parecia desconfiar de nada, parecia viajada na verdade, não sei como descrever, ela estava estranha de qualquer maneira, aquele andar por mais que talvez não fosse possível, parecia maior que o outro, a cada andar que nós passávamos parecia ficar maior, o que me deixava cada vez mais agoniado e começava a me deixar cansado, acho que todos estavam ao menos um pouco cansados, afinal não havíamos dormido nada desde o dia anterior, também, nós não imaginávamos que íamos acabar aqui pelo resto da noite.

-Vocês estão cansados? – Lexi perguntou, que horrível, parece que ela leu minha mente, um arrepio percorreu minha espinha.

-Não tem onde vocês dormirem aqui – Vesta respondeu.

-Hum...

-Quanto tempo acham que tem?

-Não sabemos, até amanhecer e isso parar de ser tão escuro e assustador ou até a bateria do Thierry acabar e não termos mais como ter esperanças de comunicação com alguém e nem iluminação.

-Vou dar uma coisa para vocês – Ela disse parando de andar e pegando uma rosa que estava dentro de um tipo de vidro, ela a tirou de lá e de repente, não sei como, mas ela fez, literalmente, fogo e colocou a chama dentro daquele vidro fechando-o novamente em seguida – Pegue – Ela disse dando o vidro á Elizer e continuando a andar.

-Wow... – Ele o pegou -... Isso não vai estourar?

-Não, esta chama não vai fazer mal algum, nem ao vidro, tão pouco a vocês – Ela sorriu.

-Que incrível – Ele disse estendendo o celular de volta para Thierry.

Nós continuamos andando, aquela chama que Vesta havia dado realmente iluminava muito, o que era ótimo, dava para ver quase tudo o que havia a nossa volta, limitadamente claro, mas ainda sim, era ótimo poder enxergar “bem” de novo.

Vesta nos levou por vários corredores e portas, eu não sabia mais onde a gente estava, havíamos aberto umas trinta portas, até que ouvimos algo que com toda certeza não era a casa rangendo.

-Nami... Você está com fome de novo? – Thierry perguntou.

-Não... – Ela respondeu com a voz meio tremula.

-Vesta, devemos nos preocupar? – Ouvi Elizer perguntar, engoli em seco.

-Apenas continuem andando, mais rápido talvez.

Ela começou a andar ainda mais rápido por incrível que pareça, ela já andava rápido antes agora nós estávamos quase correndo, céus quando isso vai acabar? Eu não quero terminar morto, como isso aconteceu nada faz sentido na minha vida, Deus, porque?

-... Esse barulho não vai parar nunca?

-Porque? Isso é tão injusto – Kalia dizia chorosa.

-Acalmem-se não é nada com que devam se preocupar – Vesta disse, então de repente tudo ficou em silêncio, tudo mesmo, nós paramos por um momento.

-Parou...? – Nami disse, quando sentimos como se o chão começasse a tremer, olhamos para trás.

-Mas o que diabos está acontecendo? – Thierry perguntou, então ouvimos o som de cascos batendo extremamente forte contra o piso de madeira e rápido.

-Droga... – Vesta disse -... Rápido!

Dessa vez estávamos correndo mesmo, muito, Kalia estava chorando, que porra ‘tá acontecendo aqui? Eu olhei para trás para ver o que era e então eu vi uma mulher com os cabelos completamente bagunçados com metade de corpo humano e a outra metade como se fosse um cavalo, ela era um tipo de centauro? Isso existe? Voltei a olhar para frente, aquela imagem me perturbaria por um tempo, ela não era como os dos filmes, era realmente macabro, ela quem estava nos perseguindo todo esse tempo, céus que coisa estranha porque tanta loucura? Minha mente vai explodir no sentido literal.

-Rápido, aqui – Vesta disse entrando em uma porta que estava aberta, todos fizemos o mesmo e ela a fechou.

Elizer automaticamente deu o vidro com a chama para Morgana e foi ajudar Vesta com a porta, juntamente a Thierry e Pablo, eu não estava ajudando, estava em choque e no chão, não sei como vim parar nele mas estava no chão, ofegante e assustado, nós poderíamos ter morrido agora, nesse segundo, eu nunca senti tanto medo em toda a minha vida.

-Você ‘tá bem? – Astrid perguntou.

-N...N... – Acenei negativamente.

-Calma, está lá fora agora, não pode nos fazer mal.

Tudo ficou quieto por um breve momento, então uma batida deveras mais forte do que as anteriores na porta, Elizer foi atirado, literalmente ao chão, com uma expressão de dor, mas ele se levantou com a mão em seu braço e continuou fazendo força contra a porta, respirei fundo, eu tenho que encarar meu medo, me levantei e fui até eles para ajudar. Uma batida e eu pensei que todo o meu corpo tivesse explodido, era muito forte, para mim havia acabado, nós morreríamos, mas, de alguma forma e por algum motivo, ela parou, não sabemos ao certo porque mas ouvimos ela se afastar da porta, estava indo em bora, continuamos segurando a porta por mais alguns minutos para ter certeza.

-Está tudo bem agora – Vesta disse.

-Humpf – Elizer se ajoelhou, quando ele tirou a mão de seu braço, estava muito roxo, tipo para caralho.

-Meu Deus! – Morgana disse.

-Nossa... – Kalia colocou as mãos a frente da boca.

-Isso não é bom – Vesta disse – Você acha que quebrou?

-Não... Eu tenho certeza – Ele respondeu, tentou move-lo mas isso só fez com que doesse mais.

-Vem – Eu o ajudei a levantar.

-O que está fazendo? Ele precisa descansar – Astrid disse.

-Não, tudo bem, ele está certo... Nós temos que continuar, quando sairmos daqui eu vou ficar bem.

-Mas...

-Sem mas, vamos.

Vesta abriu a porta e nós saímos, Morgana estava a seu lado desta vez, ela era quem carregava a luz agora, nós continuamos em frente, ela nos explicou que teríamos de fazer outro caminho para não correr o risco de voltar um corredor e dar de cara com, “aquilo” que para minha surpresa, ela disse que era Cybela, aquela que nos levou há um tempo, fiquei realmente incrédulo quando ela disse aquilo, como era possível uma mulher se transformar naquele monstro? Depois de mais alguns corredores, Vesta parou e olhou para nós.

-Deixo vocês aqui, continuem seguindo em frente, por favor sejam o mais rápido que puderem, onde fica a escada não há porta, vocês apenas devem seguir em frente, ok? – Assentimos e continuamos andando.

-Elizer, você não acha que devíamos parar? – Morgana perguntou, agora ele estava ao lado dela enquanto andávamos em frente e na mesma velocidade de quando estávamos com Vesta.

-Não, vamos continuar e ser rápidos, vocês viram o que ela disse, não podemos arriscar que aconteça algo com mais alguém.

Continuamos em frente por um longo tempo ainda, quando finalmente conseguimos ver um batente de porta completamente destruído, foi por onde passamos, a escada, finalmente, a nota desta vez estava bem ao lado de onde devia ser a porta a peguei.

-“Podem seguir em frente, não se assustem, as aparências enganam com facilidade.”

-Certo, já vimos tanta coisa que acho que não tem como eu me surpreender mais com aparências – Elizer disse indo até a escada.

Realmente ele estava certo, o seguimos para o próximo andar, desta vez assim que subimos tinha um garoto ali, de costas, ele usava um blazer social de mangas longas, um jeans preto e tinha cabelos mais ou menos a altura do pescoço.

-C-Com licença – Morgana disse.

-... Vocês demoraram mais do que eu esperava – Quando ele falou senti uma paz imensa, sua voz soava tão doce que chegava a ser quase que literalmente angelical, se não isso – Aconteceu algo? – Quando ele se virou para gente tomei um pequeno susto admito, ele parecia aqueles caras que tatuavam o corpo todo, mas aquilo era claramente sua pele, era como um esqueleto.

-Fomos perseguidos... – Elizer disse.

-Entendi, não precisam dizer mais. – Ele se aproximou – O que houve com seu braço?

-Nada demais só – Ele fez uma expressão de muita dor quando o garoto tocou-o.

-Não parece “nada demais”.

-De qualquer forma, não é relevante agora...

-Se pensa assim – Ele olhou para nós – Eu sou Urano, me sigam e eu os guiarei.



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