História The Power Of Love - Season 1 - Single Fright Female

Pov's Mary

Acordei com o sol batendo em meu rosto. Ainda era cedo e não queria levantar da cama, mas era preciso. O dever me chamava. Amanhã seria a chegada de Elizabeth na França e eu gostaria de passar cada minuto restante com Francis, antes que ele vá para Paris com os pais e as minhas damas.

Levantei da cama e fui logo fazer minha higiene matinal. Minhas damas me ajudaram a me vestir e logo fomos tomar o café da manhã.

- Mary, você tem certeza que quer nós em Paris amanhã? - perguntou Aylee - Podemos te ajudar aqui amanhã quando sua prima chegar.

- Agradeço a oferta Aylee, mas não posso arriscar que vocês fiquem aqui se algo der errado com o meu encontro com Elizabeth amanhã. - falei entrando no salão real

Todos já estavam sentados na mesa. Me direcionei para Francis e me sentei ao seu lado. 

- Bom dia! - falou Francis dando um pequeno sorriso

- Bom dia! - falei sorrindo também 

- Como foi a sua noite? - perguntou tentando puxar assunto

- Ah...eu dormi muito bem, obrigada por perguntar! - falei enquanto comia um pedaço de bolo

- Eu sei que você está preocupada com amanhã. - comentou Francis segurando a minha mão e acariciando a mesma - Mas eu estarei aqui pra te proteger. Elizabeth não irá encostar em um fio de cabelo seu.

- Francis você não vai ficar aqui amanhã! - falei seriamente- Amanhã cedo haverá três carruagens. Uma para minhas damas, outra para os seus pais e outra pra você e seus irmãos. Vocês irão para Paris.

- Você está dizendo que ficará sozinha aqui quando Elizabeth chegar?! - perguntou irritado - Mary, essa ideia é uma completa estupidez. Eu não irei te deixar aqui sozinha.

- A decisão não é sua! - falei irritada - É a mim com quem Elizabeth quer conversar. Não posso ficar preocupada com a sua segurança, Francis.

Eu não conseguia continuar com essa conversar por nem mais um minuto. Me levantei da mesa e fui caminhar pelo lado de fora do castelo. O ar puro me faria bem.

Pov's Francis

Eu precisava que Mary entendesse a minha opinião, ela conseguia me deixar louco. Sua ideia era maluca, ficar aqui sozinha não será uma opção. Quando Mary saiu do salão real antes mesmo de terminar o seu café, decidi ir atrás dela. Segundo os guardas, ela havia ido para fora do castelo.

Eu estava prestes a sair a procura de Mary, quando vi Lola entrar no castelo.

- Lola! - chamei e ela logo se virou - Você viu para onde a Mary foi?

- Eu vi ela saindo do castelo, Francis. - falou Lola se aproximando de mim - Ela não deve estar muito longe.

- Ela estava bem quando saiu do castelo? - perguntei seriamente

- Bom, ela parecia um pouco irritada. - comentou - Porque, o que aconteceu?

- Tivemos uma pequena discussão sobre o dia de amanhã. - falei 

- Você não quer deixar ela aqui sozinha, estou certa? - perguntou e eu assenti - Francis, eu também não quero deixar ela aqui sozinha. Mary é minha melhor amiga e a minha rainha também. Eu já vi como ela fica quando as coisas não vão do jeito que ela deseja. Por favor, faça o que ela está pedindo.

- Mas...Lola, o que ela está me pedindo é loucura! - falei irritado - Mary está se preocupando com minha segurança ao invés da dela. Preciso que você me ajude!

- Com o quê, exatamente? - perguntou confusa

- Preciso que você me dê cobertura amanhã quando as carruagens saírem para Paris. - falei - Mary precisa acreditar que eu irei sair do castelo, mas eu não vou.

- Francis, você está testando a paciência da Mary! - avisou Lola - Ela pode parecer adorável, mas o coração dela é duro igual a uma pedra. Se algo acontecer que atrapalhe o encontro dela com Elizabeth, ela nunca irá te perdoar. Mas eu vejo que você a ama e fará de tudo para protegê-la, por isso irei te ajudar.

Lola saiu de perto de mim e foi encontrar suas amigas. Decidi continuar procurando por Mary, não queria que ela ficasse sozinha andando pelo castelo. Não demorei muito para encontrá-la, eu a avistei sentada perto do lado jogando pedras nele.

- Mary! - falei me aproximando e ela deu um pequeno pulo ao ouvir a minha voz - Me desculpe, não queria te assustar.

- Está tudo bem. - falou Mary sem nem olhar pra mim

- Olha, me desculpe pela nossa pequena discussão. - falei pegando em sua mão - Depois que você saiu do castelo, decidi que eu irei para Paris amanhã.

- Obrigada, Francis! - falou me abraçando. Eu não gostava de mentir pra ela, mas era preciso. Mary nunca me deixaria ficar no castelo, mesmo sendo a Corte da minha família, ela era uma rainha e tinha mais poder do que eu no momento - Assim que tudo isso acabar, estaremos juntos novamente.

- Como você pode estar tão calma em um momento como este? - perguntei curioso - Sua prima Elizabeth, que está tentando te eliminar para que não assuma o trono da Inglaterra, e você está agindo como se nada fosse acontecer. Não é errado sentir medo, Mary.

- Medo é para os fracos, Francis. - falou Mary amargamente - Eu senti medo grande parte da minha vida. Com o tempo, a gente endurece e não sentimos mais nada.

- Você quer ser uma rainha pelo qual todos lutariam? - perguntei e ela desviou o seu olhar do meu - Igual eu luto por você? Então, não endureça, governe com compaixão, não é nenhum crime se importar com as outras pessoas. Esta é a grande diferença entre você e Elizabeth, você governa com o seu coração. Continue ouvindo ele e você se tornará invencível, Mary.

- Eu fui coroada rainha com seis dias de vida. - comentou - Tentei governar com compaixão, mas as pessoas nunca me levam a sério. Agem como se eu fosse uma bonequinha de porcelana prestes a quebrar.

- Bom, eu não a culpo por se sentir frágil. - falei acariciando seu rosto - Você passou por tanta coisa durante sua vida. É direito seu se sentir frágil.

- Isso me faz me sentir fraca! - falou - E estou cansada de me sentir assim, Francis. Por isso Elizabeth pensa que tem alguma chance de me destruir, porque eu não sou capaz de me defender.

Mary começou a chorar. Depois de muito tempo tentando parecer forte, ela finalmente me mostrou que estava com medo. Ela podia ser forte, mas também era frágil. Puxei ela para perto de mim e a abracei. Ficamos abraçados durante um tempo, até que Mary se soltou dos meus braços e me beijou.

- Mary... você...- falei, mas fui logo interrompido por outro beijo

- Eu quero você, Francis! - falou sem fôlego - Só você.

Deitei Mary no chão e continuei a beija-lá. Tomei cuidado para não passar dos limites, não era a hora certa para fazermos amor, com tudo o que estava acontecendo ao nosso redor. Mas esse momento era importante pra mim, onde parávamos de nos preocupar com qualquer coisa, mesmo que fosse algo temporário.

- Precisamos voltar para o castelo. - falei beijando sua testa - As pessoas irão se perguntar para onde fomos.

- Deixem que elas perguntem. - falou Mary voltando a me beijar, mas eu logo a impedi

- Vamos voltar para o castelo. - falei pegando em sua mão e a guiando de volta para o castelo

Ao chegar lá, vimos meus pais vindo em nossa direção. Eles não pareciam muito felizes.

- Mary, Francis, precisamos discutir algumas coisas antes de partirmos amanhã. - falou meu pai seriamente - Mary você ficará com oito companhias de nosso exército. Não sabemos se Elizabeth irá vir realmente sozinha e precisamos que você fique segura.

- Eu entendo majestade, mas eu não posso arriscar ficar com oito companhias. - falou Mary - E se algo acontecer e perdermos todos esses homens. Nunca irei me perdoar.

- Mary, querida, o destino é incerto. - falou minha mãe pegando na mão de Mary - Eu sei que você se sentirá responsável pelas vidas desses homens, mas precisamos que fique segura. E eles estão dispostos a perder a vida por você.

- Mary, você é o futuro! - falou meu pai seriamente - Quando você reivindicar o seu trono na Inglaterra você e Francis governarão metade da Europa. Você será a rainha mais poderosa e temida que todos já conheceram.

- Pai, talvez seja melhor não discutirmos mais sobre isso. - falei entrando na conversa - Mary está cansada e precisa descansar. Chega de discussões por agora.

- Francis, eu sei que você se importa com a segurança de Mary. - falou meu pai - E sei que ficará inquieto se for para Paris conosco amanhã. Por isso decidimos que você ficará com Mary aqui no castelo.

- Não! - gritou Mary - Já não basta me sentir responsável pelas vidas de seus cavaleiros. Por favor, não me faça  ser responsável pela vida do seu filho. Se algo acontecer com Francis eu...

- Mary, já está decidido. - falou meu pai - Francis irá ficar e ponto final!

Mary saiu do corredor irritada. Eu estava prestes a ir atrás dela, mas meu pai me impediu.

- Porque você falou dessa maneira com ela?! - perguntei irritado - Eu concordo que eu deveria ficar aqui com ela amanhã, mas você não precisava preocupá-lá desse jeito.

- Ela quer ser tratada como rainha, então que assim seja! - falou meu pai saindo do corredor

- Vá ficar com ela, Francis! - falou minha mãe seguindo meu pai

Saí do corredor a procura de Mary. A mesma não estava em lugar algum. Avistei Greer e ela me disse que Mary havia ido para seus aposentos. Quando cheguei lá, vi Bash e Mary conversando.

- Precisamos manter isso em segredo. - ouvi Mary falar - Francis está sempre se arriscando por mim.

- Mas você quer que eu faça isso mesmo? - perguntou Bash - Francis nunca mais confiará em mim ou você.

- Eu não tenho escolha! - falou Mary irritada - Se a única forma de fazer com que ele saia do castelo é quebrando seu coração, então eu farei isso.

- Você não fará nada, Mary! - falei entrando no quarto - Eu não faço a menor ideia do que você está planejando, mas eu não deixarei você fazer.

- Francis... - Bash tentou falar mas eu logo o interrompi

- Eu quero você fora destes aposentos agora! - falei irritado e Bash logo foi embora - Mary...

- Porque você tem que complicar as coisas? - perguntou Mary chorando - Tudo o que eu quero é que você fique seguro. Não posso arriscar te perder.

- O que você pretendia fazer com Bash? - perguntei friamente - O que você iria fazer para quebrar o meu coração?

- Eu iria beijá-lo. - falou e meus olhos se encheram de lágrimas 

- Bom, isso não importa mais. - falei amargamente - Nada que você fizer irá me afastar de você.

Continua...