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História The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - A picape preta


Escrita por: Mila_Scarlety

Notas do Autor


OOOOI WALKERS!! Caramba, fiquei um dia sem postar e parece q ja faz um século. Desculpem não ter postado ontem... mas ja sabem né...
Espero q gostem do capítulo de hj!
Desculpem se tiver erros de digitação...
Boa leitura!! (☆_♡)

Capítulo 36 - A picape preta


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - A picape preta


                 ~ POV THAYLOR ~

  Rick e Daryl sairiam hoje pra buscarem mantimentos, talvez eles tivessem mais sorte do que o Glenn.
  Eu queria ir com eles, ir pra um lugar fora de Alexandria além da floresta, seria maravilhoso pra mim.
Então por isso que desde ontem eu estou insistindo pro Rick me deixar ir com eles, eu nem tentei falar com o Daryl, pois ele ainda me olhava torto.
   - Por favor Rick, prometo que nem vão perceber que eu estou com vocês! - Eu pedia enquanto Rick colocava o cinto da calça, ele olhou pra mim, pensativo. Por um momento, achei que ele fosse recusar.
   - Tem certeza de que vai fazer tudo o que eu ou o Daryl mandarmos? - Perguntou me olhando desconfiado. Fiz que sim com a cabeça, afirmando.  Rick olhou pra Michonne, que estava encostada na parede da sala, ela usava um roupão lilás e uma toalha na cabeça. Então ele voltou o olhar pra mim, e assentiu. - Então vá pegar uma arma no meu quarto, está na segunda gaveta da cômoda.
   - Não preciso da sua. - Levantei um pouco a camiseta, mostrando minha arma e uma faca na cintura. Ele meio que me repreendeu com o olhar por eu estar andando armada, mas nunca se sabe quando você vai precisar se defender.
   - Preciso de pasta de dente. - Michonne falou pra mim.
   - Não tenho, acabou hoje de manhã. - Falei prendendo meu cabelo num rabo. - Pode pedir pro Carl treinar a mira com outra coisa? - Perguntei revirando os olhos, ele estava treinando com aquela bolinha de tênis de novo, e o barulho que ela fazia quando batia contra a parede, era irritante.
   - Carl! - Michonne chamou-o.
   - Denise disse que eu precisava praticar mais! - Gritou do outro cômodo.
   - Dá pra você vir aqui? Não estamos te ouvindo! - Rick gritou de volta, Michonne e eu rimos.
  Carl entrou na sala com a bolinha na mão.
   - Eu disse que a Denise...
   - Pediu pra você praticar mais. - Rick completou rindo da cara dele. Carl balançou a cabeça.
   - Você ouviu.
   - Carl, precisa passar na enfermaria daqui a pouco pra Denise trocar o seu corativo. E eu preciso de pasta de dente. - Michonne disse.
   - Tudo bem mas, não tenho pasta de dente. - Carl respondeu.
   - Vou tentar achar pasta de dente pra você. - Rick falou pra ela. - E Carl, Thaylor está incomodada com o barulho dessa bolinha.
  Ele franziu a testa pra mim, cruzei os braços pra ele. A gente meio que voltou a normal desde que resolvemos dar um "tempo", á uma semana atrás. Nos primeiros três dias a gente evitava ficar muito perto um do outro, mas no fim, acho que só estávamos com os hormônios a flor da pele. Pelo menos essa foi a conclusão que eu cheguei, e prefiro acreditar nisso.
   - Tem um tiro ao alvo atrás da porta do seu quarto, e é bem mais silencioso do que essa bolinha. - Reclamei e ele riu sarcástico.
   - Pois é, mas prefiro essa bolinha. - Disse e jogou ela contra a parede, pegando-a de volta, só pra me provocar.
  Rick e Michonne riram da gente.
   - Vamos Thaylor. - Rick me chamou já se encaminhando pra saída.
   - Vai levar a Thay com vocês? - Carl indagou.
   - É meu plano de fuga. - Provoquei dando de ombros. Rick, Michonne e Carl me olharam assustados e desconfiados. - É brincadeira. - Esclareci antes que Rick desistisse de me levar.
   - Vamos logo.
   - Boa sorte. - Michonne desejou e então saímos.
  Daryl nos esperava do lado de fora, quando me viu junto com o Rick, ele fez uma cara feia.
   - Ela vai com a gente. - Rick informou e os dois se entreolharam por um momento, como se estivessem tendo uma conversa silenciosa. Então Daryl olhou pra mim, a cara ainda amarrada.
   - Tá bom. Mas vê se se comporta. - Avisou.
   - Claro. - Respondi e a gente seguiu até o carro. Entrei no banco de trás, Rick e Daryl se sentaram na frente.
   - Ha merda... - Daryl resmungou chateado com alguma coisa.
   - Que foi? - Rick indagou pra ele.
   - Esqueci de pegar as armas de sinalizadores que você pediu, pra caso de emergência. - Daryl respondeu balançando a cabeça.
   - Droga... Thaylor, - Rick virou a cabeça pra mim. - você pode ir até o arsenal e buscar o sinalizador pra gente?
  Bufei de raiva e preguiça.
   - Ok. - Concordei já abrindo a porta.
   - Mas vê se não demora. - Daryl avisou, folgado.
  Saí do carro batendo a porta, e comecei a correr em direção ao arsenal, mas então ouvi um barulho de motor, e me virei parando de correr.
   - NÃO! - Gritei correndo de volta até o carro, eles estavam saindo, sem mim! - SEUS IDIOTAS! - Gritei quando eles passaram pelo portão, deu tempo do Daryl botar a cabeça e o braço pra fora, e me dar o dedo do meio com um grande sorriso na cara. - ODEIO VOCÊS! - Parei de correr, eu não iria alcançá-los, eles já estavam a uma boa distância. O portão se fechou, dei um grito de raiva e bati o pé com força no chão. Era bom de mais pra ser verdade. INFELIZES!

  Caminhei de volta pra casa, algumas pessoas me encararam dando risada da minha cara de idiota.
   - Ué? Vocês ainda não foram? - Michonne indagou assim que entrei em casa, ela estava abaixada no chão, dando uma cenoura pro Kyeran.
   - Eu não fui. Eles me deixaram. - Contei com amargura, me joguei sentada numa das cadeiras da mesa. Michonne me olhou indignada.
   - Eu sabia que era estranho de mais meu pai deixar você ir. - Carl falou descendo as escadas. - E o Kyeran mijou na minha cama, de novo.
   - "Não da pra adestrar um coelho". - Retruquei, e então ele riu, provavelmente se lembrando de que ele mesmo que me disse isso.
   - Acho que ele precisa dar uma saída de casa, passear. - Michonne comentou ainda segurando a cenoura pra ele.
   - Ele não é um cachorro. - Eu e Carl falamos juntos, isso foi estranho e engraçado.
   - E é meio difícil sair pra "passear" com ele quando tem um doido querendo enfiar uma flecha na cabeça dele. - Retruquei, meu sangue ferveu ao me lembrar do Daryl.
   - Eu to indo na enfermaria, trocar o corativo. - Carl comunicou pra Michonne.
   - Tá bom. - Ela respondeu se levantando e foi até ele, dar um beijo em sua testa, e então ele saiu.
Michonne se virou pra mim, me olhando com certa "pena".
   - Não fica chateada, ele faz isso pra proteger você. - Ela se sentou de frente pra mim.
   - E porque ele simplesmente não me disse um "não"? - Praticamente gritei. - Ao invés de me fazer de trouxa!
   - Isso você vai ter que perguntar a ele. - Ela riu de leve e se levantou. - Eu vou me trocar. Aproveite que o "doido" do Daryl não está aqui, e leve esse coelho pra tomar um ar.
  Ela subiu as escadas, eu peguei o Kyeran e sai de casa, talvez uma caminhada pela floresta possa esfriar um pouco minha cabeça.
   - Oi Thay! - Maggie acenou pra mim, ela estava na varanda de uma das casas, junto com a Enid.
Acenei de volta pra ela, eu não iria até lá, não estou muito afim de falar com ninguém agora.

  Tive um pouco de dificuldade em pular o muro, escalar segurando um coelho nos braços era um pouco difícil.
  Quando cheguei ao outro lado, peguei minha faca da cintura, e a deixei empunhada em minha mão, a frente do meu corpo. Me escondi atrás de uma árvore quando vi o Spencer passando com uma espingarda em mãos, me perguntei o que ele estaria fazendo ali.
  Assim que ele sumiu por entre as árvores, comecei a caminhar adentrando a floresta, e já comecei a ouvir uns gemidos ao longe. Cravei a faca no olho de um deles que estava por perto, e continuei a caminhada.

  Eu andava sem parar, nem sabia pra onde estava indo, e já que eles não me levavam a nunhum lugar com eles, eu mesma vou dar uma volta sozinha.
  Eu nunca gostei de ficar presa, fiquei presa numa cela por dois anos, e não foi nada legal. Não estou querendo dizer que gosto de ficar aqui fora, é legal essa coisa toda de estar "protegida", mas isso também nos enfraquece e nos deixa vulneráveis, e você não pode ser fraco nessa situação em que o mundo se encontra, não dá pra dar bobeira. E depois de passar tanto tempo vivendo "livre", ficar muito tempo parado num lugar só é muito perturbador e nostálgico.

  Ouvi um barulho seguido de gemidos agoniantes, um daqueles bichos estava por perto. Apertei a faca na mão e segui na direção do barulho, eu não podia me arriscar a andar por aí, com um andante por perto.
   - Ah merda. - Murmurei quando vi a fonte dos gemidos. Era a Deanna, ou melhor, era o que antes foi a Deanna. - Sinto muito, mas acho que eu não posso dar um jeito em você. - Sussurrei dando as costas pra ela, acho que já sei porque o Spencer estava na floresta, então vou deixar ele fazer isso. Continuei andando, me arranhando em alguns galhos das árvores, e tomando cuidado pra não pisar em galhos caídos e acabar chamando a atenção de nunhum errante que estivesse por perto.

  Andei pelo que me pareceram uns quarenta minutos, até conseguir enxergar a estrada de asfalto no fim da floresta. Ri com o pensamento que passou pela minha cabeça, "fugir". Não fugir pra sempre, mas por umas horas... lembrar um pouco de como é ser "normal", e normal nesse mundo é você "sobreviver vivendo perigosamente". Que loucura.
   - Não... não é uma boa ideia. - Falei pra mim mesma. Eu não vim preparada, eu não tinha água, nem comida, apenas uma arma, uma faca e um coelho. E se acontecer alguma coisa, não quero ter que assar o Kyeran numa fogueira.
  Respirei fundo e me virei pra voltar a Alexandria, mas então um barulho chamou minha atenção de volta pra estrada. Avancei mais alguns passos cuidadosos em direção ao fim da floresta. Me escondi atrás de um arbusto quando o barulho ficou mais alto, e então vi um trio de andantes caminhando aos tropeços pela estrada.
  Sorri satisfeita e me levantei saindo detrás dos arbustos. Acho que esses três mortos podem saciar a vontade que eu estou de matar alguém. Andei lentamente em direção a eles, rodando a faca entre os dedos. Dei um assobio pra chamar a atenção deles, e consegui.
  Eles se viraram pra mim e grunhiram mais alto, então começaram a vir na minha direção, eles estavam quase chegando a entrada da floresta, quando de repente, um carro grande e preto passou numa velocidade extremamente alta, e os atropelou jogando miolos pro alto, dei um pulo de susto e levei a mão a boca, quase furando meu olho com a faca.
  Corri na direção da estrada, e olhei pra frente, na direção em que o carro passou. Consegui ver o carro no fim da estrada, era uma picape, meus olhos acompanharam ele até que sumiu na curva seguinte. Aquele carro não era de Alexandria.
 
  Como eu queria ir atrás dele, mas era perigoso, eu não sabia quantas pessoas estavam naquele carro e nem se estavam armados, e eu com certeza estaria em desvantagem.
  Olhei pro chão, onde eu estava pisando em um monte de tripas e sangue. Dei um suspiro pesado, lá se foram meus ant-estresse.

  Me virei pra voltar a floresta, então de repente o Kyeran começou a se debater no meu braço e cravou os dentes no meu pulso, atravessando minha faixa, soltei um urro de dor e acabei soltando-o. Ele saiu correndo pela estrada.
   - NÃO! - Comecei a correr atrás dele. Droga, que inferno! Ele fez a curva, pulando de pressa. O ar começou a me faltar, eu estava correndo rápido de mais, e o calor escaldante estava me dando sede.
  Enquanto eu fazia a curva na estrada, pensei mil vezes em deixá-lo ir embora e voltar pra casa, mas eu não podia, eu não conseguia. Esse coelho era a única coisa que eu tinha, que realmente era minha, que eu podia chamar de meu. É, eu me apeguei a um coelho. Mas não era um simples coelho, ele foi o primeiro presente que eu ganhei em anos, e ele era real. Não posso deixá-lo ir, não posso deixá-lo ir embora, não vou perder esse Kyeran também.
  Eu torcia pra que ele se cançasse e paresse de correr, mesmo sabendo que isso não aconteceria por tão cedo. AHHH merda! Por que eu soltei ele?

  De repente, quando virei mais uma curva, vi o carro preto estacionado na calçada do estacionamento de uma farmácia, que já tinha sido "limpa" a muito tempo. 
  Kyeran correu pra debaixo do carro, meu coração deu um pulo pra quase fora do meu peito. Corri em silêncio e com cuidado até o muro alto que tinha ali, me escondendo atrás dele. Tirei a arma da cintura e guardei a faca.
   - Porra, não tem nada nessa merda de lugar. - Ouvi uma voz masculina e grossa do outro lado do muro.
  Me agaixei até um buraquinho que tinha ali, fechei um olho e espiei o outro lado, onde pude ver três homens sérios e armados. Um deles era loiro e barbudo, o outro era moreno e usava óculos escuros, e o outro era alto e tinha um cabelo cumprido. Eles estavam usando roupas normais e limpas, provavelmente tinham um grupo.
   - O Negan não vai gostar se chegarmos lá de mãos vazias. - Falou o cara barbudo e loiro, devia ter uns quarenta anos.
  De repente um deles deu um pulo pra trás. Meu coração parou de bater por um instante quando vi o Kyeran invadir o estacionamento.
   - Caralho! De onde foi que esse coelho filho da mãe saiu?! - Esbravejou o mesmo.
  Um dos homens riu com deboche.
   - Você se assustou com um "coelhinho"? - Indagou ainda rindo. - Seu bundão.

  "Kyeran corre!", eu implorava mentalmente, eu não podia deixar que eles me vissem, eles estavam em maior número e muito mais armados do que eu.
 
   - Vai se fuder! - O cara gritou enraivecido, e então apontou sua arma pro Kyeran. - Calem a boca, se não vão espantar o bicho.
  
  "Não... não!" eu queria gritar, eu queria muito correr até lá.
  Fechei meus olhos e prendi a respiração quando o cara destravou a arma. Soltei um soluço quando ouvi o disparo e um ruído. Eles fizeram.
   - Ouviram isso? - Um deles sussurrou. Tapei minha boca, pra não deixar escapar mais um soluço, eu não podia chorar, "engole o choro Thaylor!"
   - Deve ter algum daqueles mortos por aqui. - Murmurou um deles e então ouvi uns passos.  Quando finalmente me permiti a abrir os olhos, olhei pelo buraco, e vi apenas dois dos caras, e o loiro estava segurando o Kyeran de qualquer jeito pelas orelhas, o sangue escorrendo de sua barriga, onde o disparo o acertou. Me desliguei do mundo por um segundo.

  "Era só um coelho"... mas era o meu coelho, era o meu Kyeran! E agora ele é só um pedaço de carne morta. Assim como tudo nessa porra de mundo.

  Engoli em seco, segurando firme o choro. E então, quando eu ia me levantar pra ir embora dali o mais rápido possível, ouvi um estalido, o mesmo de quando uma arma é destravada. Respirei fundo apertando a arma em minha mão, e me virei lentamente, dando de cara com um revólver apontado contra minha testa. O homem de cabelos compridos me olhou de cima a baixo, e me abriu um sorriso cínico de lado.
   - Ora, ora... o que temos aqui?


Notas Finais


Foi isso, espero q tenham gostado (ou não😂) se puderem comentem oq acharam por favor, não tenho certeza se vou conseguir postar amanhã... mas vou tentar.
Bjinhuus de Carl Poppa e até mais walkers!😘😘


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