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História The Walking Dead - Lar... maldito lar. - Um dia dificil de esquecer


Escrita por: rdalmeida

Capítulo 6 - Um dia dificil de esquecer


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead - Lar... maldito lar. - Um dia dificil de esquecer

Pouco mais de dois meses se passaram desde três meses se passaram desde os últimos acontecimentos. Gisis havia tomado o comando da comunidade quase todo e ainda melhor, havia conquistado a confiança das pessoas. Ela conseguiu implementar um sistema de escola que visa não somente o conhecimento como também a sobrevivência neste novo mundo. Jenny conseguiu implementar um sistema de rondas internas e vigília comunitária onde os próprios moradores se tornavam auxiliares na segurança auxiliando os guardas em suas tarefas. Juju adaptou uma das casas que estavam vazias para se tornar um centro cirúrgico e equipou ele com escrevendo listas e a equipe de exploração trazendo assim que possível. Elas se tornaram neste meio tempo elementos chave para o sucesso da comunidade e quem sabe para o berço de uma nova civilização. A vida vinha muito bem, obrigado...
            Gisis, Jenny e estão almoçando juntas como de costume. Agora que elas só se encontram em algumas horários elas aproveitam o tempo para colocar o papo em dia. Elas almoçam junto com a comunidade por opção delas. Gisis acredita que isso ajuda para criar uma ligação maior e realmente deu certo. Elas almoçam normalmente quando aparece Reginaldo:
            - Bom dia senhoritas. Desculpe interromper o almoço de vocês, mas o senhor Antony gostaria de falar com vocês assim que possível. Tudo bem?
            Gisis: Tudo bem... Diga para ele que já estamos indo.
            Reginaldo: Não precisam se apressar... –Logo em seguida Reginaldo se despede a sai.
            Gisis: Estranho... Já faz tempo que não recebemos nenhuma tarefa do Tony.
            Jenny: Verdade. Para o Reginaldo vir aqui deve ter sido algo sério. Espero que não.
            Juju: Não sei... Da última vez ele estava muito abatido, mas ele tem a Clara para cuidar dele.
            Elas acabam o almoço e se dirigem casa de Tony. São recebidas por Reginaldo a porta que rapidamente as leva até a sala de reunião de Tony. Chegando lá elas veem Tony sentado em sua mesa com cara de preocupação, escrevendo algo e extremamente agitado. As três conseguem notar isso de tão evidente em seu comportamento.
            Gisis: Tony? Está tudo bem?
            Tony: Na verdade não meninas... Desculpem meu comportamento, mas estamos em uma emergência.
            Jenny: Tudo bem, pode nos contar... Vamos ajudar.
            Tony: Descobrimos um hospital a algum tempo trás e nele tem os equipamentos que Juju fez a lista. Depois que a equipe de exploração voltou, mandamos a equipe de extração com veiculo próprio e pessoal para pegar. Infelizmente isso já faz dois dias e não tivemos mais contato. Preciso que vocês vão até o local e tragam aquele material.
            Gisis: Nós temos mais equipes, podemos mandar elas.
            Tony: Não pode... Tem que ser pessoas de confiança. Nós precisamos desse material urgente.
            Gisis: Claro... Faremos isso, podemos levar o Alison?
            Tony: Não vai ser possível. Ele está um pouco doente e terá que ficar para ser medicado. A Clara já está cuidando dele.
            Jenny: Não sabemos o que aconteceu por lá. Por segurança precisamos de uma equipe mais do que a anterior. Isso vai ajud...
            Tony: Claro... Tudo bem... Vou designar mais três pessoas para ajudar vocês. Vou mandar elas direto o portão sul com o equipamento que vão precisar e o mapa para chegar neste lugar.- Diz enquanto interrompe Gisis.
            Tony passa os objetivos de forma bem rápida e fria assim que elas chegam no portal sul elas são recebidas por Carol, Lucas e Almir. Elas reconhecem Carol e Lucas que também os reconhecem.
            Lucas: Olha quem está por aqui...
            Jenny: Bom vocês estarem por aqui... Gente de confiança.
            Carol: Corta o papo furado, deixa eu apresentar vocês ao novato. Almir...Estas aqui são Gisis, Jenny e Juju... Este aqui é Almir. Ele vai ajudar agente com a questão do mapa e como chegar lá.
            Gisis: Tudo bem, vamos indo?
            Carol: Só um momento... Ela não vai com agente? –Diz apontando para Juju.
            Gisis: Como assim?
            Carol: Ela foi designada para outra coisa. A Clara quer falar com ela.
            Apesar de não concordar muito elas aceitam. Entram no carro e vão em direção ao local. É um posto médico que fica bem próximo a cidade.
            Gisis: E então... Almir? Não é mesmo?
            Almir: Isso... Correto.
            Gisis: Preciso conhecer com quem estou trabalhando. Preciso fazer umas perguntas. Tudo bem para você?
            Almir: Claro... Sem problemas.
            Gisis: O que você fazia ante disso tudo?
            Almir: Eu era professor de Geografia e já trabalhei como atualizando mapas para a cidade de Nova York.
            Gisis: Então você está preparado para isso...Você se sente preparado?
            Carol: Agora não temos tempo para isso. Olhem...
            Eles demoram algumas horas, mas conseguem chegar na porta do hospital. O lugar está tomado por walkers e bem próximo à entrada principal está o caminhão que foi mandado primeiro e não voltou.
            Carol: Droga... Acho que não vai dar. Vamos ter que voltar.
            Gisis: Calma... Da para dar um jeito nisso. Jenny... Alguma ideia?
            Jenny: Sim... Preciso subir ali naquela torre e ver do alto como estão as coisas.
            Gisis: Tudo bem, mas tome cuidado.
            Jenny sobre com cuidado uma torre que parece uma antena de sinal telefônico e e consegue ver melhor a situação. Ela desce a avisa a Gisis:
            - Está complicado, mas da para fazer alguma coisa sim. Agente tem que fazer um grande barulho longe daqui e assim que os walker forem atraídos a gente entra.
            Carol: Pode funcionar... Aqui nos nossos equipamentos tem alguns fogos de artifício.
            Jenny: Se você conseguir ir pelo mato e soltar os fogos de artificio vamos ter uma brecha para poder passar e pegar as coisas. Depois você encontra agente com o caminhão na entrada que tiver menos walkers. Agente te manda mais informações pelo rádio. Tudo bem?
            Carol: Tudo bem...
            Jenny: Só tem um problema. Vamos fazer barulho aqui fora e quando chegarmos la dentro não podemos atirar.
            A situação torna-se ainda mais complicada, mas elas não se entregam. Carol corre até a lateral do hospital onde tem uma saída para uma floresta. Ao alcançar o local o grupo com Gisis, Jenny, Lucas e Almir conseguem perceber que os walkers já estão indo em direção ao barulho. Eles se sentem melhor pelo plano estar dando certo, mas ainda é perigoso e arriscado pois percebem que bastante walkers estão também saindo de dentro do hospital.
            Quando a situação da uma brecha eles correm para a porta do hospital. Assim que eles entram Jenny observa que existem alguns walkers algemados bem na recepção do hospital. Apesar de terem saído bastante walkers ainda da para perceber seus grunhidos no local. Na verdade é ainda pior, pois se escuta a sua presença mas não se vê. Os sobreviventes conversam sussurrando:
            Jenny: Cadê a lista? Precisamos dela para encontrar o que pediram.
            Gisis: Está aqui. Conheço alguns destes materiais, não deve ser difícil de encontrar. Está escrito até os possíveis locais.
            Almir: Droga... droga... droga... Vamos logo. Onde estão estas coisas.
            Gisis: Almir... Se acalme. Lucas... fica perto dele.
            Lucas: Tudo bem chefe.
            Gisis: Lucas... Não me chama de chefe. Gisis já está bom.
            Lucas: Tudo bem chef... Digo... Gisis.
            Lucas percebe que alguns walkers estão retornando para dentro do hospital e alerta:
            - Me ajudem aqui... temos que bloquear a porta para eles não entrarem.
            Lucas rapidamente pega seu bastão de hockey e corre na direção dos walkers. Na sequência ele derruba três walkers e libera o caminho para Gisis e Jenny poderem fechar a porta. Elas colocam uma maca e utilizam algumas gases e ataduras para fecharem a porta. Logo em seguida alguns walkers já se acumulam atrás da porta. Aquela parece agora ser uma saída a menos
            Gisis: Precisamos pegar as coisas e sair rápido. Não temos tempo a perder.
            Jenny: Concordo... Por onde vamos começar?
            Gisis: Aqui está... Precisamos encontrar um “carrinho de parada”.
            Almir: Carrinho de que?
            Gisis: É um carrinho pequeno com vários equipamentos e entre eles um desfibrilador. É fácil... Deve ter na emergência.
            Jenny: Eu tive uma ideia... Se conseguirmos aqueles carrinhos da lavanderia podemos pegar ainda mais coisas para levar.
            Almir: Não vai dar tempo... Vamos focar na lista.
            Lucas: Ei... fica quieto ai cara... Quem decido isso é a Gisis. E ai Gisis... O que vai ser?
            Gisis: Vamos pela ideia da Jenny... Vamos seguir as setas e encontrar a lavanderia.
            O grupo segue bem devagar para não chamar a atenção dos walquers próximos e conseguem chegar na lavanderia. O local está limpo e e eles facilmente conseguem um carrinho para colocar coisas. Eles aproveitam o local para colocar um pouco de lençóis e alguma roupa que acham limpa. Voltando para a entrada do hospital eles percebem que a porta principal está ainda mais tomada de walkers, só que agora a porta e a maca que colocaram já balança um pouco com os walkers batendo do lado de fora.
            Lucas: Não seria uma boa ideia agente se separar e procurar estas coisas?
            Almir: Melhor não...Vamos ficar juntos.
            Jenny: É melhor não mesmo...
            Gisis: É verdade. Se ficarmos juntos podemos explorar melhor cada local e se ficamos juntos... Sobrevivemos juntos.
            Gisis vai empurrando o carrinho, Jenny e Almir escoltando o carrinho... Lucas vai na frente limpando o caminho dos walkers solitários. Depois de cinco walkers e mais alguns metros eles chegam na emergência... Aquilo era a visão do inferno. A parede marrom de tanto sangue. Pilhas e pilhas de corpos com disparos na cabeça ainda estão amontoados. Ao lado da pilha vários sacos de corpos também empilhados e alguns ainda se mechem. Pedaços de corpos espalhados pelo chão Elas recebem uma comunicação de rádio:
            Carol: Tudo bem ai dentro?
            Gisis: Tudo bem por enquanto... Já estamos pegando algumas coisas e já encontramos o carrinho de parada. Como está a saída?
            Carol: Podem esquecer o lugar que vocês entraram. Está tomado outra vez, mas eu ainda tenho mais dois rojões para soltar na saída caso precisem.
            Gisis... Tudo bem, vamos preci... MAS QUE MERDA!!!
            Carol: O que houve??? O que está acontecendo?
            Gisis: Não da para explicar agora...
            Gisis interrompe o rádio pois acontece algo surreal. O megafone localizado na emergência que começa a funcionar. Uma voz fala:
            - Caros amigos famintos... Temos carne disponível na emergência. Fazer levar seu próprios talheres... HaAHAhAhAhA!!!
            Jenny: É UMA ARMADILHA... Vamos sair daqui. Fiquem juntos.
            O grupo de reúne em volta de Gisis com o carro e todos vão para a porta de saída. Ao passar pela porta principal eles percebem que a maca havia se desprendido da porta e os walkers começaram a entrar. A situação está ainda mais tensa pois vinham walkers de outras portas e aquele walkers que estavam fora começam a entrar.
            Gisis: temos que ir para o andar de cima vamos.
            Lucas: Não vai dar para subir pelas escadas com este carrinho.
            Jenny: Já sei, vamos usar ele para bloquear as escadas...
            Gisis: ...Mas e o material dentro?
            Jenny: Não vai dar para levar, mas se for importante podemos voltar com mais pessoas depois.
            Eles sobem as escadas e Lucas coloca o carrinho barrando a subida da escada pois além de pesado ele é bastante largo. Ao subir eles se deparam com um corredor com algumas janelas para fora e vários quartos. Carol chama no rádio:
            - Da para dizer o que está havendo ai dentro?!!?
            Gisis: era uma armadilha... Seja lá quem for... Já estava nos esperando. Precisamos que você aponte uma saída para nós.
            Carol: Tudo bem... Estou vendo vocês daqui.
            Jenny: Como assim? Onde você está?
            Carol: Da uma olhada pela janela...
            Eles olham e Carol e conseguem ver que ela está em um prédio alto bem em frente ao hospital.
            Gisis: Consegue ver dai uma saída para agente.
            Carol olha através da mira telescópica da arma. Olha os locais em volta e tem uma ideia:
            - Tem uma saída, mas vai ser difícil. Vocês vão ter que ir seguir em frente até uma janela bem pequena. Depois vão sair pela escada de incêndio, mas ela não esta completa... Está quebrada. Vão ter que descer o resto através de um cano preso na parede.
            Jenny: E se agente pular no caminhão quando você chegar?
            Carol: Vocês estão muito alto. Subiram demais...
            Almir: Agente pode descer... ir para o andar debaixo.
            Gisis: E se agente descer?
            Carol: Acho que não vai dar... O carrinho que vocês colocaram já se soltou, os mortos já estão subindo. Vocês não tem muito tempo.
            Gisis: Tudo bem... Pode fazer então.
            Carol se prepara para sair e solta os últimos rojões que sobraram. Desce correndo e vai até o caminhão para ir buscar o grupo. Enquanto isso Gisis, Jenny, Lucas e Almir correm até a janela. Uma janela bastante apertada, eles conseguem sair bem devagar um a um e acessam a escada de incêndio do lado de fora. Ao chegar no patamar abaixo eles percebem que a escada de incêndio havia se desmontado e a parte que eles estavam já estava também quase caindo. Lucas diz:
            - Melhor eu ir primeiro... Sou mais pesado isso aqui vai acabar caindo.
            Almir: Não... Melhor agente voltar. Eu tenho medo de altura não vou conseguir.
            Gisis: Olha para mim Almir... Você vai conseguir. Quando eu for se concentre em mim e veja o que eu faço. Faça igual e vai dar tudo certo.
            Almir: Tudo bem... Vou tentar.
            Lucas já está no chão e lutando contra os walkers que se aproximam. Logo depois Jenny consegue descer também. Agora só falta Gisis e Almir. Gisis fala para Almir “Olhe para mim e veja como será fácil”. Gisis desce e nota que alguns parafusos que prendem o cano estão se soltando da parede, mas ela também consegue chegar ao chão. Enquanto isso Carol consegue chegar perto com o caminhão. No Caminho ela consegue derrubar alguns walkers. Devido alguns carros na frente Carol não consegue se aproximar muito.
            Lucas: Vão vocês duas, eu consigo ajudar ele.
            Com medo de não dar tempo Gisis e Jenny abrem a parte de trás do caminhão para eles entrarem rápido. Elas estavam certas, talvez realmente não desse tempo... Quando Almir está descendo O cano começa a soltar da parede... E de repente solta de uma vez caindo do alto. Almir torce o tornozelo e fica caído no chão enquanto alguns walkers vão em sua direção. Lucas corre em direção aos walkers para dar tempo para Almir se recuperar. O problema é que Almir fica desesperado no chão, pega sua arma e começa a atirar nos walkers também.
            Gisis: ALMIR... PARA DE ATIRAR...
            Jenny: VOCÊ VAI ACABAR ACERTANDO ALGUÉM!!!
            Era tarde demais... Na loucura Almir acaba acertando um tiro na parte de trás da perna de Lucas que acaba caindo de joelhos em frente aos walkers.
            Lucas: Tirem ele daqui rápido!!!
            Carol desce do caminhão com o seu rifle e começa a acertar os walkers que estão em volta de Lucas, mas em vão... São muitos e ela acaba ficando sem munição. Gisis e Jenny pegam Almir e arrastam ele até o caminhão e entram com ele na caçamba. Carol volta a entrar e sai dirigindo para longe dali. Apenas olhando e multidão de walkers enquanto Lucas desaparece entre eles.
            Algumas horas de viagem de carro se passam e o grupo não consegue dar uma palavra. Apenas conseguem reviver a memória que está em suas cabeças que é Lucas caindo bem diante de uma multidão de walkers e sumindo no meio deles. O silencio é quebrado por Carol, que diz:
            - Mas que droga é esta?! Agora pouco tinha bastante gasolina, agora está quase vazio?
            Gisis: Dá para voltar para casa com o que sobrou?
            Carol: Acho que não... Ainda faltam cinco quilômetros e já está anoitecendo. Melhor agente se abrigar.
            Jenny: Não podemos ficar neste caminhão, vamos ficar expostos.
            Carol: Não se preocupem. Aqui próximo tem um ponto de caça que usamos as vezes para passar a noite. É logo ali na frente. Com um pouco de sorte podemos encontrar mais pessoas lá voltando com alguma caça.
            O grupo vai forçando o caminhão até onde é possível e eles conseguem chegar na cabana mesmo sem o caminhão desligar. Eles saem e Jenny consegue ver que tem um furo bem no tanque de gasolina. Jenny chama Gisis enquanto Carol e Almir entram na casa.
            Jenny: Olha aqui Gisis... O tanque está furado. Parece ter sido um tiro. De duas uma, ou alguém está sabotando agente ou o Almir acabou acertando este tanque.
            Gisis: Droga... Não vamos pensar nisso. Vamos concentrar em ficar por aqui hoje e amanhã bem cedo voltamos para explicar a situação para Tony.
            Enquanto isso... Carol que já havia entrado chama Gisis e Jenny. Ao se aproximarem Jenny nota nervosismo em Carol e pergunta?
            - Aconteceu alguma coisa?
            Carol: Realmente... Tinha gente na casa, mas estão mortos.
            Jenny: Você faz parecer que foi mais de uma pessoa.
            Carol: Foram dois.
            Jenny: Posso dar uma olhada?
            Carol: Pode sim... de qualquer forma temos que passar a noite aqui mesmo.
            O grupo entra na casa. Carol e Almir ficam na sala vigiando pela janela enquanto Gisis e Jenny entram no quarto. O que eles olham parece bastante incomum, para Jenny é ainda mais estranho. Os dois corpos estão deitados na cama. Foram feitos diversos cortes no abdome como se alguém tivesse cavando para dentro. As cabeças foram separadas do corpo e mantidas como se estivessem deitados.
            Gisis: Você consegue dizer alguma coisa sobre eles que podem ajudar agente?
            Jenny: Deixa eu ver...
            Jenny roda aquela cena. Observa mais de perto e diz para Gisis:
            - Eles foram mortos aqui mesmo. Não tem mancha de sangue em nenhum lugar da casa. Esses cortes no abdome foram feitos com eles ainda vivos. Quem fez isso teve tempo ou conhecia as vítimas pois não tem marcas de defesa em nenhuma delas. É como se as vítimas simplesmente deixassem o assassino fazer isso.
            Quando eles menos esperam escutam um estrondo bem no teto da casa. Um barulho muito alto, logo em seguida mais um e mais um. Gisis e Jenny correm para a sala para ver o que está acontecendo. Carol e Almir já colocaram uma barreira na porta e apenas observar o que acontece também. Eles conseguem escutar barulhos como se estivessem arranhando as paredes, mas devido a escuridão não conseguem ver quase nada pela janela.
            Gisis apaga a luz interna que eles estavam usando e ficam apenas observando. O barulho do lado de fora para também. Não da para saber o que era pior, se o barulho ou a falta do barulho. Essa situação permanece por quase um minuto. Quando eles menos esperam a janela a sua esquerda se quebra com um barulho que rompe aquele silencio e sentem-se como se tivessem congelado seus ossos. Almir se desespera, derruba o que bloqueava a porta e sai da casa. Mesmo os gritos do grupo não o impedem de sair.
            Gisis: ALMIR SEU IDIOTA VOLTA AQUI...
            Almir: NÃO POSSO... TENHO QUE SAIR... TENHO QUE SAIR...
            Almir corre desesperadamente até o caminhão e tenta ligar o motor, mas sem sucesso. O máximo que acontece são as lanternas ligares e iluminarem toda a frente da casa. Almir dentro do caminhão escuta todos pedirem para ele voltar e acaba aceitando. Quando ele está bem na frente do caminhão algo pula do pula do teto do caminhão e cai vem na sua frente. Todos ficam paralisados inclusive Almir. Era um ser com braços longos e usava uma espécie de manto que cobria o corpo todo inclusive a cabeça. Um manto preto com aparência de rasgado. Os braços são longos e um pouco finos, porém na ponta da para ver algo que parecem garras.
            Gisis: ALMIR... CORRE PARA CA AGORA!!!
                        Almir está paralisado demais para correr ou até mesmo escutar... Ele anda de costas sem ao menos perceber onde está indo e aquela figura vai atrás lentamente. Quando ele está próximo a estrada alguma outra coisa puxa ele para trás do caminhão de forma bem rápida e Almir some... Somente são escutados seus gritos. Depois de um tempo eles param. Sai de trás do caminhão aquele mesmo ser... E fica parado bem a distância olhando para o grupo. Logo depois sai outro, e mais outro... Agora eles são um total de cinco. Um deles carrega uma cabeça... A cabeça de Almir. Pega ela e joga em direção a casa. Ficam apenas observando a reação do grupo. Aos poucos eles vão saindo e indo embora. Sumindo na escuridão da noite.
            Gisis: Temos que bloquear mais as entradas e saídas. Temos que fazer isso agora!
            Gisis e Jenny começar a pegar moveis pesados e tampar as entradas. Carol ainda parada estática começa a dizer algo
            - Não é possível... Eles não existem...
            Gisis e Jenny terminam de tampar as janelas com armários e a porta com a mesa. Elas isolam um cômodo da casa para passar a noite.
            Gisis: Você parece que conhecia aquelas coisas.
            Carol: Não é isso... Eu ouvi falar deles, mas todos achavam que era alguma besteira que os caçadores inventavam. –Responde ainda travada olhando para o chão e sem piscar.
            Jenny: Quem são eles?
            Carol: Chama eles de Reapers. Eles matam caçam e atacam todos que saem da comunidade a noite. Por isso devemos evitar isso...
            Gisis: Por que eles fazem isso?
            Carol: Não sabemos... Mas é sempre a mesma coisa. Atacam as vísceras da pessoa e arrancam a cabeça.
            Jenny: Vocês ainda têm alguma munição?
            O grupo conta e somando todos juntos ainda tem quatro munições de revolver e cinco de pistola. Elas se organizam para poderem tentar descansar a noite. Elas se revezam entre si aguardando a noite passar. A noite é longa, mas ela finalmente passa sem mais problemas.
            No dia seguinte elas se equipam novamente e conseguem de sair. O dia está lindo e nem parece que ontem havia sido uma experiência terrível. Ao saírem da casa podem ver o corpo de Almir atrás do caminhão morto da mesma forma que as pessoas de dentro da casa. Já não há mais nada que elas possam fazer... Então elas seguem seu caminho até a comunidade.
            Elas andam mais de uma hora até chegar na comunidade. É estranho para elas levantar o papel verde que indica que está tudo bem. Elas presenciaram o horror, mas naquele momento ali as coisas estão calmas e sem problemas para entrar.
            Gisis: Se vocês quiserem pode descansar. Eu explico tudo para o Tony...
            Jenny: Nem pensar. Estávamos juntas... Faremos isso juntas.
            Carol: Exatamente... Lucas era meu amigo e sinto que tenho que fazer isso também.
            Gisis: Tudo bem então... Vamos lá.
            Elas se encaminham até a casa de Tony para poderem reportar o que aconteceu. A cada passo a angustia parece aumentar ainda mais. Chegar na porta da casa de Tony foi a mesma sensação de serem torturadas. Elas batem na porta e rapidamente são atendidas por Reginaldo:
            - Ola meninas... Senhor Antony já está aguardando vocês com as notícias.
            Reginaldo as leva através da casa até a sala onde está Tony. Ao entrarem na sala elas conseguem ver Tony sentado na poltrona com algumas olheiras e visivelmente fraco. Ele pergunta:
            - E ai meninas... Como foi no hospital?
            Elas hesitam por um minuto... Respiram fundo pois a memória tanto de Lucas como de Almir morrendo ainda estavam vivas em suas mentes.
            Gisis: Era uma armadilha... Nós conseguimos entrar no hospital e quando chegamos lá já tinha alguém nos esperando. Nós entramos e eles atraíram os mortos para dentro do hospital novamente.
            Jenny: Não sei dizer, mas você parece não estar espantado com isso. Você sabia de alguma coisa?
            Tony: Desculpe não estar tão emotivo hoje pois estou um pouco indisposto, mas de certa forma... Acho que já sabia sim.
            Carol: O que você está dizendo?
            Tony: Vou explicar. Um tempo depois que vocês saíram recebemos a visita dos salvadores... Mas apenas de um salvador. Ele não estava armado então o pessoal dos muros deixou ele entrar. Foram ingênuos pois ele poderia estar entrando apenas para observar a comunidade. Levaram ele até mim e batemos um longo papo.
            Gisis: Sobre o que vocês falaram?
            Tony: Eles queriam que entregássemos metade das nossas coisas e eles nos ofereceriam proteção contra as ameaças. É claro que não aceitei e mandei ele ir embora... Antes dele ir embora eles me disse que sabia que tinha um grupo nossa lá fora. No caso eram vocês e eles não se responsabilizariam pela segurança deste grupo... Mas graças a Deus vocês estão bem.
            Gisis: Infelizmente não foram todos que conseguiram... Lucas e Almir... Eles se foram. –Diz Gisis com um ar triste e olhos marejados.
            Tony levanta de sua poltrona e vai até a janela levando o seu soro preso. Ele olha para a comunidade e diz:
            - Gisis... Sei que isso deixa você chateada, mas não deixe isso te abater. Na luta soldados morrem, mas o seu ideal os deixa vivos em nossas memorias. Temos algo em comum que os manterá vivos. Temos que fazer esta comunidade crescer.
            Eles conversam por mais um momento quando de repente escutam diversos barulhos de disparos. Uma gritaria imensa, pessoas pedindo socorro e eis que entra Reginaldo desesperado para dentro da sala quase derrubando a porta. Ele está com uma madeira enterrada em seu ombro esquerdo. Ele cai próximo a elas no tapete e diz:
            - Senhor... Senhor... Uma tragédia os trabalhadores... Os trabalhadores... Eles...
            Gisis: Calma Reginaldo... Respire... Agora fale devagar.
            Reginaldo: Os trabalhadores se rebelaram... Melhor vocês verem com os próprios olhos. Olhem pelos quartos da ala oeste.
            Gisis: A Juju precisa ver este ferimento, você está sang...
            Reginaldo: Não... Não vai dar... A Juju está com eles.
            Tony guia o grupo até os quartos da ala oeste, Gisis e Jenny carregam Reginaldo e Carol vai logo atrás. Eles entram no quarto e vão em direção a varanda. Ao abrirem eles observam o inacreditável. Os trabalhadores que estavam na fazenda se rebelaram e saíram todos para o lado de fora. Eles utilizaram as próprias ferramentas como armas contra os guardas e fugiram. Os poucos guardas que restaram estão em frente a casa fazendo a última linha de defesa, dentre eles está Alison. Os trabalhadores destroem tudo por onde passam e o que tocam... Sua revolta era visível em seus rostos, gestos e ações. Aquele dia ainda ia ficar muito... Muito pior.



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