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História The Walking Dead - Lar... maldito lar. - Jogando com a morte...


Escrita por: rdalmeida

Capítulo 3 - Jogando com a morte...


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead - Lar... maldito lar. - Jogando com a morte...

                O dia amanhece... As sobreviventes despertam lentamente. Elas ainda possuem as memorias da conversa da noite anterior em suas cabeças. Elas se arrumam e vão para a sala falar com Renan sobre suas funções na comunidade. Quando abrem a porta dão de cara com Renan sentado no sofá com um olhar fixo a sua frente como se estivesse vendo TV, ele está com olheiras como se não tivesse pregado os olhos a noite toda. Gisis toma a iniciativa:
                - Bom dia, você está bem?
                O olhar que antes era catatônico, repentinamente, se torna um sorriso e ele responde:
                - Claro... Bom dia. E ai? Prontas para a nossa aventura de hoje?
                Jenny: Você ainda não disse qual seria a nossa função?
                Renan: Bem... Vocês fazem parte do GARR. Grupo de Apoio e Resposta Rápida.
                Juju: Tudo bem, mas para onde vai nos levar?
                Renan: Este grupo é responsável por ajudar todo em qualquer grupo em atividades que estejam faltando algum integrante... E claro, fazem tarefas que ninguém mais quer fazer.
                Gisis: E claro... Quem escolheu nossa tarefa foi você, não foi?
                Renan: Eu já disse que amo vocês não já? Então vamos andando...
                Renan leva elas através da comunidade. Agora de dia parece ainda mais bela e viva do que a noite. Gisis observa novamente aquelas pessoas trabalhando acorrentadas e resolver perguntar:
                - O que são aquelas pessoas trabalhando acorrentadas? Elas são escravas?
                Renan: Calma ai xerife... Aquilo ali são pessoas que de certa forma são criminosas. De alguma forma elas cometeram algum crime aqui dentro e esta é uma boa forma de punilas, manter elas vivas e fazer a comunidade prosperar. Quer a minha opinião? Eu preferia morrer...
                Eles continuam caminhando até que chegam a um amontoado de pessoas no meio de uma praça. Elas chegam cada vez mais e mais perto e agora conseguem ver os rostos horrorizados de cada pessoa no meio da multidão.
                Juju: O que será que houve ali?
                Renan: Nada importante... vamos? – Diz ele quanto aponta para prossegui o caminho.
                Gisis: Aquilo ali é o que eu estou pesando?
                Jenny: É isso mesmo...
                Elas ficam perplexas ao verem aquilo. É o corpo de uma pessoa totalmente mutilado... quase dando a impressão que havia sido atacado por walkers. Claramente o corpo faltam partes e o abdome está aberto e expondo os órgãos. A cabeça está quase separada do corpo e o que sobrou dela já tinha se transformado. Perto do corpo estão três pessoas. Um delas abaixadas e apontando para o corpo como se estivesse explicando alguma coisa para um dos que estão em pé. Gisis reparando a situação pergunta:
                - Aquele ali que é o líder?
                Renan com expressão de desprezo diz:
                - Não... Querem ver?
                Renan grita no meio da multidão chamando a atenção de Alison:
                - EIIII! VOCÊ... É... VOCÊ MESMO... EU TROUXE ELAS PARA A INICIAÇÃO.
                Naquele momento todos os presentes olham para elas. Elas só pensavam em uma coisa... Ou matar o Renan ou simplesmente morrer de vergonha, mas estava feito. Alison vem em direção a ele. Renan pergunta:
                - E ai, já sabe para onde vão levar o corpo?
                Alison: Sempre gostando de chamar a atenção, não é?
                Renan: Desculpe... É uma virtude minha. E o corpo?
                Alison: Ainda não sabemos para onde ir. Já é a terceira vez que isso acontece... As pessoas estão ficando assustadas... Existem até algumas que querem sair daqui.
                Jenny: Quem era a pessoa morta?
                Alison: Era um doa residentes daqui... Ele trabalhava como marceneiro. Seu nome era William e tinha uma reputação duvidosa. Diziam que atacava mulheres a noite em suas casas... Nunca conseguimos provar nada, mas acho que alguém conseguiu. – Diz enquanto aponta para o corpo.
                Gisis: Então isso foi uma coisa boa, não foi?
                Alison: Não é bem assim aqui. Nós queremos justiça e não justiceiros... Todas as pessoas que cometem crimes aqui dentro são julgadas pelo conselho. Até que saia a pena ela ficará reclusa cuidando do plantio... Se ela for declarada culpada ela receberá a sua pena de acordo com o crime.
                Gisis: E está dando certo?
                Alison: Estava sim, bem... Até começar a acontecer isso.
                Jenny: Eu já trabalhei no FBI, posso reconhecer estes padrões. Posso tentar ajudar?
                Alison: ... Mas é claro que sim... venham, podem vir...
                Alison traz elas para perto do corpo. A imagem não melhora nada... De perto fica ainda pior de se ver.
                Jenny: Olha... Pelo padrões dos ferimentos não foi um walker. Estes ferimentos foram feitos a faca e não com dentes. Esta cabeça não foi quase cortada com um golpe só... A pessoa ficou aqui um tempo tentando cortar, mas parou bem próximo ao osso... esta vendo? O abdome esta bem aberto e exposto...
                Juju: Eu precisaria ver melhor... Mas está faltando fígado ali.
                Jenny: É verdade, está faltando sim...
                Gisis da uma rápida olhada para Renan... Como se estivesse pensando em algo, mas rapidamente muda o olhar.
                Jenny: Seja lá quem for que fez isso ou estava mandando uma mensagem a alguém ou não teve tempo de terminar... Olha estes respingos de sangue. Parece que ele se assustou e deve que sair rápido. Alguém viu alguma coisa?
                Alison: Você deve estar certa sim... Todos os outros a cabeça foi completamente removida do corpo. Neste ele não conseguiu ou não teve tempo suficiente... Tenho que ir agora. Foi um prazer conhecer vocês três... Mesmo que nestas condições.
                Renan: E então? Podemos ir? Já brincaram de detetive o bastante não foi?
                Renan vai caminhando com elas de forma bem apressada até uma das saídas. Eles chegam no local. É um lugar que parece uma garagem e ferro velho ao mesmo tempo. Existem veículos montados e desmontados e virado para o portão uma van antiga e um pouco enferrujada. Renan olhando para elas diz:
                - Aqui vamos nós... estão prontas?
                Gisis: ... Acorda... Você ainda nem disse para onde vamos. Deste jeito não tem conversa.
                Renan: Calma... Seu objetivo hoje é bem simples. Ir com o seu pessoal até Alexandria e ver se conseguimos trocar algumas coisas. Diplomacia... Somente isso. Tudo bem?
                Gisis: Vamos só nós quatro nesta lata velha?
                Renan... Corrigindo. Vamos nós seis... Pessoal cadê vocês?
                Saem de uma pequena cabana Carol e de trás do capo de um carro Lucas.
                Renan: Estavam esperando o que? Um convite formal? Vamos que hoje o dia será longo. No caminho eu apresento vocês... Vamos... Vamos...
                Eles entram na van que parece que não vai conseguir sair do lugar. Depois de se arrastar por alguns metros ela finalmente consegue andar normalmente. Dirigindo está Lucas, ao lado dele está Renan. Logo atrás está Gisis, Jenny, Juju e Carol.
                Renan: Deixa eu apresentar vocês... Este aqui do meu lado é Lucas. Ele não fala muito, mas se for para chutar a bunda dos mortos pode contar com ele. Esse cara é animal. Já vi ele derrubar dez deles em um grupo só. Aquela lá no fundo é Carol... Ela é a pessoa responsável por trazer comida aqui para a comunidade. Comida de verdade. Ela caça animais por ai... Ela é muito boa no que faz. Lucas e Carol... Estas aqui são Gisis, Juju e Jenny... Foram elas que falei para vocês que são de Alexandria, lembra?
                Carol: Lembro sim... Vocês foram corajosas enfrentando sozinhas aqueles salvadores. Aqueles caras são uns animais.
                Renan: ... E você é boa em caçar animais não é?
                A viagem é longa... Porém tranquila. Depois de algum tempo de viagem eles finalmente chegam ao portão de Alexandria. Aquele ligar sem duvida traz para eles grande e péssimas memorias. Os muros parecem ter sido novamente reconstruídos e a medida que se aproximam podem ver duas pessoas em cima dos muros. Quando eles finalmente chegam podem ver Sasha e Spencer:
                Renan: Gisis... Pode assumir. Você a partir de agora nos representa. Pode ficar a vontade. Seja lá qual for o acordo que você conseguir... Nós precisamos de veículos que funcionem e algum combustível.
                Gisis: Agora que você me fala isso? Muito obrigado... – Diz de forma sarcástica.
                Ela sai do carro e rapidamente é reconhecida por Spencer e Sasha que abrem o portão. Eles descem e vão receber a visita:
                Sasha: Quanto tempo? É muito bom ver vocês aqui vocês estão por onde?
                Gisis: Uma comunidade não tão perto daqui... Um lugar tão incrível quanto Alexandria. – Neste momento Sasha e Spancer se entre olham.
                Spancer: ,,, Mas fala ai? O que vocês vieram fazer aqui? Vieram nos visitar ou vão voltar para ficar?
                Gisis: Nossa comunidade á prospera e muita grande. Vocês deviam conhecer algum dia, mas gostaríamos de nos unir para ambas as comunidades crescerem.
                Spancer: Vocês querem fazer um negócio?
                Gisis: Um negocio é uma palavra fria demais... Queremos um acordo para crescer juntos. O que acham?
                Sasha: Temos que falar com o Rick... Tudo bem? Vamos até lá... No caminho agente conversa mais. E vocês... Não vem? – Diz olhando para as outras pessoas na van.
                Renan: Só víamos fazer uma visita... A cherif... Ela fala por todos nós.
                Sasha: Tudo bem então... Vamos?
                Juju: Não é melhor alguém ir com ela?
                Renan: Não... Ela vai fazer um bom trabalho. Pode confiar...
                Gisis se distancia com Sasha do grupo e elas vão andando por Alexandria. O lugar está quase como era antes do ataque. Alguns rostos novos e outros antigos. Gisis nota que existem algumas pessoas com cara de poucos amigos que parecem vigiar cada movimento delas. São pessoas que elas nunca viram.
                Elas vão para a casa que Deanna costumava a ficar. Gisis lembra de todo o seu passado quando ajudava a gerenciar as coisas em Alexandria, mas quilo era uma outra época. Ela tem que focar no agora e pensar em alguma coisa para poder negociar com Rick.
                Elas entram na casa e Sasha anuncia Gisis para Rick:
                - Rick... Temos visita. Acho que você vai lembrar dela.
                Rick ainda distante, olhando para a Janela diz:
                - Tudo bem, pode mandar entrar...
                Quando Gisis finalmente entra Rick olha com alegria e anda em direção a Gisis dizendo:
                Nossa! Quanto tempo... Achei que não veria mais você. Está tudo bem?
                Gisis: Claro... Tudo bem agora. –Fala enquanto abraça Rick.
                Rick: Depois que vocês ajudaram agente a limpar Alexandria nem esperaram agente conversar e já saíram. Vocês todas estão bem? Onde vocês estão?
                Gisis: Estamos em uma cidade não muito longe daqui. Parece ser um lugar legal... Chegamos não tem muito tempo. La eles dão uma função para cada pessoa e eles gerenciam tudo. Desde energia a comida...
                Rick: O lugar de vocês deve ser incrível... Vocês sabem que existem outras comunidades em volta certo?
                Gisis: Sabemos sim... Estamos procurando pessoas para negociar suprimentos e eles me colocaram para esta função.
                Rick: Acho que escolheram muito bem... o que podemos fazer por vocês?
                Gisis: Rick... Vou ser direta com você. Sem rodeios. Nós somos amigos e já superamos algumas coisas juntos... Nós precisamos de dois veículos e algum combustível. Nossos carros parecem uma lata velha... Veja você mesmo lá fora.
                Rick: Você quer dois veículos? Você sabe o valor disso hoje em dia? Essa vai ser uma troca bem cara... Você sabe disso.
                Gisis: Rick... Eu fui uma das pessoas gestoras deste lugar. Uma coisa que sei é que não faltam carros por aqui e eles funcionam. Lembro quando você e Deryl saiam só para procurar estas coisas. Vocês têm isso de sobre e para vocês isso é muito barato.
                Rick pensa bem, respira fundo... Mas ainda relutante. Eu sei, um veículo é muito caro. Não vai dar se não for uma coisa muito boa para nós.
                Gisis: Eu posso ajudar. Nossa comunidade tem uma coisa que vocês precisam muito. Eu vi as plantações de você. Foram esmagadas por walkers na última invasão. Vocês estão quase sem nada... Nós podemos colaborar com comida.
                Rick: É verdade... Estamos quase zerados... Mas dois carros???
                Gisis: Vamos fazer assim. Agente leva um carro só, dois na verdade, porém um volta com carregamento de comida... Mas tem mais uma coisa. Você poderia emprestar um amigo nosso que ficou aqui?
                Rick: Um amigo por aqui? O que ele tem de importante?
                Gisis: É o Villy... Ele é mecânico e acho que pode nos ajudar já que ficaria difícil a troca por dois carros ele pode ver o que consegue com as peças que temos. Acho que dá para concertar alguns carros por lá.
                Rick: Sabe de uma coisa? Acho que eles escolheram muito bem alguém para negociar por eles. – Enquanto Rick diz isso ele se levanta e estende a sua mão direita em sinal de aprovação preparando um aperto de mãos.
                Gisis se levanta também e os dois sorrindo apertão as mãos. Rick demonstrando emoção com o momento diz:
                - Você não sabe o quanto ajudou este pessoal aqui. Quando chegamos apesar da destruição ainda tinha muita gente viva. Estranho falar isso, mas os walkers que invadiram salvaram muita gente. Obrigado.
                Eles soltam as mãos. Gisis agradece e eles terminam o papo... Rick volta a olhar para a janela de forma bem avoada. Como se pensasse que ainda muita coisa estava por vir. Enquanto isso o grupo lá fora conversa um pouco enquanto aguarda os dois negociarem.
                Spancer: Aqui ainda está bem bagunçado. O Rick precisa de alguém que ajude ele a arrumar a casa. Tem como vocês deixarem a Gisis aqui não? – Diz exibindo um largo sorrizo no rosto.
                Jenny: Nem pensar...
                Juju: Não mesmo.
                Renan: Com toda certeza não... Se bem que... Se vocês tivessem um pouco de chocolate agente poderia pensar hein! Tem aí não?
                O grupo consegue já ver de longe duas pessoas se aproximando. É Gisis e Villy... Gisis mal consegue conter a animação. Ela dá a impressão que vai dar pulos de alegria a qualquer momento. Está simplesmente radiante com a sua conquista. Renan coloca a cabeça para fora do carro e diz:
                - Então... Vamos? Ainda temos que passar em um lugar antes de voltarmos.
                Eles se preparam para sair de Alexandria. Só que agora com uma enorme com quista nas mãos e transbordando sentimentos positivos. De uma vez só eles conseguiram ajudar Alexandria e a sua comunidade.
                Quando eles estavam quase saindo escutando uma voz. Alguém gritando ainda um pouco de longe:
                - Heeeeeei... Espera aí.
                Jenny sai do carro pedindo para eles esperarem um pouco.
                Deryl: Então agora já sei onde você anda se escondendo. Tudo bem com você?
                Jenny: Tirando que o mundo continua meio detonado, tudo bem. E você?
                Deryl: Aqui as coisas vão indo. Este lugar aqui esta sentindo a sua falta sabia?
                Jenny: Aaaaa é?  Este lugar aqui?
                Deryl: Eu também. Você poderia visitar mais vezes.
                Jenny: Claro... Então, tchau?
                Deryl: Tchau não, até logo...
                Eles se despedem meio que ainda se entre olhando. Jenny finalmente entra no carro e eles podem prosseguir seu caminho.
                Gisis: Onde vamos agora?
                Renan: Temos só uma uma coisa a fazer. Explica para ela Lucas. – Diz com uma cara que demonstra um ódio absoluto enquanto olha fixamente para frente.
                Lucas: Recebemos aqui no rádio que Luan não conseguiu pegar o caminhão que Alison pediu para ele outra vez. Estamos indo lá ver o que houve.
                Juju: Então por que toda esta raiva?
                Carol: É que como tutor Alison pediu para ele escolher o grupo que ia fazer o trabalho. Já não é a primeira vez que ele pisa na bola.
                Renan: Lucas... Já podemos ir. Naquele mesmo local combinado...
                A caminho prossegue normalmente enquanto o dia ainda tem luz do sol. O clima dentro do carro está cada vez mais tenso e frio a medida que eles vão se aproximando do lugar. Ao se aproximar eles conseguem ver ao longe uma fumaça preta muito alta. Carol diz:
                - Deve ser por ali mesmo...
                Ao chegar no local a cena é desoladora. Um ônibus escolar amarelo virado e pegando fogo. Quatro corpos no chão e todos com disparos na cabeça, dentro do ônibus tem mais dois também com disparos na cabeça. Alguns walkers andam por lá, mas isoladamente. Dentro do ônibus escolar estavam várias caixas de madeira. Algumas poucas caídas do lado de fora. Dava para ver que era todo tipo de comida. Desde frutas até mesmo cereais e até itens de higiene. Renan ainda de dentro do carro põe as mãos no rosto como se não acreditasse no que estava vendo. Ele respira fundo e assim ele diz:
                - Esperem no carro...
                Ele caminha lentamente até Luan que a esta altura já não consegue nem mais olhar nos olhos de Renan. Ele somente olha para o caminhão em chamas. Renan se coloca ao lado dele dizendo:
                - Eu lembro muito bem de ter dito... Pare o ônibus.
                Luan não da uma só resposta. Carol e Lucas no carro simplesmente abaixando a cabeça. Talvez eles já sabem o que estaria por vir. Gisis, Jenny e Juju rapidamente entendem a informação e travam os olhos na cena. Renan coloca as mãos no ombro de Luan e fala:
                - Lembro muito bem destas palavras... Foi realmente “Pare o Ônibus” e não “Destrua o ônibus”.  Sabe... Eu escolho muito bem as minhas palavras... “Pare”...”Destrua” ... “Pare”... “Destrua”. Estas palavras parecem a mesma coisa para você?
                Prontamente Luan responde sem olhar no rosto de Renan:
                - Desculpe, mas saiu do contr...
                Renan: Desculpe, não intendi o que você falou...
                Luan: É que saiu do controle...
                Renan: Saiu do controle você diz... Hum... Saiu do controle. Eu odeio quando as coisas saem do controle.
                Renan pega a sua faca que fica escondida próximo a sua nuca no colarinho da camisa e acerta Luan no pescoço rapidamente duas vezes. Luan coloca as mãos no pescoço tentando segurar o sangue e cambaleia para trás. Renan acerta mais duas facadas na costela e mais uma no abdome antes dele cair quase sem consciência. Renan diz gritando enquanto olha para Luan caído no chão ainda e sufocando em seu próprio sangue:
                - ...MAS QUE MERDA! VOCÊ SÓ TINHA ESTA PORRA PARA FAZER... E NEM ASSIM CONSEGUIL!!!
                Renan limpa a faca na própria roupa de Luan e volta caminhando para o carro. Seu nível de instabilidade havia alcançado o seu máximo naquele momento. Todos do carro estavam tensos e não sabiam o que fazer. Quando de repente algo a baixo segura o seu pé esquerdo. Uma das pessoas caídas no chão não havia morrido, ela estava em estado muito grave, porém conseguiu se mexer o suficiente para pedir ajuda. Renan apenas balança seu pé para poder se soltar enquanto a pessoa implora por sua vida, mas Renan apenas continua caminhando até o carro. Ao entrar no carro ele bate a porta com força e exclama:
                - Aaaaaaaaaaaaa não... Muito bom... Legal viu? Agora tem sangue no meu sapato. – Diz extremamente irritado.
                Juju: Era mesmo necessário isso?
                Renan: Você não sabe a incompetência que temos que aturar aqui. Este cara semana passada foi responsável pela morte de um membro da sua equipe, hoje foi responsável por dois. – Responde sem mesmo olhar para trás.
                Villy: Era este cara que vocês queriam que eu ajudasse lá em Alexandria?
                Gisis: Não olha para mim. Não foi minha ideia.
                Renan vira para o grupo... Em especial para Gisis, Jenny e Juju e com muita alegria diz:
                - Já sei oque vamos fazer agora... Vamos fazer um teste... Melhor ainda, vocês três vão fazer um teste. Temos um “quase morto”, temos walkers e suprimentos... Pelo menos um pouco. O que vocês decidem fazer?
                Jenny: Como assim. O que a gente decide fazer?
                Villy: Como assim cara?
                Renan? Fica quieto que você ainda é visita... Então meninas, não viemos aqui atoa. Resolvam aí esta situação. Não quero nem saber o que vocês vão fazer, apenas façam algo.
                Jenny: Você não pode pedir isso para nós. La fora está uma bagunça... Tem walkers lá fora.
                Renan: Eu poderia explicar por horas minhas intenções, mas... Eu não quero. Vocês não tem muito tempo para isso também, já irá escurecer.
                Gisis: Tudo bem... Vamos lá. Vamos ver o que conseguimos.
                Elas saem do carro e vão em direção ao ferido. Gisis diz:
                - Juju... Da uma olhada nele. Ve se ele vai conseguir. Jenny... Vamos comigo ver aquele ônibus.
                Elas se separam enquanto Juju olha o ferido Gisis e Jenny olham o ônibus com suprimentos. Renan apenas olha a distancia acenando com um “tchauzinho”. Gisis e Jenny vão com calma e devagar para não despertar os walkers e conseguem chegar no ônibus. Muita coisa já foi queimada dentro dele. Ali não dava para salvar nada. Elas pegam uma caixa e recolhem algumas coisas que caíram no chão quando o ônibus capotou. Juju chama elas:
                - Pessoal... Vem aqui. Rápido.
                Gisis e Jenny voltam e Juju conta como o ferido está.
                - Ele está em estado muito grave. Além das queimaduras ele tem um ferimento a bala no tórax, um no braço próximo a artéria e um no abdome. Não da para saber como estão seus órgãos internos.
                Gisis: Tudo bem... Faz o que você conseguir. Vamos levar estes suprimentos para o carro.
                Juju: Não dá para fazer nada... Sem uma maleta de primeiros socorros ele está morto. Ele precisa disso rápido.
                Jenny: No carro deve ter uma...
                Gissis e Jenny vão até o carro com algumas caixas e quando chegam Gisis pergunta:
                - Neste carro tem aquelas maletas de primeiros socorros?
                Lucas: Tem sim...
                Lucas pega e entrega a Renan para repassar a Gisis. Ele pega e quando Gisis vai receber de sua mão ele puxa impedindo que ela pegue. Ela tenta novamente e ele faz outra vez. Gisis simplesmente dá um tranco da sua mão e leva o kit médico. Elas levam até Juju.
                Gisis: Acho que isso vai servir...
                Jenny: Ele vai conseguir sobreviver?
                Juju: Difícil dizer... Não sei quanto sangue ele perdeu, mas tem algumas chances sim.
                Juju começa a preparar o kit. Ela usa os materiais com muita precisão e consegue tampar e isolar todos os ferimentos.
                Juju: Vamos ter que mover ele daqui. Eu não posso soltar este curativo aqui... ele está fazendo pressão na ferida. Vocês duas tem que me ajudar a levantar ele.
                Gisis e Juju se posicionam para levantar o ferido sob as orientações de Juju que auxilia elas de como levantar de forma segura. O problema é que logo que elas tentam levantar o ferido da um grito enorme e tosse... Junto com a tosse sai algum sangue de sua boca sujando Jenny.
                Jenny: Mas que droga... oque foi isso?
                Juju: Movendo nós acabamos perfurando o seu pulmão. Alguma costela deve ter sido quebrada. Não vamos conseguir levantar ele assim...
                O grito chamou a atenção dos walkers que estavam ali por perto... Eles estão se aproximando e indo em direção a Gisis, Jenny e Juju. A situação está ficando apertada. Enquanto isso o grupo olha de dentro da van, Renan apenas folheia em uma prancheta a sua frente.
                Lucas: Chefe... É melhor você olhar isso.
                Renan: Eu não quero... – Diz enquanto continua olhando a prancheta.
                Carol: É melhor você olhar mesmo... A coisa está ficando feia por lá.
                Renan: Eu não ligo... – Continua olhando para a prancheta.
                Lucas: ...Mas chefe. Elas estão sem armas.
Renan se chateia e finalmente diz...
                - Está bom... Está bom... Vocês querem tudo na hora. Vai lá ajudar... Eu sei que vocês querem isso.
                Carol pega seu rifle e sobe no alto da van e consegue acertar três walkers bem na cabeça. Lucas vai para trás da van e pega uma coisa que se assemelha a uma armadura. Ele como já tem pratica coloca com bastante velocidade. Era uma roupa de futebol americano com proteção extra nas pernas e braços. Ele pega uma um taco de hóquei adaptado com uma lamina e corre em direção para ajudar o grupo. Agora parece que juntaram mais de dez walkers em um bando. Quando Lucas chega perto ele consegue derrubar três deles com apenas um único golpe, o problema é que no último sua arma ficou presa. Um dos walkers acaba tropeçando em um corpo e acaba caindo na direção dele. Da para ver que um dos dentes do walker ficou preso na armadura em seu braço. Jenny corre em direção a ele e puxa o walker em direção ao chão. Lucas agradece e dá uma faca para Jenny que logo em seguida consegue acertar a cabeça de dois walkers.
                Gisis: Juju deixa ele ai... ele não vai conseguir. Vamos sair daqui...
                Juju: Ele vai sim... Só precisamos de alguma coisa para colocar ele em cima. Vamos conseguir levantar ele direito. Podemos usar a madeira das caixas.
                Gisis se distancia de Juju para pegar o material. Ela passa no meio de alguns walkers que tentam agarrar, mas sem sucesso. Enquanto isso Lucas e Jenny estão distraídos com os walkers e nem percebem que tem um deles desgarrados está indo em direção a Juju pelas costas. Juju não está vendo, mas por sorte ele está tão podre que ao simplesmente andar ele acaba quebrando a própria perna e cai no chão... Mesmo se arrastando ele ainda vai em direção a Juju que quando sente uma mão segurando sua perna grita. Juju se debate, grita ainda mais, porém com coragem não tira as mãos do ferimento que estava pressionando. De repente um disparo é escutado... Carol consegue fazer um disparo e acertar a cabeça do zumbi fazendo ele parar o seu ataque.
                Apesar de estarem conseguindo lhe dar com os walkers eles parecem estar se multiplicando... Gisis retorna com a madeira. Gisis, Jenny e Juju colocam a madeira em baixo do ferido e conseguem levantar ele de uma vez só. O problema é que agora os walkers fecharam e não dá para ver a van. O grupo se junta no meio da roda de zumbis e esperam o melhor momento. Lucas se desespera e tenta ir para cima dos walkers e é impedido por Gisis.
                Gisis: Ainda não... Calma... Olha lá.
                Eles escutam um barulho de motor a distância e está cada vez aumentando mais e mais. Quando eles menos esperam conseguem ver a van aos trancos atravessar os zumbis... derrubando eles como uma bola de boliche. Renan continua anotando algo na prancheta enquanto Carol desesperada no volante tenta passar por ciam dos walkers. Depois de derrubar boa parte deles a van finalmente consegue chegar até o grupo. Eles entram na van levando o ferido. Todos em segurança e a van finalmente parte... Ela consegue passar por mais alguns walkers, anda mais dez metros e para... o motor simplesmente desliga. Todos olham uns para os outros sem saber o que fazer enquanto os walkers vão na direção deles... e Renan... Bem... Ele continua olhando para a prancheta e escrevendo. Carol tenta desesperadamente ligar o carro, mas nada acontece... Villy toma a iniciativa e sai correndo para fora do carro... Villy consegue abrir a tampa do motor e consegue ver o problema. Devido aos waljers atropelados tem muito pedaço de corpo atrapalhando a motor. Ele desesperado vai removendo a quantidade que ele consegue e grita:
                - Eiiiiii garota... Tenta ligar novamente.
                Carol: Estou tentando, não está dando...
                Villy: Merda! Merda! Merda! Liga merda!!!! Tenta agora... – Diz enquanto está quase dentro do motor tentando ajeitar alguma coisa.
                Quando Carol finalmente gira a chave outra vez o motor pega. Para a sorte deles pois os walkers já tinham alcançado a parte de trás da van. Eles aceleram com o Villy mesmo em cima do capo do carro.
                Villy: Não se preocupa comigo garota... Tira a gente daqui.
                Eles andam mais alguns quilômetros voltando para a comunidade e eles já podem finalmente ver o lugar de onde eles estavam. Aquela visão realmente era bem reconfortante. Eles fvoltaram para um lugar seguro e bem perto de escurecer... Lucas sai do carro e pega um papel grande e de cor verde e balança para as pessoas do portão que logo em seguida o abrem. Renan finalmente termina de escrever na prancheta... e diz:
                - Sabia que ia dar tudo certo... Bem, ponham a melhor roupa de vocês. Acho que amanhã vocês três vão ter um encontro com o líder deste lugar aqui.



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