1. Spirit Fanfics >
  2. The Secrets Between Us >
  3. Cena 5

História The Secrets Between Us - Cena 5


Escrita por: Thayb14

Notas do Autor


Acabei de terminar de reescrever esse capítulo, portanto vim posta-lo.
O próximo, provavelmente, não sairá amanhã, mas acho que não passará do final de semana.
Fiquem com o capítulo :)
P.S. A parte em italico é um flashback.

Capítulo 6 - Cena 5


Sábado à tarde eu estava jogado no sofá, assistindo um programa culinário qualquer – o que não ajudava a perder minha fome, afinal minha mãe ainda estava fazendo o almoço. Bateram na porta e meu pai se levantou para atendê-la. Pude ouvir a voz de Hoseok ecoando pela casa.

– Oi senhor Jeon! O Jungkook está?

Meu pai avisou onde eu me encontrava e em alguns segundos o alaranjado já tinha me puxado pelo braço e ambos subíamos as escadas em direção ao meu quarto.

– Você precisa saber o que aconteceu ontem. – Eu me sentei em minha cama, enquanto Hoseok preferiu ficar em pé a minha frente.

– Deve ter sido algo muito interessante para você chegar desse jeito. – Coloquei as pernas em posição de índio. – Como foi com o primo do Jimin? Você ainda nem me falou o nome dele.

– Min Yoongi, ele é maravilhoso em todos os sentidos, homão da porra. – Sorri com sua escolha de palavras. – Mas é outra coisa que eu preciso te falar.

– Fala então. – Hoseok começou a andar de um lado para o outro, meus olhos o seguiam.

– Vou pular o começo da festa porque é aquela mesma baboseira de sempre. – Ele não parava de andar. – No meio da noite, quando todo mundo já não conseguia mais formar uma frase sem tropeçar nas próprias palavras, eles decidiram brincar de Verdade ou Desafio.

“Eu não brinquei por conta do Yoongi, fiquei só assistindo. Taehyung e Jimin se juntaram a roda. Nisso da garrafa girar e girar e o povo beijar alguém, contar algum segredo nojento e tirar a camisa; ela parou apontada para o Jimin. O rosinha escolheu verdade, eu não lembro quem perguntou por que essa pessoa é insignificante para história, mas enfim.”

“A pergunta foi aquela clichê: ‘Qual o nome da pessoa que você gosta?’ Jimin demorou um século para responder, mas depois do povo insistir ele finalmente falou.”

Hoseok parou na minha frente e bateu uma palma bem alta. Arregalando seus olhos com puro entusiasmo.

– Adivinha quem é a pessoa. – Só deu tempo para eu abrir a boca porque o mais velho não me deixou falar. – Isso mesmo! Vossa Senhoria Jeon Jungkook!

OI?

O QUÊ?

Eu fiquei olhando para Hoseok, sem saber o que se passava na minha cabeça. Acho que se eu pudesse ver o meu próprio rosto, veria meus olhos se abrindo lentamente enquanto minha boca formava um O perfeito.

– Fala alguma coisa criatura. – Hoseok deu um tapa no topo da minha cabeça, o que não adiantou muita coisa porque continuei na mesma posição. – Eu mereço mesmo.

O mais velho se sentou no chão, revirando os olhos. Ficamos nos encarando por um longo tempo. As palavras dele flutuavam por minha cabeça não querendo se encaixar na minha memória.

Como assim Park Jimin gosta da minha pessoa?

Eu? Jeon Jungkook?

O que está acontecendo com o mundo?

– O que você pretende fazer com essa informação? – De alguma forma a pergunta do alaranjado ajudou a tranquilizar meus pensamentos.

Respirei fundo antes de responder.

– Nada. Não vou fazer nada. – Agora foi a vez de Hoseok ficar de boca aberta. – Quem gosta de mim é ele. Você quer que eu faça o que?

– COMO ASSIM? – Hoseok se levantou, apertou meus ombros e me chocalhou – Você ouviu o que eu disse? Park Jimin gosta de você e você não vai fazer nada? Está louco? Quando um garoto daquele gosta de você, você corre atrás.

– Quem está ficando louco é você hyung. – Me soltei de seu aperto. – Você sabe que eu não gosto dele. Quer que eu chegue nele e simplesmente o dispense quando ele ainda não falou comigo?

Hoseok ficou me olhando sem falar nada. Eu sabia que ele percebeu que minhas palavras estavam certas. Não havia sentido em chegar em Jimin e jogar na cara dele que eu não quero nada com ele, não tendo nenhuma palavra do mesmo a mim.

­– E se ele vier falar contigo? Se declarar e tudo mais?

– Então eu estarei disposto a ouvi-lo e depois lhe informar dos meus sentimentos. – O alaranjado concordou com a cabeça e depois se jogou em cima da cama, todo esparramado.

– Tem vezes que eu não te entendo Jungkook. Se fosse comigo, eu sairia correndo desse quarto agora e agarraria aquela cabeleira rosa. – Me sentei no canto que restou da cama, soltando uma risada baixa.

– Mesmo agora que você conheceu o primo dele? Quer fazer a limpa na família inteira? – Levei um chute na perna.

– Ninguém chega aos pés de Min Yoongi. – O alaranjado se sentou, me olhando sério. – Você não quer nem tentar alguma coisa com o Jimin? Tem certeza disso?

– Sim. Eu tenho meus motivos para não querer nada com Park Jimin. – Eu vi a pergunta se formar nos olhos castanhos do mais velho, mas logo o cortei. – Um dia eu te conto. – Hoseok inflou as bochechas, fazendo uma careta engraçada. – Agora vamos comer que eu estou morrendo de fome.

Enquanto descíamos as escadas eu só conseguia pensar o quanto eu precisava conversar com Taehyung sobre essa informação. Será que ele sabia esse tempo todo que Jimin gosta de mim? Eu não conseguia desvendar se a resposta era sim ou não.

 

X

 

Minha história com Taehyung começou, definitivamente, graças ao professor de Biologia e sua obsessão com trabalhos em dupla.

 

Na primeira semana de aula do último ano eu estava eufórico. É o último ano em que eu tenho a oportunidade de ter alguma aula em conjunto com Taehyung.

Eu me sentei em uma das cadeiras na aula de Biologia. Todos foram entrando e se sentando onde quisessem. Meus olhos não saíram nem por um minuto da porta, desejando que Taehyung adentrasse. E eu acho que fiquei meio cego quando o castanho entrou e se sentou na cadeira a minha frente.

É real! Finalmente vou ter a chance de conversar com Taehyung, mesmo que seja sobre um assunto tão banal quanto Biologia.

Meu coração batia mais rápido, minhas mãos suavam e eu desejei ter um olfato mais aguçado, pois assim eu conseguiria sentir seu perfume. Há esse ponto eu já sabia que me encontrava apaixonado por meu vizinho; isso desde o primeiro ano. Metade do dia eu passava pensando nele e em quanto cada parte de seu corpo é perfeita; na outra metade eu passava imaginando como seria se minha mãe não me proibisse de falar com o mesmo e assim eu poderia ter meus devaneios com Taehyung realizados.

O professor entrou e anunciou que durante o período escolar nós teríamos parceiros. Todo mundo começou a conversar com seus amigos e falando quem seriam suas duplas, mas o professor cortou o barato dizendo que as duplas seriam decididas na base de um sorteio.

Nunca rezei tanto na minha vida, pedindo que eu e Taehyung ficássemos juntos.

Os pares foram sendo determinados e a cada segundo meu coração acelerava mais. Achei que fosse ter um ataque cardíaco.

– Kim Taehyung. – O professor puxou o papel com o nome de quem seria a outra parte da dupla. – E Jeon Jungkook.

Acabei bambando para o lado e quase cair da cadeira. Tive que me segurar na mesa para não cair de fuça no chão. Algumas pessoas viram e acabaram soltando risos. Felizmente Tae ainda estava virado para frente e não viu minha pequena cena.

A menina que sentou ao meu lado trocou de lugar com o acastanhado. Foi quando ele se sentou que eu percebi que precisaria grudar no pescoço de Tae e me viciar em seu cheiro; que é uma mistura de sabonete com um perfume fraco, porem que deixa sua marca por onde ele passa.

Ele virou em minha direção e me lançou o seu maravilhoso sorriso retangular.

– Finalmente estamos juntos em. Todos esses anos estudando na mesma escola, mas nunca na mesma sala. Uma hora tinha que acontecer não é?

Uma possível resposta – que provavelmente é uma onomatopeia sem fim – trancou nas minhas cordas vocais. Eu não conseguia acreditar que ele falou isso. Kim Taehyung sabe que eu existo. E ele parece muito feliz por estarmos na mesma turma. Agora eu posso morrer em paz.

O primeiro mês foi uma tortura atrás da outra. A cada aula nós nos aproximávamos um pouco mais. Conhecendo pequenos detalhes da vida de cada um. Eu notava sua mania de morder a tampa da caneta enquanto o professor explicava a matéria; a forma que suas sobrancelhas franzem quando está pensando na resposta correta e como fica levemente indignado quando acaba errando a questão.  

A cada nova mínima descoberta eu me via mais apaixonado por ele. Tudo só ajudava meu sentimento a crescer, mesmo os defeitos. Não gostar de ser contrariado, ser preguiçoso, acabar sendo grosseiro algumas vezes; mesmo quando não era sua intenção. Cada detalhe se juntava em uma enorme bola e derrubava meu raciocínio lógico.

Eu desejava mais e mais a chance de beija-lo, acariciar seus cabelos, morder seus lábios, colar seu corpo ao meu, sentir o calor da sua pele sob os meus dedos; a loucura já estava me consumindo.

Meu princípio de insanidade foi sanado quando o professor passou o primeiro trabalho do ano.

Devido à estranha implicância de minha mãe com Taehyung, eu o convenci a fazer o trabalho da biblioteca da cidade. Marcamos de nos encontrar em um sábado a tarde.

Quando eu cheguei, o acastanhado já estava sentado em uma das mesas, elas eram redondas com uns 50 centímetros de diâmetro e ficavam bem no fundo do local, as prateleiras impediam que as pessoas vissem quem estava sentado. 

Nós levamos a tarde inteira para fazer o bendito trabalho – boa parte da culpa foi minha porque eu não conseguia me concentrar direito quando Taehyung se inclinava para ver o que eu escrevia ao ponto de nossas testas se encostarem. Quando estávamos arrumando as coisas para ir embora a luz da cidade acabou, deixando tudo numa enorme escuridão; eu não conseguia ver um palmo na minha frente.  

Meu celular estava em cima da mesa então eu comecei a procurar pelo tato. Meus dedos acabaram esbarrando em algo que não era o aparelho.

– Jungkook? – Eu sempre me arrepiava quando Taehyung dizia o meu nome.

– Oi.

Seus dedos saíram da minha mão, subiram por meu braço, passearam do meu ombro até meu pescoço, pousando na minha nuca. Minha respiração perdeu o compasso quando eu senti sua respiração bater no meu rosto e seu dedos darem uma leve puxada no meu cabelo.

– Tae... – Minha mente explodia com a expectativa do que poderia acontecer.

– Por favor, Jungkook, me deixe fazer isso enquanto tenho coragem. – Sua fala causou uma corrida de adrenalina em minhas veias.

Por não conseguir ver nada, meu coração parou quando seus lábios vierem até os meus em um beijo casto e com resto receio. Rapidamente eu me levantei, para que a distância entre nossos corpos diminuíssem, apesar da mesa entre nós. Coloquei minha mão em seu rosto e abri a boca para intensificar o ósculo. Meu movimento fez com que o receio de Tae sumisse. Logo ele empurrou a mesa para o lado – o que fez um alto barulho – e me puxou pela cintura, grudando nossos corpos.

No instante em que senti o calor de seu corpo se juntando ao meu, dei uma mordida de leve em seu lábio inferior e recebi um suspiro em troca. Entrelacei meus braços em volta de seu pescoço e permiti que nossas línguas finalmente se encontrassem.

Suas mãos apertavam mais minha cintura, causando mais desejo em mim. Desci uma das mãos por todo seu peitoral, parando no cós da sua calça e o puxando ainda mais contra mim. Nossas línguas se moviam implorando por mais espaço, mais contato.

Eu não desejaria estar em mais nenhum lugar no mundo. Deus me colocou no mundo para que eu beijasse Taehyung e encontrasse toda a minha felicidade em seus lábios. Nenhum dos meus sonhos chegava aos pés de como é, realmente, beija-lo. Eu estava no céu e não queria mais descer.

Nos beijamos até que os pulmões clamassem por ar. Me separar de Taehyung foi o maior sacrifício que tive que fazer em toda minha vida. Nem percebi que a luz voltou enquanto nos beijávamos. Abri os olhos e me deparei com seus orbes castanhos brilhando, olhando para a minha boca.

– Você não sabe o quanto eu esperei por esse momento. – Sua voz saiu meio descompensada.

Nossos olhos se encontraram. O enorme sorriso em seu rosto conseguiu arrancar um de mim. Eu abracei sua cintura e lhe dei um longo selinho.

 

A partir desse dia nós não nos separamos. Nos encontrávamos nos almoxarifados da escola, nas salas que ninguém usava, quando eu ficava sozinho em casa – ou ele. Chegamos ao estágio que estamos na base de horas escondidas e palavras desferidas na adrenalina de sermos descobertos. Porém, apesar de tudo, eu não trocaria nenhum segundo por nada. Kim Taehyung se tornou tudo que eu sempre quis e tudo que eu quero.  


Notas Finais


Entãããooo?? O que acharam?
Espero que tenham gostado <3
Até a proxima ;)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...