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História The sound of the heart - The Call


Escrita por: TiaClara

Notas do Autor


Boa Leitura minhas amoras

Capítulo 15 - The Call


Fanfic / Fanfiction The sound of the heart - The Call

Pov. Leah Clearwater

Nolan me encara firmemente, desvio meu olhar do seu, que chega a ser perturbador o tanto que ele me encara e a vontade de contar tudo surge em mim, porém não, mesmo entendendo seu lado, uma parte de mim grita que muita coisa que passei em minha vida ele tem sua parcela de culpa.

-Não quero falar sobre isso, me desculpe- Ele pega minha mão, tento puxar, mas ele não deixa o olho para entender o porquê dele tentar me prender ali.

- Não se desculpe Leah, afinal, até uns minutos atrás eu era cheio de segredos, você foi a primeira pessoa com quem falei sobre o meu passado, então quando se sentir a vontade estarei a ouvidos.

Ele faz menção em se levantar, em uma atitude impensada seguro o seu braço, ele se vira para mim e me encara.

- O que você quis dizer que não completaria a ligação, o que é essa ligação? – Realmente isso me perturba ele disse que não completaria a ligação.

Vejo quando seu pomo de adão sobe e desce, como se estivesse engolindo algo ele reflete um pouco e se senta da melhor forma.

-  A ligação, antes de transformarmos nossas companheiras temos que terminar a ligação, é o que nos liga por toda vida a ela e ela a nós passamos sentir tudo o que outro sente, aposto que desde o dia que toquei em você, tentando te ajudar, você consegue perceber quando estou com raiva, quando estou triste, só que com a ligação feita, sentimos cem por cento as emoções do outro, o que torna tudo complicado, porque você além de lidar com as suas próprias, temos que lidar com a do seu companheiro- Aperto os dedos no sofá sem perceber, era mais do que esperava- E quando essa ligação é feita não importa onde esteja, não importa  o que sente, eu sempre irei poder te ajudar e isso se aplica a você também-Ele fala olhando dentro dos meus olhos, seus verdes chegam a cintilar.

- Porque disse que não terminaria a ligação? - Pergunto no ímpeto a sensação de ser renegada mais uma vez dói.

- Porque sou um problema com problemas, eu não vou te envolver na minha vida bagunçada Leah.

Ele fala somente isso e se levanta, vejo ele indo ao pequeno corredor antes de seguir em frente ele se vira e me olha.

-Não se preocupe, nada vai te afetar, eu não vou deixar

Seguro o choro, nunca ouvi palavras tão simples, ele fora o primeiro que me mostrou esse extinto de proteção, vejo meu celular tocar pela quinta vez e sei que é de meu serviço não poso trabalhar hoje não tenho cabeça.

Porque me sinto tão confusa?

As vezes quero culpa-lo por minha desgraça.

Outra hora quero ser sua salvadora como Safira me disse, que eu nasci para resgatar um alfa.

Outra hora quero correr e voltar para minha família e esquecer que um dia o conheci.

Com pouco quero dizer que quero ser dele, ser a companheira dele.

Porque não tomar uma decisão e seguir em frente? Quem dera fosse simples assim, porque de todas minhas vontades, todas elas me trarão uma consequência, eu sinto isso, sendo estar ao seu lado ou não.

Eu posso eu lidar com minhas escolhas?

Me jogo no sofá fechando meus olhos quando coloco meu braço sobre eles tampando minha visão.

(...)

Acordo assustada e vejo que lá fora a noite se faz presente, sento-me rapidamente torcendo meu pescoço para os lados o ouvindo estalar, escuto a televisão ligada e não tenho coragem se quer de olhar para o lado sei que ele deve ter me visto dormindo.

- Quer sair para comer uma pizza? Conheço um lugar que serve a melhor pizza de queijo que existe no mundo.

Olho para Nolan no mesmo instante, ele está sorrindo, estranho que mal trocávamos algumas palavras e do nada nos aproximamos tanto acho que foi o que ele disse, não conseguimos mais evitar. Eu vou sair com um cara depois de tantos anos, o único com quem sai foi com Sam e na época de minha adolescência, um frio se instaura em minha espinha.

-Não precisa ficar nervosa Leah, é apenas uma pizza.

Tenho vontade de o xingar, mas quando o vejo gargalhar acabo que sorrio também.

-Eu te avisei, mesmo que não completamos a ligação, ainda assim, podemos sentir a emoção do outro e anda me dê sua resposta, estou me sentindo um adolescente aqui, mesmo que com cento e cinquenta anos, acredite nunca chamei uma mulher para sair.

-Imagino, digamos que nunca foi sociável- Falo divertida

Ele rir, porém concorda.

- Ok, vamos comer pizza, me dê alguns minutos

Ele assente, a passos devagar vou para meu quarto apesar de minha vontade é de correr, tomo um banho em tempo recorde, em frente ao pequeno guarda roupa bato o pé impaciente, depois de tantos anos tenha aquela sensação de querer estar bonita, sorrio por isso, depois de minutos torturantes com roupas voando pelo quarto, meu corpo se adepta a um jeans azul escuro, uma blusa preta está com um dos ombros caídos, um tênis preto se faz presente em meus pés, meu cabelo está solto e alcança os ombros, um gloss está presente em meus lábios, e apenas um rímel no cílios, nunca fui uma mulher exuberante muito menos vaidosa e hoje gosto da imagem que reflete no espelho, minhas bochechas ganham uma coloração avermelhada, de fato, estou com vergonha, esfrego minha mãos uma na outra com ansiedade.

Não posso negar, eu estou verdadeiramente interessada no homem que se encontra na sala pego minha bolsa e coloco algum dinheiro vou até sala e o vejo em pé segurando as chaves

-Escutei quando a porta de seu quarto foi aberta, vamos?

Assinto e sigo com ele até o saguão do hotel, seguro a risada quando a revista que Safira tem em mãos vai de encontro ao chão, ela nos olha com os olhos arregalados e a boca entreaberta como se estivesse vendo algum tipo de miragem, Nolan com toda sua altivez põe se caminhar, sigo ao seu lado completamente em silêncio, vejo quando as luzes de um Bugatti pisca quando ele destrava o controle do carro que está em suas mãos.

- A pizzaria é longe? – Pergunto quando sento no carona e ele nega, apenas com um aceno de cabeça, bipolar, torço a boca, não que queria ficar conversando como maritaca, mas se vamos passar algum tempo juntos, algum assunto temos que ter, não temos?

- Não precisa se irritar Leah, é só que me irrito ao ver como Safira está nos farejando como um poodle.

-Dá para parar de prestar atenção nas minhas emoções Nolan? Eu não faço isso com você! – Ele tira seus olhos um pouco da estrada e me encara e um sorriso nasce em seus lábios mas aquele que corresponde no olhar, seus olhos cintilam mais uma vez tendo luz própria neles.

-Desculpe, não consigo evitar, é divertido, com você por perto tudo é tão diferente, porque não te notei antes?

Engulo em seco ao ver como ele me olha pelo espelhinho do carro com tanta intensidade meu coração acelera fecho meus olhos e me concentro em seu corpo em suas emoções posso senti que ele também está nervoso, as palpitações de seu corpo estão tão aceleradas como a minha, e posso sentir uma alegria vindo dele, ele tem razão é divertido, sorrio feita uma boba ainda com os olhos fechados, e tenho vontade de completar a ligação.

(...)

Ele rir enquanto leva um copo de cerveja até seus lábios, e põe a mão sobre a barriga.

-Meu Deus, as pessoas não para de nos olhar Nolan, eles devem pensar que somos loucos- falo baixo, e gargalho logo em seguida.

-Você queria o quê? Comemos oito pizzas gigantes e agora estamos tomando sorvete como se não tivéssemos comido absolutamente nada, adoro isso, costumava sair toda noite para comer só, e gostava ver a reação no olhar das pessoas ao ver o tamanho de meu apetite agora tenho companhia temos que fazer isso mais vezes.

O olho, por um momento fico aliviada que ele saia de casa e comia, não vivia apenas de álcool mas o que me chama atenção é que ele pretende sair comigo mais vezes, é eu também quero sair mais vezes com ele, limpo o canto da boca que sujou com um pouco da calda de chocolate do sorvete e passo a língua nos lábios os umedecendo por estarem secos, quando o olho vejo seu olhar sobre mim raspo a garganta me sentindo acuada sobre seu olhar analítico.

- Por que bebe tanto, se nosso organismo elimina o álcool na mesma hora? -  Ele abre um sorriso, mas logo em seguida se entristece e abaixa a cabeça meu peito dói- Nolan?Eu..me..desculpe

- Eu no começo bebia para conseguir aquela sensação que muitas pessoas falam que é alegria e esquecimento dos problemas, então sempre procurava por isso mas nunca nunca mesmo consegui ficar embriagado, depois comecei a beber por divertimento, o tanto que minha bexiga suportasse e quem sabe achar assim uma dosagem especifica que derruba um lobisomem.

-Oh- É o único som que sai de minha boca ele sofre tanto e eu o julgando um pouco por minha infelicidade, ele não sabia Leah que a escolha dele traria consequências, minha mente grita com sensatez vejo quando ele chama o garçom e pede a conta pego minha bolsa com o objetivo de o ajudar com a conta.

- Não precisa Leah, deixe que eu pago- Ele pega um cartão azul escuro de sua carteira

-De jeito nenhum, olha o tanto que comemos isso vai ficar uma fortuna

-Eu convidei, então eu pago-Ele rebate

-E minha mãe me ensinou ser independente-Ele rir

-Sei que sim, você é diferente de todas que já vi por aí Leah, forte, determinada e destemida, apesar de seus olhos serem tristes- abaixo a cabeça- Na próxima você paga tudo bem, e garanto você vai se arrepender, hoje comi até pouco, não estava com fome.

Acabo que rio

-Ok, trato feito, a próxima é por minha conta- Apertamos a mãos como se fechássemos negocio.

Ao sair na rua, sinto a brisa gelada bater em meu rosto, meus cabelos voam um pouco, ele está ao meu lado com as duas mãos em sua jaqueta, uma blusa preta está por baixo.

-Leah quero ser sincero com você, eu decidi te conquistar, mas não quero ficar com você porque é minha marcada e sim porque vou fazer você se apaixonar por mim, eu não mereço te ter facilmente e sei que não teria eu vou lutar por você.

Quando essas palavras saem de sua boca eu paro na mesma hora vendo seu carro do outro lado da rua meu coração bate desesperadamente pelo o que quero fazer.

- Você precisa entender que... - não permito que sua última frase fosse concluída. E, embrenhando meus dedos em sua camisa preta, eu o puxo para perto, colando meus lábios nos seus.

Não foi um beijo propriamente planejado, mas dei o meu melhor para que ele sentisse um terço do que eu sentia, medo, ansiedade.

Testemunho o momento em que seus músculos relaxam, e suas mãos finalmente se estabelecem em minha cintura. A minha respiração está excepcionalmente calma, se comparada à forma apressada como os jatos de ar saiam de seu nariz. Ele parece em choque. E, talvez, eu pudesse sentir um pouco de desejo em seus lábios.

Meus dedos partem para seus cabelos da nuca, apertando-os devagar, à medida que trato de controlar a velocidade do beijo. Eu quero ser a única a guiá-lo naquele momento. Nolan não tinha de preocupar-se se eu estava gostado ou não, e eu estava gostando.

O barulho dos carros e das nossas bocas eram os únicos presentes aquela noite. Eu sinto o perfume de Nolan com mais precisão, assim que os seus braços me puxam para mais perto. Seu peito sobe e desce contra o meu, enquanto ele se inclina para ficar à minha altura. Eu detesto a minha pequena estatura, e agora a odeio mais, Talvez alguns centímetros a mais viessem a facilitar o beijo. Talvez se eu estivesse sobre o colo dele, o que eu estou pensando?

-Leah. - Nolan sussurra. Eu passo minha língua por seus lábios, adentrando em sua boca outra vez. Seu hálito está com gosto de cerveja, com um leve sabor de bala de hortelã. Confesso que aprecio a forma como ele está correspondendo, me deixando seguir no comando.

Nossos lábios se movem com lentidão, abdicando a ideia de cessarmos o beijo. Contudo, algum momento teríamos ter que parar, eu não queria soltá-lo agora. Não sabendo que poderia aproveitar mais um pouco. Então, apenas deslizei minhas mãos por seu pescoço e ombros, sentindo o tecido macio da roupa e os músculos malhados de Nolan. Ele, por sua vez, puxou vagarosamente o meu lábio inferior, enquanto eu posso deduzir que há um sorriso em seu rosto.

Quando ele fez menção de introduzir novamente a língua, eu o interrompo com selinhos, evidenciando que deveríamos parar o beijo.

O sorriso rasgado em seu rosto me fez vibrar por dentro.

- Nossa- Ele me aperta sobre ele

-Nossa- repito, repousando minha cabeça em seu ombro

- Eu quero que você lute por mim Nolan, não é só você que precisa resgatado.



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