História The One - Little Things

Ruggero Pasquarelli

Primeiro aniversário do Matteo

“Um ano. O ano mais frio, triste e doloroso da minha vida. Um ano sem você. E pela primeira vez tomei coragem pra escrever uma carta direcionada a você, Bianca.

Eu não sei mais o que é sorrir, o que ser feliz, o que é viver. Utilizo todas as minhas energias pra levantar todos os dias de manhã e conseguir ficar em pé para cuidar do nosso pequeno. Ele é a única coisa que me mantém vivo.

Meus pais, meus amigos e suas amigas me obrigaram a ir a um psicólogo porque eu estou com depressão. Mas não adianta muita coisa. Não vejo a mínima graça nas coisas sem você aqui do meu lado.

Queria tanto que você tivesse a oportunidade de ver o sorriso do nosso filho, de pegar ele no colo, de colocar ele pra dormir. Como eu queria ter a sua ajudas nas noites frias de inverno que tive que acordar e esquentar o leite dele na mamadeira porque ele não tinha você para alimentá-lo. Eu faria qualquer coisa para te ter ao meu lado novamente, meu amor.

Tranquei a faculdade, não tenho cabeça para estudar. Todos me dizem que sou jovem, tenho só 19 anos e uma longa vida pela frente, que tenho que superar, que não posso ficar de luto eternamente. Mas como seguir vivendo sem o amor da sua vida? Como eles querem que eu volte a sorrir se não tenho mais esses olhos brilhantes ao meu lado quando acordo? Como sentir alguma coisa que se única pessoa capaz de fazer isso se foi?

Mas não pense que estou te culpando. Não é isso. Eu estou me culpando. Me culpando por te amar tanto e não ser capaz de seguir em frente. Me culpando por ser tão dependente do seu amor. Me culpando por simplesmente não conseguir mais enxergar a vida de outra maneira.

Eu te amo, Bianca. E vou te amar eternamente.

Com amor,

Ruggero”

Dias atuais

“Oi meu amor. Sei que hoje não é uma data especial, mas senti que precisava escrever. Continuo sentindo sua falta todos os dias e meu coração ainda segue ferido por sua partida, mas agora estou começando a enxergar o mundo colorido novamente.

Ontem encontrei uma camisola sua no meio das minhas roupas. Ela ainda tem seu cheiro. E esse aroma me transportou através de todos os momentos que vivemos juntos. De todos os beijos, abraços, carícias, de todas as noites que tive você em meus braços. De tudo.

E eu chorei. Chorei porque te amo e sempre vou te amar. Chorei porque não fui capaz de superar. Porque demorei tanto tempo pra me permitir ser feliz de novo e está sendo difícil para eu abrir meu coração novamente. Só alguém como você poderia fazer isso. E esse alguém chegou na minha vida  e está mexendo com todos os meus sentimentos.

Ela se chama Karol. Você iria gostar dela. Eu gosto dela. Matteo gosta dela. E ela está me fazendo sorrir novamente. Está me fazendo enxergar o mundo com outros olhos e está me ensinando muitas coisas. Pensei que não conseguiria me envolver com alguém depois da sua partida, mas ela apareceu e do nada eu comecei a sentir coisas estranhas, que eu não sentia a muito tempo, comecei a me apaixonar pelo jeito dela e pela maneira espontânea e cativante dela de viver a vida, pelo jeito meigo e doce, por cada atitude dela que me lembra você e cada lembrança sua que me faz pensar nela.

Sei que não precisava estar fazendo isso, mas senti a necessidade de te dizer essas coisas. Vou me sentir mais leve pra fazer o que estou planejando. Sei que você vai me apoiar, porque nós prometemos que sempre nos apoiaríamos, independentemente do que acontecesse.

Finalizo a carta dizendo o de sempre: eu te amo.

Ruggero”

Li novamente a carta que tinha escrito hoje cedo para Bianca. Eu sentia que precisava escrever. Talvez eu diga que as cartas são pra ela só como desculpa. Talvez essas cartas sejam só desabafos que eu não tenho coragem de fazer pra ninguém. Nem pra minha mãe, nem pro Agus e nem pra Karol. Bom, nesse caso a Karol era o assunto, então não teria como ser pra ela de qualquer maneira.

Minha cabeça quase explodiu tentando pensar em um presente. Amanhã é aniversário dela e seria o primeiro presente que eu daria a ela e não fazia a menor ideia do que comprar. Ontem andei por vários e vários shoppings e nada do que eu via me agradava. Nada parecia ser um bom presente para a minha doce e linda Karol.

Mas como já era de se esperar, eu tive a ajuda da minha miniatura para isso. Ele insistiu que eu comprasse flores e eu achei que seria um tanto quanto estranho dar flores de presente de aniversário, mas Agus estava junto e apoiou completamente a ideia. Dois contra um era meio difícil, assim que liguei na floricultura e deixei um buque de rosas reservado e pedi que entregassem hoje a noite na casa dela.

Mas ainda não tinha me convencido. Então pedi ajuda para minha mãe e soube exatamente o que me dizer. Eu já tinha o presente certo para Karol e entregaria ele juntamente com as rosas. Só faltava coragem para fazer isso.

Sai dos meus pensamentos quando comecei a reparar em Matteo. O engraçado de ser pai solteiro era a maneira como eu vestia meu filho. Podia dizer claramente que ele era uma miniatura minha. E já que eu gostava de me vestir bem, ele sempre andava estiloso demais pra uma criança. Isso não seria diferente hoje. Afinal a fruta não cai muito longe do pé.

Olhei ansioso para o relógio, me perguntando se Karol já havia recebido o buque e o que tinha achado da surpresa que coloquei dentro do mesmo.

De nada adiantaria eu ficar pensando nisso, quando ela recebesse, provavelmente mandaria uma mensagem de agradecimento ou alguma coisa do gênero. Então optei por deixar meu celular de lado um pouco e sair comprar comida com Matteo. Talvez quando eu voltasse a mensagem que eu esperava já estivesse lá.

Karol Sevilla

Eu tinha um mural com algumas fotos no meu quarto, sim, parece muito coisa de adolescente, mas eu não ligo. Acho muito lindo ter fotos das pessoas que me fazem feliz aqui e poder olhar todos os dias e lembrar que posso colocar um sorriso no rosto de cada uma delas, e isso já deixa meu dia melhor.

Recentemente coloquei uma foto minha com Ruggero e Matteo no dia em que fomos ao parque. Todos os dias olho essa foto e percebo o quanto estou me apegando a eles e o quanto os dois se tornaram importantes e essenciais na minha vida. Sinto uma necessidade tão grande de cuidar deles e de preencher esse vazio que eu sei que existe naqueles dois coraçõezinhos, que já não sei mais o que é acordar e não pensar em uma maneira de deixá-los felizes.

- Filha, tem uma entrega pra você. – minha mãe apareceu.

- Pra mim?

- Sim. Parece que você já começou a receber seus presentes de aniversário.

- Me deixou curiosa dona Mônica, vem, vamos ver o que é.

Sai do meu quarto e fui junto a minha mãe até o portão de casa onde um homem ao lado de um carro de uma floricultura me esperava com um buquê.

- Senhorita Karol Sevilla?

- Sou eu.

- Este buquê é uma entrega especial para a senhorita pela ocasião do seu aniversário. – ele me entregou o lindo e gigante arranjo de rosas vermelhas, com um envelope da carta no meio.

- Obrigada. – sorri gentilmente – Você não pode me dizer quem mandou, né?

- Acho que não será necessário. – apontou para a carta – Tenha uma boa noite e um ótimo dia amanhã.

- Igualmente. – falei e ele saiu em direção à porta do carro. – Espera. – tirei uma rosa – Leve de agradecimento e entregue a alguém especial para você.

- Obrigada. – ele pegou a rosa e saiu.

Eu e minha mãe entramos em casa.

- Quem será que mandou? – ela perguntou já sabendo a resposta.

- Eu acho que foi ele sim, mãe.

- E quando vamos conhecê-lo de verdade?

- Vou convidar ele para vir aqui qualquer dia.

- Convidar quem? – meu pai apareceu.

- Aquele amigo dela, Miguel. Ele mandou flores. – mamãe se antecipou.

- A dona Mônica aqui estava dizendo que vocês precisam conhecer ele de verdade.

- Concordo com ela. – ele estava com uma cara de ciúmes.

- Vocês vão adorar o filho dele também, eu já disse isso né?

- Várias vezes. – ela riu.

- Vocês se incomodam se eu for ler a carta no meu quarto?

- De jeito nenhum, pode ir meu amor. – papai me deu um beijo na testa.

Fui até meu quarto e coloquei as rosas em cima de uma mesinha, depois acharia um vaso que comportasse todas aquelas flores. Peguei a carta e me joguei na minha cama.

“Boa noite, minha linda,

Sei que seu aniversário é amanhã, mas você me conhece e conhece meu alto nível de ansiedade, então resolvi te mandar essa carta hoje, e dizer que eu espero que seu dia amanhã seja maravilhoso e que você aproveite ele como deve ser: com um sorriso imenso no rosto.

Passei dias e dias pensando em um presente perfeito para você, mas no fim acabei não encontrando nada e optei por te mandar uma carta e dizer algumas coisas.

Karol, para ser bem sincero eu não sei nem como começar a dizer o quanto você se tornou importante na minha vida. Você chegou do nada, em um momento onde eu estava completamente perdido e sem enxergar qualquer rumo na minha vida e me ajudou a ver que as coisas são simples e que não devemos desistir de tudo assim tão fácil.

Eu precisava de alguém que me entendesse, que me ajudasse, que pudesse compreender tudo o que estava acontecendo comigo e você com esse seu jeito e sua paciência extrema está conseguindo me tirar do mundo frio e insensível no qual eu mesmo havia me trancado e não pretendia sair tão cedo.

Sua amizade foi à coisa mais importante que me aconteceu nesses últimos tempos e realmente não sei o que seria de mim se os seus conselhos, sua visão de vida e a maneira como passou a cuidar de mim e do Matteo.

Cada palavra dita por você chega até o meu coração e parece aquecer ele, derretendo o gelo que tinha se formado aqui dentro cinco anos atrás. O simples fato de te ver sorrir já me causa uma sensação de conforto e felicidade instantâneos, melhorando meu humor em um nível numericamente grande.

Você mais do que ninguém sabe como eu me sinto em relação a vida. Confio em você e por isso te contei tudo sobre tudo. Você é uma das poucas pessoas que realmente sabe o que se passa aqui dentro e por esse motivo eu sei que entende que eu simplesmente não estou pronto pra expor meus sentimentos, ainda que confie plenamente em você.

Dói. E você sabe que ainda dói. Mas que é a pessoa responsável por estar doendo menos e por essa ferida aos poucos estar se fechando. Não queria chegar nesse assunto na carta que estou escrevendo pelo seu aniversário, mas é que tenho que te agradecer por não ter desistido de mim assim que me conheceu.

Tenho que te agradecer infinitamente pelas noites que passou ao telefone comigo, me dizendo que tudo ia ficar bem, que eu conseguiria sair dessa, pelas conversas sem o menor sentido só para me fazer rir, por cuidar de mim nessas ultimas semanas, quando tive uma recaída na minha depressão, por não deixar que Matteo percebesse isso, por estar ao meu lado desde que nos conhecemos e não se importar em me ajudar a levantar.

Tenho que te agradecer por deixar rolar. Por não colocar rótulos nos nossos sentimentos e por não me pressionar por assumir qualquer tipo de relacionamento contigo. Não pense que eu ignoro completamente isso. Todos os dias eu penso em gritar pro mundo o que venho sentindo por você. Mas não consigo. É mais forte que eu. Como eu já disse, ainda não estou pronto para isso.

Mas antes de terminar essa carta eu quero dizer o que enrolei pra dizer. O que poderia ter te dito antes, o que poderia ter mandado em uma linha. O que mesmo não conseguindo expressar para o mundo, eu quero dizer pra você. Porque não é justo manter isso só pra mim.

Você é minha melhor amiga e eu prometi que te contaria o máximo de coisas que eu conseguisse. Que tudo o que eu não sentisse medo, eu revelaria para você, e é por isso que eu preciso te contar que estou inteiramente e perdidamente apaixonado por você, Karol Sevilla.

Eu espero que você continue sendo essa pessoa incrivelmente linda tanto por dentro, quanto por fora e que nunca deixe de fazer as pessoas sorrirem ou de mostrar ao mundo que as coisas funcionam melhor quando existe amor envolvido.

Feliz aniversário.

Com amor,

Ruggero”

Eu só sabia chorar.

A carga emocional contida nessa carta era maior do que podia parecer. Ruggero não estava apenas se declarando para mim. Ele estava rompendo as próprias barreiras e revelando um sentimento. Eu não sabia como reagir. Queria sair correndo agora mesmo e ir até ele abraçá-lo, mas entendo que se ele falou tudo isso por uma carta, é porque ainda não é hora de conversar sobre.

Mas não é só isso. Tudo o que ele disse sobre mim, sobre nós e sobre nossa amizade me emocionou demais. Porque apesar de estarmos tendo um tipo de relacionamento amoroso, somos amigos, acima de qualquer coisa. Esse é o motivo pelo qual estamos indo tão devagar.

Vou repetir quantas vezes for necessário. Nós somos almas gêmeas e não importa o que aconteça, vamos estar interligados. Bom, pelo menos isso é o que eu penso. E sei que da maneira dele, ele pensa assim também. Ninguém passa na vida de uma pessoa por acaso, tudo tem um por que e um pra que.

Sequei as lágrimas que insistiam em cair pelo meu rosto e abracei o envelope com a carta. As formas mais puras de sentir acontecem quando somos verdadeiros, quando não somos pressionados por nada ou por ninguém, e é isso que faz com que eu e Ruggero estejamos cada vez mais envolvidos um pelo outro.

Peguei meu celular e escrevi uma mensagem.

“As rosas são lindas e a carta foi a coisa mais bonita que já recebi de aniversário. Obrigada. Nesse momento eu me encontro chorando alguns litros de lágrimas com tudo que escreveu. Estou tão feliz em saber de cada uma dessas coisas, que me emocionei a cada linha que eu lia. Não poderia ter me dado um presente melhor, Rugge.

I'm in love with you”

Escrevi a ultima linha como se estivesse silabando a letra de uma musica e mandei para ele.

Logo em seguida deixei o celular de lado e me permiti ler mais uma vez a carta em minhas mãos. Estava ansiosa por vê-lo amanhã, depois de todas essas confissões.

(...)

Como era meu aniversário, a diretora me deu o privilégio de ir trabalhar apenas na parte da tarde, assim eu poderia dormir mais. Confesso que ninguém poderia me deixar mais feliz no dia de hoje que alguém dizendo que eu poderia acordar mais tarde.

Cheguei na escola e tudo estava normal. Crianças brincando, professoras tomando café, o lindo céu azul do dia, a leve brisa que me acalmava enquanto andava em direção a minha sala. Não existe ambiente melhor que um onde eu esteja cercada por crianças.

- PARABÉNS TIA KAROOOOOOOL! - as dez criaturinhas gritaram assim que eu entrei na sala, que estava toda decorada com balões e tinha uma mesa no centro com bolo e alguns docinhos.

- Obrigada meus amores! – todos vieram correndo até mim – Tia Karol não consegue nem expressar a felicidade, de tão grande que ela é. – me abaixei ficando da altura dos meus alunos e os abracei.

- Parabéns Karol. – Flor estava no fundo da sala.

- Obrigada Flor. Agora entendo porque me deu uma folga.

- Você merece. É uma pessoa boa e uma excelente profissional. O carinho deles demonstra isso. – sorri em agradecimento – Crianças, o que acham da professora cortar o bolo pra gente? – vi olhinhos brilhando na minha frente, todos ansiosos pelo bolo. – Venham até a mesa. – e assim eles fizeram.

- Parabéns mamãe! – Matteo esperou todas as crianças saírem e me abraçou, fazendo meu coração se aquecer com tanto amor.

- Obrigada, meu pequeno. – depositei um beijo em sua bochecha e levantei, caminhando de mãos dadas com ele até a mesa.

- Quem quer bolo? – perguntei vendo as mãozinhas se levantarem. Cada vez mais eu tinha certeza que esse era o meu lugar.

Durante toda tarde as crianças preparam surpresas para mim e eu tenho certeza que devo estar com o rosto todo inchado de tanto chorar.

Eu estava agradecendo todos ao pais, por terem mandado as comidas e ajudado nessa surpresa que a diretora e as outras professoras tinham feito.

- Não vai me agradecer? – eu reconheceria aquela voz, mesmo que ela estivesse a uma distância grande.

- Não precisa nem dizer que mandou o bolo. Matteo deixou isso bem claro. – me virei e o abracei.

- Feliz aniversário. – ele disse e depositou um beijo rápido nos meus lábios, aqui não era o local correto para demonstrações de amor.

- Obrigada. – me aninhei em seu peito enquanto ele me abraçava.

- Gostou da surpresa? Flor esta planejando isso já faz um tempinho. Falou com todos os pais.

- Eu amei. Ela me contou. Contou também que a ideia foi de determinado pai de um determinado aluno.

- Bom, essa parte era pra ser segredo. – ele ficou um pouco envergonhado – Eu queria que tivesse um dia feliz.

- Parabéns, você conseguiu. – era tão bom ter ele ali comigo – Vou buscar Matteo.

- Já pedi para a estagiária fazer isso. Pode ficar mais alguns minutinhos falando comigo. – ele olhou em volta e me deu mais um beijo.

- Isso parece algo muito clandestino. – ri entre o beijo – Se algum pai me ver aqui com você, posso ser demitida.

- Você tem razão. Me desculpa. – riu também – Fiquei feliz que gostou da carta.

- E tinha como não gostar? Todas aquelas palavras tão lindas escritas diretamente pra mim. Ruggero, você sabe como conquistar uma garota. – ri para tentar descontrair, sabia o quão difícil era para ele tocar nesses assuntos.

- O Ruggero de 16 anos ainda vive aqui dentro. Lá no fundo, mas vive.

- Eu não estou com o Ruggero de 16 anos. Estou com o de 23, e foi ele que escreveu tudo aquilo pra mim. – ele não disse nada, mas eu sei que o que falei o afetou de uma maneira boa.

- A estagiária esta demorando. – ele disse mudando de assunto, como de costume.

- Está mesmo. Vou procurar ela e Matteo. – e assim que virei, dei um passo para trás sentindo minha respiração ficar falha. Algo estava errado. Muito errado.

Eu sabia que o que estava vendo não era uma miragem. Era uma pessoa real.

Respirei fundo antes de ver ele vindo até mim com um buque de rosas na mão.

- Está tudo bem, Ka? – Rugge me perguntou e eu não consegui responder.

- Feliz aniversário, princesa. – André se aproximou, mas assim que viu a mão de Ruggero na minha cintura, seu sorriso se desfez.

André encarou Ruggero. Ruggero encarou André. E Karol?

Karol sentiu que estava prestes a magoar uma das pessoas mais importantes da sua vida.