Nada melhor do que dormir chorando, se esse for o termo correto.
Naquela noite era como se tudo o que eu esqueci viesse a tona de uma vez só. Eu pensava em tudo, tudo. Até que caí no sono, e minha mente se acalmou nesse instante, mas meu sono havia sido deixado assim que escutei a porta abrir.
Sem protestar, apenas corri até ele e o abracei forte. Eu precisava muito disso. De um abraço confortável.
—Você está bem? Esteve chorando? Seus olhos estão inchados. -ele me abraça apoiando sua cabeça sobre a minha.
—Eu... Apenas fiquei preocupada. -sem me desfazer do abraço, eu olho-o nos olhos com uma carinha de choro.
—Você não me parece bem... Tem certeza que é só isso? -ele apoia suas mãos sobre meu rosto me olhando preocupado.
—Sim, é só isso. E, obrigada! -o puxo para um abraço apertado. Eu estava aliviada de não perder, dessa vez, alguém que eu amava.
Ele apenas sorriu e direcionou uma de suas mãos até minha cabeça, deixando a outra em minha cintura, intensificando o abraço.
—Ok, agora precisamos dormir considerando que são apenas três da madrugada. -ele ri- E acho que você precisa de um belo banho, seu rosto está completamente manchado! -ele sorri.
—Ah, falo o cara limpão que acabou de chegar de uma cirurgia e com certeza não tem uma bactéria no corpo. -falo irônica e rio enquanto balançava a cabeça. Ele ri e nega com a cabeça subindo pro quarto. Eu apenas o sigo.
[...]
(Jin ON)
—Até que foi rápida hoje! -rio enquanto ela saía do banheiro com uma toalha na cabeça para enxugar os cabelos e o pijama de coelhinho que ela tinha. Ela me parecia uma criança de tão fofa.
—Eu nunca demoro, você que é impaciente! -ela semicerra os olhos e ri em seguida- Ok, agora você já pode ir tomar seu banho super rápido! -ela dá uma intonação maior na última frase e arqueia a sobrancelha enquanto eu me levanto indo em direção ao banheiro rindo pela sua expressão.
[...]
—Rápido como o Flash... -ergo a cabeça enquanto saia do banheiro secando meu cabelo, e como sempre, ela estava dormindo como um bebezinho, era até fofo de se ver. Ela estava totalmente torta na cama, típico dela. Sorrio e nego com a cabeça.
Me direciono até ela e a pego no colo com cuidado enquanto ela resmungava e fazia cara feia enquanto dormia. A coloco, então, na cama, a deixando mais confortável e menos largada como estava.
Me sento ao lado dela e a olho abrindo um sorriso leve e sonhador sobre meu rosto. Ela era tão linda, tão frágil e calma. Eu não poderia ter pessoa melhor em minha vida. Assim, levo minhas mãos até seu rosto o acariciando levemente.
S/N parecia um lindo anjo dormindo.
Logo, me levanto, apago as luzes e lhe direciono um beijo na testa sorrindo. Me deito ao seu lado e a abraço por trás levemente, caindo no sono junto com a mesma.
[...]
Era manhã e logo acordo no mesmo horário de sempre, as seis da manhã, afinal eu tinha que cumprir meu turno no hospital.
Estranho não ver S/N dormindo. Onde será que ela foi? Ela nunca acorda assim tão cedo. Dou de ombros.
Visto meu uniforme, no caso, um jaleco, calças e camiseta branca. Penteio meu cabelo e coloco os sapatos, descendo em seguida.
Na cozinha, encontro uma mesa cheia de mimos pro café, o que me deixa extremamente surpreso. S/N nunca foi de fazer isso. Olho pra ela que parecia cansada.
—Oh, está aí! Bom dia! -ela se vira, me vendo e abrindo um belo sorriso, o que só ela tem.- Hum, eu preparei tudo isso porque imaginei que fosse acordar cansado, já que só teve três horas de sono. Enfim... Não sei se está bom, é o máximo que posso fazer! -ela sorri de lado e sem jeito.
—Não poderia ter esposa melhor! -rio fraco. -Obrigado, S/N! -me aproximo e selo seus lábios rapidamente e me sento em seguida, me servindo.
Ela apenas olhava enquanto eu comia.
—Não vai comer? -pergunto confuso. Ela epmas nega com a cabeça.
—Ah, não agora! Eu vou voltar a dormir só mais um pouquinho e tomo depois. -ela ri fraco e dá de ombros.
—Tudo bem, então. -sorrio fraco e termino minha refeição depois de um tempo.
—Bom trabalho! -ela me beija e arruma meu jaleco sorrindo.
—Obrigado! Cuide de tudo, S/N, voltarei em breve. -sorrio e saio.
(Dias depois)
—Você ficou sabendo que o bebê da Sun-Hee nasceu? -ela me pergunta saltitante e inquieta.
—A sua amiga? Ah, não, eu não fiquei sabendo. Faz muito tempo? -pergunto deixando o jornal que lia de lado.
—Mais ou menos. Como eu tinha perdido o contato com ela, não soube, mas agora que tenho o telefone dela, ela me disse. O bebê tem uns dois meses. Ela disse que ela é muito fofa e parece uma princesinha. -ela se senta ao meu lado, fazendo bico. Ih, já sei que ela quer algo.
—Deixa eu adivinhar... -me viro pra ela- Você quer ir na casa da Sun-Hee pra ver o bebê. É isso? -sorrio de lado erguendo uma sobrancelha enquanto a olhava.
—Ah, por favor! Por favor, por favor, por favoooor! Eu quero muito ver esse bebezinho fofo, vai, por favor! -ela falava enquanto sacudia meu braço.
—Ta bom, tá bom, a gente vai! Onde fica a casa dela? -rio da situação e pergunto, faznedo ela parar de me sacudir e me olhar com uma carinha sapeca.
—Então... Sabe... É que ela mora no interior da cidade, fica um pouco longe... -ela diz meia sem jeito.
Suspiro e rio fraco. Eu não resistia a aquele jeitinho dela.
—Sem problemas. A gente pode ir sim, mas precisamos estar prontos em menos de uma hora! -ela dá um pulo do sofá e comemora dizendo apenas um simples "ok".
Logo, subo e me arrumo rápido, vestindo uma calça jeans preta, meia rasgada nos joelhos, uma blusa branca folgada e um tênis preto e desço esperando ela.
Alguns minutos depois, ela desce as escadas e estava perfeita, como sempre. Ela usava um vestido com pregas, com uma estampa listrada que variava entre as cores verde, branco e preto e um salto preto.
—Podemos ir? -ela pergunta, empolgada.
—Claro! -sorrio e saímos, entrando no carro e partindo em seguida.
[...]
Chegamos lá e logo somos recebidos com muito amor. S/N como sempre, muito animada ao ver a amiga e muito ansiosa pra ver o bebê quando ele acordasse.
Todos conversamos, até ouvir um choro baixo vindo do quarto. Sun-Hee vai até lá e traz a bebezinha linda.
Imediatamente, os olhos de S/N brilharam.
—Posso segurar? -ela dizia a Sun-Hee que assentiu e deixou a bebê nos braços de S/N, que cuidava e brincava como se fosse sua própria filha.
Isso me fez pensar em como S/N parecia uma mãe de verdade. Como ela cuidaria de seus filhos e como seria uma mãe responsável para com eles. Então, Sun-Hee murmurou:
—Você também precisa de um filho, S/N! Assim, posso ir visitá-lo e eles poderão crescer juntos. -ela sorri e fala brincando. S/N me pareceu um pouco envergonhada, mas depois riu junto e disse:
—Um dia, quem sabe... -ela dizia enquanto nanava o bebê.
[...]
Depois de muita conversa, era hora de ir embora. Nos despedimos e voltamos pra casa. Ela parecia feliz por ter visto sua amiga e parecia feliz pela mesma.
Era tarde e estávamos cansados daquele longo dia. Tomo um banho e em seguida ela toma o dela.
Ela se senta na cama e eu apenas lia um livro qualquer enquanto pensava.
—Hey, S/N! -ela se vira pra mim esperando que eu dissesse. -Por que esse dia não pode ser hoje? -me viro a ela, a olhando apaixonadamente.
—An? Do que está falando? -ela pergunta, não fazendo ideia do que eu dizia.
—Sabe.. até que não seria uma má ideia aumentar nossa família, não é? -ela me olha extremamente corada enquanto desviava o olhar pra baixo.
Apenas me aproximo e pego em seu rosto, deixando nossos rostos perto.
—Eu te amo, S/N! Eu te amo demais. -eu a beijo intensamente que retribuiu sem cessar. A deito e acaricio seu rosto repetindo as mesmas palavras : "eu te amo".
(Jin OFF)
Ele acariciava meu rosto enquanto olhava em meus olhos. O quanto ele me amava, eu podia sentir.
Meus olhos se fecham, e logo me vejo em outro lugar. O lugar do início, talvez. Continha seis portas, apenas seis. O que eu fazia lá? E porque estava de pijama? O que aconteceu? Eu certamente não me lembrava de nada.
Olho os lados, só havia escuridão e nenhum sinal de saída, quem sabe aquelas portas poderiam me levar de volta.
Então, sem cessar, me aproximo de uma das portas, e logo um pingente de minha pulseira começa a brilhar e crescer, como uma verdadeira chave. Logo, a mesma se pôs em minha mão e algo me falava para entrar ali. Eu apenas o fiz.
Destranquei a porta e segui pra o outro lado. Assim que olhei pra trás, nao havia mais nada além de um lugar totalmente desconhecido por mim.
Afinal, o que é tudo isso?!
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