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História Three Empty Words - Capítulo Único


Escrita por: ClarissaEvans

Notas do Autor


LUMOS!!!!!!!!!!

Oi, Gentes!!!! Tudo bem com vocês????
Trazendo uma one-shot do que eu acho que aconteceria com a relação Romione com o passar do tempo. Me desculpe se alguém se sentir ofendido pela trajetória da história, mas é só o que eu penso. talvez seja meu coração Dramione, mas o que eu posso fazer? Não mandamos no coração. Inspirada na música Three Empty Words do Shawn Mendes.
Agora sem mais delongas, um capítulo único saindo do forno fresquinho pra vocês!!!
Espero que gostem!
Bjinhos,
Clarissa Evans.

NOX!!!!!!!!!!

Capítulo 1 - Capítulo Único


POV HERMIONE GRANGER WEASLEY:

Me pergunto todos os dias como chegamos a esse ponto. Eu e o Ronald éramos tão próximos, tão apaixonados sonhando com um futuro brilhante onde criaríamos nossos filhos ao redor de uma grande lareira e quando eles fossem dormir, nos amaríamos apaixonadamente todas as noites. Como estávamos enganados, jovens e tolos. Hoje, temos a lareira que tanto sonhávamos, mas aquele amor e companheirismo? Grande ilusão.

Todos os dias chego do Departamento de Magia para encontrar Rose e Hugo, meus queridos filhos inocentes, sentados na sala jogando xadrez bruxo, às vezes acompanhados de seus primos James, Albus e Lily. Para somente mais tarde encontrar meu marido pela primeira vez no dia, durante o jantar. Definitivamente algo que não mudou nele, foi sua paixão pela comida. Mas seus tempos de quadribol passaram, e o que antes já foi um abdômen definido, hoje dá lugar a uma barriga levemente proeminente, normalmente escondida na capa de Auror.

- Olá, família. Como foi o dia de vocês?

Há dez anos, essa pergunta era feita por Ronald entre a quarta e a quinta garfada. Rose respondia animada sobre algum livro ou informação que havia aprendido em Hogwarts, enquanto Hugo comentava sobre o quadribol. Não posso dizer que ele é um mau pai, afinal ele dá toda a atenção às crianças, e por muito tempo isso foi um alento nas noites que estou sozinha, mesmo com ele deitado ao meu lado. Aparentemente, quanto mais perto de mim ele está, mais solitária pareço ficar.

Eu poderia mais uma vez dizer a ele como me sinto, mas o pior já aconteceu: eu não me importo mais. Enquanto havia amor, havia força de vontade para lutar por ele, pelo Rony, o garoto que encheu meu coração desde a quarta série. Porém como eu não percebi que ele não cuidaria da minha alma que gritava por ele a cada instante? Onde ficaram as peças que costumavam-se se encaixar? Ele foi meu único namorado, eu rejeitei Viktor Krum por ele, mas para que? Para ficar lavando a louça depois do jantar, dar um falso sorriso e fingir que a nossa família é perfeita enquanto ela está em ruinas.

Lembro da época que aparecemos na capa do Profeta Diário, anunciando o casamento de dois integrantes do Trio de Ouro, a General- Potter e O Weasley Rei, até hoje somos heróis de guerra, e deveríamos nos orgulhar disso, afinal o Mundo Bruxo está livre as forças maléficas de Voldemort e seus comensais. Minha cicatriz ardeu levemente ao relembrar dos instantes que passei na sala da mansão dos Malfoy. E onde está a justiça? Draco casou-se com Astória Greengrass, tendo um lindo filho chamado Scorpius, que por acaso é o melhor amigo de Albus, filho de Harry.

Não que eu deseje algo de ruim para os Malfoy, as animosidades entre nós deixaram de existir a muito tempo desde que Narcisa ajudou Harry a salvar-se e soubemos que Draco nunca gostou de ser um comensal, afinal se há algo que nós entendemos é que faríamos de tudo para proteger quem nós amamos, e foi isso que a familia sonserina fez. Menos Lucius, este gostava do poder que o mal lhe procorcionava e por isso,  apodrece nas celas de Azkaban junto à Bellatrix.

Mas é claro, o único que não conseguiu esquecer a sua rixa com o Malfoy foi Ronald, essa não foi a primeira nem a última vez que ele deixou seu orgulho na frente do realmente importava, como na nossa pseudo-relação e no nosso pseudo-casamento, e eu estou cansada de pseudos. Cansada de viver em uma falsidade, com a sensação de estar presa ao redor de tantos muros, muitos desses que eu criei para proteger de ser magoada mais uma vez por esse estúpido Weasley que nega-se a admitir que estamos destinados ao fim.

Soluções? Eu já pensei em tantas. Divórcio ou mais uma vez acreditar que eu posso mudar essa situação, que podemos voltar a ser como éramos? Ambas não são opções, afinal temos dois filhos relativamente pequenos e eu não acredito que haja salvação para o meu casamento.

Ah, o dia do meu casamento! Foi uma manhã atipica em Londres, onde o dia estava claro, sem nuvens e o Sol exibia toda sua magnitude, banhando os cabelos ruivos do meu marido que me prometia amor eterno na frente de sua família, amigos e parentes menos próximos. Me prometia uma vida onde nem a sombra da solidão estaria presente, comprometimento que tanto importou para mim desde que perdi meus pais durante a guerra. E mais uma vez, Ronald me desapontou, como no Baile de Inverno na quarta série, como quando escolheu repetidamente Lilá Brown ao invés de mim, tantas e tantas vezes em Hogwarts.

Como pode tudo o que eu achava encantador ou no mínimo engraçado em Ronald Weasley ter se tornado algo tão enfadonho e grotesco? Antes sua hilária preguiça e sono constante, tornou-se em um ser encostado, querendo que tudo seja feito para ele, enquanto lê sobre as notícias de quadribol. Ou suas brincadeiras instigantes que sempre deixavam confusa de suas intenções, tornaram-se um fator de indecisão e medo constante, fazendo-me sentir em uma corda bamba.

Em que momento da minha vida, meu instante favorito do dia viraram aqueles segundos em que minha estagiária traz um copo de café puro e eu tomo o primeiro gole?  Saboreando seu sabor forte e marcante, um sabor que nunca me decepciona, que sabe o quer. Minha vida deve ter realmente se transformado em algo deplorável, afinal cá estou eu, fazendo metáforas sobre uma bebida e comparando-a a alguém, como se isso realmente pudesse ocorrer.

Mas eu não consigo mais fazer isso, falar todas as noites "Eu te amo" antes de dormir. Essas três palavras já tiveram tanto significado, tantas esperanças e promessas, e o elas são hoje? São tão vazias e sem significado. Lembro da primeira vez que Ronald disse que me amava, senti-me tão completa embaixo daquelas estrelas, sentada no gramado d'A Toca, tendo nada depois que a guerra tinha acabado, olhando num futuro incerto. E no instante em que essas três simples palavras são postas juntas, podem mudar o rumo de toda uma vida, como fez com a minha: eu estava de mãos vazias e ele me deu algo para agarrar, me tirou da escuridão que eu pensava que seria o resto da minha existência.

E desde então, venho todos os dias dizendo que o amo, mas tenho mentido nos últimos anos por ele e tudo pelo que ele já fez por mim,  me abrigou na casa de sua família sem ser sua obrigação e por ter me dado dois filhos que lindos que eu amo tanto. Mas eu não posso mas viver nessa mentira de palavras sem sentido, porque não o amo mais e eu não vou continuar repetindo essas palavras sem significado. 

Me desculpe, Rony, mas dessa vez eu escolho não dizer essas três palavras vazias, dessa vez eu me escolho.

 

"But darling I'll go first

'Cause I won't keep on saying those three empty words

No, I won't keep on saying those three empty words"

Three Empty Words - Shawn Mendes

 

 

 



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