História The Red Queens - If you wanna go fast, say yeah

— Kylie...

— Kylie nada! Como você pode trazer essa garota pra cá, Bieber? — caminho rapidamente até ele — Você sabe como eu me sinto em relação a ela! Falta pouco pra eu dar um tiro nela e dançar em cima de seu cadáver.

Bufo de raiva e o vejo respirar fundo.

— Não fale assim dela! Você tem que aceitar: as coisas mudaram! — me fulmina com o olhar — Ela é a minha namorada e vai me acompanhar onde eu for.

Eu achei que nada mais me atingiria, mas ouvir essas palavras fez meu mundo estremecer. Eu não consigo aceitar que depois de tudo o que eu contei para ele, a Sofia ainda esteja na vida dele. Mas o que eu esperava, que ele desse um pé na bunda dela? Eu sou muito burra!

— Você continua o mesmo egoísta! Quer saber? — abro a porta — Ela está dentro da minha casa, aqui eu posso tudo!

Saio do escritório e ouço Justin me chamando, caminho rapidamente para a sala e já consigo ouvir a música alta. Avisto Sofia perto do bar improvisado, ela está perto dos garotos, mas parece estar deslocada.  Dou um sorriso perverso e vou até ela. Sofia arregala os olhos quando vê que sou eu que estou ao seu lado. Gosto assim, com bastante medo. Os garotos se afastam e me dão passagem, num rápido movimento, faço-a deitar sobre o bar improvisado. Seguro-a pelo pescoço e encaro seu rosto em pânico.

— Preste bem atenção no que irei te falar, Richie. — abaixo o tom de voz — Eu não sou a mesma de três anos atrás! Acho bom você não testar o meu limite, porquê ele é bem pequeno. Eu não vejo problema em acabar com a sua raça, vadia.

Aperto ainda mais seu pescoço quando ouço a voz de Bieber gritando com os garotos.

— Você a-acha que eu tenho medo de você, Kylie? — Sofia fala confiante — E sim, para mim, você continua a mesma garota burra e ingênua de três anos atrás!

Sinto o meu sangue ferver em minhas veias. Quem essa garota pensa que é para falar comigo dessa maneira? Solto seu pescoço e deixo ela se endireitar. Quero ver até quando sua pose de forte dura.

— Corajosa, hein. Olhe a sua volta, Richie! Veja o que EU conquistei. E agora olhe para a sua vida. Diga-me, aonde você chegou? Exatamente, em lugar algum! — solto um riso debochado — A única coisa que conseguiu foi o namoro com o Bieber, e nós duas sabemos o quão falso esse relacionamento é! — volto meu olhar para Justin, porém, continuo falando com Sofia — Nós duas sabemos em quem ele pensa quando transa com você! O que você tem dele são migalhas. Migalhas do amor que ele sente por mim! Eu sinto pena de você, Sofia, por se contentar com tão pouco!

Seu rosto muda, vejo que minhas palavras a acertaram em cheio. Ela sabe que tudo o que eu disse é verdade; Bieber nunca a amou.

— Chega! Kylie, cala a porra da boca! — Bieber fica entre nós — Nós já conversamos no escritório.

Todos estão em silêncio, até a música está desligada. A atmosfera a nossa volta é de pura tensão, todos sabem como eu sou explosiva e agressiva quando estou com raiva, e esse é o medo deles. 

Sofia me encara com raiva nos olhos, olho em sua direção e dou de ombros.

– Deixa, Jus. – quase vomito quando ela o chama de “Jus” – Eu sei me defender! Saiba que as suas palavras não me afetam, Kylie. Eu confio no meu taco.

Depois eu que sou a ingênua e burra.

— Sabe se defender, é? Bom saber. Sai da minha frente, Bieber! — o empurro para o lado. Seguro o rosto de Sofia, apertando-o até formar um bico. — Me escute bem, vadia: não bata de frente comigo novamente. Eu não me importo em acabar com você, na verdade, seria um enorme prazer! E pare de bancar a fodona, porquê sei que está morrendo de medo de mim.

Solto seu rosto e a empurro. Quando me viro, sinto meu braço ser puxado bruscamente. Não preciso nem me virar para saber de quem se trata.

— Isso não terminou aqui. — Bieber rosna.

– Sim, terminou!

Puxo meu braço com força e saio em direção ao palco improvisado.

Hoje eu quero esquecer até o meu nome.

(...)

— Acho que você já bebeu demais, Chaz! — rio quando ele tenta fazer o “4” com as pernas.

— Claro que não, Kyslie. — pronuncia meu nome errado.

— Kylie.

— Foi o que eu falei, KYS-LIE. — não aguento e começo a rir sem parar.

— Você devia dar um tempo da bebida. — tiro o copo de sua mão — Como você vai transar com a Pez?

— A Perrie me quer? — seguro o riso quando o vejo procurar ela com o olhar — Vou atrás da minha britânica!

Chaz se levanta aos tropeços e vai à procura da “sua britânica”. Dou risada e começo a bebericar o drink que peguei dele. Infelizmente, não estou bêbada ao ponto de esquecer meu nome.  A festa está lotada, a maioria está mais bêbada que o Chaz. Hunters e Twins estão misturados com as minhas Queens, mostrando que a nossa parceria está mais certa do que nunca.  

Mais a frente, uma movimentação chama a minha atenção. Sofia e Justin estão se agarrando num canto, reviro os olhos com essa cena patética. Fico observando eles e me pergunto o que eu estou fazendo por não ter tirado essa garota pelos cabelos daqui. Que merda de ciúmes.

— Cem mil dólares para saber o que você está pensando. — ouço uma voz desconhecida se aproximar por trás.

Com uma rápida olhada pelo ombro, vejo que a voz pertence a Dylan Sprouse (graças à tatuagem que tem no pescoço). Sorrio com os pensamentos impróprios que surgem em minha mente.

— Estou pensando na melhor forma de acabar com uma piranha. — me viro para ele — Diga-me, ácido ou desmembramento?

Ele solta um riso nasalado e se aproxima.

— Desmembramento é ótimo, mas ácido é um clássico! — sussurra em minha orelha, fazendo-me arrepiar — Agora me diga você, o que eu poderia fazer para ter a sua atenção?

Sorrio e umedeço os lábios.

 — Conseguir uma bebida para mim. — pisco e ele logo some entre a multidão.

Largo o copo vazio em cima da mesa ao meu lado e avisto Dylan voltando com dois copos em mãos. Sorrio e ele se aproxima, entregando-me um dos copos. Tomo um pequeno gole e noto ser vodka.

— E agora, mais alguma coisa?

— Hm, talvez um beijo? — dou um sorriso malicioso.

Dylan sorri e envolve suas mãos em meu quadril, me puxando para um beijo ardente. Seu beijo é calmo, mas ao mesmo tempo excitante. Eu sinto cada parte do meu corpo se acender, como se eu precisasse disso para viver. Estou quase tirando a roupa ali mesmo, quando o ar nos falta e somos obrigados a parar.

— Caralho! — Dylan sussurra.

Sorrio e o puxo pela mão.

— Vem, vamos para o meu quarto!

Assim que tranco a porta do meu quarto, Dylan me prensa na parede, beijando-me fervorosamente. 

— Espero que você não tenha um sentimento especial por esse projeto de blusa. — fala, beijando meu pescoço.

Quando estou pronta para perguntar o porquê, ouço o barulho de tecido sendo rasgado. Mordo seu lábio inferior advertindo-o.

Entrelaço minhas pernas em seu tronco, aprofundando o beijo. Dylan vai em direção a cama, sentando na mesma. Fico em seu colo, e já consigo sentir sua ereção, dou uma pequena rebolada e recebo um gemido de resposta.

— Porra, não faz isso. — morde meu ombro — Você é muito gostosa, Kylie!

— Eu não entendi o porquê de estarmos vestidos ainda. — Puxo a gola de sua camisa.

Dylan me coloca na cama e começo a tirar sua roupa. E não é que o filho da mãe é gostoso? Mordo os lábios e tiro, ainda deitada, o restante das minhas roupas. Dylan me encara por longos segundos, seu olhar transbordando luxúria, antes de voltar a me beijar.

— Sem preliminar ou oral? — pergunta Dylan.

— Por favor, preciso de você dentro de mim. — arranho seu peitoral — Primeira gaveta da cômoda da direita.

Dylan se estica e pega a camisinha onde indiquei. Ele a coloca em seu pênis e começa a me masturbar, em seguida, se posiciona em minha entrada e me penetra lentamente.

Solto um gemido de aprovação quando ele aumenta a velocidade de suas estocadas.

— Mais... Rápido! — minha voz sai entrecortada.

Dylan sussurra coisas sujas em meu ouvido enquanto seus movimentos ficam cada vez mais rápidos, deixando-me completamente fora de mim. Inverto a posição e fico sobre ele, cavalgando em seu pênis.

— Isso, Kylie. — Dylan fala e dá um tapa em minha coxa.

Aumento a velocidade e sinto que estou perto do meu orgasmo, percebo que Dylan também está, pois segura em minha bunda e auxilia nos movimentos.

— Kylie! — urra meu nome.

Dylan me penetra fundo e tenho um orgasmo no mesmo instante, sentindo tudo dentro de mim se contrair. Quico mais algumas vezes e Dylan chega ao seu ápice também.

Ficamos em silêncio tentando controlar nossas respirações que estão completamente alteradas. O quarto exala sexo.

— Porra, Ky! –Dylan me puxa para seu peito — Você acabou comigo.

Solto um risinho e levanto minha cabeça para encará-lo.

— Pode ir recuperando as forças! Se você acha que terminamos aqui, está muito enganado.

Dylan sorri malicioso e ataca meus lábios.

(...)

— PORRA, KYLIE! VOCÊ ESTÁ ATRASADA!

Desperto com gritos vindos da porta. Reconheço a voz de Cara.

— VOCÊ TEM MEIA HORA PARA ESTAR PRONTA!

Dito isso, ouço Cara se afastar.

– Que gritaria é essa? – Dylan questiona, ainda com a cabeça entre os travesseiros.

Olho para o relógio que está na cômoda, e percebo que estou mega atrasada para tomar café.

— Droga, nós temos treino. Ninguém pode faltar. — suspiro — Regras são regras.

— Ah, fique aqui! — me puxa para mais perto — Regras podem ser quebradas às vezes.

Dou um beijo em sua bochecha e me desvencilho de seus braços.

— Infelizmente essa regra não pode ser quebrada. — sento na cama — Vou tomar um banho. Se quiser, pode continuar dormindo.

— Óbvio que continuarei aqui. Vá lá, Power Ranger!

Rio e vou em direção do banheiro. Entro no box e tomo uma ducha rápida, vou suar e precisarei de outro banho mais tarde. Saio e vou para o closet colocar uma roupa bem confortável, prendo meu cabelo num rabo de cavalo alto. Dou uma olhada e vejo que Dylan está no décimo sono. Saio do quarto e vejo que a casa está uma bagunça. Ainda há algumas pessoas dormindo pelo chão, ou melhor, alguns homens. Ouço vozes e vou em direção à sala de jantar.

— O que vocês estão fazendo aqui? — vejo que os garotos não foram embora, até mesmo Sofia se encontra — Sai do meu lugar, Christian.

— Ai, deixa eu ficar nesse lugar! — arqueio uma sobrancelha para ele — Ok, já estou saindo.

— Obrigada, bebê. Amo você! — mando um beijo para ele — E ninguém respondeu a minha pergunta.

Sirvo uma xícara de café e pego um pedaço enorme de bolo de chocolate enquanto aguardo uma resposta.

— Ah, eles vão ficar para ver o treino. Eles duvidam que o treino seja pesado, acredita? — responde Perrie — Quero vê-los de queixo caído!

Dou um gole no café e sorrio.

— Irão participar do treino também?

As garotas começam a rir sem parar, deixando os garotos confusos.

— Se der, iremos sim! — quem responde é Jaden — Aposto que esse treino não chega nem aos pés do nosso!

É a minha vez de rir. Eles não sabem onde estão se metendo.

— Vocês tem certeza? Ainda dá para voltar atrás. — eles assentem — Ok, boa sorte!

— Coitados. — Barb murmura, me arrancando uma risadinha.

— Onde está o meu irmão? — Cole pergunta, fazendo eu me engasgar com o café.

Todos voltam seus olhares para mim, até mesmo Justin.

— O que foi? Não posso mais me engasgar?

Chaz e as garotas me lançam um olhar como se já soubessem da verdade.

— A última vez que eu o vi, ele estava indo para um dos quartos com uma morena gostosa. — Chaz fala e automaticamente jogo uma colher nele, mas o infeliz pega com agilidade. — Ué, está se entregando, Ky?

— Charles, ontem você estava bêbado até dizer chega! — o vejo retorcer o nariz — Aposto que nem deu no couro.

— Mentira! — Pez se manifesta — Eu posso confirmar que ele estava ótimo!

— Eca, não quero saber! — falo rindo.

— Então o meu irmão dormiu com alguém? Com quem? — pergunta Cole, confuso com tanta informação.

Não me seguro e solto uma gargalhada.

— Porra, mano, você é lerdo! — Ryan ri — Ele pegou a Kylie!

Dessa vez quem se engasga é Bieber, que me lança um olhar indecifrável.

— Bem que ele disse que tinha te achado a maior gata! — Cole sorri de lado — É um filho da puta mesmo.

— Eu tenho pena dele! Levou um chá de boceta, vai ficar enfeitiçado! — Chris se manifesta — Ela é bruxa!

Todos caem no riso, exceto o casal 20.

— Boa tarde, galera! — todos olham para Dylan quando ele entra na sala — O que foi?

— Dormiu bem, querido? — Ryan afina a voz.

— Que merda de voz é essa, Ryan? — Dylan senta-se ao meu lado.

– Hm, olhem isso! – Jaden aponta para nós dois – Já estão até sentando um ao lado do outro!

Dylan mostra o dedo do meio e eu reviro os olhos.

— Se vocês não calarem a boca de latrina de vocês, arrancarei o pau de cada um com uma tesoura. — eles arregalam os olhos — Sem fio.

— Que isso, Ky. — Chaz manda um beijo — Somos seus melhores amigos!

O clima que está na mesa é um dos melhores, todos conversando como nos velhos tempos. Bem quase todos. Justin e Sofia estão numa conversa apenas deles, eles mal interagem com o resto.

Eu já disse que odeio essa garota?

Ninguém mais está comendo, olho o relógio e vejo que falta cinco minutos para o treino começar. Estou pronta para avisar todos, quando vejo Sofia se esticar para pegar um pedaço de bolo. Não posso perder a chance de irritar ela.

— NÃO! — faço todos se calarem, falo diretamente para Sofia — A comida de cachorro fica lá nos fundos, você deveria ir lá pegar!

Sofia me fulmina com os olhos, mas quem responde é Justin.

— Pare de infantilidade, Jenner.

Olho com cara de tédio para ele.

— Que seja. — levanto — Hora do treino.

(...)

— Vocês compraram as casas dos lados? — Ryan pergunta, abismado.

— Sim. — Hals dá de ombros — Precisávamos de espaço e resolvemos comprar essas casas. Maneiro, né?

— Caralho, eu achava que nós éramos espertos, mas vocês são mais! Parabéns!

Ryan não é o único que está surpreso, todos olham para a casa boquiabertos.

— Ok, como vocês podem ver, a maioria das Red Queens estão aqui. — aponto em volta — Elas já fizeram esse treino, na verdade, nós fazemos toda semana.

— Certo, do que se trata? — Bieber pergunta.

— Resistência, força, agilidade e foco. — caminho até o outro lado da sala — Esse botão aqui, desliga o aparelho. Vocês tem que chegar nele o mais rápido possível.

— Ele desliga que aparelho? — Chaz se aproxima de Perrie.

Halsey chega trazendo consigo uma cinta preta.

— Essa cinta transmite ondas de eletricidade. — Cara explica — Mas não é qualquer tipo de eletricidade. A dor que ela causa, é igual a dor das contrações e de um parto .

Eles nos encaram com olhos arregalados.

— Nem deve doer tanto. — Justin revira os olhos.

— Então você será o primeiro. — Halsey começa a colocar a cinta nele — E você irá contra mim.

— Isso vai ser foda! — Chris murmura para Chaz.

Coloco rapidamente a minha cinta e volto para o lado de Bieber.

— Mais duas coisas que me esqueci de avisar: irão surgir obstáculos no percurso, tenha foco. E seja rápido, a intensidade da cinta vai aumentando a cada três minutos. E antes que achem que eu estou roubando por já saber dos obstáculos, a Barbara está controlando. Ela vai acionar os que ela quiser.

Me posiciono no devido lugar e espero começar.

— Pronta para perder? — Justin dá um sorriso sacana.

— Eu não cantaria vitória antes do fim! — pisco para ele.

— Prontos? — assentimos — Um, dois, três e AGORA!

Assim que dou o primeiro passo, sinto o primeiro choque. Recupero-me rapidamente e parto para os obstáculos. O primeiro que surge, são as barras no teto. Ele exige força dos membros superiores, pois se você encostar no chão, um jato de espuma é acionado. Pulo e me agarro em uma das barras, a dor se intensificando. Vejo que Bieber não consegue correr rápido por causa da dor, e ainda está tentando chegar nas barras. Sorrio e respiro fundo. Foco, Kylie. Impulsiono meu corpo para frente e agarro em outra barra, faço isso até chegar no fim. A dor está no estágio 3, significa que minhas pernas estão afetadas. O próximo obstáculo é o de laser, esse é um dos mais complicados, pois necessita de equilíbrio e agilidade. Se o laser entrar em contato com algo, ele libera uma fumaça fedorenta. Respiro fundo e me direciono para a rede de lasers. Vou passando com o maior cuidado, perna para lá, perna para cá. Quando percebo, já estou no próximo obstáculo. Ouço os gritos de excitação dos garotos e das meninas. Idiotas. Resolvo não cuidar mais o Justin, minha meta é chegar ao botão primeiro. O obstáculo surge, e vejo que é o de se arrastar no chão – nunca soube o nome disso –, o que torna complicado, é saber que se você encostar nos fios, um choque é liberado. E vai por mim, esse choque é horrível!

— VOCÊS DOIS ESTÃO NO ESTÁGIO CINCO, QUANDO CHEGAREM AO SEIS, NÃO TERÃO MAIS FORÇAS! — Barb anuncia pelo altofalante.

Droga, estágio seis é amostra do capeta. Assim que me abaixo, minhas pernas fraquejam, porém continuo. Deito-me no chão, de barriga para cima, e vou me arrastando. Pode parecer que é mais difícil, mas não é. Com a barriga pra cima, você tem visão completa e corre menos riscos de encostar nos fios. Sinto que está no estágio seis, a dor fica quase insuportável. Eu disse quase. Para mim, que faz isso sempre, já é fichinha. Me arrasto o mais rápido possível, e quando vejo, já estou de frente para o botão. Aperto ele com tudo e sinto um alívio quando noto que os choques pararam.

Ouço os gritos ensurdecedores das garotas e me viro para ver onde Justin está. Quando vejo seu estado, não contenho uma risada. Ele está todo sujo de espuma, provavelmente levou choque e tem mais a fumaça. Ele ainda está saindo do último obstáculo quando me aproximo dele. Quando me nota, sai rapidamente do chão.

— Que porra foi essa? — diz, tentando recuperar o fôlego — Essa dor é pior do que levar um tiro! E olha que já levei vários tiros!

Passo por ele e dou um tapinha em seu braço.

— Eu avisei que não era para cantar vitória antes do tempo.

— Eu odeio você! — resmunga.

Pisco para ele e vou em direção ao Chaz.

— Vem, meu amor. Você será o próximo! — sorrio para ele e o vejo dar um passo para trás.

— Boa sorte, Chazito.