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História The sound of the heart - Forgive me


Escrita por: TiaClara

Notas do Autor


Olha quem voltou, espero que curtem esse capítulo, amo esse, é serio.
Até muito breve meus amores

Capítulo 13 - Forgive me


Fanfic / Fanfiction The sound of the heart - Forgive me

Pov. Leah Clearwater

Ainda desconcertada olho a mulher a minha frente, meu peito sobe e desce rapidamente, olho para Nolan que olha para Safira como eu desconcertado, mas posso perceber um certo nervosismo vir dele, eu posso sentir as emoções dele?
-Precisamos  conversar!-Ela repete sua fala anterior e adentra a casa, indo em direção ao sofá sem ao menos ser convidada e se senta com toda sua  altivez, não entendo o porquê dela estar assim e o porquê Nolan a olha com raiva e ela o olha indiferente.
-Vocês se conhecem?- Pergunto e mesmo antes que eles me respondam, me toco o que está acontecendo, Nolan é o alfa de cento e cinquenta anos, Safira com certeza é a conselheira dele.
-Ela é  minha conselheira- Ele fala tão friamente que ergo minhas sobrancelhas, e o que eu tenho haver com seu problemas? Para soar tão indiferente.
-Não, eu tento ser sua conselheira, porém a mais de cento e vinte anos que você me ignora Nolan- Safira rebate autoritária- bem, mas no momento não vir pela milionésima vez tentar resgatar  a ovelha perdida-sua voz sai com uma ironia quase palpável- Nolan, precisamos de você, acabou a brincadeira de esconde-esconde, você tem que assumir seu posto antes que o clã Hale seja extinto.
Olho para Nolan que fica indiferente, não demonstra reação alguma
-Você encontrou sua marcada Nolan, está mais do que na hora de proteger algo e agora você tem por quem lutar- Ela olha para mim e eu arregalo meus olhos
Marcada? Como assim marcada?
-Uma coisa não tem nada a ver com a outra Safira, eu não me importo com seu clã, e quanto a Leah, ela ainda não sabe- Sua voz sai fria, começo a ficar indignada, como eles conversam como se eu não estivesse presente ou que meu nome não faz parte do assunto
-Ela tem o direito saber Nolan, ela é a peça chave tudo, e é de seu clã também que estamos falando.
-Você e seus contos para criança Safira- ele fala friamente, mas percebo um desconforto em sua voz, está tentando sorrir indiferente, falha ao meu ver, com certeza ele fala da boca para fora, mas como eu sei isso se nunca conversamos, hoje foi a primeira vez que fiquei em um ambiente com ele por mais de uma hora.
Começo a bater meus pés  indignada contra o porcelanato branco do chão, tentando entender tudo e também por estar sendo totalmente ignorada, minha audição está atenta a qualquer ruído que possa soar de qualquer um presente na sala.
-Ela corre perigo Nolan, não é história, e você sabe, você quer o mesmo destino de seu irmão e sua mãe para ela? 
Olho para Nolan e vejo seus olhos ganharem a tonalidade vermelho sangue, dentes afiados surgem em seus lábios, pelos aparecem formando costeletas em seu rosto, sei o que é isso, sua forma lupina secundária, já li sobre isso uma vez nas lendas de tribos que tínhamos acesso em La Push, e ouvi histórias que meu pai me contava quando ainda era vivo, os lobisomens tem duas transformações, a secundária para se defenderem durante o dia e a primária que ocorre sempre que quiserem, eles as usam quando saem para matar para defender os seus, e tem a lua de sangue ou a super lua como muitos conhece, que acontece uma vez no  ano, eles ficam incontroláveis  e somente as marcadas conseguem acalmá-los, ao constatar que sei o que é marcada, passo a mão na testa, que está completamente soada, devido ao meu nervosismo que se formou, Nolan me olha na mesma hora e não entendo o porquê, ele parece saber o que sinto, eu marcada? Não! Com certeza isso é um equívoco, é proibido, pelo menos para seres como Nolan, um lobisomem, eu não poderia estar ligada a ele dessa forma.
Levanto do sofá quando sei o que é  marcada, isso é  impossível, só os homens tem o poder da transformação nesse clã, somente eles são lobisomens, as marcadas são mulheres que são predestinadas a eles, são humanas, eles que as transformam, não poderia eu ser a marcada de um lobisomem, uma quileute,  é proibido, totalmente  proibido um Lobisomem se envolver com outros povos e tribos, a palavra proibido não para de gritar em minha mente.
-Eu não vou fadar ela a uma vida amarrada a um ômega Safira, só pioraria tudo, não vou completar essa maldita ligação.

Ligação? Isso nunca ouvir falar, não adianta eu me questionar silenciosamente, eles me devem muitas respostas.

-Dá para calarem a maldita boca e me contarem o que está acontecendo aqui? Como assim eu sou a marcada dele? E de que ligação este homem fala? –pergunto, apontando para Nolan, os dois não se mexem e muito menos me olham e continuam se encarando. Passo minha mão pelo meu rosto já impaciente.

 -Você é um covarde Nolan- Respiro profundamente, tentando me acalmar, quando penso finalmente que estou liberta, me acontece isso, minha vida sempre resolve dá uma reviravolta, sem aviso prévio.              

 –Eu, covarde? Não foi você que teve sua mãe e seu irmão mortos por um louco que queria mais e mais poder, Ian que era para ser o alfa, não eu, e ele morreu por causa disso- Pela primeira o vejo sem forças, sem mostrar toda sua auto confiança, pela primeira vez o vejo cabisbaixo

- Nolan- falo com meus olhos fechados e sinto meu peito se apertar, posso ver claramente o sofrimento em seu rosto, e me sinto uma inútil por vê-lo assim, eu mais do que ninguém sei o que é perder pessoas que ama por estar fadada a uma linhagem que não ambicionamos em ter, por puro extinto de proteção ou não sei o quê, atravesso a sala e o abraço no mesmo minuto ele se assusta, porém não me empurra, apenas retribui e suspira forte em cima de minha cabeça, vejo que ele se curva um pouco, seus lábios se aproxima de meu ouvido.

 - Eu não posso fazer isso com você Leah, me desculpe, eu nunca quis isso, eu nunca quis envolver uma terceira pessoa em meus problemas, me perdoe- Sua voz sai tão baixa, tão arrastada, eu tenho que entender o que na liga assim, o porquê de estar tão afetada ao vê-lo assim, apesar de não gostar do rumo que minha vida está tomando

-Nolan, ela precisa de você, do mesmo modo que você precisa dela meu querido, não negue mais isso Nolan, já se passou mais de um século que tudo aconteceu, e finalmente você a encontrou, vou deixar vocês conversarem, e você sabe tudo. Já conversamos sobre isso, saberá passar para ela- Safira fala com uma voz maternal, olho para ela, seus olhos azuis estão atentos a nós dois, mas posso ver um singelo sorriso em seu rosto, como se seu objetivo foi alcançado

Ela sai, Nolan me olha, me puxa pela mão indo em direção ao sofá, ele se senta, me sento ao seu lado, por mais que esteje com medo, por mais que quero correr desse local, sinto que tenho que ficar, que é o certo a se fazer é ficar e ouvir cada palavra que ele tem para conversar comigo, tudo o que tem para me explicar, seus olhos ficam verdes novamente, suspiro o olhando, ele é tão lindo.

- Leah, sei que não é boba, já deve ter entendido tudo, sabe que é minha marcada, me desculpe por não ter contado antes, nem mesmo eu sabia, naquele dia que toquei seu braço para tentar te ajudar, foi então que percebi e depois não contei porque não quero que se sinta obrigada e nem eu mesmo queria aceitar, não por ser você e sim por eu ser complicado- Não discuti, afinal, sei como ele se sente, e não faria uma cena, seria hipocrisia- No nosso caso, quebramos todas as regras, é totalmente proibido envolvimento entre matilhas, e nós podemos envolver somente com humanas, porém minha escolha no passado, mudou meu futuro, eu não sei o que pode acontecer Leah, eu te coloquei em perigo, mais uma vez coloco quem tem nada a ver com minhas escolhas erradas em perigo e dessa vez é alguém que conheço a um pouco mais de dois meses- fico chocada porque nunca o vi falar tanto, não sei como agir- Está mais claro que sentimos atraídos um pelo outro, isso não podemos negar, no entretanto aquele amor que via quando mais novo nos meus irmãos, aquilo incondicional, não temos isso, Safira me disse que como mudei as regras ,ao renegar meu sangue, meu trono digamos assim, eu te dei o direito de escolha, você pode viver sem mim, já eu, bem, eu não posso viver sem você e a cada dia percebo isso, não sabe como tem sido difícil as últimas semanas tentando te evitar.

O olho de imediato, isso não é escolha, alguém teria que se sacrificar, alguém irá sofrer, e eu sinceramente não quero isso para mim, porém algo que me incomoda, se ele não tivesse feito uma escolha no passado, que ainda não sei qual, apesar de suspeitar, eu não teria sofrido tanto, e entendo também que eu jamais poderia ter alguém, sempre iria quebrar a cara no amor, porque eu já tinha ele, e mesmo sendo proibido, eu estou predestinada a ele, e eu não quero ser amarrada porque o destino quis assim eu não quero isso para mim, não agora

- Nolan, eu, desculpe- abaixo minha cabeça, não tenho o que falar, porque nem eu sei o que quero falar

-Não precisa se desculpar, eu também não aceitaria com facilidade Leah, você não me conhece e nem eu quero também, não quero nada que me ligue ao meu passado, mesmo que quando olho para você sinto vontade de lutar, eu não mereço você, eu não mereço uma segunda chance

Segunda chance. Foi exatamente essas palavras que Alice me disse, que eu me dessa uma segunda chance, que eu reescrevesse minha história, Nolan é minha segunda chance? Foi ele que ela viu em suas visões? Eu quero isso para mim? Tentar com algo com ele, é o mesmo que me jogar de um precipício, não saberei o que de fato me espera lá em baixo, mas se está em meu destino resgatá-lo porque esse medo todo?

Quando o olho, vejo que ele me olha, sua testa está franzida, como ele soubesse o misto de confusão passa em minha mente, a fala dele veio em minha mente “Eu, covarde? Não foi você que teve sua mãe e seu irmão mortos por um louco que queria mais e mais poder, Ian que era para ser o alfa e não eu, e ele morreu por causa disso”

- Nolan, bem, porque se afastou de seu clã, porque se tornou um ômega? - Ele abaixa sua cabeça, o vejo batucar os dedos em sua coxa, o silêncio é doloroso.

-Meu pai matou minha mãe e meu irmão- Ele fala depois de incontáveis minutos, congelo no lugar- Tudo pelo poder, ele quis ser o alfa, ele tentou pegar o lugar do meu irmão- ele olha para mim e ele muda seus olhos novamente para o vermelho- Esses olhos que eram para ser do meu irmão, se tornaram meus, com apenas dez anos, desde então venho fugindo, fujo desde o dia de seu nascimento.



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