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História The Second Chance - Fizemos as pazes.


Escrita por: itscammi

Notas do Autor


O jogo do Real promete porque todas as câmeras vão estar focadas no homem do jogo, e o romance será exposto na mídia fazendo com que a família de Isco e Laura briguem com Valisco.

Capítulo 20 - Fizemos as pazes.


Madrid, Espanha - Capítulo 20.

Os dias estavam passando rápido demais e durante essa semana eu mal consegui ver a Vale por causa dos dois jogos que tive, Asensio está bravo comigo e isso se nota pelo fato de chegar em casa tarde sempre que pode e ir direto pro quarto sem dar uma palavra comigo. Eu não queria que ele ficasse bravo porque é meu amigo e eu detesto não poder conversar com ele, agora estou aqui sentado tomando café da manhã com o Morata — que é o único dessa casa que não me ignora —.

- Bom dia dorminhoco. - Morata disse quando ele entrou na cozinha.

- Bom dia. - Asensio respondeu dando um leve tapinha nas costas dele.

- A gente pode conversar? - perguntei e ele me encarou.

- Não tenho nada pra falar. - respondeu, curto e grosso.

- Ah, vocês tem sim. Estão agindo como dois adolescentes. - Morata se meteu.

- Eu não vou falar com ele. - Asensio fez birra.

- Bom, eu peguei as chaves dos dois e se ninguém se entender vão ficar trancados em casa o dia todo. - Morata disse antes de sair da cozinha.

Ele pegou sua xícara de café e sentou no lugar onde Morata estava antes — de frente pra mim — e começou a me encarar e aí eu percebi que deveria começar a falar, eu não sei exatamente por onde começar mas sei que de qualquer maneira ele vai ficar bravo quando souber de que eu e Vale ficamos.

- Fala. - ele me apressou.

- Você gosta da Valentina né? - perguntei.

- Muito. Olha Isco, você sabe que meu término com a Marina não foi fácil e depois dela eu nunca mais gostei de alguém. Eu ficava com as garotas mas não tinha sentimento como quando quase beijei a Vale na festa do Marcelo...você não entende o quão diferente ela é. - ele desabafou.

- Eu sei. - assenti.

- Ela é especial e eu não digo só pela forma que a conhecemos, digo pelo jeito dela com a gente e com o teu filho...você mesmo viu o quanto melhorou com ele por causa dela. Eu também mudei, ela despertou em mim coisas que ninguém despertou depois da Marina. - ele disse e eu abaixei a cabeça.

- O que ela te disse depois do beijo? - perguntei. Mesmo sabendo a resposta.

- Ela disse que amava você e mesmo que você não tivesse conhecimento disso, ela se sentia sua. E você é um tapado que não percebe o quanto ela gosta de você e vai acabar perdendo uma garota de grande valor. - ele disse me obrigando a olhar em seus olhos.

- Eu sei Asensio, eu conversei com ela e mesmo que você não acredite eu concordo com tudo o que você diz. Eu sou um tapado, estou preso no meu passado, não sei lidar com sentimentos quando não se trata da Laura...mas uma coisa eu te garanto, nunca faria nada pra magoar a Vale. - eu disse e ele assentiu levemente, mesmo com o semblante ainda sério.

- Vocês ficaram. - ele afirmou.

- Quem te disse isso? - perguntei.

- Seus olhos. Você está com um brilho diferente no olhar e eu sou seu amigo o suficiente pra perceber isso, e ontem quando eu cheguei você estava olhando uma foto dela no celular com uma cara de bobo que me deu até náusea. - foi a primeira vez que o vi rir hoje.

- Tá tão na cara assim? - perguntei rindo.

- Sim. Mas o que te fez mudar de ideia? Aquele beijo foi uma ameaça pra você? - perguntou confuso.

- Não, eu...eu...- eu disse.

E naquele momento eu olhei por cima do seu ombro e vi a Laura sentada no balcão atrás dele acenando pra mim, meu olhar se perdeu ali e eu sorri acenando de volta sob o olhar estranho de Asensio que olhava para trás tentando ver o que eu estava vendo.

- Isco, o que você está fazendo? - ele perguntou.

- Eu...- comecei a falar mas fui interrompido por ela.

- Não esqueça que só você pode me ver e ouvir. - ela disse e eu ri lembrando.

- Você está me assustando, Isco. - Asensio disse e eu olhei pra ele.

- Desculpa, eu estava pensando numas coisas. - eu disse e Laura caminhou até a mim me fazendo olhar cada passo seu.

- Então, como decidiu ficar com a Vale? Você parecia tão indiferente. - ele voltou a perguntar.

- Diz pra ele que você sonhou comigo e no seu sonho eu te deixava livre pra ela. - ela disse envolvendo os braços no meu pescoço por trás de mim. Sorri fechando os olhos, ela sempre fazia isso.

- Foi a Laurinha. - eu disse.

- O que? Você tá ficando doido, Isco? - perguntou confuso.

- Não, eu sonhei com ela e no meu sonho ela me abria os olhos sobre a Valentina. - eu disse sorrindo e Laura assentiu.

- Ela te dizia algo? - ele perguntou sorrindo também.

- Ela disse que conheceu uma garota linda e que ela  que me amava, que a Vale é incrível. E que eu não havia percebido que gostava dela. - eu disse enquanto a Laura afagava meus cabelos.

- Como você não percebeu moleque? Tá caidinho pela Vale. - ele disse com um sorriso de orelha a orelha.

- Eu não sei, acho que eu estava trancando meus sentimentos à sete chaves, e a Laura tinha as sete pra abrir e me mostrar a Vale. - eu disse e a Laura assentiu sorrindo.

- De verdade amigo, não vacila com ela ok? Eu gosto daquela garota o suficiente pra retirar meu time de campo e deixá-la ser feliz com você...mas me prometa que vai dar a ela o amor que ela merece ter. - ele disse me olhando nos olhos.

- Eu vou fazer de tudo, agora que eu sei que gosto dela..eu só quero ser feliz também. - sorri.

- Obrigada por conversar comigo Asensio, não aguentava o nosso climão. - eu disse levantando.

- Eu também não, você é meu moleque magia! - ele disse me puxando para um abraço.

- Quando o Asensio ficou tão forte? - Laura perguntou me fazendo gargalhar.

- O que você tem hoje? - ele perguntou quando nos soltamos.

- Só estou feliz! - eu disse e ele riu também.

- Espero que esteja assim no jogo de amanhã também. - ele disse antes de ir a procura de Morata.

- Que bom que fez as pases com o Asensio. - ela disse sorrindo.

- Você me fez parecer doido. - eu ri e ela também.

- Posso tentar uma coisa? Eu só quero saber se consigo...- ela disse um pouco envergonhada.

- Pode, Laurinha. - respondi sem entender.

Ela se aproximou de mim e colou nossos lábios num selinho e eu não estava acreditando no quão surreal aquilo era porque eu senti, sentia seu toque e seu beijo e aquilo me deixava feliz mas também me deixava triste. Ela uniu nossas testas quando desgrudou nossas bocas e um sorriso lindo se formou no seu rosto, eu sabia que não conseguia tocar nela mas esse gesto foi importante para que eu entendesse que não poderia tê-la mais nessa vida e que eu precisava mesmo era buscar minha felicidade...e agora ela se chama Valentina.

- Eu te amo. - ela sussurrou.

- Eu te amo muito, muito mesmo. - sussurrei de volta.

Eu nunca acreditei em aparições e já ouvi muitas histórias sobre, mas passar por isso é indescritível. Você ver um anjo e tê-lo como guia para a sua felicidade é uma dádiva, e eu tive a sorte do meu anjo ser a Laura porque ela sempre foi em vida.

- Isco, achei nossas chaves! - Asensio gritou da sala.

- Estou indo! - gritei de volta.

- Leva a sua garota pro jogo, ela é seu amuleto de sorte. - Laurinha disse passando a mão pelo meu cabelo.

- Meu trevo de quatro folhas. - sorri.

- E dessa vez comemora com um beijo, ninguém quer sua camisa suada! - brincou com uma gargalhada. Ah, que saudade dela!

- Combinado! - sorri.

- Tchau meu amor, a gente se vê depois. - ela disse me dando um beijo no rosto.

Sua imagem sumiu da minha frente e eu voltei para a sala sorrindo, Asensio estava na sala assistindo TV e me joguei ao seu lado onde ele impacientemente desligava seu celular que tocava por minuto. Quando vi no visor a foto de Marina entendi tudo já que todo mundo sabe o quão apaixonado ele era e o quão arrasado ficou quando eles terminaram no ano passado, a Laurinha costumava falar que seria madrinha do casamento deles mas isso não aconteceu porque o Asensio estava com medo de casar...

- Isco? - ele estalou os dedos na minha frente.

- Estava pensando em você e na Marina. - comentei.

- No que, exatamente? - ele perguntou curioso.

- Quando você tinha pavor do assunto casamento e a Laurinha brincava que seria madrinha do casamento de vocês. - eu disse rindo e ele riu também.

- Eu tinha medo, mas no fundo eu sabia que queria me casar com ela. - ele confessou.

- Eu sei. - gargalhei.

- Você se casaria de novo? - ele perguntou.

- Eu não sei, eu ainda me sinto casado com a Laurinha. - eu disse sincero e ele deu um leve tapinha na minha perna.

- O amor vai bater na sua porta, meu amigo. - ele sorriu.

E nesse momento a campainha tocou fazendo a gente se entreolhar, caminhei em direção da porta e ao abrir dei de cara com a Valentina e seu sorriso meigo. Suas mãos estavam para trás do seu corpo dando a impressão de que estava escondendo alguma coisa, olhei para trás vendo a expressão divertida de Asensio na cara já que a frase que disse a um minuto atrás acabou de se concretizar. Ele sussurrou um 'eu te avisei' e eu voltei a minha visão para a garota a minha frente, ela estava inegavelmente linda e eu não conseguia resistir.

- Atrapalho? - perguntou sem entender minhas reações.

- Nunca. - eu disse puxando-a pela nuca para um beijo.

- Eu estava com saudades tuas. - sussurrei contra a sua boca.

- Então que me recebas sempre assim.



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