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História The rules and shame of love - As the rain falls on us.


Escrita por: isahanai

Notas do Autor


"Mama said there'd be boys like you
Tearin' my heart in two
Doin' what you do best
Takin' me for a ride
Tellin' me pretty little lies
But with you I can't resist [...]"

Capítulo 7 - As the rain falls on us.


EVA

  Um monte de tempo já tinha se passado. Eu não poderia dizer quanto exatamente foi, entre um episódio de série e outro, o tempo se perde. Só fui me dar conta quando fui tirar o gesso da perna. "Dois mês" disse o médico com sorriso alegre. 

 Faz dois meses que não ouço nada sobre Chris. Isso não é bem verdade, ouvi muita coisa sobre como ele anda se recuperando cada dia mais com uma "enfermeira" particular. Sobre as festas que anda dando e como o moletom PChris parece a última moda pela cidade. E por mim tudo bem, eu já fui uma dessas garotas e posso sobreviver quanto a isso. Mas queria que ele não pudesse. 

 Jonas me entrega um xícara contendo café com creme, e da um gole no seu. O dia está chuvoso e frio, mais frio do que nos últimos dias. Me aperto mais contra meu moletom e bebo um longo gole de café. Estamos sentados em uma pequena cafeteria, uma mesa no lado de fora, que está coberto por um teto de lona muito bem colocado. Observo o movimento de carros na rua, as pessoas passando apresadas para se livrarem logo das roupas molhadas, aposto. 

 -Você vai volta para a escola, na segunda?- Jonas tenta criar uma conversa. As coisas estão tensas desde que eu interrompi a nossa quase transa em uma crise de choros, a duas noites atrás.

 -Sim, provavelmente.- Dou outro gole de café e olho para ele.- Eu só tinha permissão para falta enquanto estivesse com o gesso, então. 

 Ele balança a cabeça mostrando que entendeu. Minha história com Jonas é tão antiga e complicada quanto eu gostaria que fosse, por que a sua amizade é realmente uma das coisas que mais gosto no mundo. O problema é que com essas nossas reaproximação, a amizade não é bem o que ele vê. Me jogar em seus braços me levaria para um lugar em que eu já estive antes, e sofri muito até conseguir sair. Mas para ser honesta, uma parte masoquista dentro de mim anseia pela dor e sofrimento que essas envolvimentos amorosos me trazem. E é só por isso que não afastei Jonas para longe ainda. 

 -Como anda Isak? Não tenho notícias dele nos últimos dias.- Tento recomeçar a conversa. Qualquer coisa é melhor do que o clima que se instala entre nós. 

 -Even teve outro probleminha, sabe? Isak o levou para a cabana, passar o final de semana juntos e relaxar.- Ele me dá um sorriso que ilumina todo seu rosto. E eu me sinto levemente mais aquecida. 

 -Jonas...- Eu começo a falar devagar. Eu não sei bem o que quero, ou devo dizer. Mas qualquer coisa é melhor que o silêncio.- Eu não sei o que me levou a chorar, mas eu não me arrependo disso, porque não deveríamos transar. Não é justo com nenhum de nós, por que no final vai doer. 

 Ele olha para algo atrás de mim, com o olhar cheio de raiva. 

 -Você sente algo por ele do mesmo jeito que já sentiu por mim? -Ele levanta bruscamente, fazendo a cadeira de ferro arrastar no chão.- Sabe o que me deixa mais fodido de raiva?! É que mesmo eu tendo agido como um verdadeiro cafajeste com você, nunca vai se comprar com o quanto ela vai agir, ou te ferir, e brincar com você. E no no fim vai ser eu quem vai secar suas lágrimas e, ficar do seu lado.- Ele pega a carteira no bolso do moletom, jogando um punhado de notas encima da mesa.- E ainda assim, você vai preferir ele. 

 Ele se vira e vai embora. Uma risada escapa da minha garganta, e eu começo a rir sem parar. As lágrimas começam a cair pelo meu rosto e minha barriga a doer, e eu sei que estão todos olhando para mim como se eu fosse uma louca. 

 -Seu namoradinho foi embora bem irritado!- Uma voz rouca e baixa fala perto do meu ouvido. E eu não preciso me virar para saber de quem é aquela voz.- Posso me sentar um pouco?

 Ele anda envolta da mesa e se senta na mesma cadeira em que Jonas esteve a poucos minutos. Fico observando enquanto ele levanta a mão e chama a garçonete, pede para fechar a conta em aberto da mesa e abrir outra, e uma xícara de chá de laranja. Seu rosto não possuí mais machucados, ou sua mão. O único lembrete do acidente são pequenos arranhões em sua bochecha esquerda, e umas marcas esverdeadas pelo seu pescoço, rosto e mão. Ele me olha com se estivesse procurando sinais do acidente, também. 

 -Você se recuperou bem.- É a única coisa que consigo dizer. 

 -Você também, Evaaa...- Sua voz está divertida, mas seus olhos não dizem o mesmo.- Quando ia me conta que voltou com ele? 

 Eu entendi a sua pergunta, mas a minha cara deve ter dito ao contrário, porque ele repetiu a pergunta lentamente, como se eu fosse uma criança levada. 

 -Desculpa, mas, eu te devo alguma explicação?- Uma raiva que eu só sentia perto dele, começava agora a borbulhar dentro de mim. Ele não tinha esse direito, não quando estava levando uma garota nova toda a noite para sua cama. Nem ele, nem Jonas, nem ninguém tinha o direito de me encher com as escolhas que tomo, ou o que eu sinto.

 -Isso quer dizer que eu estava certo, você voltou mesmo com ele!- Sua voz está cheia de raiva também. Me deixando confusa.- Isso explica o porquê dele fica agindo como se tivesse te salvado do acidente na escola! 

 A chuva começa a cair mais forte, seguida por raios e trovões. 

 -E se eu e Jonas estivermos juntos, me diga, por favor, o que você tem com isso? Pois, até onde eu saiba, você tem levado bastante "gente",-faço aspas com os dedos, me referindo as vadias dele.- para conhecer o seu quarto, não? 

 Seu olhar muda de raiva para fúria, e no segundo seguinte, diversão. 

 -Para sua informação você foi a única garota que já entrou no meu quarto, sem ser para limpar ele. E você tem razão, não é da minha conta com quem você se envolve, e também não é da sua com quem eu transo. 

 Sinto meu rosto corar de vergonha, mas era ele quem deveria estar com vergonha. Foi ele quem começou tudo aquilo. 

 -Então para de bancar o canalha e me perguntar sobre Jonas, você não tem esse direito se não quer que eu faço o mesmo.- Minha voz saiu quase como um grito, tentando sobrepor o barulho da chuva.- Não fui eu quem virou as costas para você. Que parou de responder as chamas, ou as mensagens, que decidiu sumir e não deixar um bilhete de tchau na porta da geladeira! 

 Eu sabia que minha voz já não era mais como um quase um grito, eu estava realmente gritando com ele. Me empurro a ficar de pé, recolho minhas coisas da mesa e me viro para ir embora. Olho para a rua, e toda a água que cai nela, respirando fundo saio da segurança do teto improvisado da cafeteria. Não dou nem dois paços e minha roupa, cabelo e corpo já estão totalmente encharcados. Apresso o paços, tentando me esquentar e não morrer congelada, ou afogada. Diminuo o andar quando chego em uma rua deserta. As gotas da chuva se misturam com as minha lágrimas. Ouço alguém correndo e me viro para ver o quem é. Meu dia já foi péssimo o suficiente para ser assaltada. Mas é Chris que está correndo em minha direção, e meu coração bate no mesmo ritmo em que ele vem. Ele para a centímetros de mim, seu hálito quento bate no meu rosto. 

 -Era isso que você queria?- Ele me olha com um olhar que não consigo descifrar. 

 -O que eu queria?- Sinto meu corpo esgotado, eu não posso discutir com ele novamente, então me afasto dele. 

 Ele jogas os braços para cima e os deixa cair, então grita com todas as forças pra mim: 

 -Que eu tivesse deixado um bilhete na sua geladeira. Que eu tivesse sido nobre e dito pessoalmente que não queria mais te ver? Novidade, Eva, eu não sou esse cara!- Ele caminha mais uma vez para perto de mim. Quando ele volta a falar sua voz é rouca e baixa, e eu me esforço para ouvir o que ele diz.- Eu não sou bom com despedidas, e isso só piora quando eu não quero ter que dizer adeus. Eu não queria ter que correr para longe de você, mas, Eva, se envolver comigo é suicídio. Eu sou tudo aquilo que sua mãe, até Jonas, te alertaram para ficar longe. Eu vou quebrar seu coração em milhares de pedaços, só que não vai ser suficiente para fazer você me odiar.- Ele da uma risada amarga.- Eu não estou bancando o presunçoso, o que se acha o fodão, eu sei disso porque eu já vi acontecer. E a verdade? A verdade é que eu gostei do que eu vi, mas não sei se vou bater palmas no final do espetáculo se for você encima do palco. Entende o que quero dizer?! Diz que sim, eu preciso que você diga que sim, e daí você tá livre de mim. 

 Eu não consigo emitir qualquer som. Meus olhos estão presos nos seus. E ele me olha com toda a intensidade que pode. E eu quero sair correndo, mas não posso. Não posso porque sei que tudo o que ele disse é verdade. Ele é tudo o que minha mãe me disse para fica longe, e que vai partir meu coração e eu ainda assim vou continuar amando ele, igual Jonas me disse mais cedo hoje. 

 Mas agora, nesse exato momento, nada disso importa. E é por isso que me aproximo o máximo que posso do seu rosto e deixo ele me beijar como se nossa vida dependesse disso. 

 Enquanto a chuva cai sobre nós. 


Notas Finais


Hi people!
Depois de décadas sem posta cap novo, aqui estou eu. Era para ter saído no sábado, mas esse final de semana estava estudando para o ENEM...
Então vamos a observação: ¹Eu sei que pela demora que levou para ter capítulo novo, ele deveria ser muito maior. Mas, eu já tinha eles prontos (os que deveriam ter sido postados), então eu optei por postar eles, e compensar com os que ainda vou escrever,
²Eu estou fazendo menção de outros casais da Série, pq eu estou preparando um capítulo onde vai aparecer todos eles. Eu quero fazer isso devagar, mas vai acontecer!
³E MAIS IMPORTANTE: Chris está em uma montanha russa, onde ela vai de babaca para o cara perfeito? SIM. O motivo disso é que ele está lutando contra ele mesmo, amor e relacionamento para ele nunca deram certos, e sentir o que ele sente pela Eva (que não facilita as coisas) pode ser bem complicado para ele. Mas, quem aqui já leu livro em que o pp era BadBoy/Cafajeste, sabe que no fundo tem um motivo, e com o nosso PChris não é diferente.

Enfim, por hoje é só isso. Espero que gostem <3


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