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História The similarity between us - Blue eyes


Escrita por: hellmintae

Notas do Autor


Olá meus amores! <3
Tudo bem com vocês?
Antes de partirmos pro capítulo, queria agradecer pelos mais de 100 favs! Não pensei que chegaria a isso, uma vez que muita gente deixa de acompanhar a segunda temporada das fanfics.
OBRIGADA! DE VERDADE!
Agora sem mais enrolações, boa leitura! <3

Capítulo 9 - Blue eyes


Fanfic / Fanfiction The similarity between us - Blue eyes

(Pov. Park Jimin ON)

Acordar com o pressentimento de que o dia será uma grande droga geralmente deveria assustar as pessoas, deixa-las com o pé atrás a cada instante, como se qualquer passo em falso significasse o desfecho de seu mau presságio. Entretanto, aquele sentimento era tão constante em minha vida, que tudo o que eu fazia para afastá-lo – ou ignorá-lo, que seja – era entornar uma boa dose de whisky, o que era uma porcaria, pois em alguns dias, eu simplesmente não o podia fazer e me via na obrigação de enfrentar o frio em meu âmago, sem nunca demonstrar meu desconforto. E, hoje era um desses dias, sem sombra de dúvida.

Meus olhos pareciam pesar uma tonelada, ao passo que minha cabeça deveria estar quase explodindo, embalada pela forte enxaqueca que destruía de vez com quaisquer resquícios de bom humor que poderiam ainda residir em mim. E quase me vi de joelhos quando o diretor de filmagens de Sweet Desire, o tão aguardado drama daquele ano, deu por encerrada a nossa breve reunião, marcada às pressas, apenas para a correção de algumas falhas no script antes do começo oficial das gravações, previsto para dali a uma semana.

Recostei-me na confortável cadeira giratória da sala de reuniões e permaneci quieto enquanto observava toda a equipe lentamente deixar a sala, cada um rumando para seus respectivos compromissos daquele dia.

- Algo me diz que se você fizer mais força conta o encosto dessa cadeira ela vai acabar se fundindo com sua pele, ou quebrando... mas acho que a segunda opção é a mais provável. – Comentou Jin, que também participara da reunião. O mais velho sorria, posicionado de frente para mim.

Levantei-me preguiçosamente, soltando um suspiro em seguida.

- Certo, nada de quebrar cadeiras. – Respondi, tentando soar no mínimo divertido.

Creio que estava visível em meu rosto que algo não estava certo, e Jin, mais do que ninguém conseguia reconhecer isso, porém, uma das maiores qualidades nele, era que além de ver nossa inquietação, também era capaz de reconhecer quando devia tocar no assunto ou não.

- Eu te convidaria para beber algo, mas tenho um compromisso, então... – A voz do mais velho vacilou, e sua expressão deixava claro que ele realmente ficara constrangido por aquilo. De pronto, ele ainda recordava de meus maus momentos de tempos atrás.

Será que eles realmente acreditavam que eu seria capaz de fazer aquilo outra vez?

- Podemos marcar de sair qualquer hora dessas hyung, eu não vou fugir. – Dei um tapa de leve no ombro de Jin. – E, de qualquer forma, tenho algo para resolver ainda hoje.

- Oh, claro. Por mim tudo bem. – Jin assentiu mais para si mesmo do que para mim. – Até mais, Jimin.

- Até mais, Jin hyung, tenha cuidado ao sair. – Me despedi com um breve aceno, observando-o deixar a sala de reuniões.

Aproveitei o fato de estar sozinho para dar uma última checada em meu celular, que como eu já desconfiava, não possuía nenhuma mensagem; eu não era bobo o suficiente para sequer cogitar a possibilidade de Min Soo falar comigo por conta própria após o que eu fizera no dia anterior. Não que eu tirasse sua razão de estar enfurecida comigo ou coisa assim. E, pior do que tê-la deixado plantada em um restaurante para sair com Nixanna, era perceber que, bem lá no fundo, eu não me importava com isso como deveria.

Eu estava tão absorto em meus próprios pensamentos que quase não reparei na figura de cabelos loiros que passava diante da porta de vidro da sala com duas grandes caixas em mãos, provavelmente impossibilitando-a de ver até mesmo o caminho a sua frente. Porém, foram necessários poucos segundos para que eu percebesse de quem se tratava, e menos tempo ainda para que eu me visse praticamente correndo em sua direção.

Automaticamente estendi meus braços diante de si, pegando uma das caixas e liberando sua visão. Quando os olhos de Nixanna encontraram os meus, precisei respirar fundo para não me perder de vez em todo aquele azul.

- Levo isso para você. – Comentei de imediato, referindo-me a caixa que tinha em mãos.

- Não pre...

- Precisa sim. – Interrompi-a. – Não vou perder meus braços por te ajudar, e você se poupará de um tombo. É perigoso andar sem ver o caminho à frente, principalmente quando a pessoa em questão tiver a palavra ‘desastre’ como segundo nome.

- O que você está insinuando com isso? – Pensei ter visto pelo canto do olho um sorriso se abrir no rosto da garota, mas isso aconteceu, ele se desfez tão rápido quanto surgiu.

- Absolutamente nada. – Dei de ombros, fingindo indiferença. – Você é que deve tirar suas próprias conclusões.

- Ótimo, então vou concluir que você só está me ajudando por ser um completo cavalheiro, e não por ter medo de que eu vá cair de alguma escada ou derrubar essas caixas nos pés de alguém.

- Espera aí. – Ergui as mãos como quem se rende. – Eu não falei nada disso.

Nix mostrou a língua como uma criança de cinco anos, fazendo-me soltar uma risada alta, que logo se misturou com o som da dela própria. E em momento algum eu tivera de forçar um bom humor que não me pertencia. As coisas simplesmente fluíam, não haviam máscaras para me esconder.

A porta da sala de Nixanna se encontrava entreaberta quando chegamos ao local, o que facilitou muito o nosso trabalho de colocar as caixas sobre a mesa.

Aquelas coisas estavam realmente pesadas.

- O que tem aí dentro? – Indaguei, apontando para ambas as caixas. – Tijolos?

- Haha, engraçadinho. – Nix franziu o nariz, cruzando os braços. – São só alguns itens de decoração, sabe, já estou aqui faz um bom tempo, mas não sinto que essa sala tenha exatamente a minha cara... de qualquer forma, obrigado pela ajuda.

- De nada. – Deixei um sorriso pequeno se abrir em meu rosto. – Sabe, eu estava aqui pensando se você não gostaria de sair para comer alguma coisa... quando você puder, é claro.

A expressão divertida no rosto de Nixanna se desfez tão rápido quanto quando alguém apaga uma luz, tornando tudo escuro, e de certa forma, inexpressivo.

- Jimin, eu... sinto muito, mas nós não podemos fazer isso outra vez. Acho melhor limitarmos nosso contato para dentro da empresa. – Os braços da garota penderam ao lado de seu corpo, e ao falar, seus olhos não se dirigiram aos meus em momento algum.

- O que? Por que? – Perguntei, não conseguindo acreditar no que ela dissera. – Ontem mesmo você disse que gostaria de sair comigo outra vez.

- Mas eu pensei melhor, tá legal? Sua imagem pode ser prejudicada se te flagrarem saindo com outras mulheres. – Sua voz subiu uma oitava enquanto ela falava. – Aquilo foi, foi...

- Foi o que?

- Foi um erro, Jimin. – Dessa vez, ela me olhou nos olhos ao falar e sem sombra de dúvidas, um tapa na cara seria preferível.

Cerrei meus punhos com força, sem conseguir sustentar seu olhar por muito tempo. Entretanto, eu sabia que aquele não era o real motivo, havia algo mais por trás de sua súbita mudança. Eu ainda conhecia cada uma de suas expressões e manias, tanto quanto as minhas próprias.

- Não minta para mim dizendo que só está preocupada com a minha imagem. Isso é o que menos importa aqui. – Sussurrei, mas de forma com que ainda fosse audível para ela. – Você nunca foi boa com mentiras, Nix. Por tanto, me diga a verdade.

- Quer saber, é melhor eu falar mesmo. – Murmurou, mordendo o lábio inferior. – Min Soo foi até minha casa ontem.

- Como?

Eu sabia que havia algo de errado nessa história toda...

- Logo que você foi embora, encontrei-a na frente do meu apartamento. Ela disse que tinha planos para sair com você, mas que você a deixou esperando sem nem mesmo telefonar para avisar que não iria. – Sua voz se tornara quase um sussurro. – Eu me senti péssima vendo ela chorar, como se eu fosse a pior pessoa do mundo, e mesmo assim, não consegui contar a verdade para ela. Por que não me disse que já tinha planos?

Levei minhas mãos até os cabelos, embrenhando-os em meus dedos enquanto suspirava lenta e ruidosamente.

- Eu não sei, Nix. Juro que não sei. Acho que eu estava tão feliz com a ideia de poder falar com você sem que acabássemos discutindo ou magoando um ao outro, que esqueci de tudo. Eu só conseguia pensar em você. – Admiti envergonhado, encarando-a no fundo dos olhos para que soubesse que eu falava a verdade. – Não precisa dizer nada a Min Soo, vou dar um jeito de falar com ela, só que, por favor, não me afasta. Tudo menos isso. E você não é uma pessoa ruim, o idiota aqui sou eu.

- Isso é mais difícil do que parece, Jimin. – Vi os olhos de Nix brilharem, provavelmente pelas lágrimas que insistiam em se formar. – Quando ela fala de você eu não fico mal apenas por ela, mas por mim também, e essa é a pior parte. Eu ainda lembro de nós dois, todos os dias. E isso não tem me feito tão bem quanto costumava fazer.

- Então é por isso que você quer se afastar? Por pensar em mim? – As perguntas foram rápidas demais, não mascarando minha surpresa.

Ela ainda pensava em mim. Em nós.

- Não quero me machucar, e muitos menos ser um fardo para você e Min Soo. – Um sorriso tristonho de desenhou em seu rosto. – Mas, Jimin, ela me disse mais uma coisa... disse que você tem mania de chamar pelo sol, durante a noite. Isso significa que... – Ela se deteve.

Céus como eu queria abraça-la.

- Se isso significa que eu ainda penso em nós? Em você? – Suspirei. – Todos os dias, Nixanna.

(Pov. Park Jimin OFF)

~~~~

(Pov. Emilly Sales ON)

Nem mesmo o cheiro forte de café que emanava da grande xícara diante de mim parecia ser o suficiente para desviar meus pensamentos daquelas malditas lembranças que custavam a desaparecer.

Às vezes as coisas seriam mais fáceis se a nossa mente funcionasse como uma espécie de computador, onde você pode simplesmente excluir os arquivos indesejados, embora minha mãe sempre dissesse que nem mesmo a pior coisa já vivida por qualquer pessoa existente fora totalmente em vão, pois sempre existe alguma forma de aprender com os tropeços ao longo da vida. Eu realmente tentava acreditar, mas não parecia fazer muito sentido, uma vez que a única coisa que eu aprendera com aquilo, fora não confiar em mais ninguém.

- Flashback ON -

Os feixes de luz que adentravam no quarto pelas pequenas frestas da janela pareciam terminantemente decididos a acabar com meu sono, embora meu corpo inteiro ainda parecesse fraco e gelatinoso após o ocorrido na noite anterior... ah, que noite!

Bastara aquele pensamento vir à tona para que toda a minha irritação evaporasse, como em um passe de mágica, dando lugar a uma espécie de euforia jamais sentida por mim antes. Mesmo ainda estando grogue de sono, pude sentir um sorriso se abrir em meu rosto enquanto meus dedos traçavam pequenos desenhos sobre o edredom macio que cobria meu corpo ainda nu.

Experimentei abrir meus olhos lentamente, virando meu rosto na direção oposta à da janela para que a claridade não me incomodasse, mas a minha surpresa foi ver o lugar vazio ao meu lado. Bem, talvez eu dormira por tempo demais e Dylan fora para o a faculdade sem me acordar, já que o relógio sobre minha cômoda já marcava uma hora da tarde.

Porém, após alguns poucos segundos em completo silêncio, pude ouvir um ruído leve vindo da sala. Reconheci a voz de meu namorado, provavelmente falando ao telefone, mas não conseguia compreender nada do que ele dizia. Talvez estivesse apenas pedindo comida ou algo assim.

Levantei-me da cama rapidamente, de repente ansiando por sua presença. Era como se agora que eu me entregara a ele pela primeira vez, tudo aquilo que eu acreditava sentir se concretizara, tornando-se ainda mais forte do que qualquer coisa que eu já imaginara ser capaz de provar em minha vida.

Não me dei ao trabalho de vestir nada além de uma de suas camisas, já que ele costumava deixar mais de uma muda de roupas em minha casa, de tal maneira que não seria um grande problema se eu usasse uma ou duas peças. E, para ser bem sincera, o cheiro delas era bom. Quase reconfortante.

Meus pés descalços praticamente não faziam barulho de encontro ao carpete que cobria o chão do quarto, o que facilitou minha ideia de pegá-lo de surpresa. Pude vê-lo sentado no sofá, de costas para mim, mas praticamente congelei no lugar quando consegui ouvir o que ele dizia.

- ... é sério cara, eu consegui. – Sua voz soava divertida, como se estivesse lembrando de uma piada engraçada. – Eu te disse que ela já estava no papo. Chega a ser patético de tão rápido que foi, só precisei dizer umas palavras bonitas e pronto!

Parecia que uma lufada de vento frio invadira meu corpo. A sensação era desconfortável e de certa forma, agonizante.

Não, não, não. Ele não faria uma coisa dessas... ele não poderia estar falando de mim.

- Se eu soubesse que seria tão fácil, teria apostado mais, entretanto, quero meus duzentos dólares ainda hoje, fechado? – Sua voz silenciou por um instante enquanto quem quer que fosse do outro lado da linha falava, e só então, ele voltou a se pronunciar. – Vou dar um jeito de terminar com ela, mas antes ainda vou aproveitar um pouco. Então, nos vemos mais tarde, Mike. Não esqueça minha grana.

Aquela foi, provavelmente, a pior coisa que ouvi em toda minha vida. Eu podia sentir o nó em minha garganta, as lágrimas em meu rosto e um aperto inexplicavelmente dolorido em meu peito, mas simplesmente, me via incapaz de fazer ou dizer qualquer coisa para que aquela dor que crescia em meu âmago cessasse.

Eu me tornara apenas uma peça de jogo para ele?

- Me diga que eu não ouvi isso. – Sussurrei com dificuldade após respirar fundo. Eu não podia ficar quieta perante a uma situação como essas, mesmo que tudo o que eu menos quisesse fazer naquele momento fosse falar. – Por favor, Dylan.

Por um momento, cheguei a imaginar que ele não me ouvira, mas eu estava errada; logo após resmungar um sonoro “filho da puta”, o garoto andava em minha direção. Sua expressão não demonstrava o mínimo de culpa ou arrependimento, ao passo que eu já nem sabia mais se seria capaz de me mover sem cair de cara no chão.

- Emilly, eu posso... – Dylan começou a falar, mas creio que meu olhar fora o suficiente para alertá-lo de que era melhor não vir com explicações bestas.

- Você pode o que? Explicar? Pode explicar que durante todo esse tempo você só estava me usando para conseguir duzentos dólares, Dylan? DUZENTOS DÓLARES! – Gritei a última parte, sentindo a mágoa se misturar a raiva. – Quem você pensa que eu sou? Ou melhor, QUEM VOCÊ PENSA QUE É? SEU IMBECÍL!

O garoto passou as mãos por seus cabelos ruivos, puxando-os com certa brutalidade enquanto sua expressão se tornava irritadiça. Seu peito nu subia e descia rapidamente, graças a sua respiração acelerada.

- Não era para você ter ouvido isso. Apesar de tudo, eu não queria magoá-la.

Certo, agora talvez fosse uma boa hora para ter força o suficiente para deixa-lo inconsciente com um soco.

- Não queria me magoar? Cara, tem noção das porcarias que está dizendo? – Apontei meu indicador em sua direção de maneira acusadora. – Eu confiei em você, seu desgraçado, e a única coisa que você fez foi me usar! Por quanto tempo você me faria acreditar nas coisas que você dizer para me levar para a cama antes de me chutar de uma vez por todas como se a culpada de tudo fosse eu? Hein?

Meu coração batia forte contra o peito, tão forte que quase imaginei ouvir o som descompassado que suas batidas provocavam. Tudo o que eu sentira ao acordar, tudo o que eu experimentara na noite passada, tudo, absolutamente tudo que eu vivera com ele não passara de uma grande mentira.

- Deixe de ser tão dramática, garota. Realmente pensou que eu gostasse de você? – Sua voz agora quase trasbordava de deboche. – Você nem é tudo isso.

Puxei o ar com força, tentando ao menos não perder o último fio de bom senso que ainda existia em mim. Minhas mãos tremiam e soluços involuntários irrompiam por minha garganta, mas naquele instante, a tristeza que eu sabia que sentiria mais tarde não era nem um décimo do nojo e da raiva que sentia.

- Sabe de uma coisa? Eu não me arrependo de nada do que eu disse ou fiz, nem do tempo que passei com você, pois eu fui sincera. A única coisa da qual eu me arrependo é de, justamente, ter passado tudo isso com alguém como você. Dylan, você é podre. – Rosnei, sem me importar com aquelas malditas lágrimas que embaçavam minha visão. Aquela era a primeira vez em que eu não me importava com o fato de estar chorando na frente de alguém, mesmo que eu odiasse fazê-lo. – Quero que vá embora da minha casa, agora!

- Que seja. Não faz diferença nenhuma mesmo. – Deu de ombros, sorrindo sínico.

Permaneci ali, parada, durante todo o tempo que Dylan levou para juntar suas coisas e sair de minha casa. Em momento algum ele olhou para trás ou buscou de desculpar. Ele simplesmente agira como se eu nem estivesse ali.

Todos os sentimentos que eu levara tempo para nutrir, agora haviam se quebrado como vidro, e os cacos, afiados e ameaçadores, caíram todos diante de mim, sem me deixar escapatórias para fugir dali sem me machucar.

Creio que essa tenha sido a pior forma de descobrir que uma alma também pode sangrar.

- Flashback OFF -

Só fui arrancada de meus pensamentos graças ao toque insistente de meu celular. E, creio que ainda estava tão desnorteada com tudo o que acabara de me recordar, que nem sequer me dei ao trabalho de verificar o número de quem me ligava.

- Alô? – Falei com a voz, para minha surpresa, embargada.

- Você está chorando? Logo pude reconhecer a voz do homem do outro lado da linha. Ele parecia preocupado. – Aconteceu alguma coisa?

- Namjoon! – Exclamei, sem conseguir esconder a surpresa, que logo se tornou constrangimento. – Não! E-eu estou um pouco gripada, só isso. Nada de mais.

- Ah, certo. Sua voz sugeriu certa desanimação ao meu comentário. – Então acho que vou ter que desistir dos meus planos.

- Planos? Que planos? – Perguntei, subitamente curiosa.

- Bem, é que ontem você parecia meio triste lá no estúdio, então acabei pensando que, sabe, como você disse que gosta de arte enquanto olhávamos as fotos da Sonia, seria uma boa ideia te levar para ver a exposição de quadros de um amigo meu... – Namjoon tossiu levemente, claramente desconfortável por dizer aquilo. Não pude evitar uma risada baixinha. – Mas se está doente, creio que vá levar algum tempo para se recuperar.

- Quando é a exposição?

- Na quinta-feira... Anunciou.

- Se ainda quiser me levar, tenho certeza de que até lá já estarei bem melhor. – Dei de ombros comigo mesma. – Vai ser até bom me distrair um pouco.

- Isso quer dizer que você aceita? – Sua voz, de súbito, pareceu mais animada.

- É, exatamente isso. – Sorri, animando-me também. – Nos vemos na quinta?

- Com toda a certeza! – Namjoon riu, encerrando a chamada.

Por alguns minutos, fiquei encarando a tela de meu celular refletindo sobre ter feito a escolha certa em aceitar. Entretanto, já fazia tanto tempo que eu não me permitia ser livre para fazer o que quer que fosse, que de alguma forma, eu já estava sufocando a mim mesma.

(Pov. Emilly Sales OFF)

~~~~

(Gong Min Soo ON)

Estava sendo difícil manter minha expressão inabalada naquela manhã, principalmente após tudo o que acontecera entre mim e Jimin. E pensar que aquele idiota não fora nem capaz de tentar falar comigo era no mínimo revoltante.

Atravessei o corredor em busca da sala de Nixanna o mais rápido que meus saltos permitiam, falar com ela parecia ser a única coisa capaz de me acalmar naquele momento, mas logo que alcancei a porta de sua sala, me detive ao ouvir a voz de Jimin vinda de dentro dela.

Será que ela contara para ele que eu a visitara na noite anterior?

Eu realmente odiava ouvir conversas alheias, mas essa em particular me interessava. Aproximei-me ainda mais da porta, porém, não pude ficar diante dela graças ao fato de ela ser de vidro esfumado, o que entregaria que alguém os escutava.

Durante algum tempo, não fui capaz de ouvir nada, até o momento em que a voz que eu julgara como sendo a de Jimin voltou a falar.

- Se isso significa que eu ainda penso em nós? Em você? – Aquela era sem sombra de dúvidas a voz de Jimin. Após um longo suspiro, ele voltou a falar. – Todos os dias, Nixanna.

Afastei-me da porta como se tivesse levado um choque.

Seria possível que Nixanna fosse a garota do passado de Jimin?

Seria ela, justamente ela, o fantasma que por muitas vezes, fora o motivo de minhas discussões com Jimin?

(Pov. Gong Min Soo OFF)


“Mesmo que eu tente ir embora
Estamos ligados por nossas memórias
Mesmo quando não estamos no mesmo lugar

É muito doloroso te amar
Mas eu não posso
Esvaziar minha mente
Isso dói ainda mais”


- Forgetting you - DAVICHI


Notas Finais


E aí, gostaram? Não gostaram?
Digam pra tia Hell aqui \o/
Só sei de uma coisa, a treta foi implantada!
Nos vemos no próximo capítulo?

Beijinhos com gliiter da tia Hell! <3

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Música citada:
- Forgetting You - DAVICHI - https://www.youtube.com/watch?v=VSc9firbqBM
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Meu Twitter: https://twitter.com/ArmyDosParanaue


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