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História The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - Será a verdade?


Escrita por: Mila_Scarlety

Notas do Autor


OOOI WALKERS!! Aqui está mais um capítulo! Espero q gostem..!
Desculpem se tiver erros de digitação...
Boa leitura! ☆☆♡☆☆♡☆☆

Capítulo 18 - Será a verdade?


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - Será a verdade?


       Continuação........

                     ~ POV CARL ~

   Não acredito que aquela mulher estava sentada no nosso sofá. Não acredito que aceitaram ouvir o que ela tem pra dizer.
Eu não me importo com o que aconteceu com a Thaylor e nem com ninguém antes do apocalipse, acho que esse novo mundo mudou todos nós, e isso pode ser ruim, mas pode ser bom também.
    - Fala logo o que tem pra falar e sai daqui. - Rosnou Michonne.
  Eu estava de pé ao lado da Michonne, meu pai, Daryl e Maggie estavam sentados no sofá de frente pra poltrona que Skyler estava ocupando, e o resto do grupo estavam sentados no penúltimo degrau da escada e em pé rescostados na parede com os braços cruzados.
    - Se acalmem, quem vê assim pensa que nem estão curiosos para ouvir os segredinhos da Thaylor. - Debochou fazendo bico.
    - Ah eu não aguento! - Daryl falou batendo a mão no braço do sofá. - Olha aqui, desembucha de uma vez ou vai sair daqui voando! - Esbravejou fazendo a mulher abrir a boca num sinal de indignação. Mas qualquer um sabe que ele não bate em mulher, não se não for preciso.
    - Ok. - Ela respirou fundo ficando séria. - Vou começar por...
  Alguém abriu a porta bruscamente, fazendo a mesma bater contra a parede.
    - Mãe vamos embora! - Gritou Emma, ela foi até a mãe e puxou seu braço, num gesto de fazê-la se levantar.
    - Sai daqui Emma! - Avisou Skyler puxando seu braço das mãos da filha. - TÁ na hora de eles sab...
    - Não pode fazer isso! - Gritou pra mãe. Eu não estava entendendo nada.
   Skyler encarou Emma com uma expressão muito séria, elas se encararam por uns segundos como se estivessem tendo uma conversa silenciosa. E então Emma se afastou dela balançando a cabeça negativamente.
    - Não devia fazer isso com ela. Não devia! - Só disse isso antes de sair batendo a porta.
   Ok... isso me deixou bem assustado, e curioso. 
    - Acho que isso só comprova que o que eu disser aqui será verdade. - Falou entrelaçando os dedos de suas mãos.
    - Começa logo. - Sugeriu Maggie.
    - Vou começar então... Bem, Como vocês ja sabem, Thaylor não é  minha filha. Meu marido e eu tínhamos uma vida perturbada.. - Ela parecia incomodada em dizer isso. - ...fomos obrigados a nos casar quando descobri que estava grávida da Emma, eramos bem jovens. - Contava, enquanto mantinha o olhar fixo pro nada. - Dois anos depois, numa tarde qualquer, ele chegou em casa com uma menina recém-nascida, perguntei pra ele quem era aquela criança. - Ela respirou fundo e suspirou pesadamente. - Ele respondeu que era a filha dele... com sua amante, disse que a mulher tinha morrido no parto e que ele assumiria a guarda da criança, e que ela viveria conosco.
    - E aceitou isso? - Rosita interrompeu intrigada.
    - Não, eu queria me separar, e ele estava pronto pro divórcio. Mas eu desisti na última hora, pensei em como seria se eu me divorciasse dele, minha imagem e minha reputação iriam por água abaixo. E então resolvi continuar casada e aceitei a menina em nossa casa. E foi a pior coisa que eu fiz. - Murmurou a última frase, e uma lágrima solitária escorreu pelo seu rosto. - Thaylor era uma menina estranha, calada, muito quieta, praticamente só falava com o pai. Ela tinha manias estranhas, sempre falar sussurrando era uma delas. Um dia, quando ela tinha nove anos, ela chegou da escola com marcas rochas, ela não contou pra ninguém o que tinha acontecido, nem pro próprio pai. Mas Emma que ja tinha onze anos e estudava na mesma escola que a Thaylor,  contou que duas alunas um pouco mais velhas que ela haviam agredido Thaylor. - Senti um aperto no coração. - Mas Thaylor parecia indiferente com isso, no dia seguinte ela estava normal, e com normal eu quero dizer "estranha" como sempre foi. - Fechei os punhos. - E no dia seguinte as duas garotas tinham desaparecido da escola, as mesmas garotas que tinham agredido-a.
   Vi meu pai se ajeitar mais no sofá, parecia inquieto, como todos nós estávamos.
    - Três dias depois as garotas foram encontradas mortas na escola, dentro de um banheiro que estava interditado fazia meses. Elas foram feridas com cravadas de tesoura na garganta, e sangraram até morrer. A arma do crime ninguém encrontou, nem digitais...
    - Está insinuando que acha que a Thaylor fez is...
    - Estou afirmando! - Gritou interrompendo meu pai, que a olhava incrédulo.
    - Então está "afirmando" que uma garotinha de apenas nove anos foi capaz de cometer um assassinato desses? Só porque três dias antes ela foi agredida pelas vítimas?! - Maggie indignou-se dando uma risada sarcástica.
    - É eu sei... pode parecer um absurdo, confesso. Mas terminem de ouvir o que eu tenho a dizer. - Pediu e continuou a contar. - Nessa época eu tinha uma filha de dois anos, Julie. Emma era apegada com Julie, mas Thaylor tinha ciúmes. Quando a Julie nasceu, Thaylor ficou com ciúmes da relação do pai com a criança, e por isso nunca gostou dela.
    - Eu não sabia que Thaylor tinha uma irmã mais nova. - Comentou Gleen. Skyler deu uma gargalhada sarcástica e triste ao mesmo tempo.
    - Mas é claro que ela não contou isso! Uma noite, eu estava deitada no quarto, meu marido já estava dormindo. Ouvi um barulho vindo do quarto da Julie, mas não me levantei pra ver o que era, estava muito exausta, e me arrependo até hoje por não ter ido. - Ela começou a chorar e escondeu o rosto com a palma das mãos. Nos entreolhamos durante os breves segundos de silêncio em que a mulher tentava se recompor.
    - Quando amanheceu, - Continou secando as lagrimas com as costas das mãos. - eu me levantei e fui até o quarto da Emma, ela estava dormindo tranquilamente, e então segui até o quarto da Julie, e do final do corredor eu já conseguia ver manchas de sangue no tapete rosa do quarto dela. Corri até o quarto, e quase dei um ataque com a cena que vi, Thaylor estava desacordada, suas mãos estavam ensanguentadas, e estava deitada no chão ao lado do berço da minha filha. Eu me aproximei lentamente do berco, estava sentindo uma sensação ruim no peito. E ai eu vi... - Ela parou de falar de repente, estava com o olhar vidrado em suas mãos que permaneciam fechadas em seu colo.
    - O que você viu Skyler? - Meu pai perguntou se curvando pra frente. Acho que ele estava com medo da resposta, e eu também. Skyler encarou meu pai com uma expressão rancorosa, e continuou:
   - Minha filha estava cheia de sangue, e a cor dela já estava azul. Não sei como tive forças pra gritar daquele jeito, eu olhei pra Julie, tinha marcas de unha na garganta dela. - As lágrimas voltaram a cair pelo rosto de expressão triste da mulher. - AQUELA DESGRAÇADA MATOU A MINHA FILHA!! - Gritou levando as mãos a cabeça e apertou os cabelos.
   - N-não... ela jamais... - Eu tentei defender Thaylor, mas minha voz mal saia. Eu estava em choque, aquilo tinha que ser mentira.
   - Deve haver algum engano... - Carol tentou argumentar, sem acreditar no que ouviu. - ... não é possivel ela fazer uma coisa dessas.
   Skyler se levantou da poltrona, e ficou em pé no mesmo lugar, ela olhou pra cada um de nós.
    - A quanto tempo conhecem ela? Um mês ou dois..? - Ela riu. - Eu convivi com esse monstro por anos!!
    - Não chame ela assim! - Protestei.
    - É o que ela é! UM MONSTRO! - Gritou, Daryl ia se levantar, mas foi impedido por Carol que o segurou pelos ombros, puxando-o devolta para o sofá. - Aquela desgraçada jurou que não tinha feito nada, mas as câmeras de segurança da casa mostraram ela indo até o quarto da Julie, e cravando as unhas no pescoço dela. Kieran, meu marido, se recusou a acreditar. Mas eu sabia o que eu tinha que fazer, Thaylor foi levada pra um manicômio, uma psiquiatra a diagnosticou com algum tipo de distúrbio mental, disse que ela era perturbada. Ela ficou internada no manicômio, e a colocaram num quarto de segurança máxima. Kieran entrou na justiça e fez de tudo pra tirar ela de lá, mas por nada no mundo ele conseguiria, eu jamais deixararia aquela louca sair do manicômio, que era o lugar dela!
    - Não não não! - Meu pai se levantou do sofá. - Isso que você está contando são mentiras sem nexo algum! Nunca que eu acreditaria num absurdo desses!
    - Não precisa acreditar em mim... me diga, ela ainda tem aquele maldito caderno?
    - O-o diário? - Perguntei apreensivo.
    - Exatamente! Então ela tem não é?  Peguem ele! Aquilo não é um diário, é um confessionário sangrento. Deram pra ela, era uma terapia que ela tinha que fazer, "ela precisava expressar os pensamentos de algum jeito"! Naquele diário tem quase seis anos da vida dela. - Falou irônica. - Sabe.. ela deu muito trabalho pros médicos do hospício, ela estava sempre dando aqueles ataques...
    - Que ataques? - Indaguei sentindo o pavor tomando conta de mim.
    - Ataques de... pânico? - Maggie perguntou franzindo a testa, sua voz saía falha, todos pareciam atordoados.
    - Ataques de "pânico"?! - Skyler gargalhou. - Então vocês ja viram. Melhor que vocês saibam, que não são "ataques de pânico"; são SURTOS!  Isso acontece quando o nível de medo ou raiva toma conta da cabeça dela, acelerando os batimentos cardíacos, e se ela não controla  a respiração e a mente, ela tem um surto. Foi isso o que aconteceu com ela aquele dia, quando ela levantou a faca pra mim. - Ela nos olhou incrédula. Não pude deixar de lembrar da vez em que a Thaylor tentou me atacar com um pedaço de madeira. - Como nunca perceberam isso antes? Trouxeram um perigo pro lado de vocês... o que ela contou pra vocês? Ela disse que eu era a madrasta má? - Riu com gosto.
     - Olha aqui ô sua maluca, perdeu o seu tempo vindo até aqui! Não acreditamos em nada! - Daryl gritou se levantando do sofá e indo até a mulher. - Sua historinha foi péssima! Agora vai embora daqui e não volte se quiser continuar viva! - Ele saiu puxando ela pelo pulso e a levou até a porta. 
    - Se eu fosse você eu não deixaria sua filha perto daquela louca!! - Ela gritou pro meu pai antes de Daryl bater a porta na sua cara.

   Olhamos uns pros outros, estávamos atordoados com aquilo.
   - Qual é? Não acreditaram nessa mentira absurda, acreditaram?! - Indagou Daryl levantando os braços pro auto. Ninguém respondeu. - Vocês são todos uns "maria vai com as outras" mesmo! - Falou com desgosto.
    - Quer saber, o Daryl tem razão! - Meu pai exclamou balançando a cabeça. - Essa história dela não tem sentido nenhum! É evidente que por algum motivo ela faria de tudo pra estragar a imagem da Thaylor. Não vamos acreditar nesse absurdo!
    - Sim sim.. com certeza ela inventou essa história. - Maggie falou.
    - Espero que seja mentira. - Ouvi Gabriel sussurrar.
    - Só sei de uma coisa, essa mulher pode ser bonita e tudo o mais... mas ela me da medo. - Admitiu Noah um pouco atordoado.
    - Melhor esquecermos isso. - Sugeriu Gleen. - Estou até me sentindo culpado por ter concordado em ouvir o que ela tinha pra dizer. - Confessou esfregando uma não no rosto.
    - E por isso é  melhor que a Thaylor não saiba dessa conversa. - Meu pai disse com certo pesar na voz, ele parecia angustiado.
    - Concordo com o Rick. - Carol falou.

  Concordamos em esquecer tudo aquilo.
Subi as escadas pra ir pro meu quarto, um sentimento de culpa caiu sobre mim ao passar em frente a porta do ex-quarto da Thaylor. Entrei no meu e me joguei deitado na cama, eu sei que deveria esquecer isso, mas como seria possível se as palavras da Skyler não saíam da minha cabeça? Me senti mais culpado ainda em duvidar da inocência da Thaylor.

     [ ... ]

  Vi o dia amanhecer, não consegui pregar os olhos a noite inteira. Eu tinha que saber a verdade, e o único jeito de descobrir era arriscando meu pescoço.
    - Nossa cara, noite ruim? - Gleen me olhava assustado enquanto eu descia as escadas.
    - Noite péssima, pra falar a verdade. - Respondi esfregando os olhos. - Cadê meu pai? - Perguntei.
    - Saiu com a Michonne agora a pouco, eles foram fazer a ronda deles. - Respondeu enquanto colocava uma arma no cós da calça.
    - Vai sair? - Perguntei curioso.
    - É.. eu e o Noah vamos procurar mantimentos com o Nicholas e o Aiden. - Falou desanimado. - Eu to indo.
    - Tchau. - Espiei ele pela janela enquanto ele se afastava, e então sai de casa e me dirigi até a casa ao lado.
    - Carl! - Me virei assustado, Enid se aproximou de mim. - Calma, parece que viu um fantasma. Você tá bem? - Perguntou me lançando um olhar preocupado, provavelmente pela minha cara de quem não dormiu.
    - Sim. - Respondi.
    - Ta.. - Ela não parecia muito convencida. - ..estou indo pra floresta. - Sussurrou. - Vai querer vir?
    - Ah, claro, eu te encontro em dez minutos. - Afirmei, ela concordou com a cabeça e saiu.
   Entrei na casa fechando a porta com cuida atrás de mim.
    - Oi! - Gritei. - Tem alguém aqui?!
   Falei e não ouve resposta, vasculhei o andar de baixo, não encontrei ninguém.
  Subi as escadas.
    - Thaylor? - Chamei passando pelo corredor, ela não respondeu. Passei pelo corredor espiando os quartos que estavam com a porta aberta, estava procurando o quarto da Thaylor, mas nenhum parecia ser o dela. Até que vi um quarto com a porta fechada, tinha que ser o dela.
   "Tomara que não esteja trancado" implorei em pensamento. Virei o trinco da porta, e a porta se abriu.
    - Yes! - Comemorei entrando no quarto. Comecei a procurar pelo diário dela, tentei não bagunçar as coisas, nao queria deixar evidências... mas com certeza logo ela ia dar falta do diário.
  Vasculhei as gavetas e o guarda roupa, mas sem sucesso. Onde ela esconderia?
  Então uma ideia passou pela minha cabeça, levantei o colchão da cama dela, e lá estava ele. O peguei e arrumei o colchão.
   Olhei pro objeto grande e pesado em minhas mãos e instantaneamente senti um peso na consciência, se Thaylor for inocênte e descobrir o que eu fiz, ela nunca vai me perdoar.
   E encarando o diário, me questionei: Levo ou não levo?


Notas Finais


Espero q tenham gostado! Se puderem comentem oq acharam por favor..
Vou tentar postar o proximo capítulo logo! Vlw e até mais!😘


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