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História The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - Banho de sangue


Escrita por: Mila_Scarlety

Notas do Autor


OOOI WALKERS! Sim eu estou viva kkk
Desculpem mesmo pela demora... Mas o cap foi um pouco difícil pra mim escrever, então... Espero q vcs gostem (não exatamente)
Desculpem se tiver erros de digitação...
Boa leitura! ❤_❤

Capítulo 45 - Banho de sangue


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - Banho de sangue

  Aquele momento foi interrompido quando aquela voz grave e fria me despertou, e tudo o que havia desaparecido ao meu redor, voltou a me cercar.

— Pegue a arma.

O desespero tomou conta de mim, eu não faria aquilo. Sem pensar duas vezes, deixei minhas pernas vacilarem e caí de joelhos aos pés de Negan, agarrei suas pernas e, com a voz embargada pelo choro na garganta, comecei a choramingar em súplica.

— POR FAVOR! P-POR FAVOR... NÃO...

Aquilo era humilhante, e mais humilhante ainda era o som de sua gargalhada seguida pelos risos de seus homens, e por entre essa onda de risos, eu podia ouvir os berros sufocados de meu pai, ele não queria ver isso, me ver tão rebaixada.

— Por favor....

Mas eu continuava implorando, era só isso o que eu podia fazer. Então Negan esticou a perna sem sair do lugar, fazendo com que eu o soltasse, e, com um movimento simples e rápido, chutou a arma para mim, ela parou batendo em meu joelho.

Encarei aquela coisa metálica no chão, meu maxilar travou.

— Pegue o caralho da arma. – Mandou com o tom pesado.

— Não...

— Você vai querer mesmo deixar Lucille cuidar disso? – Soltei um soluço de desespero. — Não que eu esteja reclamando, Lucille adoraria fazer, mas é o que realmente você quer? É o que ele quer?

Lançou um olhar para meu pai, segui seu gesto, meus olhos se contraram com os dele, e quando aqueles pares verdes cintilaram e suas linhas de expressão abaixo de seus olhos se enrubeceram, eu soube que, por debaixo daquele lenço que cobria sua boca, havia um sorriso, um sorriso que há muito tempo eu sonho em rever e que, agora estava escondido.

— 5... 4... – Negan começou a contagem. — 3...

Soltei um gemido de angústia e apavoro, eu não tinha escolha. Imediatamente peguei a arma e me levantei de um pulo, quase caindo novamente com a fraqueza de minhas pernas.

— Muito bem, ótima escolha. – Falou com cinismo, fazendo eu apertar com força o cabo da arma.

Fui posicionada de frente para meu pai, o olhei perguntando o que eu devia fazer, então um arrepio percorreu minha espinha quando ele apenas assentiu com um leve movimento de cabeça, dando-me "permissão" pra prosseguir.

Tentei respirar fundo, mas me faltava ar.

"Eu não vou conseguir... eu não vou.."

— Vamos lá. – Ouvi a voz rouca de Negan ao meu lado.

Lenta e pesarosamente, fui levantando o braço até parar a mira na altura da cabeça de meu pai, minhas mãos tremiam loucamente fazendo com que eu perdesse o foco da mira várias vezes.

Por que tinha que ser assim... por que desse jeito? Por que não eu?

Nunca imaginei que um dia seria dessa maneira, nunca imaginei nosso reencontro de uma maneira tão decepcionante quanto esta. Era tão diferente nos meus sonhos, tão perfeito e idiota, tão... impossível.

E agora estou aqui, na frente dele apontando-lhe uma arma na cabeça, olhando nos olhos da única pessoa por quem me obriguei a tirar a arma da boca diversas vezes. Eu queria tocá-lo, ouvir sua voz... mas uma bala maldita vai perpufurar seu cérebro em poucos segundos e impedir que isso aconteça, e então ele levará minha alma junto.

— Eu não quero... – Murmurei aos soluços para Negan.

— 5, 4, 3...

— Por favoor! Por favor... não faça isso!

— 2... Simon, me dê a Lucille. – Esticou o braço para Simon. — 1... É agora.

— D-de-desculpa pai. – Pedi antes de fechar os olhos e por o dedo no gatilho.

Eu poderia escolher não apertar esse gatilho e livrar minha culpa, mas não posso deixar que ele morra assim, como o Abraham, por uma pessoa tão insignificante e sem alma com um bastão de baisebol, eu não vou permitir.

Respirei fundo segurando a respiração, e, com o choro preso na garganta e o ódio crescendo junto a dor, disparei. No momento em que o fiz, foi como se minha alma estivesse se descolando de meu corpo, até que um grito intenso de dor me obrigou a abrir os olhos e soltar a respiração com o susto.

— Jesus! – Berrou Negan. — Que mira péssima dos infernos! Onde você aprendeu a atirar?!

Entendi quando vi meu pai caído no chão com as mãos precionadas na coxa, tentando estancar o sangue que escorria de sua perna esquerda. Ele se contorcia com uma careta de dor.

— Pai! – Joguei a arma no chão e corri até ele, caindo ajoelhada ao seu lado. — Pai... me des-desculpa.

Ele se esforçou para mudar a expressão de dor quando olhou para mim, tirou as mãos amarradas da pernas e as levantou na direção do meu rosto, mas ficou hesitante em me tocar, como se tivesse medo de que aquilo não fosse real. Então segurei suas mãos e as levei ao meu rosto, não me importante com o sangue que me lambuzava enquanto ele me fazia carinho, era esse toque que eu queria sentir, que senti falta por tanto tempo.

— Eu sinto muito... – Minha voz saiu quase inaudível pelo choro na garganta.

Levei a mão a sua boca e baixei o lenço que a cobria, revelando seu sorriso fraco e amarelo.

— Está tudo bem...

Soltei um soluço e mais lágrimas escaparam.

— Olha só pra você... está tão linda... – Disse com dificuldade, mantendo o sorriso enquanto me acariciava. Ouvir sua voz me trouxe uma paz interna tão confortável, como se esse som fosse tudo o que eu precisava ouvir esse tempo todo, e de fato era. Confesso que estava um pouco mudada, mais rouca, mas eu não esperava que ele estivesse do mesmo jeito que a quatro anos atrás. — me desculpa querida... eu s-sinto muito...

— Pai, eu te procurei tanto... – Passei a mão acariciando seu rosto quente, era tão bom sentí-lo novamente.

— Sinto muito filha, me desculpa... – Falava, as lágrimas dançavam por sua face. — você parece estar... melhor...

Eu mal conseguia exergá-lo, devido a minha visão turva pelas lágrimas que transbordavam de meus olhos.

— Me desculpa... eu não queria ter feito aquilo, eu juro que não...

— Não pode me deixar, – Supliquei. — Não pode fazer isso, por favor pai...

— Querida...

— Não quero ficar sozinha...

— Não vai estar sozinha. – Passou os dedos abaixo de meus olhos, limpando minhas lágrimas. — Eu te amo.

— E-eu também te a...

— Garoto Dwight! Pegue ela. – Mandou Negan.

— Não. Não! – Agarrei as mãos de meu pai, eu não queria sair dali, não podiam me tirar de perto dele de novo! — NÃO!!

Ouvi o suspiro longo e pesado de Negan, que terminou num breve assobio.

— Você já teve o seu tempo... e teve a sua chance.

Fui agarrada por trás e forçada a me soltar dele, ele me seguiu com o olhar enquanto eu era arrastada pela cintura até ser solta e posta ao lado de Negan.

— Não pode fazer isso. – Me virei para Negan. — Eu imploro, não faça!

— Porra, a culpa não é minha. Você poderia ter evitado isso. – Disse balançando o bastão ensanguentado, fazendo assim algumas gotas de sangue mancharem minha roupa. — Mas Lucille está feliz, e está ansiosa! Então... Simon, ajoelhe ele.

Simon obedeceu a ordem, agarrou o braço de meu pai e o obrigou a se ajoelhar de uma vez, fazendo-o soltar um gemido de dor agudo.

— Oh Deus... isso não precisava mesmo acontecer. – Negan foi andando até ele, Dwight me segurava impedindo que eu corresse atrás de Negan. — E a merda é que mesmo eu explicando e explicando um milhão de vezes, que não se deve me enfrentar dessa maneira e de maneira nenhuma, sempre tem a porra de um infeliz que ousa me desobedecer. Mas eu não esperava isso de você Kyeran... foi realmente uma surpresa decepcionante, e apesar dos seus motivos, eu vou ter que fazer isso, realmente sinto muito.

— Pai... não... – Tentei mas não consegui me soltar de Dwight.

Meu pai, que até agora olhava para mim, levantou seu olhar para o homem na sua frente, que balançava o bastão como se o fizesse dançar entre seus dedos.

— Acaba logo com isso, seu filho da puta.

Vi a mão livre de Negan se fechar e com um movimento rápido, ele meteu um soco no lado direito do rosto de meu pai, meu sangue ferveu rapidamente.

— Como quiser...

Meus batimentos se reduziram a quase nada quando ele ergueu o bastão a cima da cabeça, então de repente, tudo para mim ficou em câmera lenta. O desespero se apossou de mim ao ver aquele bastão indo de encontro a cabeça do meu pai, mas então, antes que o bastão o acertasse, vi uma silhueta emergir em meio as sombras dos salvadores atrás de meu pai, e um disparo foi ouvido em seguida, ecoando por toda a área e provocando um zunido ensurdecedor em meus ouvidos. Senti as mãos de Dwight me deixarem.

Então, fiquei estarrecida ao ver o corpo de meu pai caindo lentamente para frente, o líquido avermelhado jorrando de um buraco no seu peito esquerdo, e formando uma poça no chão aonde ele caiu já sem vida, com os olhos vidrados em uma direção qualquer.

Saí do meu transe, e um grito estrondoso rasgou minha garganta.

Senti as lágrimas queimarem meu rosto frio.

— PAI!

Tentei correr até ele mas fui segurada pelo braço, Dwight também parecia ter se recuperado do susto.

— GAROTO DESGRAÇADO! – Vociferou Negan. — COMO OUSA?

Ele passou por cima do corpo do meu pai e se pôs na frente do garoto que estava com a arma na mão, a que usou para matar o meu pai. O garoto se manteve calado, fitava com seus olhos verdes marejados o corpo sem vida no chão, a vida que ele tirou.

— Você estragou o jantar da Lucille... e ela não gostou nada disso, NÃO GOSTOU NADA! – Negan fechou o punho com força, então segurou seu bastão e o levantou na altura do rosto, fechando os olhos. — Lucille me dê forças... e muita paciência. – Ao abrir os olhos novamente, ele pareceu mais calmo, o garoto agora o olhava, e parecia não estar com medo. — Eu quase me esqueci de você Trevor, entendo o que fez... mas vamos ter uma conversa mais tarde, Lucille ainda está muito furiosa.

Depois de Negan tirar a arma de sua mão, o garoto voltou para o fundo, de onde havia saído.

Meus soluços e as lágrimas não podiam ser contidos, não posso acreditar... ele está morto, nem ao menos tive a chance de dizer todas as palavras que guardei só pra ele durante esses anos todos, sem dizer "eu te amo", e levou consigo todo aquele sonho de uma vida consideravelmente feliz e "perfeita" que eu tinha de viver ao seu lado, levando minha alma, pois de algum modo eu também morri, pelo menos era assim que eu me sentia, morta.

— Leve-a de volta para a fila.

Me deixei ser arrastada de volta ao lado de Eugene, me ajoelhei naquele chão duro, e deixei que meus olhos se vidrassem na visão do homem caído por cima da poça de seu próprio sangue no chão, fiz uma fotografia daquela cena em minha cabeça, vou guardá-la para sempre.

— Bem... hoje a noite está cheia de emoções! – Exclamou com um sorriso sarcástico estampado na cara. — Uau... melhorem essas caras! Vocês matarem uma porrada do meu pessoal e nem por isso eu fiquei com essa cara de bunda de vocês.

Senti algo tocar minha mão, virei levemente minha cabeça, vendo que Eugene pôs sua mão em cima da minha.

— V-vai ficar tudo bem. – Sussurrou com sua voz embargada, para que somente eu ouvisse. Apenas apertei sua mão e voltei a olhar para o corpo de meu pai. Eu sabia que era mentira, que talvez ele estivesse dizendo isso pra mim apenas para tentar convencer a sí mesmo disso.

— E então, Rick? Ficou claro quem manda agora? – O vi se aproximar de Rick. — Hein?

Não houve uma resposta. Negan suspirou pesadamente, voltei meu olhar para ele, que estava indo em direção a Maggie, ela ainda soluçava, era possível ver as gotas de suor deslizando de sua testa.

— Você realmente está me angustiado. – Falou para ela, ele se agaixou na sua frente. — Acho que vou te levar comigo, sabe, posso cuidar de você.

— Não... – Glenn murmurou apavorado. — Não.

Negan sorriu irônico e levantou a mão para tocar o rosto de Maggie, que deu um leve recuo com a cabeça. Ele apenas queria provocar Glenn, sabendo que o mesmo não poderia fazer nada. Mas quando sua mão estava quase tocando Maggie, Glenn se jogou da fila e empurrou Negan, caindo por cima dele lhe dando um soco.

O grito que soltei não saiu como eu queria.

— Não! Não toque nela! – Glenn gritava para Negan, Maggie soltou um soluço desesperado.

Dwight se aproximou rapidamente com a besta mirada em Glenn, mas antes que pudesse disparar, Daryl se levantou dando dois socos na cara de Dwight, que cambeleou para trás deixando a besta cair no chão.

Logo aquilo virou uma confusão, três salvadores tiraram Glenn de cima de Negan, e outros três seguraram Daryl, que se debatia para voar em cima de Negan.

— Isso... hou nossa! Isso é proibido, – Exclamou Negan, já de pé, me intriguei ao ver um sorriso sarcástico desenhando seu Rosto enquanto ele massegeava o maxilar. — a coisa toda! Nada disso vai rolar aqui!

— Eu posso acabar com isso agora. – Falou Dwight já pegando a besta e mirando-a diretamente para a cabeça de Glenn, mas desviando a mira para Daryl em seguida.

— Deus... não.. – Choramingou Maggie.

Vi Rick dar um pequeno impulso para a frente, mas Michonne segurou sua mão, o fazendo desistir de seja lá o que ele fosse fazer.

"Meu Deus, por que isso não acaba logo?" mais uma lágrima percorreu meu rosto.

Negan olhou pensativo para Daryl e Glenn.

— Não... não sem experimentarmos antes, isso é raro. – Falava analisando-os, enquanto coçava o queixo. — coloque-os de volta na fila.

E assim fizeram.

Respirei aliviada, talvez um pouco cedo demais.

— Bem... o que eu disse antes? – Ele perguntou voltando a pessear entre nós. — A primeira é de graça, e depois o que eu disse? Eu disse que ia acabar com a porra toda, sem exceções! – Deu um suspiro, o bastão balançando em sua mão, as gotas de sangue manchavam o chão. — Agora, não sei com que tipo de babacas mentirosos vocês tem lidado, mas eu sou um homem de palavra. As primeiras impressões são importantes. Preciso que me conheçam. Então... de volta!

Os gritos rasgaram nossas gargantas, quando sem prévio aviso, ele levantou o bastão e deu uma pancada violentamente forte na cabeça de Michonne.

— Não! – O grito de Rick ecoou por todos os lados junto ao meu.

— Caralho! Lucille fodeu mesmo! – Negan exclamou fascinado, olhando para o corpo de Michonne caído no chão, imóvel. — Ela nem se levantou!

Mais uma vez as lágrimas queimaram meus olhos, pingando em gotas avermelhadas na minha roupa, pelo sangue que meu pai havia espalhado em meu rosto.

— Oh Rick, vocês... vocês... ah merda. – Ele olhou de Rick para Michonne, forçando uma expressão tristonha. — Sinto muito, ouh... poxa, da pra ver que isso é duro pra vocês. Eu sinto muito, sinceramente. Mas eu avisei... sem exceções! – Dito isto, ergueu novamente o bastão e começou a espancar fortemente a cabeça de Michonne.

Eu não aguentava mais ver aquilo, fechei os olhos com força, tentando acordar, não podia ser real... eu quero morrer.

— Porra! Que merda! – Abri os olhos, vendo Negan se afastando do corpo de Michonne, ver seu crânio esmagado, me deu uma sensação de derrota. — Caralho... eu não consigo. Vou contar uma coisa pra vocês, eu tenho um sério problema em machucar mulheres, não consigo, sabe, é difícil pra mim. Normalmente, numa mulher, eu daria umas cinco pancadas... mas só cheguei a quatro, e Lucille, ela é gulosa, ela quer terminar o serviço. Então alguém vai ter que pagar essa última pancada.

Deu um passo a frente.

— Lucille está com cede. Ela é um taco vampiro! – Riu e levantou o bastão. — Então, mais uma vez... vamos lá!

De repente, Glenn recebeu uma pancada no alto da cabeça, caindo desacordado no chão, o sangue escorrendo lentamente de seus cabelos, e molhando seu rosto, passando por seus olhos fechados. Fazendo assim, uma onda de gritos apavorados se levantarem ainda mais.

— Não sejam mesquinhos, nem foi tão forte quanto Lucille queria! – Riu com desdém, encarando o corpo no chão. — Vejam só, ele ainda está respirando.

Ao contrário do resto do grupo, eu já não conseguia mais gritar, estava sem forças, sem folego, apenas as lágrimas ainda dançavam por minha face.

— Vocês são um bando de covardes.. e eu só estou começando! – Se afastou do corpo de Glenn, e andou lentamente em direção ao Rick, arrastando aquele bastão imundo e espalhando pedaços de miolos da Michonne e do Abraham pelo chão. — Que foi? A piada foi tão ruim assim?

Rick estava trêmulo, seu sofrimento e angústia eram evidentes, não muito diferente do resto de nós. Ele murmurou algo que não pude entender.

Negan se agaixou na frente dele.

— O que? Eu não ouvi direito, vai ter que falar mais alto.

— Não hoje, não amanhã, mas eu vou matar você. – Disse erguendo a cabeça para encarar o homem na sua frente, respirei fundo, temendo mais uma desgraça.

— Jesus... – Negan franziu o cenho. — Simon, o que ele tinha? Uma faca? – Perguntou.

— Uma machadinha. - Simon respondeu debochando. Negan soltou uma risadinha.

— Uma machadinha?

— Sim, um Machado. - Confirmou.

— O Simon é meu braço direito. – Falou pro Rick. — Ter um é importante, sabe... o que sobra se não tivermos ajuda? Trabalho, muito mais trabalho. – Respondeu a própria pergunta. — Você tem um? Talvez uma dessas pessoas ainda vivas? Ou eu... Cloc! - Ele fez um estalo com a língua seguido por um pequeno movimento com o bastão.

Rick agora o olhava com rancor e desprezo.

— Claro.. é. Me dá o machado dele! – Ordenou e Simon apressou-se em obedecer, entregando o machado de Rick em sua mão.

Depois de mais alguns segundos de silêncio enquanto ele encarava Rick, ele se levantou e prendeu o machado no cinto da calça.

— Eu já volto, e talvez o Rick volte comigo. – Falou agarrando o ombro de Rick e o arrastando até o trailer. — Se não, bom.. a gente vai virar esse povo do avesso! Quer dizer, os que sobraram!

E então eles entraram, batendo a porta do trailer.

Acompanhei com o olhar até que a van sumisse de vista, em meio a neblina densa. Fiquei angustiada, me perguntando para onde eles estavam indo.

Olhei para cima, quase não haviam estrelas no céu. Só os soluços baixos quebravam o silêncio que se seguiu após a saída de Negan e Rick.

Desviei o olhar para o lado, Eugene ainda tinha lágrimas escorrendo dos olhos, assim como Aaron, Sasha, Maggie, Daryl e Rosita. Carl tinha o rosto molhado, mas não havia lágrimas, apenas um olhar feroz por trás do semblante triste enquanto encarava furtivamente o corpo de Michonne. Glenn permanecia desacordado no chão, o fraco modo como suas costas subiam e desciam era o único indício de que ele ainda estava vivo, ainda...

Deixei que meus olhos se fixassem na visão do corpo de meu pai, obriguei-me a não deixar que as lágrimas caíssem, pelo menos não aqui, de novo não.

— Viram só? – Simon deu um passo a frente, levantei o olhar para ele, que encarou a gente com um sorriso de lado, uma de suas mãos apertava o coldre de seu cinto, e a outra segurava uma pistola. — Vocês não me parecem tão valentes quanto foram ao fazer a limpa no nosso posto avançado. E não reclamem... isso aqui, – Apontou a arma para Abraham e Michonne. — isso é um preço muito baixo a se pagar julgando o tanto de homens que vocês mataram a sangue frio. Todos vocês deveriam morrer, mas... nosso chefe sabe o que é melhor, pra nós, e pra vocês. – Abriu um sorriso extremamente grande, debochado.

— Porra... Simon. – Olhei para Dwight a tempo de vê-lo fazer um sinal de cabeça para seu parceiro.

Então meu corpo estremeceu e meu estômago se revirou quando desviei a atenção para onde Dwight apontava, meu pai. Seus dedos começaram a se mexer, e em poucos segundos, fracos gemidos saíam de sua boca.

Me desesperei completamente e um soluço apavorado escapou de minha boca, nunca pensei que um dia o veria assim, nem nos meus piores pesadelos, e esse era o meu pior pesadelo.

Quando ele apoiou as mãos no chão, e ergueu a cabeça, simplesmente não consegui me segurar, e me deixei desabar em lágrimas desconsoladas. Foi torturante encarar aquele rosto pálido, e ver que seus olhos já não tinham mais aquele verde ofuscante. Eu sabia que não era mais ele, mas apesar disso, encarei profundamente seus olhos brancos e sem vida que agora eram sedentos por carne, e procurei qualquer resquício de vida, qualquer sinal de que ele ainda pudesse estar ali, mas tudo o que vi foi só mais uma dessas coisas na qual furamos friamente os cérebros. Não era mais o meu pai.

— Não, seu imbecíl. – Simon vociferou para Dwight que vinha com a besta mirando na cabeça do... zumbi, que ainda tentava se levantar. — Ele vai pra cerca.

Dwight resmungou algo inaudível, mas voltou para seu lugar.

— Davey, pegue a corda no carro! – Mandou Simon.

Um homem de semblante sério saiu andando em passos pesados até um dos carros estacionados atrás de mim, voltando em seguida com um pedaço de corda. Ele e Simon, depois de alguns minutos de dificuldade, conseguiram amarrar meu... o zumbi, e o jogaram dentro da traseira do mesmo caminhão onde Daryl, Rosita, Glenn,... Michonne e eu fomos presos. Enquanto observava aquilo, comecei a secar as lágrimas, sujando de sangue a costa das minhas mãos.

— E-ele precisa de aj-ajuda. – Falou Maggie em meios aos soluços, olhando para Glenn. Era possível sentir o desespero em suas palavras.

— E... o que te faz pensar, – Simon deu um passo em sua direção. — que nos importamos com isso?

Certamente isso desestruturou Maggie. Percebi Daryl ranger os dentes, mas não ousou se mexer.

Apenas o barulho que o vento fazia ao soprar as folhas das árvores eram ouvidos além dos soluços que agora tinham cessado um pouco. Minha cabeça doía, e meu rosto estava dormente, nada passava pela minha cabeça, eu só pensava em como viemos parar aqui, como isso tudo aconteceu... foi tão de repente e brutal.

O dia já estava amanhecendo, ouvimos um barulho de motor se aproximando, e então a van do Negan estacionou novamente no mesmo lugar.

A van foi aberta e Rick foi empurrado dela, caindo deitado no chão, ele segurava o machado numa das mãos. Negan desceu em seguida e segurou Rick Pelas costas de seu casaco, arrastando-o até o meio do local. Me senti derrotada ao ver nosso líder assim, sendo tão humilhado.

— Aqui estamos. – Disse Negan, então franziu o cenho e olhou a sua volta, parecia procurar por algo. — Onde está nosso "valente" Kyeran?

— Tivemos que colocá-lo no caminhão. – Simon respondeu.

— Ah, claro. – Suspirou balançando de leve a cabeça. — Bem... eu vou te perguntar uma coisa Rick, você sabe por que demos esse passeio? – Rick não respondeu. — Quero que me responda quando eu fizer uma pergunta.

— Tá bom, tá bom... – Ele balançou a cabeça positivamente, tremendo descontroladamente.

Céus... como fomos chegar a esse ponto?

— Esse passeio foi sobre o jeito que você olhava pra mim. – Falou. — Eu queria mudar isso, eu queria que você entendesse. – Fez uma breve pausa em que analisava Rick. — Mas você ainda está olhando pra mim do mesmo jeito! Como se eu tivesse cagado nos seus ovos mexidos, e assim não vai dar. E então... eu devo te dar outra chance?

— É... sim. – Rick respondeu, a cabeça baixa. — Sim.

Negan riu e deu uns tapinhas em suas costas.

— Tá bom, tudo bem. Aqui está, o jogo do grande prêmio! O que você fizer agora, vai decidir se o seu dia de merda vai virar o último dia de merda de todos, ou só outro dia de merda. – Então ele fez um sinal com a mão para os salvadores. — Apontem as armas para a nuca deles.

Eles obedeceram, logo senti o cano gélido se precionar na parte de trás de meu pescoço. — Ótimo, agora... nivelem com os narizes porque se tiver que atirar, Pow! – Ele abriu as mãos simulando uma explosão. — Vai ser miolos voando por todo o lado!

Negan se virou para nós, e parou seu olhar em Carl.

— Garoto, vem aqui. – Chamou-o fazendo sinal com o dedo. Carl não obedeceu de imediato, ficou apenas olhando pra cara dele, com aquele olhar feroz de seu olho avermelhado. — Garoto, agora.

Carl se levantou de vagar e foi até ele. Negan tirou o cinto de sua calça.

Engoli em seco, a tensão me invadindo.

— Você é canhoteiro? - Perguntou Negan.

— Se sou o que? – Carl indagou.

— É canhoto? - Repetiu.

— Não.

— Bom. – Ele pegou o cinto e apertou-o no braço de Carl. — Doeu?

— Não. – Respondeu seco.

Me perguntei o que ele estaria fazendo.

— Era pra ter doído. Tá bom, deite no chão garoto. – Mandou. — Do lado do seu pai, abra os braços!

Ele tirou chapéu da cabeça de Carl e o jogou para longe.

Carl fez o que Negan mandou, e se deitou no chão com os braços abertos, ao lado de seu pai.

A tensão só aumentava a cada segundo, observei com atenção, sem entender o por que daquilo.

— Ô Simon, tem uma caneta? – Perguntou se virando para o mesmo.

— Tenho. – Afirmou e tirou uma caneta do bolso, jogando-a para Negan em seguida.

— Bom... – Negan tirou a tampa da caneta com a boca, e se agaixou ao lado de Carl, desenhando uma linha reta no braço dele. — Desculpa garoto, isso vai ser mais frio do que o saco de um bruxo como se ele pendurasse um saco em cima de você e arrastasse através do seu antebraço... prontinho, assim vai ser fácil.

— Por favor não. Por favor não. – Implorou Rick.

Quando entendi o propósito daquilo, meu coração disparou, e o ar começou a faltar novamente, não podia ser isso.

   — Eu? – Negan riu. — Eu não vou fazer nada. – Se levantou. — Rick eu quero que você pegue o machado, e corte o braço do seu filho fora, bem nessa linha ai.

Um arrepio percorreu minha espinha, fazendo meu corpo estremesser e o desespero subir por meu corpo.

— Olha eu sei... eu sei... você tem que pensar nisso um pouco, isso faz sentido. Só que você vai ter que fazer isso se não todas essas pessoas vão morrer. Depois o Carl vai morrer, depois as pessoas da sua comunidade vão morrer, e depois você, num outro dia. Vou te deixar vivo uns anos só pra ficar remoendo isso.

— Não precisa fazer isso, não precisa... nós entendemos. – Supliquei em desespero, as palavras custaram a sair da minha boca, mas eu precisa tentar, não queria ver aquilo.

Ele olhou para mim.

— Sim.. vocês entenderam, mas eu não sei se o Rick entendeu. – Se voltou para Rick. — Vou querer um corte limpo bem ali naquela linha. Eu sei que é sacanagem pedir isso, mas tem que ser como um corte no salame. Sem sujeira, limpo em 45 graus, pra poder deixar uma ponta pra dobrar. Depois, temos um ótimo médico, o garoto ficará bem, provavelmente. – Ele se agaixou ao lado de Rick e sussurrou algo que não pude ouvir.

— Não da, não da pra ser eu? Pode, p-pode ser o meu braço! – Ele falava trêmulo, o sour que deslizava de sua testa se mustaravam com as lágrimas de desespero. — Você  pode fazer comigo... eu posso ir com você. 

— Não. – Negan voltou a ficar em pé. — Esse é o único jeito. Rick, pega o machado vai. Não tomar uma decisão, é uma grande decisão. Se quer mesmo ver todas essas pessoas morrendo, você vai.

O cara atrás de mim precionou com mais força o cano da arma em minha nuca.

— Ahh meu Deus, se vai me fazer contar? Tá bom Rick.

Rick chorava desesperado, o machado tremendo loucamente em sua mão. Deixei uma lágrima escapar, e fechei os olhos, eu não ia ver isso.

— Você venceu, eu vou contar! Três...

— Por favooor, por favoor não pode ser eu? – Ouvia as súplicas de Rick.

— Dois... 

   — Por favor...! Não faz isso, não faz isso...

— É agora. – Escutei Negan sussurrar.

— Faça pai. – Pude ouví-lo dizer, Carl.

E nesse momento segurei a respiração, esperando o grito de Carl ecoar por toda a área.

— Rick. Você trabalha pra mim, você pertence a mim.

— S-sim.. eu p-pertenço a você.

Abri os olhos de vagar, deixando algumas lágrimas presas escaparam, então vi Negan agaixado ao lado de Rick que segurava o machado no chão, soltei a respiração ao ver que Carl ainda estava intacto.

— VOCÊ PERTENCE A MIM, CERTO? – Negan apertou o rosto de Rick com uma das mãos.

— Certo. – Rick repetiu, e Negan soltou seu queixo.

— Isso, esse é o olhar que eu queria ver! – Ele pegou o machado e se levantou abrindo um sorriso sarcástico. — Conseguimos, todos nós juntos. Até os mortos no chão ganharam o prêmio de espírito da coisa! – Zombou.

Fechei os olhos por um segundo e pude sentir o gosto de seu sangue em minha boca, era delicioso, tinha gosto de vingança.

— Hoje, foi um dia produtivo pra caramba. Agora eu espero que tenham entendido como as coisas funcionam. As coisas mudaram, tudo o que vocês tinham antes, agora, acabou. Dwight, – Ele chamou o loiro e apontou o bastão para Daryl. — Ponha ele na van.

— O-o que? – Indaguei enquanto observava Dwight arrastando Daryl para a van.

— Vou levar ele. Ele tem coragem, não é um mariquinha como alguém que eu conheço. – Disse lançando um olhar irônico pro Rick. — Gosto dele, ele é meu agora, só é uma pena que o asiático não esteja em condições de vir com a gente. – Riu debochando. — E se tentar alguma coisa, "não hoje, não amanhã", eu vou cortar pedaços do....

— Daryl. – Falou Dwight.

— Daryl, combina com ele. – Sorriu. — Eu vou cortar em pedaços o Daryl e deixar na sua porta, ou melhor, eu vou levar ele até você e vou obrigar você a fazer isso por mim.

Levantou o bastão no ar.

— Bem vindos ao novo começo seus infelizes de merda! – Gritou. — Eu vou deixar um transporte, levem, usem pra carregar as merdas que vão encontrar pra mim. – Ele Jogou o machado pro alto e ele caiu no chão ao lado de Rick. — Vamos voltar pra primeira oferenda em uma semana, até lá... tchau tchau!

Então os salvadores foram se retirando, senti o cano gélido deixar meu pescoço. Acompanhei com pesar e dor enquanto o caminhão em que estava o que antes foi meu pai, ía se afastando, até sumir na estrada junto com os outros veículos.

Fiquei ali parada, olhando para meus próprios pés, tentando assimiliar a desgraça após desgraça que vivenciamos hoje.

Maggie se levantou de repente, um pouco trôpega.

— Maggie. — Rick sussurrou e se levantou também. — Maggie.

— P-preciso levá-lo para Hilltop. Ele vai morrer... – Foi andando até Glenn, e se agaixou pondo a mão em seu peito esquerdo, esperei tensa até que ela confirmasse que seu coração ainda batia. — está fraco, preciso levá-lo.

Ela segurou os pulsos de Glenn e tentou arrasta-lo, sem muito sucesso, além de o corpo dele quase não sair do lugar, ela caiu ajoelhada, gemendo com as mãos na barriga.

— Não vai conseguir sozinha. – Rick se pôs ao seu lado. — Deixe-me ajudar a levá-lo.

— Não... vocês precisam voltar a Alexandria, precisam se preparar.

— Para quê? – Indagou Rick.

— Para lutar, lutar contra ele, contra eles. – Ela respondeu aceitando a mão que Rick lhe estendeu, e se levantou.

— Eles têm o Daryl, e tem um exército. Nós morreríamos, todos nós. — Falou Rick. — E o Glenn precisa ser levado rápido, e você também, mal consegue ficar em pé.

Maggie respirava com dificuldade, tentava buscar ar, olhei de relance para Carl, que observava o corpo de Michonne, inexpressivo.

— Vocês saíram por minha causa. – Maggie disse, se culpando.

— Ainda estamos do seu lado. – Falou Rick, passando a mão em seu ombro.

— Maggie, não vamos deixá-la, nem você nem o Glenn, está bem? – Aaron falou, também se levantando.

— Eu os levo. – Falou Sasha. — Vou levá-los até lá.

— Vocês não vão conseguir sozinhas. – Disse Aaron com a voz elevada. — Glenn está perdendo sangue, e estamos perdendo tempo com essa discussão idiota. E se você não quer perdê-lo, vai entrar naquela van agora e deixar que levemos vocês para Hilltop, agora.

— Você tem a chance de deixar seu filho ter um pai, Maggie. – Falei fraca, não aguentava mais ouvir aquela discussão. — Não desperdisse isso.

Depois de me encarar com certa lástima por alguns segundos, Maggie finalmente cedeu. Sasha se aproximou de Rosita, que ainda encarava abatida o corpo de Abraham, e se agaixou na sua frente.

— Vou levá-lo comigo. – Sasha sussurrou, após um instante, Rosita concordou num movimento fraco com a cabeça.

Encarei a poça de sangue do meu pai, que agora se encontrava seca, e engoli o choro. Acabou, o sonho de anos acabou assim, num simples apertar de um gatilho, num piscar de olhos.

Vi os pés de Rick se aproximarem de mim, então agaixou-se ao meu lado.

— Eu sinto muito. – Sussurrou pondo as mão em meus ombros, e alisando-os. — Sinto mesmo. Mas... precisamos ir agora, precisamos salvar o Glenn.

— Sinto muito. – O olhei, seus olhos intensos tomados pela dor. — Ela era como...

— Eu sei. – Me ajudou a levantar, então percebi o quanto eu estava fraca. — Pro Carl também.

Percebi uma lágrima solitária deslizar de seu olho quando ele se agaixou ao lado de Michonne.

Os corpos foram colocados na van, na parte de trás, Glenn ocupou um banco inteiro, sua cabeça suja de sangue estava deitada no colo de Maggie, que chorava deixando as lágrimas caírem molhando o rosto dele.

Me sentei num banco vazio, e encostei minha cabeça na janela, deixando uma mancha de sangue no vidro. Ao encarar meu reflexo vermelho no vidro, não conseguir conter as lágrimas que agora rolavam livremente pelo meu rosto.

Senti o acento do banco se afundar ao meu lado, virei um pouco a cabeça, era Carl.

A katana de Michonne estava em seu colo, ele a fitou por alguns instantes até levantar o olhar para mim, me encarando profundamente com o semblante sério.

— Ele vai pagar. – Sussurrou, e por trás daquele vermelho que cobria o azul cristalino de seu olho, pude enxergar a ferocidade do seu ódio, e daí eu soube, que ele falava sério. Então levou uma de suas mãos a um lado de meu rosto, e passou o polegar secando o molhado abaixo de meu olho. — Eu juro.

Não lhe respondi, somente tirei a cabeça do vidro e a deitei no ombro dele, manchando sua camisa xadrez de sangue, mas ele não se importou, apenas envolveu seu braço em volta de minhas costas. Não posso negar que ouvir essas palavras me deram um certo consolo lá no fundo.

— Eu prometo. – Repetiu tão baixo que acreditei que ele estivesse falando consigo mesmo.

Rick ligou o motor e a van deu partida, deixando para trás aquele lugar onde vivi o meu pior pesadelo, talvez o de todos nós.

Desci o olhar para a katana no colo de Carl, fiquei encarando-a por um tempo, me lamentando de que a nossa última conversa não tivesse sido tão amigável, pelo menos não da minha parte. Mas como eu poderia saber? Como eu poderia imaginar? Abraham, Michonne, meu pai, mortos, e Glenn... entre a vida e a morte. E foi tudo tão de repente, tão cruel e violento.

— É, ele com certeza vai pagar. – Falei com amargura.

  Cedi ao peso das minhas pálpebras, e então fechei os olhos, sabendo que a partir do momento em que o sono me pegasse, eu vivenciaria aquilo tudo de novo, por dias... por muitos dias, num pesadelo sem fim.


Notas Finais


Tudo bem, espero q tenham gostado (não exatamente, mas vcs entenderam... Kk) Sintam-se a vontade pra xingar-me (sei q mtos farão isso)... entendo
MAAS eu "salvei" o Glenn, não EXATAMENTE, mas ele está vivo.
Ok, pq não o Aaron, Rosita, Eugene ou Sasha? Simplesmente pq eles não despertariam uma raiva TÃO grande no grupo, não q eles não sejam personagens importantes e tal (adoro eles, e tbm o Eugene é uma peça importante na série), mas não despertariam a raiva necessária pra revolta de tds contra o Negan.
E pq diabos eu tive q meter a Lucille em Glenn? Pq eu tbm preciso q a Maggie sinta o ódio e a necessidade de se vingar do Negan.
Tbm pensei em matar o Daryl (me sinto mto mal por isso), mas certamente eu estaria cometendo um erro pq ele tbm vai ser MUITO importante na guerra contra os salvadores.
E pensei mto sobre se eu devia mesmo matar a Michonne e não ao Glenn, pq é óbvio q isso vai mudar mto o rumo da fic (em comparação a série) futuramente.
Bem... É isso, se puderem comentem oq acharam pf.. Vou tentar postar o pximo cap o mais rápido possível...
Bjos e até a pxima!😘


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