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História The Rotten Joke - Freak Out


Escrita por: sralgersea

Notas do Autor


Bati meu recorde de demora, peguei recuperação e ainda teve aquela tragédia com a Chapecoense, time do meu estado, eu fiquei tão chocada que não tive criatividade nenhuma. Mas aqui está e eu achei que ficou muito bom, sem contar que escrevi ele em um dia, sendo que eu costumo demorar de dois a três dias.💚💚

Capítulo 9 - Freak Out


Fanfic / Fanfiction The Rotten Joke - Freak Out

 

Manhã de segunda-feira - Asilo Arkham 

Hera tagarelava sem parar enquanto Harleen fingia presar atenção em tudo quando na verdade, seu corpo se encontrava na sala onde estava realizando sua consulta com a ruiva, mas sua mente imaginava ela ao lado do palhaço que tanto perturbara seus pensamentos e ações durante esse período em que se conheceram. A falta de interesse e atenção durante as consultas com os pacientes já estavam virando hábito para Quinzel, o único que importava para ela era o pior de todos, justamente aquele da qual ela deveria temer e querer se manter afastada, aquele que deveria ser o responsável pelo medo exalado de seu corpo e não pela intensa excitação perceptível a cada suspiro que saia dos lábios carnudos e rosados, quando se tratava de Joker, Harleen perdia toda a noção do que era certo e o que era errado. 

- Harleen - Hera grita pela terceira vez, fazendo a psiquiatra largar a caneta que segurava e parar de fazer o que estava fazendo para levantar a cabeça assustada - O que você está fazendo? - a pergunta saiu irritada e chocada da boca da mulher de pele esverdeada, a doutora não entende de princípio mas assim que segue seu olhar para onde sua amiga olhava ela percebe o motivo da indignação. Em seu bloco de anotações qus deveria ter registros adiquiridos por ela em suas consultas agora estava cheio de desenhos de palhaços, o nome de Coringa escrito de diversas formas, corações com as iniciais de ambos, várias homenagens ao seu amor doentio. - Céus, ele está conseguindo te cegar com a escuridão daquela alma podre, ele está te afogando no buraco negro de insanidade que ele arrasta por essa cidade. Não deixe ele te estragar Harleen, não deixe ele te transformar em mais uma de suas malditas piadas.  

- Se ele é a escuridão então a escuridão é meu lar. Hera, eu quero que ele me afogue e me cegue, eu quero tudo desde que seja ao lado dele, ele está me mostrando meu verdadeiro eu, a verdadeira Harleen Quinzel. Eu entendi o que ele é, o que ele realmente é. As pessoas o tratam tanto como um monstro que ele acabou se tornando um, mas na verdade ele só quer chamar atenção, ele só quer que o mundo ria de suas piadas mesmo que elas sejam de extremo mau gosto, ele mata aqueles ignorantes que não conaeguem entender a piada pois eles são insignificantes, ele destrói as coisas e instala o caos porque isso é a sua maior piada, depois de Batman, é claro. A gente vive em uma cidade em que aqueles que odeiam o morcego são vilões, e o meu pudinzinho é um deles, assim como você - Harleen solta uma breve risada - Aqueles que não possuem fortuna não são nada em Gotham, ninguém sabe quem é o Batman mas temos cem por cento de certeza de que ele é podre de rico, diferente de mim, de você e provavelmente diferente do Coringa também.

- Eu sei que o Batman não presta, mas não é porque o odiamos que somos vistos como vilões, somos vilões porque roubamos, matamos, sequestramos, fazemos o mal e de todos os que fazem o mal nessa cidade, o seu "pudinzinho" é o pior de todos. Ele é o nível extremo da maldade, não tem amor por nada nem ninguém, nem por você, ele está te usando, ele vai acabar com você, já está te enlouquecendo, está conseguindo enlouquecer uma psiquiatra, abra seus belos olhos azuis e veja o que você deveria ver, essa é a sua salvação.

- Eu não quero ser salva, eu não preciso ser salva, minha salvação é estar ao lado dele. Eu passei por tanta coisa ruim na minha infância, sempre quis saber meu objetivo na vida e agora eu acho que finalmente descobri, minha função é estar com Coringa, é rir de suas piadas, ajudar ele a executa-las, tornar a vida mais fácil para ele. Eu nasci para ele, para ama-lo, ser tudo o que ele quiser - Harleen responde irritada enquanto sua paciente apenas nega com a cabeça demonstrando tristeza.

- Que Deus tenha piedade de ti, porque o diabo não vai ter.


                    Horas Antes

Allan dirigia em uma noite escura e chuvosa na estrada deserta de uma região mais afastada de Gotham, olhando pelo retrovisor do carro era possível ver os enormes edifícios ficando cada vez mais longe, nesse momento ele desejava mais do que tudo estar nas avenidas perigosas da cidade, mesmo com tantos assassinatos, era melhor do que ir para o covil do palhaço, Allan respirava fundo, repetindo em sua mente que nada de ruim iria acontecer, afinal o homem pelo qual ele temia estava preso em Arkham, mas mesmo assim, nunca se sabe o que esperar do Coringa e a idéia de ir sozinho para o lugar onde seus capangas estavam reunidos não o agradava nem um pouco. Onde ele estava com a cabeça quando decidiu trabalhar para Joker? Ah, no dinheiro, é claro.

Ao avistar um galpão grande e cinzento no exato local em que Coringa havia passado o endereço, Allan estaciona o carro na grama molhada pela recente chuva que agora decidira dar uma trégua, ao sair do carro ele vai até a porta do galpão onde vê um homem de terno usando uma máscara bizarra de bebê, conforme vai se aproximando, o homem aponta uma metralhadora para a cara de Allan que se apressa a se explicar.

- Allan Smith, o chefe me mandou aqui - o capanga que pareceu reconhecer o nome de Allan o permite passar abrindo a porta para ele em seguida, os olhos do funcionários traidor de Arkham passam pelo lugar onde haviam diversos homens jogando baralho, alguns jogavam sinuca e outros folheavam revistas com mulheres nuas na capa enquanto tomavam uma cerveja, nenhum deles usava máscara ou qualquer roupa estranha e chamativa, estavam entretidos em seus jogos e brincadeiras, porém o foco deles mudou assim que perceberam a presença de um desconhecido no lugar que deveria ser extremamente secreto. Allan foi fuzilado por olhares ameaçadores de homens que pareciam animais selvagens prontos para atacarem sua presa, ele estava nervosa, mordia fortemente sua bochecha por dentro da boca e conversava com sigo mesmo em seus pensamentos "qual é, você já esteve sozinho com o chefe deles, com aquele do qual todos esses idiotas temem, isso não é nada comparado a o que você faz todos os dias, ficar com o Coringa". No meio de todos aqueles mal encarados, surge um homem alto, barbudo, usando um elegante terno, ele se dirige até onde Allan se encontrava enquanto todos os outros permanecem em silêncio observando a cena. 

- Garoto, você é muito corajoso. O que está fazendo aqui? - o barbudo diz e para em frente a Allan, eles tinham uns 15cm de diferença de altura.

- Mr. J me mandou aqui - os olhos de todos os capangas da sala passam de ameaçador para arregalados e assustados, tranquilizando o homem que até a poucos segundos atrás estava tremendo dos pés a cabeça -  para falar com... Jonny Jonny. - Allan complementa, fazendo uma expressão confusa ao se lembrar do nome que Joker havia usado para se referir ao tal capanga. 

- Para você é Jonny Frost, só ele pode me chamar desse apelido - Jonny responde soando mais amigável agora - James vai pegar a encomenda pro chefe. Ele finalmente decidiu sair daquele asilo sujo, uh? - pergunta dessa vez a Allan

- Acredito que sim, mas não entendo qual é a dele, sexta ele teve a chance de fugir e preferiu ficar - diz indignado, Frost ri.

- Ele é o Coringa, ele nunca vai pelo caminho mais fácil, qualquer coisa que não tenha muita morte e destruição ele pula fora - James chega com uma caixa pequena, roxa e chamativa, Jonny pega a caixa das mãos do outro e a abre conferindo se o seu conteúdo estava correto.

- Já conferi, senhor. Está funcionando perfeitamente bem - James diz e Frost fecha a caixa.

- Muito obrigado, James - Jonny diz e se volta para Allan, o entregando a caixa - aqui está, sugiro que o retire da caixa antes de entregar ao Sr. Coringa, para não levantar suspeitas - Allan faz que sim com a cabeça e o outro continua -  Diga ao chefe que estamos ansiosos para sua volta e que a fuga dele será extraordinária. Ahh - Frost se aproxima e sussura em seu ouvido - diga também que estou cuidando muito bem de seu reinado - ele se afasta novamente e dá um leve tapa no ombro de Allan - foi bom te conhecer, garoto.


Manhã de segunda-feira - Asilo Arkham 


The Joker estava pensativo no chão de sua cela, estava louco para voltar a rotina de suas macabras façanhas por Gotham, ele havia voltado para o asilo com o único intuito de acabar com a sanidade de sua psiquiatra, era tão engraçado enlouquecer alguém que cuida de loucos, Harleen já esta por um fio e com os planos que ele tem para ela, seu belo corpo escultural irá ser jogado em um poço de insanidade, isso vai ser hilário.

Mas agora o principal foco de seus pensamentos era na fuga, seu breve passeio na sexta-feira havia deixado a idéia muito mais interessante.

Enquanto caminhava pelo asilo vestido de faxineiro, Coringa pensava em algo que pudesse facilitar em alguma coisa sua fuga, ele já tinha um esquema todo em sua mente, mais ainda precisava preencher alguns buracos, já havia feito um mapa do lugar e o passaria para Jonny Jonny, seu plano era causar um estrago tão grande em Arkham que nem mesmo o Batman acompanhado de toda a liga da justiça conseguiria ajudar. 

Ele pensou, pensou, pensou e finalmente teve uma idéia, mas para isso iria precisar de uma ajudinha. Joker agora estava em frente a sala do patético diretor do asilo, ele havia dito aos seguranças e ao próprio Sr. Arkham que precisava limpar a sala e que todos deveriam sair. Ao ficar sozinho no lugar, ele começa a mexer em tudo, abrindo gavetas, vasculhando pastas que estavam em cima da mesa até que vê que o computador está logado ele revira os olhos e sussura "velho idiota", começa a procurar na maquina o que seria a última peça para seu quebra-cabeça ficar completo, não foi nada difícil em poucos segundos já estava sendo imprimido aquilo que ele tanto buscava. A porta é aberta e Joker ouve uma voz feminina

- Você não pode ficar aqui dentro - ele se vira para trás e encontra uma velha faxineira o olhando até então com arrogância, ele retira a peruca, abrindo um enorme sorriso ao ver sua expressão agora  assustada. Ele coloca a mão na boca da mesma assim que percebe ela se preparando para gritar.

- Xiiii, caladinha. Se você fizer tudo o que eu mandar eu te deixo viva - ela assente com a cabeça - Muito bem, você vai me fazer um favorzinho e não vai fofocar pra ninguém, se eu ficar sabendo que você abriu essa sua boca seca e contou pra alguém eu arranco sua língua e depois costuro sua boca - ele diz e enxuga uma lágrima que escorria dos olhos da velha.

Coringa é tirado de seu flashback por Allan o chamando.

- Chefe, trouxe o que você me pediu -  Joker se levantou e caminhou até a porta da cela, a janela foi aberta e o braço pardo do mexicano passou entregando ao palhaço um pequeno celular.

- Bom trabalho, acho que vou te promover pra ficar no lugar de Jonny Jonny.  Toda a vontade que eu tinha de te matar foi embora, parabéns homem - Coringa diz pensando em um lugar para esconder o aparelho.

- Não tem de que, chefe. Você tem uma consulta com a Dra. Quinzel em meia hora.

Joker sorri, a doutora era a última etapa do plano, mas essa era garantida já que ele sabia como suborna-la e sabia também que ela jamais o negaria alguma coisa. Agora era a hora de Harleen realizar sua primeira missão no mundo do crime, era a hora de deixar seu pudinzinho orgulhoso.



 






 



Notas Finais


Não fiquem bravos por eu ter feito uma Harley boba e submissa ao Coringa, mas pra mim é isso que ela é, ela não é exemplo bom de nada, não é uma mulher forte, não é uma inspiração para outras mulheres, ela se submete a uma vida de abusos e agressões, tratada em grande parte do tempo como um objeto pelo homem que ama, é claro que vão sim ter momentos em que ela vai querer mostrar sua capacidade sozinha, em que ela vai querer surpreender seu pudinzinho mas é claro, sempre o amando e voltando para ele.

Eu até queria fazer capítulo narrados pelo Coringa ou pela Harley mas acontece que eles são personagens com perfis e suas personalidades criadas, então eu tenho medo de acabar mudando o que eles são, o pensamento de ambos é uma coisa muito delicada, principalmente o do Coringa, ninguém sabe o que se passa na cabeça deles por isso vou manter em terceira pessoa.


Espero que vocês tenham gostado desse capítulo. Até o próximo.

Moana


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