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História The Story Of Our Lives - Nunca mais será o mesmo


Escrita por: LucyMiller

Notas do Autor


Olááá, tudo bom com vocês?
Tô passando aqui rapidão só pra me manter pontual nas postagens hahaha
Tá uma correria aqui (ainda) por causa das últimas provas, oh céus
Quem pirou com Brian e Karen finalmente se pegando no cap anterior? UHUUUL
Hahaha, anyways, enjoy!

Capítulo 6 - Nunca mais será o mesmo


Karen’s POV

Finalmente outubro acabou e isso foi a melhor coisa do mundo para mim. O prazo de inscrições das bandas chegou ao fim e com isso pude voltar a ter intervalo. E, agora, eu já fazia parte daquele grupo esquisito, minhas colegas de banda também, Johnny se juntara a nós e Michelle voltara a andar com o pessoal (porque pelo visto ela estava mesmo interessada no amigo, o Tally, e assim já superava o Brian). Dessa forma, nossa mesa da cantina era sempre cheia e chamava a atenção de todo mundo.

Eu não ligava mais em chamar a atenção. Às vezes alguém do grupo levava um violão para o intervalo e nós tocávamos e cantávamos. Eu me sentia mais livre, mais animada agora que tinha amigos, e tinha com quem tocar e criar músicas, mesmo que fizesse isso tudo escondido da minha madrasta. Não importava, aquilo me fazia ainda mais feliz do que as tardes que eu costumava passar tocando guitarra sozinha no meu quarto. O mês de outubro passou voando e da melhor forma, com nossos ensaios e tardes de conversas e risadas. Agora que eu tinha uma banda, não me fazia falta tocar sozinha, e eu usava as duas horas que tinha antes de Liz chegar em casa para ficar com o pessoal, fosse para ensaiar com a Sweet Revenge, fosse para vê-los tocar ou mesmo treinar arremessos no quintal da casa de algum deles.

E havia ainda, é claro, minha nova relação com...

- Aí, você e o Haner, é algo sério? – Val se virou para mim assim que o Sr. Anderson encerrou a parte explicativa da aula para devolver nossos trabalhos de pesquisa.

- Ahm – travei um pouco diante da abordagem, sentindo o olhar da Mi em mim e ficando sem jeito. – Não, não é nada. A gente só ficou na festa de Halloween e umas três vezes depois disso.

- Vocês dois são tão entrosados, acho que desde que se conheceram – Michelle comentou, e não notei nada na voz ou na expressão dela, interpretei isso como um bom sinal.

- Ah, é, acho que sim. Brian é um ótimo amigo, vocês todos são para mim. E eu sou muito grata pela ajuda que ele me deu com a banda e tal.

- Achei isso tão fofo da parte dele – Val disse. – Você tem razão, ele acima de tudo é um ótimo amigo, mas mesmo assim fiquei surpresa quando ele e os meninos tiveram a ideia de arranjar as garotas para você.

Voltei a me sentir sem graça. Val estava sorridente demais, parecia querer insinuar coisas com relação ao que Brian tem comigo e eu achei melhor não alimentar nada que ela pudesse querer dizer.

- Karen, Michelle e Valary – Sr. Anderson chamou, e eu me levantei na mesma hora para buscar nosso trabalho, antes que elas o fizessem.

- Tiramos um A! – comemorei, voltando a me sentar.

- Ufa, valeu o esforço desgraçado de ler aquelas dezenas de páginas – Michelle disse, e nós rimos.

 

Dias depois...

- Ensaio semana que vem? – Emily perguntou, deixando o baixo no suporte.

- Marcamos um dia – falei.

- Olha, vou ser sincera – Val disse, abraçada ao Matt. – Mesmo meu namorado sendo um cantor com potencial maravilhoso, não posso tomar partido. A disputa dessas bandas vai ser difícil!

Rimos.

- E isso que nós nem conhecemos as outras bandas – Zacky comentou.

- Vai ser foda – Carol assentiu. – Aqui nós temos quatro bandas fodas, e felizmente pelo menos ninguém tá sabotando os coleguinhas. Ou será... – ela semicerrou os olhos, deixando implícito e nos fazendo rir de novo.

- O mais importante aqui é a amizade – Matt disse, e nós concordamos. – Graças à música o nosso grupo cresceu. E todo mundo sabe que pessoas que se ajudam crescem juntas. Nossas bandas vão ser do caralho.

- Cara, esse momento merecia um brinde! – Jimmy disse.

- Vamos dedicar um brinde imaginário a esse grupo foda que a gente está formando! – Brian ergueu o punho acima da sua cabeça e nós fizemos o mesmo. Acabamos por rir de nós mesmos.

- Galera, tenho que ir – falei. – Bom final de semana pra vocês.

Despedi-me de todos no geral, e Brian veio até mim antes que eu saísse da garagem.

- Posso te acompanhar até sua casa?

Sorri.

- Claro.

Todo mundo começou a nos zoar ao mesmo tempo, mal entendíamos o que eles diziam. Eu e Brian erguemos o dedo do meio para eles e saímos. Começamos nossa caminhada sem pressa.

- As inscrições para a Competição das Bandas se encerraram. Vai contar pra sua madrasta que você está dentro?

- Pretendo – suspirei. – Estou só tomando coragem. O problema é que no final do mês nós temos provas e ela pode achar que os ensaios vão me atrapalhar.

- Peça um voto de confiança para provar que pode tirar as mesmas notas, tendo ensaios ou não. Acho que você tem bastante crédito com ela, não tem?

- Tenho. A Liz sabe que eu sou competente e responsável. Foi graças a isso que ela me deixou ir à festa do Johnny, afinal.

Nós nos entreolhamos, sorrindo e eu mordi o lábio quase sem perceber.

- Enfim, vou ver. Mas acho que estou precisando esfriar a cabeça, apesar de tudo. Amo tocar guitarra, mas estou um tanto nervosa.

- Vi que você parecia frustrada hoje no ensaio, por quê?

- Nós estamos trabalhando na música do meu pai, você sabe. Temos uma letra quase pronta, os instrumentos precisam apenas de alguns toques finais. Mas eu estou travada no solo, não consigo tirar nada que preste.

- Hum... – Brian pareceu pensar um pouco. – Você aceitaria minha ajuda?

Ri um pouco.

- Bom, você é o melhor guitarrista daquela escola, não foi o que Jimmy disse?

- Você já me ouviu tocar, sabe que não sou tudo isso. Mas, como amigo, estou oferecendo humildemente uma mãozinha.

- Brian, você é ótimo, só não é profissional ainda. Um pouco mais de estudo e experiência e eu sei que você será incrível – ele sorriu com minhas palavras. – Eu aceito sua ajuda, duas cabeças pensam melhor do que uma.

- Ótimo! Quer ir à minha casa amanhã?

- Amanhã? Amanhã é sábado, que desculpa vou dar à Liz?

- Ora, diga a verdade. Quero dizer, talvez meia verdade seja melhor. Eu te busco e você só fala que vai sair com a gente, pronto.

- Brian...

- Ela já sabe que você tem amigos agora, tá na hora de ela se acostumar com isso.

- Okay – revirei os olhos. – Vou arriscar. É isso que você fala que eu tenho que fazer, afinal, né?

- Isso aí – ele sorriu.

Andamos por mais poucos minutos conversando sobre os ensaios e quaisquer outras coisas. Eu me senti um pouco nervosa em ir à casa do Brian pela primeira vez, seus pais com certeza estariam lá. Enfim, ainda não era hora para eu me preocupar com isso.

Nós chegamos à minha casa e paramos na frente. Eu me senti mal em não poder convidá-lo para entrar, seria um choque para Liz se ela entrasse e me visse sozinha com um garoto. Brian me entendeu e não quis que eu esquentasse com isso. Antes de nos despedirmos ele me puxou para si, como sempre sorrindo. Merda, ele tinha um sorriso tão lindo e eu não conseguia fingir que não notava isso. Desde que nos beijamos pela primeira vez (e, porra, como ele beija bem!) eu sinto essa atração física que já tinha por ele apenas aumentando. Era inexplicável, eu já tinha beijado outros garotos antes dele, mas jamais sentira tanto desejo como sentia pelo moreno à minha frente.

Brian abraçou minha cintura e eu me estiquei um pouco para beijá-lo. Estávamos ficando há duas semanas e tudo parecia bem assim. Eu tinha um amigo ótimo, divertido, leal, bonito e que ainda por cima beijava bem pra caramba. Simplesmente não havia do que reclamar.

- Te vejo amanhã à tarde? – ele perguntou, os lábios ainda próximos dos meus.

- Vou estar aqui te esperando – sorri, beijando-o outra vez. Brian deu um tapinha na minha bunda antes de se afastar, fazendo-me rir. Acenei para ele e entrei em casa.

 

No dia seguinte...

- Você vai sair com quem? – Liz perguntou, tirando a atenção do livro que estava lendo. Ela estava sentada no sofá e, eu, de pé na frente dela, já pronta para sair.

- Com o Brian. Ele vai vir me buscar e nós vamos passar a tarde com o pessoal.

- Eu não gosto desse tipo de gente com quem você anda. Esse “pessoal” estava na tal festa de Halloween que você foi com as DiBenedetto?

- Sim, eles estavam lá. E essa “gente” é meu grupo de amigos agora, Liz. Eu os conheci justamente por causa das DiBenedetto, e aqueles garotos são muito legais depois que você os conhece direito.

- Eles não são boa influência – Liz aumentou o tom de voz. – Estão sempre arranjando briga, todos têm o histórico escolar manchado, além de notas decepcionantes. Eu desaprovo sua amizade com eles, Karen, que fique claro. Vou te deixar sair porque confio em você, mas tenha certeza de que se seu rendimento cair eu não vou ter pena de cortar sua liberdade.

- Sei disso, Liz, e você tem minha palavra de que vou continuar a mesma Karen que você conhece.

- Bom mesmo, Karen, bom mesmo.

Nesse momento a campainha tocou, e me senti nervosa outra vez. Corri abrir a porta antes que Liz fizesse, mas ainda assim ela se levantou atrás de mim e me seguiu.

- E aí, Kah – Brian sorria e eu vi que ele tentou não vacilar diante da presença imponente da diretora, ou, no caso, minha madrasta. – Boa tarde, Srta. Ross.

- Boa tarde, Sr. Haner. Escutem, não quero que minha enteada volte tarde para casa. No mais, bom passeio.

Isso foi tudo, ela nos deu as costas e voltou a se sentar e ler seu livro. Suspirei, aliviada, e sorri para Brian. Ele me deu espaço para sair e fechei a porta com pressa, antes que Liz pudesse mudar de ideia.

- Viu só, você conseguiu convencer a megera – ele disse, e nós saímos rápido dali.

- É, foi fácil. Ela não ficou nem um pouco contente, mas isso não tem importância.

Não demoramos a chegar à casa dos Haner. Era perto da minha, algumas quadras de distância. Aliás, mesmo não tendo ainda ido à casa de todos os meus amigos, eu sabia que todo mundo morava relativamente perto. Dava para ir à pé de uma casa para outra em no máximo vinte minutos tranquilamente.

Nós viramos para a entrada de uma casa muito bonita, de dois andares assim como a minha, e meu estômago revirou ao me imaginar tendo que conhecer os pais do Brian. No entanto, logo que entramos notei a casa totalmente silenciosa.

- Meu pai e Suzy foram fazer compras, eu acho. Logo eles voltam.

- Suzy? – perguntei, olhando-o.

- É, minha madrasta. Meus pais são separados, eu não te contei isso?

- Hum, não.

- Tudo bem – ele deu de ombros. – Faz tanto tempo que eu nem me lembro de como era morar com os dois. Mas a Suzy é legal, sabe. Vamos subir, minhas guitarras estão no meu quarto.

Nós subimos um lance de escadas e atravessamos um corredor. Vi um quarto de bebê com a porta entreaberta, bem como vários retratos nas paredes.

- Quantos irmãos você tem? – perguntei.

- Três – ele disse, e nós entramos em seu quarto. Fiquei um tanto sem jeito por estar ali, mas Brian continuou falando com naturalidade e desviou minha atenção. – Tem o Brent, meu irmão mais velho, e o Johnny, filho da minha mãe que nasceu poucos anos depois de ela se separar do meu pai. E tem a McKenna, filha do meu pai e da Suzy, ela tem um ano.

- Que amor – sorri.

- Ah, ela é linda. Mas eu definitivamente odeio trocar fraldas.

Brian pegou duas guitarras e me entregou, ligando-as no amplificador. Dei uma olhada em seu quarto. Não era tão bagunçado quanto eu imaginei que seria. Havia vários pôsteres nas paredes e vinis empilhados em uma escrivaninha, seu material escolar estava jogado de qualquer jeito ali. A cama era grande, e Brian tinha duas guitarras, um violão e um teclado ali. Imaginei mesmo que tivesse vários instrumentos musicais, já que seu pai também era músico.

Ele pegou uma das guitarras que dera para mim, sentando-se em sua cama. Fiz o mesmo, um pouco mais à vontade, Brian sabia como não deixar a situação estranha sem nem fazer esforço.

- Vamos lá, toque a música toda para eu ver como ficou na guitarra – ele pediu, me entregando uma palheta.

Ajeitei-me melhor na cama e comecei o dedilhado que ele já tinha ouvido, mas agora com um pouco de distorção. E toquei a música toda, o que eu já tinha separado como introdução, primeira parte, ponte, refrão, e repetindo tudo para chegar ao solo. Parei nesse momento, explicando como as meninas tinham feito o solo nos outros instrumentos, e Brian me ouvia falar com atenção.

Nós passamos pelo menos uma hora assim, trocando ideias, eu explicando o que queria, a direção que a música deveria tomar, nós dois tocando e Brian me dando sugestões. Estava adorando tocar com ele, só com ele. Ainda não tinha feito isso.

Só notamos que seu pai e madrasta tinham chegado quando ouvimos passos vindo do corredor. A porta do quarto estava aberta e eu senti meu rosto esquentar quando vi o Sr. Haner parado ali.

- Ops! – ele riu. – Ouvi duas guitarras e imaginei que fosse algum dos seus amigos, filho.

- Ah, pai, essa é a Karen.

Brian deixou a guitarra de lado, e eu fiz o mesmo, me levantando ao mesmo tempo que ele.

- Ah, então você é a nova amiga do Junior. A guitarrista, certo?

Ele sorriu simpático para mim. Brian era muito parecido com o pai, eles tinham o mesmo sorriso acolhedor.

- Eu não sei se posso me considerar uma guitarrista, senhor, mas sim, sou eu. Muito prazer – estendi minha mão, que ele apertou.

Brian negou com a cabeça.

- Pode parar com isso, Kah. Pai, sério, ela é incrível.

- Quer parar de me deixar sem graça perto do seu pai? – resmunguei, fazendo os dois rirem.

Vi Suzy se aproximando com a pequena McKenna nos braços, sorrindo para mim.

- Oh, olá. Quem é ela, Bri? Sua namorada?

- Ah... – ele olhou para mim, e eu tentei não arregalar muito os olhos. – Não, Suzy, é minha amiga. A Karen, já falei dela.

- Ah, sim! Me desculpe por isso – ela riu, vindo me cumprimentar. – É um prazer te conhecer. Você é muito bonita, menina!

- Obrigada, Sra. Haner – sorri, morrendo de vergonha. – A McKenna é linda.

- Ela é – Suzy sorriu toda boba. – Licença, viemos correndo do mercado para eu poder trocá-la.

Suzy saiu e eu me segurei para não suspirar de alívio. Brian parecia querer rir de mim e seu pai voltou a puxar assunto.

- Ouvi vocês tocando e gostei. Mas me diga, de onde vem esse gosto pela música?

- Meu pai tocava guitarra – sorri.

- Ah, mesma coisa aqui. Sabe, demorei a dar o braço a torcer e incentivar meu filho. A carreira de músico tem muitos altos e baixos e pode acabar sendo muito frustrante às vezes. – Sr. Haner olhou para o filho, sorrindo. – Mas depois que eu vi do que esse moleque era capaz, e eu não digo só por ser pai dele, eu vi que precisava ajudá-lo dando um pontapé inicial.

- Brian tem muita sorte, e ele é ótimo, eu gostaria de ouvir um pouco do que o senhor toca, Sr. Haner. Creio que se meu pai estivesse vivo eu teria muito mais apoio para seguir meu sonho, o sonho dele.

Eu sentia os olhos de Brian em mim, mas estava ainda um pouco constrangida com toda a situação, continuei fitando seu pai.

- Sinto muito pela sua perda. Ele era músico, certo? Qual o nome dele? Talvez o tenha conhecido no tempo em que eu tocava mais ao vivo.

- Bruce Foster. Mas ele não chegou a ficar famoso nem nada...

- Bruce Foster? – Sr. Haner repetiu, olhando-me quase descrente. Calei-me.

- Sim.

- Eu não acredito que você é a Karen, filha do meu velho amigo Bruce!

Brian e eu nos entreolhamos, boquiabertos.

- Você conheceu o pai da Kah?

- Oh, sim! Nos conhecemos em algum bar, num show que eu fiz. Caramba, isso faz... faz bem uns dez anos, ou mais. Eu nem estava com a Suzy ainda. Bruce veio conversar comigo quando terminei minha apresentação, ele me disse que costumava tocar guitarra antes de se casar. Logo fomos com a cara um do outro e passamos o resto da noite bebendo. Fomos bastante amigos por uns anos, mas acabamos perdendo contato.

- Caramba, que mundo pequeno – comentei, olhando sorridente para os dois.

- É um puta de um mundo pequeno – Sr. Haner disse. Depois abriu a boca como se lembrasse de algo. – Falando nisso... esperem aqui, eu já venho.

Brian pai saiu do quarto, voltando uns dois minutos depois, durante os quais eu não disse nada, ainda surpresa demais com essas informações.

- Eu sabia! Vocês vão ter um treco – ele disse, rindo, segurando uma foto. Ele a estendeu para nós, e Bri a pegou. Tornei a ficar boquiaberta, e tenho certeza que ele também ficou.

- Puta merda! – ele exclamou.

- Não é possível! – eu disse, levando uma mão à boca.

Eu tinha a impressão de já ter visto aquela foto, mas jamais poderia imaginar tamanha coincidência. Era uma foto de quando eu tinha, sei lá, uns oito anos, e ela havia sido tirada no quintal dos fundos da nossa antiga casa, antes de meu pai se casar outra vez e nos mudarmos para onde eu moro com minha madrasta até hoje. Era possivelmente um dia de churrasco, e na foto estávamos meu pai, eu, o Sr. Haner, Suzy, Brian e um menino mais velho que imagino ser seu irmão, Brent.

- Não acredito que a gente já se conheceu antes – Brian riu, impressionado.

- Nem eu! Mas eu me lembro dessa foto, nós tínhamos também, acho que ela acabou se perdendo quando nos mudamos. Você não mudou muito, Brian, e era tão fofo.

- Ah, cale a boca. Olha só pra você, era tão pequena e com bochechas tão grandes, e esse cabelo?

Bati no braço dele.

- Eu era uma bonequinha, meu pai vivia dizendo isso, tá bom? – gargalhamos.

- Amor, vamos? – Suzy apareceu na porta outra vez com McKenna.

- Vamos, vamos. Filho, nós estamos indo lá na sua avó, acho que vamos demorar.

- Ok.

- Foi um prazer, Karen, e uma ótima surpresa rever você.

- Digo o mesmo, Sr. Haner – sorri e eles nos deixaram ali.

Brian se jogou na sua cama, deixando a foto no criado-mudo. Sentei-me perto dele.

- Dá pra acreditar em tamanha coincidência? – comentei. Brian me fitou, sorrindo.

- Isso se chama destino, baby – fez sua melhor cara de sedutor, fazendo-me rir.

- Cala essa boca, idiota. E para de me olhar assim.

- Ué, por quê?

- Ainda estou com vergonha, não dá pra ver pela minha cara?

- Vergonha? De mim, é isso? – ele arqueou uma sobrancelha.

- Da Suzy te perguntando se sou sua namorada. Ah, que situação mais constrangedora!

Brian riu, tirando sarro da minha cara. Ele estava confortável demais, largado naquela cama com uma garota do lado. Talvez ele estivesse acostumado com isso, mas eu não era uma garota qualquer que ele estava pegando, era? Nós éramos amigos antes disso...

Ouvimos o carro sair da garagem, pronto, estávamos sozinhos outra vez. Mas parecia que agora o foco mudara. As guitarras estavam esquecidas nos suportes perto do amplificador, nós estávamos sentados na sua cama, e Brian me olhava de um jeito que me fez apenas esperar pelo momento em que ele iria me beijar de novo.

Dito e feito, ele veio até mim e se sentou mais perto, puxando-me pela nuca. Minha pele se arrepiou quando seus dedos se prenderam ao meu cabelo e ele me beijou. Não era um beijo calmo, Brian parecia mais faminto a cada vez que me beijava. Eu não o impedi quando ele me empurrou para que me deitasse, colocando-se por cima de mim. Ele ficou entre as minhas pernas, seu corpo colado ao meu, seus beijos me deixando sem fôlego. Ele passou a beijar meu pescoço, eu levei minhas mãos às suas costas, descendo e então subindo por baixo da camiseta, sem pensar direito no que estava fazendo.

Brian levou uma mão também por baixo da minha camiseta, passando pela minha barriga, até apertar meu seio por cima do sutiã. Gemi baixinho, e Brian voltou a me beijar. Ele me beijava e me tocava com tanta luxúria, aos poucos fui ficando nervosa. Eu ofegava e ele deveria imaginar que fosse de desejo – não que não fosse, mas não era apenas isso – e senti sua ereção na minha virilha. Prendi a respiração, afastando-o um pouco.

- Que foi? – ele perguntou, ofegante, e eu senti meu rosto esquentar de vergonha outra vez.

- E-eu... nada... é que...

- É que o que, Karen? – ele insistiu, apertando minha cintura. Eu me mexi desconfortável ali, embaixo dele.

- É que... eu não sei se... – respirei fundo. – Eu sou virgem, Brian.

- Ah – ele me olhou por uns segundos, sem dizer nada. Eu me sentia um tanto humilhada, aquilo era intimidador demais, estar naquela situação, e eu não sabia que ele estaria pensando. – Você não quer...?

- Não – falei, de forma quase ríspida. Para minha surpresa, Brian voltou a me beijar. Eu não correspondi direito, estava nervosa, e ele voltou a beijar e morder meu pescoço. – Brian, eu disse que não...

- Eu entendi, Kah. Não precisamos passar disso, tudo bem.

Mas eu não estava no clima para mais nada. Não deixei que me beijasse, e o empurrei para poder sair dali.

- Ei, Karen... – ele se levantou depois de mim, olhando-me sem entender nada. – O que aconteceu? Desculpa, desculpa, eu não vou te forçar a nada, eu só...

- Não, esquece – falei, sem olhar para ele, dando a volta na cama para sair do quarto. – Estou desconfortável com isso, preciso de um pouco de espaço.

- Tudo bem, mas... ei! Você não vai embora, vai?

- Vou – desci as escadas, ele veio atrás. – Obrigada pela ajuda com a música. Mas já está ficando tarde, eu acho.

- Karen...

Ele me chamou, mas eu saí da casa sem olhar para trás, praticamente fugindo. Ele não veio atrás. Não sei por que, mas estava me sentindo mal com tudo isso. E, enquanto andei apressadamente até minha casa, comecei a me sentir muito idiota. Afinal, o que eu poderia esperar? Brian estava acostumado com aquilo. Com Michelle, e tantas outras garotas daquele colégio que ele pegou antes de mim, ele estava acostumado a fazer sexo com elas. Eu não estava pronta para oferecer isso a ele, nem a ninguém. O que Brian pensaria de mim? Ele me veria como uma pirralha medrosa, ingênua, idiota. Eu conhecia os garotos. Ele me descartaria, afinal uma garota que não oferece sexo não é interessante.

Merda. Eu não sabia se teria coragem para olhar na cara dele tão cedo.


Notas Finais


E então? Acharam que ia rolar sexo nesse cap? Hahaha
Ai ai, e agora? Será que a Karen está certa em achar que vai ser descartada? Será que o Brian é mesmo como qualquer outro garoto idiota cheio de hormônios? Hum...
Brian e Karen se conheciam, caramba! Coincidência ou destino? XD
Enfim, até mais!
Links para as minhas fanfics:
Overdose Of You: https://spiritfanfics.com/historia/overdose-of-you-811744
Minhas fics Bratt:
https://spiritfanfics.com/historia/finding-myself-in-you-10267475
https://spiritfanfics.com/historia/take-my-hand-8310306


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