Kevin, sua mais nova maleta de dinheiro e Maia caminhavam de volta para o carro, Kevin não disse uma palavra desde que tudo acabou, já Maia tentava fazer piada com tudo o que podia, ela parecia tensa
Maia-como está sua barriga?
Kevin-vou sobreviver-eles ficam um segundo em silêncio-foi a primeira vez que você matou?
Maia-não
Então ambos ficam em silêncio até voltarem para o carro, Kevin vai até o porta luvas e tira de lá uma pequena maleta que Gwen havia obrigado ele a colocar ali, de lá ele tira um pequeno remédio e algodão, ele limpa a ferida e toma o remédio esperando que o sangue pare de sair da onde deve ficar, Kevin guarda as armas na mala e a maleta em um compartimento especial embaixo do banco do motorista e acelera de maneira brusca o carro, era desconfortante ver alguém morrer sem direito a defesa, não achou que Maia o mataria, mas ela o fez, o que só o fazia pensar se o que aconteceu lá dentro havia sido realmente só uma atuação barata da parte da mesma
Maia-não era esse o plano, porque tudo saiu do controle?
Kevin-como eu poderia saber que ele era um híbrido?
Maia-era só ter seguido o plano que eu te falei
Kevin-ele tinha uma arma presa ao cinto, se corrêssemos seríamos mortos
Maia-você apontou uma arma para seu próprio peito, acha isso mais seguro? Sua sorte foi que ela não disparou
Kevin-acha que eu sou suicida? Aquela arma estava quebrada
Maia-você me assustou
Kevin-você também, achei que estava do lado deles
Maia-na verdade eu pensei nisso, mas depois que ele me usou como ameaça eu mudei de ideia
Kevin-você gosta dele não é?
Maia-do sapo?
Kevin-do Aaron
Maia-eu acho que sim, já fazia tanto tempo que eu não o via, mas não deixe isso mais melodramático do que precisa ser
Kevin dá um pequeno sorriso de lado e acelera, Kevin iria procurar Ben, podia confiar nele, e talvez o mesmo o ajudasse.
Gwen e Ben passaram algum tempo conversando, até Gwen cair no sono pela quarta vez aquele dia, ela estava a cada hora mais exausta e sua barriga a cada dia estava um pouco maior, Ben foi até a cozinha tentando achar algo que pudesse comer, encontrando apenas um saco de biscoito que aparentemente fazia muito barulho ao ser aberto, barulho esse que faz Gwen acordar
Gwen-você poderia fazer mais barulho, só isso foi pouco
Ben-não sei porque fazem embalagens tão complexas
Ben diz sentando-se no sofá ao lado de Gwen que comeu dois biscoitos e disse estar enjoada, Ben a ajudou a ir até o banheiro e segurou o cabelo da mesma enquanto ela vomitava um líquido transparente e pequenos pedaço de biscoitos, foi por bem pouco que Ben não vomitou também
Gwen-desculpa por isso
Ela diz apoiando-se na parede do banheiro tentando ignorar o forte enjoo que sentia
Ben-tá tudo bem, quando estiver filhos pelo menos estarei preparado
Gwen-prometa que não vai acontecer tão cedo, por favor
Ben-nem pense nisso
Aproveitando o momento Gwen pede um segundo para Ben para que ela pudesse usar o banheiro, Ben então ajuda sua prima a sair do banheiro e a leva até a cama levando até a mesma um copo de água logo depois
Gwen-será que vovó e vovô estão bem?
Ben-não se preocupe com eles, eles são grandinhos o suficiente para se cuidar
Gwen-já percebi que a única pessoa que vocês tratam como criança aqui sou eu
Ben-não é isso, mas parece que você é a única que não vê que isso está te matando!
Ben diz apontando para a barriga de Gwen, que no mesmo instante enche os olhos de lágrimas, mas se empenha para que as mesmas não desçam
Gwen-sai
Ben-Gwen eu não..
Gwen-sai do quarto, agora
Gwen diz sem olhá-lo e o mesmo o faz, deixando Gwen sozinha, o que a deixava ainda mais triste, no fundo ela sabia de tudo, só não gostava de ouvir, não sabia se veria sua mãe de novo e se sentia mal por isso, sentia-se mal pelas pessoas que gostavam dela, sentia-se mal pela criança que cresceria sem mãe, Gwen sabia que podia dar um jeito, mas sem seus poderes ela não passava de uma humana e sabia o que sua avó pensava sobre feitiços e livros de magia.
Kevin estaciona o carro na frente da casa de Ben, buzina algumas vezes, até que vê a mãe de Ben na porta
Sandra-Kevin, oi, Ben não está
Kevin-sabe aonde ele foi?
Sandra-foi passar parte das férias com o avó, achei que você estava lá também
Kevin-estou indo pra lá, tenha um bom dia Sra. Tennyson
Kevin entra no carro batendo a porta firmemente
Maia-porque você não pensou em ligar antes de vir?
Kevin-Ben não entenderia, eu não sabia se ele sabia de Gwen precisava explicar tudo pessoalmente
Maia-ótimo, agora passaremos mais tempo na estrada
Kevin-na verdade Maia estamos bem perto da casa da mamãe, se você quiser ficar
Maia-e minha parte do acordo você vai mandar pelo correio? Eu vou com você
Kevin-eu não queria que a Gwen te visse, ela se estressa quando você tá perto e ela não pode se estressar agora
Maia-vou ficar longe da sua namoradinha, vou pegar o que é meu e volto para o carro até você voltar
Kevin liga o carro e toma o caminho que havia tomado para encontrar Gwen da primeira vez, seu coração apertava só de lembrar de como ela a deixou, não queria perdê-la, não podia, não queria que isso fosse culpa dele, mas era, a criança era osmosiana e tinha o mesmo defeito dele, a sede de poder, todo o mal que Gwen estava sentindo era sua culpa e isso ficava cada segundo mais evidente para ele, a cada segundo ele achava que poderia ser tarde demais.
Gwen sentia dores, inúmeras dores, vinham de todos os lugares, Gwen sentiu sua barriga mexer chegando à conclusão de que o bebê estava se posicionando para nascer
Gwen-você precisa esperar amor, precisa esperar ele voltar, nós precisamos dele aqui
Gwen dizia enquanto acariciava sua barriga, ela caminhava devagar apoiada nas paredes na esperança de que a dor passasse e por insistência ela passou, Gwen estava cansada, qualquer coisa que fazia a deixava exausta e com isso ela deitou-se na cama tentando controlar a respiração, pedindo para alguém que a desse mais tempo
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