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História The Perfect Performance - The First Act


Escrita por: Jhinossauro

Notas do Autor


Olá pessoal, Jhinossauro aqui (estão autorizados a rir do nome) e eu venho trazer minha primeira fanfic pra vocês. Serão poucos capítulos, e é uma história bem curtinha, então não tem muita coisa a comentar sobre.


Espero que gostem e tenham uma boa leitura!

Capítulo 1 - The First Act


Fanfic / Fanfiction The Perfect Performance - The First Act

Era uma noite chuvosa. O cenário não estava favorável, porém a performance de um maestro não pode ser impedida. A cada segundo que passava eu me sentia inefavelmente inspirado. A cada passo eu me sentia mais puro, mais vívido. Tudo estava perfeito. Ele se movimentava como uma raposa, correndo e pulando, como uma criança hiperativa. Eu conseguia ver através de sua máscara, sua face cujo olhos esbanjavam um toque ígneo, de raiva, fervor, e angústia. Porém um Maestro não vê apenas carne. Dentro dele havia um coração envolto de sombras, cujo minhas balas ao entrarem em seu corpo purificariam cada centímetro. Eu não queria que esta performance fosse rápida, não. A morte jamais deve ser rápida, ela deve ser uma ópera. Eu já havia performado contra “ninjas” antes, porém este, intitulado O Mestre das Sombras, dava um ar de que seria uma performance inesquecível. Eu sentia cada batida do meu coração, contando como um segundo. Um segundo a menos para eu entrar em palco. Um segundo a menos para minha performance. E foi dado o sinal.

 

E então, as cortinas se abriram.



Entrar em seu “castelo” foi fácil. Ele havia espalhado sombras por todo o local, provavelmente já sabia da minha presença. Mas naquela hora, a performance era inevitável.  Uma vez que as cortinas se abrem, o público está prestando atenção, e minha performance tem de ser sublime. Subi milhares de escadas, muitos passos e então cheguei no topo do castelo. Ele não estava lá, como esperado, já havia notado minha presença. Porém senti algo no ar. Um toque misterioso, sombrio, esotérico.

 

- As sombras sentiram sua presença.

 

- Magnífico – Disse enquanto virava. – Ouvi tanto sobre você, estou muito ansioso com essa performance. – Falei, enquanto preparava minhas balas e respirava fundo. – O ar de pré-performance.... como eu senti saudade dessa sensação.


Ele permaneceu em silêncio.

 

- Um ninja silencioso, uau, esperava mais originalidade de você.

 

- Meu trabalho não é medido por palavras, mas sim por ações.

 

- Trabalho? Você acha que matar pessoas é um trabalho? Matar pessoas é uma arte, e sua arte é carente de alma. – Falei, apontando minha arma e disparando.


A performance que eu tanto esperava, finalmente havia começado. Os aplausos do começo do espetáculo, a euforia da performance, tudo misturando para formar um tiro certeiro, em seu peito, atirado com uma força majestosa e ao mesmo tempo leve, o tom perfeito. Ele trocou para uma sombra para evitar o tiro, porém ao mesmo tempo que fez isso, outro tiro foi dado. – VOCÊ IRÁ PERFORMAR! – gritei, com o calor da performance sobre minha alma. Cada tiro que eu dava, uma sombra nova surgia, então que finalmente ele decidiu atacar, múltiplas “shurikens” vindo em minha direção, apenas pude desviar, porém uma cortou meu braço, o que sujou um pouco do meu traje.

 

- ISSO É O QUE EU CHAMO DE ARTE! – gritei, enquanto atirava em sua cabeça. Seu elmo voou, e sua face ficou exposta.

 

- Ora ora ora, parece que temos uma face exposta aqui! – Falei.

 

- Se isso te surpreende, retire sua máscara também. – Exclamou.

 

- Mostro minha verdadeira face apenas para o público. – Disse.


E então ele desapareceu fazendo um jogo com as sombras, enquanto tentava me desferir golpes com as três sombras, apenas um tiro bastou e todas as outras sumiram. E então, ele se ajoelhou, gritos e mais gritos, música para meus ouvidos.

 

- A performance está completa. Foi uma decepção lutar com você. Esperava mais, afinal, ouvi toda uma história sobre a tradição dos ninjas e de como lutam bem.

 

- Tradição é o cadáver da sabedoria. – Falou enquanto gemia de dor, trocando com uma sombra que vinha dos céus.


Ao trocar com a sombra ele tentava desferir chutes e golpes em mim, porém nenhum com sucesso, graças aos meus disparos sucessivos em partes que era difíceis de desviar. Tudo estava sendo perfeito, o combate, a ação, eu conseguia finalmente sentir tudo. E então, entramos para dentro do castelo novamente, ele não conseguia desviar dos meus tiros, e eu sabia que se eu parasse, ele iria me dar um corte certeiro e me mataria em questão de alguns segundos. Fomos lutando do topo do castelo até o chão, onde o ambiente era mais favorável para ele. Mais obstáculos para mim, mais lugares para ele se esconder. Um cenário espalhafatoso e sem graça, onde infelizmente eu teria que encerrar minha performance não-perfeita.

 

- Sorria, todos estão assistindo, Zed. – Falei enquanto ele pulava em cima de mim, golpes e mais golpes sendo desferidos, até então quando acertou um soco perfeito em minha face. Minha máscara havia sido danificada.

 

- Esplêndido. – Falei enquanto corria para dentro do castelo, ao topo da torre, para a cena final.

 

- NINGUÉM ESCAPA A PRÓPRIA SOMBRA! – Falou enquanto vinha com seu exército de sombras em cima de mim.



Ao chegar no topo, ele surgiu da escuridão que havia dentro do castelo. Nossos olhares se entrelaçaram. Seus olhos, frios, porém com um toque de medo, me davam uma alegria perturbadora. E então, ele pulou em cima de mim com outras três sombras, fazendo um perfeito “X”.

 

- ACABOU! – Gritou enquanto tentava me acertar junto com as sombras.

 

- EU SOU O LÓTUS FLORESCIDO, UM SIMPLES ATOR SUBSTITUTO NÃO PODE ME OFUSCAR! – Gritei enquanto pulava do topo do castelo, e então, minhas armadilhas explodiram.



Vi todas as explosões, ouvi todos os gritos, e dessa vez, eu tinha certeza que ele havia sido danificado. As explosões formaram um lótus enorme e majestoso, como minha graciosidade refletida em arte. Após cair em um monte de feno,  fui imediatamente ao topo do castelo. Ao chegar no topo, ele estava lá: deitado, sem reação, parado, igual um animal morto.

 

- Inspire a atmosfera. Sinta o que é uma pós-performance. Escute os aplausos. – Inspirei profundamente, apontei minha arma para seu peito, e disparei.


Meu tiro foi com a força e a velocidade perfeita, precisa. Senti cada segundo antes, durante e depois do disparo. A sensação foi perfeita. Sublime. Esplêndida. Seu corpo foi elevado por um pessegueiro crescendo, como se fosse uma escada direta para os céus. Ele estava morto.

 

 

 

 

Assim acaba o primeiro ato da nossa performance. Mas não posso parar, afinal, as cortinas ainda estão abertas.

 

 



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