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História Things Change - Não Podemos Fugir dos Nossos Atos


Escrita por: StellaxSmoke

Notas do Autor


Boa leitura!
Muito Obrigada pelas visualizações!

Capítulo 13 - Não Podemos Fugir dos Nossos Atos


Fanfic / Fanfiction Things Change - Não Podemos Fugir dos Nossos Atos

É isso galera, amanhã finalmente me formo no ensino médio! O pessoal do Clube da Leitura estava mais animado para a peça que viria logo depois da cerimônia, chega de ficar presos vinte e quatro hora dentro de um edifício cinza e chega de ser monitorado, pois depois do último dia de aula e da prova sobre o teatro cada um dos formandos foram morar de volta em suas devidas casinhas depois de tanto tempo. Como não sabia exatamente onde iria morar depois da graduação Christine foi morar com a família da Angeline, são como irmã desde que entraram no internato segundo o Andrew, mesmo depois que ela e o Jones saíram nos tapas uma vez. Enfim, estava em casa de novo, meu castigo finalmente acabou! Foram seis meses preso naquele lugar sem meus bebês, só ligando para a Miranda através do celular do meu amigo, mamãe e papai prometeram devolver minhas coisinhas lindas quando chegassem na Inglaterra. Até que não foi tão ruim assim esses seis meses em Londres, pois conheci as pessoas mais incríveis deste mundo: o Andrew, o Matthew, a Angeline e até mesmo a Evellyn, ela foi super legal comigo nos últimos instantes, mas principalmente a minha doce e amada Christine. É pessoal coisas estranhas aconteceram comigo: acabei por descobrir que sou uma manteiga derretida, posso virar um poeta careta romântico e não fiz nenhuma traquinagem... ou quase, aconteceu só na primeira semana aquele "incidente" no laboratório de química, depois o Clube do Livro acabou tomando toda a minha atenção o resto do castigo. Acho que estou me esquecendo de algo... Deixa pra lá! Bom em casa estava curtindo meu amado vídeo game enquanto a minha irmã fazia alguma coisa naquele computador, mas isso não a impediu de querer me atrapalhar com seu pé fedido no meu ombro.

— Miranda para com isso ou eu vou perder sua fedida! — ela chutou meu braço - Veada!

— Não me chama de fedida, quero conversar e você só fica com a cara nessa TV! — reclamou, como ela consegue ser infantil e irritante sempre quando quer, e também consegue ser totalmente manipuladora com os outros, menos comigo.

— Deve ser porque fazia um tempão que não jogava o meu precioso, e também pra que você quer a minha atenção? — minha irmã queria aprontar alguma coisa antes que os meus pais chegassem.

— Quero aproveitar o máximo de tempo possível contigo antes de viajar para a Alemanha, aproveitar também que a mamãe e o papai estão pra chegar e sairmos em família depois da formatura — Uh! Olha só a Miranda está carente gente, ela só é melosa assim com os namorados.

— Quer dizer que a dona Safira vai sentir minha falta? Bom saber disso! — ela me deu outro chute no ombro, eu ri - Sua carência não me engana não em!

— Para de me zuar! Sabe que sou frágil quando se trata da mamãe e do papai, e agora meu irmãozinho vai embora também isso me deixa triste. Quando você voltava para o Internato passar a semana inteira "preso" me sentia tão sozinha, achei que morar aqui seria o paraíso, sempre foi meu sonho mas sem você, a mamãe e o papai não é tão incrível assim... — as palavras da minha irmã me fez refletir sobre nossa infância, como era tão especial os momentos divertidos com os nossos pais.

— Mamãe e papai realmente fazem muita falta, mal vejo a hora deles chegarem para abraçá-los até não querer mais! 

— Olha se eu não fosse fazer a mesma coisa diria que é cafona! — agora foi a minha vez de lhe dar um chute, só que nas canelas.

— Não é cafona, é lindo! Aprendi com o Clube do Livro que as coisas mais importantes da vida são aquelas que estão presentes em todos os momentos, ou seja os nossos pais — Palavras de Andrew Johnson senhoras e senhores!

— Falando no Clube do Livro, e a Christine? Vai contar ao papai e a mamãe que está namorando? Vai ficar com um relacionamento à distância? Sabe onde ela vai cursar a faculdade? Daqui à dez anos vão se casar? Vai vir vistá-la nas férias? E o Andrew?

— Avemaria quanta pergunta Miranda! — exclamei, quando ela quer me irritar consegue isso facilmente.

— Responda as três primeiras então! — ordenou, se acha a rainha da cocada branca.

— Primeiro que eu nem sei se vou para a Alemanha mais — juro que vi os olhos da minha irmã brilharem com as minhas palavras - Segundo por que esse interesse todo no meu relacionamento com a Christine? Terceiro o que o Andy tem haver com tudo isso?

— Quer dizer que vai ficar aqui na Inglaterra?!

— Talvez... — ela me olhou desconfiada.

— Você só vai ficar por causa da Christine e do Andrew né?

— Talvez...

Não sabe nem mentir veado! — atirou uma almofada na minha cara.

— Claro que sei mentir, mas não tenho motivos para tal ato. Se eu ficar aqui na Inglaterra vou morar com a minha irmãzinha do coração e voltaremos a fazer nossas aventuras de quando vivíamos no Brasil — ela me deu um abraço com um sorriso no rosto — Só que não sei ainda para onde vou, tenho até amanhã para decidir.

— Idiota! — ela pegou outra almofada e me bateu, deixar Miranda irritada também é um dos grandes dons que tenho.

Realmente não fazia ideia se iria para a Alemanha, sempre foi um dos meus sonhos estudar desde pequeno que até aprendi a falar alemão, assim como era um dos sonhos de estudar na Inglaterra e aprendeu inglês britânico (tem diferença entre os dois tá gente porque aprendemos os dois). Não seria jogar fora os anos que estudei alemão, posso ir para lá a qualquer momento talvez e ser fluente em outras línguas já ajuda muito no currículo, mas essa não é a questão! Se eu fosse pelas ideias da Miranda e do Andrew diria que ela ficaria no país com o amor da vida deles, e se eu fosse nas ideias dos outros... Ah! Esqueci que meus amigos são românticos então todos diriam a mesma coisa, e se fosse nas ideias da sociedade acho que diriam para seguir aquilo que sempre sonhei. Meu cérebro está doendo produção! Vou conversar com a Christine amanhã para ver o que ela acha pois é sensata e sabe dividir entre o romance e a realidade. Seria até uma boa opção ela vir comigo mas infelizmente não sou eu que banco minhas próprias contas afinal acabei de fazer dezoito anos, meus pais nem a conhecem e duvido que bancariam uma estranha mesmo sendo minha namorada, talvez se fosse esposa poderia rolar ou não. 

Voltei a minha atenção extrema ao vídeo game enquanto Miranda fazia suas coisas malucas, fiquei jogando por muito tempo quando me dei por conta os céus já estavam escuros ou seja meus pais estão perto de chegar em casa. Eu e minha irmã fomos surpreendidos pela campainha, nossa ansiedade e alegria de ver finalmente mamãe e papai foi tão grande que fomos que nem um jato até a porta, mas quando a abrirmos não eram nossos pais e sim o pessoal do Clube do Livro. Fiquei surpreso por vê-los mas Miranda soltou um palavrão me deixando constrangido, a repreendi e os convidei para entrar, realmente não esperava encontrá-los antes da formatura.

— Ei gente o que estão fazendo aqui? — perguntei ainda surpreso com suas presenças.

— Sabe é que a gente não tem mais nada para fazer na vida e resolvermos vir te encher — respondeu o Matthew, acho que essa ele aprendeu comigo.

— Boa resposta! — elogiei — Mas sério o que estão fazendo aqui? Não que eu não esteja feliz, só achei que iriam ficar nas suas casas.

— Bom Johnny a resposta do Matt foi de verdade — disse Andrew me deixando agora confuso, porém não vou questionar a razão.

— Tudo bem... Então se queriam algo para fazer vieram ao lugar errado gente porque eu só estava jogando.

— Por que sua irmã ficou tão brava quando nos viu? Achei que gostava da gente! — perguntou Angeline meio trsite.

— Claro que a Miranda gosta de vocês Angel, só que ela ficou frustada só isso.

— Por quê?

— A gente está muito ansioso porque nossos pais estão chegando de viagem depois de um tempo, não os vemos desde, bom que eu cheguei no Internato.

— Ah sim! Que bom que seus pais vão estar presentes na sua formatura.

— Confesso que também fiquei meio decepcionado... — suas caras de incomodo foram as melhores. A campainha toca novamente e nós dois fomos que nem um jato na porta, mas de novo não eram nossos pais e sim Christine e... James? O que diabos o James está fazendo aqui?! O que diabos ele está fazendo com a minha namorada?!  — O que significa isso?!! — perguntei louco de raiva.

— Antes que você diga alguma coisa Johnny nós nos encontramos aqui! — disse Christine meio desesperada.

— E como os dois se encontraram na minha porta?!

— O Robin veio também, cadê ele? — e do nada o Jones também apareceu — Olha ele aqui! Viemos festejar antes da grande formatura, se é que me permite — Mó falsiane esse cara, se acha mesmo que vou deixá-lo entrar na minha casa está muito enganado.

— Sem chances! Os dois caiam fora daqui! — falei ríspido, logo fizeram cara de indignados — Não vem com essa cara de cachorro sem dono que não caio nessa, FORA!! — Angeline também aparece abraçando o irmão e o ex-colega de clube, podem não ser meus parceiros mas o pessoal do Clube do Livro gosta deles, ou pelo menos do James sei que todos gostam.

— Por favor Johnny deixa os dois entrarem — pediu a Angeline, Christine também estava implorando com as mãos então acabei me redendo aos seus apelos, deixei os dois trogoditas entrarem em casa.

— Se fizerem qualquer merda juro que pego as armas de choque e acerto os dois! — James veio me abraçar como se fossemos amigos, minha cara de nojo era bem explícita na área.

— Jonathan Grey, relaxa! Amanhã é um novo dia, é a sua formatura! Por que não paramos com esse pé de guerra e façamos as pazes? — perguntou com a maior cara de pau que existe na face da Terra.

— E por que eu faria isso?

— Pela Turquesa, ela ainda tem um grande carinho por mim e não queremos magoá-la certo? — não acredito em nenhuma palavra do que ele diz, tem coisa por ai.

— Certo... Isso está me cheirando mal, qual seu plano James?

— Quer mesmo que eu vá direto ao ponto Jonathan? — concordei com a cabeça, James me levou até o segundo andar da casa onde não havia ninguém, a coisa ia ser bem séria — Quero que se separe da Christine agora mesmo! — soltei uma gargalhada sarcástica.

— Essa é muito boa, conte outra por favor! — ele me olhou feio.

— Estou falando sério Grey, ou você se separa dela por bem ou vai se separa por mal — ameaçou, acha mesmo que me assusta rapaz? Está enganado!

— Suas ameaças não funcionam comigo Freeman, nada me fará separar da Christine!

— Devia ter pensado nisso antes de apostar uma noite por um jogo — Meu mundo parou naquele momento, havia me esquecido completamente daquele maldita aposta!

— D-do que você está f-f-falando? — ele deu um sorriso do mal, desgaçado me pegou! Filho da mãe!!!

— Robin me contou tudo, você está nas minhas mãos! Teve um certo dia em que Jonathan Grey deu uma festa tão legal, dai apareceu o irmão idiota da Angel Jones e lhe propôs uma aposta: sua virgindade por um jogo raríssimo, e a garota escolhida para a aposta é a Chris Larke cujo no início do semestre tinha um certo incomodo. Se o Robin está com o jogo é porque ainda não conseguiu cumprir o acordo, e só tinha até a formatura para vencer — Por mais que eu quisesse que estivesse errado as palavras de James eram verdadeiras, as lembranças do dia em que apostei invadiram meu cérebro com um "belo" sentimento chamado culpa. Permaneci calado — Como acha que a nossa amada vai se sentir quando descobrir que seu namorado perfeito só a usou para satisfazer seus desejos obscuros? Como acha que ela vai ficar quando descobrir que seu namorado perfeito é um canalha e que não a ama de verdade? — Maldito poetista, consegue tornar as coisas piores! — Responda Jonathan! — ainda permaneci calado, não sabia o que falar ou o que fazer naquele momento — Então quer mesmo que tudo acabe nessa desgraça? — neguei com a cabeça — Então desça lá e termine com ela de forma sadia, ou contarei tudo na frente de todos! 

— Sim senhor — falei com a voz rouca. Assim o fiz, desci e chamei a atenção de Christine, a mesma se aproximou com aquele belo sorriso no rosto me deixando ainda mais machucado. Como pude fazer isso com ela? — Chris preciso te falar uma coisa!

— Pois diga meu bem, estou à todo ouvidos — de novo como pude fazer isso? Olhei fixamente em seus belos olhos castanhos, admirei cada detalhe de seu rosto e seu sorriso novamente me deixou fascinado. Abri e fechei a boca várias vezes, pela primeira vez não vou conseguir mentir, não vou entrar no jogo do James e não vou continuar com essa culpa por dentro, porque se for para terminar que seja com a verdade mais idiota da minha vida — Algum problema Johnny? Por que não diz nada? — respirei fundo, meus olhos começaram a lacrimejar.

— Eu te amo Chris! Ardentemente! Você é o amor da minha vida! — seu sorriso me derrubou de vez, suas mãos limpavam as lágrimas do meu rosto.

— Eu também te amo! — ela ia me dar um beijo, mas a impedi colocando o dedo indicador em seus lábios — O que foi?

— Eu não mereço seu amor — ela me olhou confusa, minha atenção voltou ao cara que me ameaçava mentalmente — Não vou entar em seu jogo James! — gritei chamando à atenção de todos na sala, o garoto vinha em minha direção.

— É melhor fazer o que mando se não...

— Se não o quê?! — o interrompi sem medo — Suas ameaças não vão funcionar em mim!

— Querem parar os dois!! — ordenou Christine.

— Gente o que está acontecendo aqui? — perguntou Andrew.

— Seu amigo...

— É um canalha! — falei, já não aguentava mais  — Não precisa abrir a boca, eu mesmo vou falar porque sou homem suficiente para isso! — Andrew me olhou surpreso, de repente Robert entrou no meio.

— Jonathan não faça isso! — implorou.

— Faça o quê Robin?! — perguntou Angeline.

— Cala a boca todo mundo!! — ordenei, silêncio total veio à tona — Eu preciso te contar uma coisa Christine.

— Você está me assustando, o que está acontecendo Johnny? — respirei fundo, era agora!

— Se lembra do dia da festa? Que eu te incentivei a dançar e a se divertir? — ela confirmou com a cabeça — Depois da nossa dança lenta, quando fui ao jardim Robert apareceu para buscar a Angel e falou comigo, propôs uma aposta...

— Que aposta Jonathan?

— Eu devia dormir contigo até a formatura, em troca ganharia um jogo raro — ela ficou pálida assim como todos presentes.

— Você está zoando né Johnny, me diz que isso não é verdade! — suspirei e abaixei a cabeça, ela havia entendido a resposta.

— Eu te falei que ele não era homem para você querida, eu te falei! — disse James só para piorar a situação, lágrimas saiam dos olhos da Christine.

— Por que você apostou com o Robin isso?! Por que você me usou dessa maneira?! Diga-me!! — gritou nervosa.

— Eu não sei! Naquele momento eu era um ganancioso que não estava nem aí para a vida e estava com raiva de ficar preso dentro de um edifício!! — ela avançou para me bater, só que eu a impedi.

— Seu mentiroso filho da mãe! — eu a parei.

— Sim! Eu omitir sobre isso mas não mentir quando disse que te amava! — ela me empurrou — Por favor Chris!

— Amor? — Christine deu um soco no meu rosto fazendo-me cair no chão —  Não diga essa palavra seu canalha ganancioso! Como pode fazer isso comigo depois de tudo que passamos?! Eu me abri, eu me entreguei, te contei tudo na minha vida, eu confiei em você! Eu confiei em você!! Eu amei você desde do primeiro momento que te vi! Como pode fazer isso comigo?! Como pode me iludir desse jeito?! Diga-me Jonathan!!!

— Esse é o verdadeiro eu, esse filho da mãe não tem coração, só luxúria... — nós dois não conseguíamos para de chorar, eu não merecia essas lágrimas — Saí daqui Christine...

— O quê?

— Saí daqui agora!! Saí daqui!! Vai embora e nunca mais volte!! Some da minha vida por favor!! — nem olhei para a sua cara, mas imaginava que estava indignada. 

— Vamos embora Turquesa... — disse James.

— Tira as suas mãos de mim!! — escutei passou pesados, olhei de leve e a vi ir embora.

— Eu nunca vou te perdoar Robin! — gritou Angeine que andava atrás de Christine — Vamos embora galera! — E assim aconteceu, todos foram embora deixando somente eu, a minha irmã e o meu amigo, não fiquei surpreso que o Andrew estava a minha frente.

— Por que você fez isso Johnny? — perguntou o meu amigo, se é que ainda continua sendo meu amigo depois dessa, eu estava com a cara nos joelhos ainda com lágrimas escorrendo dos meus olhos.

— Porque eu sou um canalha, filho da mãe, ganancioso e orgulhoso. Eu nunca pensei que uma escolha idiota resultaria no maior desastre na minha vida...

— Não estou falando da aposta, estou falando de admitir na frente de todo mundo seu erro e se menosprezar dessa forma.

— Não podia mentir para o amor da minha vida, não podia deixar essa culpa no meu coração aumentar e não podia deixar a Christine com quem não merece... — senti o Andrew e a Miranda me abraçarem — Não façam isso, eu não mereço...

— Para com isso e pense, só está de cabeça quente — disse Miranda na tentativa de me consolar.

— Vai me dizer que não está indignada ou com raiva de mim agora? Os dois na verdade.

— Quem sou eu pra te julgar? Estou triste de como as coisas terminaram e ao mesmo tempo orgulhosa de você — Oi? Como assim? Que diabos ela está dizendo pra mim? Até levantei a cabeça, meu nariz e meus olhos estavam vermelhos.

— Orgulhosa? Como pode estar orgulhosa de um ser tão repugnante que é seu irmão?! 

— Esse ser repugnante encarou seu problema de frente no momento que admitiu seu erro na frente de todo mundo sem acusar ninguém de nada, esse é o motivo de orgulho — disse o Andrew, eu realmente não entendi o que eles estavam dizendo.

— O que quer dizer Andy? — perguntei.

— Que a minha teoria estava certa: você mudou — era só o que me faltava, a filosofia do Andrew Johnson no momento da minha depressão extrema.

— Só pode estar de brincadeira Andy!

— É verdade Johnny, você mudou! — disse Miranda só para piorar.

— Você também Miranda? Qual é! Eu mudei em quê pelo amor de Deus?! — reclamei, naquele momento só queria ficar na escuridão eterna.

— Suas atitudes serve? Para começar o Jonathan que eu conheço nunca se apaixonaria, ele sempre desprezou uma pessoa que se arrisca tudo por outra. Segundo: o Jonathan que eu conheço mentiria da maneira mais improvável possível para sair ileso da história, coisa que você nesse momento não fez. Terceiro: o Jonathan que eu conheço nunca chorou na vida, nunca sentiu culpa de nada. Você mudou sim Johnny, só é uma pena que tenha sido de uma maneira tão triste! — havia dito ao Andrew que a única pessoa que poderia ter dito que eu havia mudado era a minha irmã, e estava aqui diante dos meus olhos dizendo essas palavras a qual me negava a acreditar. Ao analisar a minha vida desde que cheguei ao Internato não havia feito quase nada das coisas que fazia no Brasil e nem sentia a miníma falta, pois só pensava em conquistar o coração de Christine e ela acabou conquistando o meu, depois de tudo que nós passamos, depois de tudo que fiz de bom eu percebi: eu mudei.

— Você tinha razão Andy, as coisas mudam — voltei a minha cabeça no joelho — Deixe-me sozinho, por favor — quando eu ia me acabar no meu quarto ouvimos a porta se abrir mostrando os meus pais chegando de viagem.

— Olá crianças, chegamos! — saudou a minha mãe. Meu coração naquele momento se apertou, tudo que eu precisava era seu colo então fui correndo para abraçá-los aos choros, acabei por surpreende-los — Meu Deus Quartzo!

— Mãe... Pai... eu sinto muito! Sinto muito por tudo que eu fiz, por favor me perdoem!! — falei aos choros de desespero, meus pais ficaram surpresos e confusos.

— Camila eu nunca vi o Quartzo chorar assim — falou meu pai ainda me abraçando junto com a minha mãe, minhas lágrimas não paravam de escorrer — O que aconteceu com seu irmão Safira?

— Ele levou um choque de realidade, está doendo muito — respondeu minha irmã.

— Own, não achei que um Internato iria te deixar assim meu amor — falou a minha mãe fazendo carinho nos meus cabelos.

— Eu aprendi minha lição mamãe, eu nunca mais vou fazer besteira de novo! Por favor me perdoa mãe, me perdoa!!

— É claro que te perdoou meu amor, sempre vou estar ao seu lado. Charles por favor, arrume nossas coisas — meu pai então levou as bagagens para o quarto enquanto minha mãe ainda continuava a ser molhada pela as minhas lágrimas.

— É melhor eu ir embora, foi um prazer finalmente conhecê-la Senhora Grey — disse Andrew indo em direção à saída.

— Desculpe, quem é você? 

— Andrew Johnson senhora, melhor amigo do seu filho. Ele estava muito ansioso para vê-los e acho que vai precisar de muito consolo.

—Oh sim, foi um prazer te conhecer também Andrew e obrigada por ser amigo do meu bebê — meu amigo abaixou a cabeça em reverência e foi embora, só estava a família Grey na residência — Quartzo minha camisa já está toda molhada, poderia dizer para a mamãe o porque desse choro tão desesperado?

— Choque de realidade mãe, a vida como eu quero que seja — respondi.

— Claro que não, que bom que aprendeu sua lição só não esperava esse drama todo. Ele se comportou bem né Safira?

— Sim mãe, o Johnny nesses seis meses mudou bastante, se tornou homem.

— Que bom, deu para perceber.

— Aliás meu filho, feliz aniversário! — falou meu pai descendo as escadas — Como prometido trouxemos as suas coisas preferidas de volta, posso ver um sorriso nessa sua carinha vermelha? — dei um sorriso de canto, era o máximo que conseguia por hoje — Seus olhos rosas com o fundo vermelho dá um pouco de medo sabia? Achei que estaria mais feliz com seus brinquedos de volta.

— Percebi que não preciso tanto deles, mas obrigado pai — ele me olhou surpreso.

— Você mudou Quartzo, estou impressionado! — mudei mais do que o senhor imagina.

Consolo dos meus pais era a única coisa que conseguia me manter calmo naquele momento, aproveitando que estava tarde para sair e meus pais estavam meio cansados por conta da viagem, eu só fiquei em seus colos calados sentindo seu calor e seu amor materno sobre mim na tentativa de melhorar meu humor. Eu nunca vou conseguir isso, nunca vou conseguir esquecer o que aconteceu hoje, nunca vou conseguir esquecer todos os momentos que estive ao lado de Christine; nossos beijos, seus cafunés no meu cabelo, dói só de pensar e tudo acabou por causa da minha maldita escolha. Por que sou tão idiota? "Olha Johnny o mundo está aos seus pés!" Mentira! Ninguém está aos pés de ninguém, não posso fazer o que quero na hora que quero e nem ligar para as consequências depois, não podemos fugir de nossos atos. Eu fui um filho da mãe mesmo ou pior, que girico tinha na cabeça quando aceitei essa bendita aposta? Só de lembrar de suas lágrimas serem derramadas por minha causa dói bastante, mais que a minha própria dor interna; vê-la sofrer desse jeito foi uma das piores coisas que vi em toda a minha vida, ela não merecia isso, eu merecia. A melhor coisa que faço é ir embora, óbvio que Christine nunca mais vai querer olhar na minha cara, pois nem eu mesmo olharia, não achei mesmo que o dia da minha formatura seria um dos piores dias da minha vida. "O que poderia dar errado Johnny?" Tudo deu errado, e foi no momento em que segui meu egoísmo do que meu bom senso.


Notas Finais


Muito obrigada pela leitura!
Até a próxima!


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