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História The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - Era ele


Escrita por: Mila_Scarlety

Notas do Autor


OOOI WALKEERS!! Estou de volta! (Espero não ter demorado mto)
Aqui está mais um cap, espero q gostem!
Desculpem se tiver erros de digitação...
Boa leitura! (❤_❤)

Capítulo 44 - Era ele


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - Era ele

   — Cara, eu sinto que estamos chegando perto. – Riu passeando com passos lentos entre nós. — Sim, vai ter xixi nas calças daqui a pouco. Qual desses putos é o líder?

Engoli em seco, ergui a cabeça, virando-a para a direção do Rick.

— É esse daqui. – Um dos caras disse apontando o dedo para o Rick. — Ele é o cara.

Negan andou até parar de frente para Rick, seus passos eram firmes e pesados. O bastão com algo metálico em volta ainda estava apoiado em seu ombro.

— Oi, você é o Rick, certo? Eu sou o Negan. – Apresentou-se com cinismo, mas logo fechou o sorriso, dando lugar a uma expressão séria. – E eu não gosto de você matando meus homens. Além disso, quando eu mandei o meu pessoal pra matar a porra do seu pessoal por ter matado o meu pessoal, você matou mais o meu pessoal! – Sacudiu a cabeça. — Não é legal. Não é legal porra, você não tem a porra da ideia de como essa merda é. Mas acho que você vai ter bem rápido, em breve. Sim... em poucos minutos você vai se arrepender de ter cruzado comigo. – Riu. — Caralho, você vai. Veja Rick, o que você faz, não importa a porra que é, não mexa com a nova ordem mundial. E a nova ordem mundial é esta, e é realmente simples. Assim, mesmo se você é fodidamente estúpido, que você pode muito bem ser, você pode compreender.

Rick tremia, o suor brilhava em seu rosto, ele estava apreensivo, como todos nós. Eu me esforçava para manter a respiração normalmente, estava sentindo que teria um ataque de pânico, e aquele não era nem de longe um bom momento pra isso.

— Você está pronto? – Negan continuava a falar. — Aqui vai. Preste atenção. – Ele baixou o bastão e o apontou para Rick, quase que esfregando ele em sua cara. — Me dê suas merdas... ou eu mato você.

Rick nada disse, Negan riu tirando o bastão da cara dele, e voltou a andar a nossa volta balançando aquele bastão.

— Hoje foi dia de orientação. Nós investimos muito para que vocês saibam quem sou e o que posso fazer. Vocês trabalham para mim agora. – Disse parando novamente de frente pro Rick e apontando o bastão para ele. — Vocês tem merdas, dão pra mim. Esse é seu trabalho. Agora, eu sei que é uma coisa grande, desagradável de engolir... mas vão engolir, vocês com certeza ficarão filhos da puta. Você governou um acampamento, você construiu algo. Você pensou que era seguro. Eu entendo. Mas mundo a fora, vocês não estão seguros, nem mesmo um caralho de perto.

Negan ficou durante minutos andando de um lado para o outro, balançando aquele bastão enquanto explicava a "nova ordem mundial" para todos nós, especialmente para Rick. Ele deixou claro que queria metade dos nossos pertences, e que quanto mais resistirmos, mais difícil será.

— Vocês realmente não acharam que iriam passar por isso sem serem punidos, não é?

Mordi os lábios com força e fechei os olhos, como se isso fosse apenas um pesadelo e eu pudesse acordar. Mas não era, era real, o medo era real.

   — Eu não quero matar seu pessoal. - Continuou. – Só quero deixar isso claro desde já. Eu quero vocês trabalhando pra mim, e vocês não podem fazer isso se vocês estão fodidamente mortos, podem? Eu não estou cultivando um jardim.

Soltou um suspiro longo.

— ... mas você matou o meu pessoal, um monte da porra deles, merda, mais do que eu posso suportar. E por isso, por isso que vocês vão pagar fodendo. Então, agora... eu vou espancar na porrada do caralho, fodendo, fodendo e fodendo um de vocês. – Ele girou o bastão nas mãos enquanto se aproximava um pouco mais do Rick. — Esta, (mostrou o bastão) esta é Lucille, e ela é pavorosa.

Um arrepio percorreu minha espinha e arrepiou os pelos da minha nuca, percebi que o metálico em volta do bastão era arame farpado, que tipo de arma era aquilo?

Todos observamos o bastão que Negan mostrava para Rick, um brilho maldoso preenchia os olhos do homem.

Negan voltou a caminhar entre a gente, observando cada um de nós com atenção. Primeiro parou na frente do Abraham, que encheu o peito e levantou a cabeça para ele, destemido.

Negan riu.

— Tenho que fazer a merda da barba. – Debochou passando a mão no queixo.

Voltou a caminhar, e dessa vez, parou de frente para Carl, fazendo minha respiração falhar.

— Você tem uma de nossas armas. – Falou, ele se agaixou na frente de Carl. — Sim, você tem monte das nossas armas.

Carl não disse nada, parecia tranquilo diante daquela situação, ou pelo menos era o que tentava aparentar.

— Que merda, garoto, se anima. Pelo menos chore um pouco. – Zombou. Ele se levantou, deu uma risadinha ao passar por Eugene. — Certeza que esse já sujou a cueca.

Quando ele fez menção de vir até mim, baixei a cabeça, encarando as pedras no chão. Não queria olhar pra ele, não queria perder o controle, eu não podia.

Suas botas pretas incrivelmente reluzentes pararam na minha frente, e meu coração errou várias batidas. Ele se agaixou na minha altura.

— Oi. – Não estava olhando para seu rosto, mas sabia que tinha um sorriso sarcástico nos lábios. — Pode olhar pra mim?

Não obedeci, então ele respirou fundo e bateu a ponta do bastão no chão.

— Olhe pra mim. – Isso não era mais uma pergunta, e sim uma ordem.

Respirei bem fundo, mantendo-me o mais calma possível, o que não era muito. Levantei a cabeça, sem medo, e encarei com profundo ódio aquele olhos castanhos e cheios de maldade. Negan me abriu um sorriso, analisou cada centímetro do meu rosto, e depois parou em meus olhos.

— Então você é a nossa fujona... – Riu, respirei mais fundo ainda. — Ora, não fique desanimada, você foi bem, Desmond disse que você é rápida.

Seu sorriso cínico se alargou, não posso cair nas provocações dele.

— Qual é seu nome? – Perguntou cessando o riso.

Minha garganta secou, eu não queria ter que trocar uma só palavra com ele. Senti o olhar do grupo em mim, olhei de relance para o lado, indo de encontro aos olhos de Rick, que desviou o olhar rapidamente, parecia não suportar ver isso, vi o punho de Carl se fechar.

— Vai me fazer repetir essa merda? – Perguntou num tom frio, voltei meu olhar para ele.

— É Thaylor. – Respondi, engolindo meu orgulho.

Ao dizer isto, alguém lá no fundo, entre os homens do Negan, deu um grito do qual não consegui entender o que disse. Então ouve um tumultuo lá na frente, e em poucos segundos um grupo de homens estavam amontoados num só lugar, pareciam estar contendo uma briga, ouvíamos um grito abafado, do qual não se era possível entender o que estava falando em meio a confusão.

Negan fechou a cara e se levantou, evidentemente furioso com aquilo. Virou-se para a frente e foi até a roda, sumindo no meio do tumulto.

— Que porra é essa?! – Pudemos ouvir seu grito.

Dwight e mais uns vinte homens ficaram de olho na gente, enquanto o resto estava na confusão.

O grupo todo observava aquilo, tentei mas não conseguia ver o dono dos gritos que agora estavam mais baixos e abafados. Todos nós, até mesmo os salvadores que nos vigiavam, levamos um susto ao ouvir um disparo que foi seguido de outro, tive a esperança de que Negan pudesse ter sido atingido.

Segundos depois, dois homens saíram da roda arrastando um cara com um capuz cobrindo o rosto, o indivíduo se debatia enquanto era segurado pelos braços e arrastado para dentro do trailer que Negan havia saído a pouco.

Senti algo estranho dentro de mim, era uma sensação forte e ruim.

Então o tumultuo se desfez e os salvadores voltaram a se organizar, abriram um espaço, de onde Negan saiu vindo despreocupadamente na nossa direção enquanto assobiava uma canção desconhecida, tinha uma mão no bolso e a outra segurava "Lucille" apoiada em seu ombro.

Parou na nossa frente, e olhou para mim, percebi uma mancha de sangue no canto da sua boca.

— Thaylor... – Pronunciou vagamente, o som do meu nome saindo de sua boca foi como um insulto pra mim. Seu sorrido sarcástico voltou a desenhar seus lábios. — Caralho, isso vai ser difícil pra cacete.

Mordeu os lábios e estalou a língua.

— Peço desculpas por essa "pequena" confusão, mas... vamos prosseguir. – Disse cinicamente.

Depois de respirar fundo, ele foi andando até a Maggie.

— Jesus. Você parece uma merda. Eu deveria tirar essa angústia agora! – Ele levantou o bastão e meu coração deu um salto, mas antes que pudesse fazer algo, foi interrompido por Glenn que se jogou da fila chorando.

— NÃO! NÃO!

— Para! – Maggie suplicou quando os homens de Negan agarraram Glenn e ameaçaram enfiar uma flecha em sua cabeça. — Deus!

Não contive uma lágrima que escapou do meu olho, aquilo era horrível, e eu não podia fazer nada, ninguém podia fazer nada, e isso era torturante. Ver o Rick daquele jeito, tão... apavorado, me deixava pior por dentro.

— Não. Não, leve-o de volta pra a fila. – Mandou Negan e assim fizeram. Respirei aliviada.

— Não. Não. Não. – Glenn continuava implorava, provocando risos em Negan.

— Tudo bem, ouçam. Nenhum de vocês faça isso de novo. Eu vou acabar com essa merda, sem exceções. – Avisou. — A primeira é livre. É um momento de emoção, eu entendo.

Alguns segundos de silêncio se seguiu, enquanto ele olhava pra cada um de nós, até parar o olhar em Rick.

— É uma merda, não é? O momento em que você percebe que não sabe nada. – Fez uma breve pausa e olhou para o lado, na direção de Carl, e riu. — Este é seu filho, certo? – Perguntou apontando aquele bastão para Carl. — Este é definitivamente o seu filho!

— Para com isso! Não toque nele! - Rick gritou.

— Hey! Não me faça matar o pequeno futuro assassino em série. Não torne fácil pra mim!

Eu apenas tremia, e não era de frio. Meu peito subia e descia depressa com minha respiração afagada, terror era a palavra exata para definir o que eu estava sentindo naquele momento.

— Eu tenho que escolher alguém, todo mundo está na mesa esperando para mim fazer o pedido. – Ele voltou a caminhar entre nós, assobiando– Eu simplesmente não consigo decidir.

Senti as lágrimas quentes escorrendo pelo meu rosto, não consegui contê-las.

— Tive uma ideia! – Exclamou.

E então apontou seu bastão pro Rick, e em seguida foi apontando ela para a cara de cada um de nós, enquanto cantava:

— Uni... duni... tê... salamê... minguê... um sorvete... colorê... eu vou... ter... que... escolher... - Eu virava a cabeça para o lado cada vez que aquele troço era apontado para minha cara. — ... o melhor de vocês... o escolhido... foi... Você! – Ele finalmente decidiu, apontando o bastão para o escolhido, que era o Abraham. — Nenhuma pessoa se mexe. Ninguém diz nada, senão cortem o outro olho do garoto e deem para alimentar o seu pai, e iremos começar. Você pode respirar, pode piscar, pode chorar... inferno, vocês todos vão estar fazendo isso!

Eu não sabia ao certo o que ele iria fazer, não sabia o que esperar. Mas então, sem mais demora, ele levantou o bastão pro alto e deu uma pancada horrivelmente forte na cabeça de Abraham.

Gritei apavorada junto com o resto do grupo, e as lágrimas que até então desciam lentamente, agora transbordavam de meus olhos, tornando minha visão embaçada mas de um modo que eu podia ver claramente o sangue vermelho escorrer da cabeça de Abraham.

— Olha pra isso! Tomando ela como um campeão! – Exclamou quando Abraham levantou a cabeça ensanguentada para encará-lo.

— Chupe... meu... pau.

Foi a ultima coisa que disse antes de cair no chão com mais uma porrada do bastão em sua cabeça. E mais uma, mais uma, e mais... foram incontáveis pancadas que ele deu com toda a força até que a cabeça do Abraham se transformasse em cérebro líquido. Os gritos desesperados do grupo se intensificavam a cada porrada.

Eu não conseguia mais gritar, o som não saía, era desesperador ver aquela cena, tentei não olhar enquanto ele espancava o que sobrara da cabeça do Abraham, mas eu não conseguia desviar o olhar, tinha que ver aquilo, tinha que sentir o ódio.

Negan se levantou.

— Olha só isso! - Exclamou balançando o bastão e fazendo respingos de sangue mancharem um lado do rosto de Rick. – Vocês ouviram? Ele me mandou chupar o pau dele! – Deu uma gargalhada. — Olha só, minha garota safada! – Ele falou indo até Rosita, que chorava desesperadamente, e colocou o bastão ensopado de sangue na frente de seus olhos. Ela desviou o olhar pra outra direção. – Querida, olha só isto aqui. Oh nossa... vocês... estavam juntos? Que coisa chata né.. se estavam, fique sabendo, teve um motivo pra tudo isso. E nossa ele era, e sempre vai ser vermelho!

Cerrei os dentes, a dor se misturava com o meu ódio, eu não estava preparada para ver aquilo. Sentia as lágrimas de Eugene caindo em cima das costas de minha mão que estava apoiada a seu lado no chão. Por um breve momento o único barulho ali era o dos nossos soluços, aquilo doeu, doeu muito, perdemos o Abraham.

— Ele levou uma ou seis, ou sete pelo grupo! Então dê uma boa olhada. – Mandou apontando aquela merda de bastão ensanguentado bem diante dos olhos de Rosita, que soluçando, insistiu em não obedecer e manteve os olhos vidrados no chão. — OLHE AÍ!

Negan se virou automaticamente quando um estrondo vindo de dentro do trailer ecoou pelo lugar.

— Parece que ele ainda está agitado... – Comentou vagamente, e baixou Lucille. — Simon, – Ele chamou e um homem alto e bigodudo se juntou ao seu lado. — vá buscá-lo.

O tal Simon assentiu e rolou a porta do trailer, voltando em segundos com o cara de capuz, que continuava se debatendo enquanto era levado até o meio da área em que estávamos, Simon o posicionou em pé na frente do grupo, a alguns metros de distância da gente.

Negan o observou sério por um momento, então deu um suspiro virando-se para mim e fez um sinal com a mão, me chamando.

— Você. Venha aqui, querida.

— E-eu? – Perguntei duvidosa, minha voz saiu embargada por conta do choro preso na garganta.

— É, você. – Confirmou. — Venha.

Um pouco hesitante e insegura, me levantei secando meu rosto molhado com as costas das mãos. Olhei para o grupo, eles me olhavam de volta com seus olhos vermelhos e inchados, imagino que os meus também estejam assim.

Em passos cautelosos, fui andando até o Negan, ele segurava aquele bastão ensanguentado no ombro, me fitava com um risinho estranho enquanto eu me aproximava.

— Aqui. – Me posicionou de frente para o homem de capuz, nos deixando a poucos metros de distância. Desviei de seu toque, aquelas mãos imundas me davam nojo.

— Ô Simon, segura ela pra mim. – Mandou entregando o bastão para Simon, que a segurou meio sem jeito.

Então Negan colocou a mão no coldre de sua cintura e tirou de lá uma arma, era uma colt python, ele abriu o tambor que estava totalmente carregado, e foi tirando uma por uma as balas enquanto falava comigo num tom tranquilo.

— Sabe, isso não precisava ser assim... ele era um dos nossos melhores homens. Mas ele pediu por isso.

Não entendia do que ele estava falando, de início pensei que fosse sobre o Abraham, mas logo vi que não, quando ele continuou a falar.

— Ele teve a coragem de me ameaçar, dizendo que acabaria com a porra da minha vida se eu tocasse em você. Dá pra acreditar que ele teve a ousadia de apontar uma arma pra mim? E ainda apertou o gatilho! – Riu soltando um suspiro em seguida. — Disparou duas vezes... quase que me acerta o filho da mãe.

— Do que...

— Não interrompa. – Me cortou quando eu ia perguntar sobre o ele estava falando.

O homem de capuz grunhia, parecia estar tentando dizer alguma coisa mas acho que algo o impedia, talvez uma mordaça. Já tinha parado de se debater e estava parado, suas mãos amarradas por cordas a frente do corpo, com Simon segurando seu braço esquerdo.

— E isso não é permitido, me desafiar? Não... não mesmo. – Continuava tirando uma por uma as balas da colt. — Infelizmente isso também vai ser difícil pra mim, porra e como vai... ele era um dos meus melhores homens. Só que o que ele fez foi proibido! Não posso deixar barato, tenho que dar o exemplo para que mais nenhum dos meus homens cometa este lamentável erro.

Negan terminou de tirar as balas, deixando apenas 1 no tambor, então montou-a novamente e me deixou espantada ao estendê-la para mim.

— Pegue. – Mandou.

Analisei a arma por um instante, eu não queria pegar e correr o risco de atirar nesse maldito, porque era exatamente o que eu queria fazer.

— Por acaso você é surda? – Debochou impaciente. — Pega a porra da arma!

Sem muita escolha, apenas obedeci. Peguei a arma estendida para mim, senti o molhado do sangue de Abraham nas mãos, onde Negan havia tocado. Me segurei ao máximo para não seguir meu instinto e apontá-la para aquele psicopata. Segurei a arma meio sem jeito, sem saber o que fazer com aquilo, ou o porquê daquilo.

Negan se pôs atrás de mim, senti sua respiração quente em minha nuca, me deixando nervosa e com a respiração mais acelerada. Ele segurou minha mão da qual eu estava segurando a arma, e a levantou lentamente até parar mirando-a para a testa do homem encapuzado.

— Você tem uma bala, e uma chance. – Sussurrou. — Uma bala bem no meio do cérebro, simples e rápido, ele não vai nem sentir.

Não entendi o que ele quis dizer.

Então Negan se afastou, olhando de mim para o encapuzado com um sorriso estanho.

— "Thaylor", você tem duas opções. – Disse. — Pode fazer um furo no cérebro dele e dá-lo uma morte rápida e indolor. Ou... pode preferir recusar e deixar que Lucille tenha esse prazer, vou fuder ela no crânio dele e dá-lo uma morte lenta e muito, muito dolorosa.

— Quer que... eu atire nele? – Perguntei confusa.

Não entendia absolutamente nada, por que eu deveria matar aquele cara? Por que ele tentou me "proteger"? quem é ele? E... por que o Negan estava me olhando com certo penar? Afinal, eu não me importaria em matar um salvador.

Eu não sabia as respostas para estas perguntas, mas sentia alguma coisa estranha dentro de mim, um nó na barriga que ía subindo até a garganta. Eu não estava gostando disso.

— Vai – Respondeu com um falso ar tristonho.

— Tudo bem. – Falei indiferente.

Não tinha o porquê sentir pena de um salvador, se eu pudesse mataria todos eles, se eu pudesse enfiaria essa bala no líder deles, mas apenas uma coisa me impedia de fazer isso: As pessoas ajoelhadas ali atrás de mim, se eu ousasse seguir meu instinto, eu estaria sentenciando a morte deles. É estranho pensar que se isso estivesse acontecendo a alguns meses atrás, eu não pensaria duas vezes em fazer isso, mesmo que custasse a vida do grupo.

Corrigi minha mira, apontando a arma diretamente para o meio da testa do infeliz. Estava pronta para apertar o gatilho.

— Simon... – Negan pareceu terminar a frase apenas com o olhar, que Simon pareceu entender.

Então, como um cachorrinho adestrado, Simon obedeceu, segurou a ponta do capuz marrom e o puxou de uma vez.

Quando aqueles olhos verdes hipnotizantes encontraram os meus, todo o meu ar escapou de meus pulmões como se uma cascata de aguá gelada tivesse se chocado contra minhas costas, fiquei completamente em choque, paralisada, e absolutamente tudo ao meu redor desapareceu.

Era ele, aquele homem pálido com cabelos levemente bagunçados, os olhos verdes marejados me encarando e uma mordaça amarrada à boca, era ele, e estava ali, parado na minha frente, tão perto e eu não conseguia me mover, eu mal conseguia respirar, dessa vez tinha certeza de que não era uma miragem. Deus como eu esperei por esse momento, não era desse jeito que eu imagina nos meus sonhos, mas não importa, era ele. 

Meu coração batia como nunca, totalmente acelerado, e minhas pernas tremiam. Mexi a boca, mas minha garganta estava seca e eu não conseguia emitir som algum. Meus braços vacilaram, e a arma que eu mirava em sua cabeça, caiu de minha mão.

Eu queria dizer tantas coisas, eu queria correr e abraça-lo, sentir o seu cheiro, seu toque... mas eu não conseguia me mover, tão pouco conter as lágrimas que transbordavam de meus olhos, tudo o que saiu da minha boca foi um murmúrio embargado num fio de voz:

   — P-pai?


Notas Finais


Bem... Espero q tenham gostado, se puderem comentem oq acharam por favor, Vou postar o pximo cap o mais rápido possível... E gente, já adianto q tem uma ENORME possibilidade do Glenn morrer (ainda não tenho certeza, mas..😔)
Bom, bjinhuus e até mais walkerss!❤😘


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