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História Three nights - Jikook - Um dia cercado por beijos


Escrita por: lunefairy

Notas do Autor


O título do capítulo já fala por si só (aquela carinha). GENTE EU VOU RESPONDER TODOS OS COMENTÁRIOS ANTERIORES,,,,, ACONTECE QUE A PESSOA AQUI NÃO CONSEGUE ESPERAR ATÉ AMANHÃ PRA POSTAR OUTRO CAPÍTULO ENTÃO VAI SER DOIS NO MESMO DIA MESMO E É NÓIS QUE VOA -q

Boa leitura.

Capítulo 19 - Um dia cercado por beijos


O dia seguinte caiu em Yoongi como uma bola de neve gigante e pesada. As pessoas cochichavam sobre ele e apontavam para onde quer que fosse, desde os corredores até a sala de aula. No treino de basquete, onde costumava ir um grande grupo de garotas escandalosas, apenas um terço delas apareceu para torcer. A maioria dos garotos soltavam gracinhas, e só paravam quando chamavam a atenção dele e viam sua face ameaçadora e cheia de olheiras fundas. Permaneceu sem entender nada até Taehyung aparecer correndo após o término do treino, com o celular na mão. O blog da escola estava aberto na atualização mais recente, e nele havia uma foto do beijo entre ele e Kim. Franziu a testa, puxando o celular para si e descendo a página.

Ontem, dia 25 de março, o popular campeão da Liga Nacional de Basquete (LNB), Min Yoongi, 19, foi flagrado aos beijos com Kim Taehyung, um colega de sala. Segundo Choa, uma aluna do segundo ano, eles andam juntos desde o segundo ano.

"Eles têm andado juntos desde que chegaram aqui". Declarou Kwon Yuri, uma aluna do segundo ano. "Nunca desconfiamos de nada, achamos que eram apenas amigos. Foi realmente uma decepção para todas nós quando descobrimos".

Mas, ao que parece, Yoongi não tem a menor intenção de ser discreto quanto a isto. Outra garota, também aluna do segundo ano, disse ter se confessado à Taehyung ainda este mês depois de muita insistência por parte da nossa equipe. No entanto, após tê-lo feito, ficou horrorizada ao ver o jogador tomando-o pelos braços rapidamente. "Foi como um choque, jamais pensei que algo assim pudesse acontecer. Achei que Tae não tinha culpa de ter sido puxado, mas descobri que estou errada depois do que aconteceu ontem", informa ela.

Min se tornou um garoto muito popular desde que chegou no colégio, graças à sua pouca idade e ao talento indiscutível no basquete. Seus companheiros de treino, porém, fizeram comentários em sua defesa e uma até fez questão de nos ofender. "Ele é um cara muito na dele", comenta Tiffany, a única garota do time. "Particularmente, não me dou bem com ele. Mas se ele é gay ou não, não é da conta de nenhum de nós. Vocês não perdem a oportunidade de uma boa fofoca, não é não?"

Seu provável namorado, Kim Taehyung, 18, não permitiu que nos aproximássemos e, com isso, não temos sua pronunciação sobre o ocorrido.

— Tá, e daí? — Yoongi revirou os olhos, indo ao vestiário. — Você não acha que eu vou ligar pra isso, acha?

— Só achei que...

— Achou errado. — Yoongi o pegou pela mão e saiu pela quadra, com a cara amarrada para qualquer pessoa que os olhassem feio. Estava indo na direção do armário de cabeça erguida, quando um grupinho de quatro garotos do time oposto parou no meio do caminho, impedindo a passagem de ambos. Yoongi apertou ainda mais a mão de Taehyung, que estava de cabeça baixa, quando um dos garotos começou a soltar piadas sem graça. Yoongi soltou uma gargalhada.

— Acham engraçado? Nunca viram um beijo na vida de vocês? — o loiro indagou. — Deixe-me mostrá-los como é um, se não se assustarem, é claro, já que vocês obviamente não passam de uns infantis da primeira série — disse e então levantou o rosto de Taehyung, puxando-o para si, e sorriu. Aquele não seria um beijo para mostrar aos rapazes. Não. Aquela era apenas a desculpa perfeita para fazer uma coisa que Yoongi queria fazer novamente desde o dia anterior, no gramado, depois do treino.

Min encostou seus lábios nos dele e fechou os olhos, sentindo os dedos de Kim apertarem com firmeza a manga da camisa dele. Aproximou seu corpo ainda mais e, quando menos esperava, foi prensado contra a porta de seu próprio armário. Era uma sorte o grupo ter esperado um momento no qual não houvesse ninguém por perto para zoar com a cara deles, já que agora não tinha ninguém mais para atrapalhar. Os quatro saíram dali, enojados e perplexos, e não disseram nada mais.

Agora era somente os dois. Antes mesmo de perceberem, foram na direção dos bancos que haviam ali, sem se desgrudar por um segundo. Quando o beijo finalmente cessou, recuperaram-se e recomeçaram. Era intenso, coberto por uma necessidade que nenhum dos dois sabia que de fato existia ali. Yoongi se sentou no banco e puxou Taehyung para si, fazendo-o se sentar em seu colo e sentindo alguns sorrisos se formarem durante o beijo. Kim apertava a manga do outro com ainda mais força que antes. Yoongi se sentia como um pássaro que acabou de aprender a voar.

Hyung... — começou Taehyung, com a respiração pesada, quando se afastaram somente alguns centímetros; mas Yoongi não o deixou terminar a frase.

— Você nunca me chama assim... diz de novo — pediu. Kim sorriu.

Hyung — disse próximo ao ouvido dele. — Hyung — repetiu com a voz rouca, agora tocando em sua orelha quando mexia os lábios. Yoongi sentiu um arrepio percorrer seu corpo inteiro e engoliu em seco. — Quer tentar de novo, hyung?

Sem nem precisar de resposta, eles juntaram os lábios e repetiram uma, duas, três vezes. Quantas fossem necessárias. Parecia que fogos de artifício eram lançados de dentro para fora de cada um.

Eles já haviam feito isso algumas vezes, é claro, mas sempre o faziam quando estavam bêbados. Era muito diferente quando realizado sóbrio, sem esquecer da noite anterior e sem dores de cabeça no dia seguinte. Era tudo mais real, mais extraordinário. Não importava quantos beijos fossem trocados. Não importava o fato de serem melhores amigos. Não importava se a amizade poderia desaparecer caso descobrissem o que sentiam um pelo outro. Tudo o que importava era viver o presente, cercado de beijos, xingamentos e reclamações, sem ligar para o que poderia acontecer no futuro. E era exatamente isso o que acontecia: eles simplesmente viviam o presente.

Eles nem sequer lembravam de quando aquilo começou a se tornar uma rotina, os beijos. E mesmo assim parecia que era sempre a primeira vez. Estavam na posição de não saber como se aproximar sentimentalmente pelo fato de serem melhores amigos, e tentavam simplesmente fazê-lo por meio de beijos, os quais eram únicos e docemente insubstituíveis.

❀❀❀

Jimin soltou um grito quando avistou Jeon sair do banheiro vestido somente com uma camisa listrada branca e cor-de-rosa duas vezes do seu tamanho, uma boxer preta e meias coloridas. Fazia parte da aposta que o perdedor vestisse algo constrangedor e virasse escravo do outro por um fim de semana inteirinho; Jeon estava tão convicto de que a ganharia, que não hesitou nem por um segundo antes de aceitar a proposta. Por sorte ou não, Park venceu. Iria se lembrar depois de nunca mais fazer mais apostas com Jimin.

— Você está adorável — Jimin disse sem pensar.

— O-obrigado, eu acho... — respondeu, ao passo que esticava a camisa ainda mais na tentativa de esconder a parte de baixo. - O que quer que eu faça?

— Vai me ajudar com os deveres de ciências. A apresentação é semana que vem e eu não sei de nada.

Jeongguk pegou os livros de dentro da mochila e os posicionou com cuidado em cima da cômoda para não amassá-los. De fato, era muito bom em ciências; mas isso não significava que gostava de estudar e fazer deveres.

Arrastou as duas cadeiras e sentou-se, abrindo o caderno do menor. Começou a explicar o assunto que cairia na prova com seu habitual tom de voz baixo, e logo após o término da explicação, fez Jimin fazer todo o dever sozinho para testar o que acabara de revisar. Este conseguiu responder todas as perguntas, com excessão de apenas uma: a última. Esta — Jungkook fez questão de apagar todas as vezes em que ele errara — foi a que quase rasgou a folha da atividade de tanto esfregar a borracha no mesmo lugar.

— Qual é a dificuldade em escrever "desoxirribonucleico"? — Jeon apagou pelo que parecia ser a milésima vez a mesma palavra e se levantou da cadeira, indo para atrás de Jimin e pondo sua mão sobre a dele, que segurava o lápis com certa força. — Olha só como se escreve — ele disse e moveu a mão do outro sob a sua, formando a palavra lentamente.

O outro nem prestou atenção no que Jeongguk dizia enquanto guiava sua mão sobre as linhas do papel. O perfume familiar adentrando suas narinas, aquela voz reclamando em seu ouvido... Não!, pensou, interrompendo o desenvolvimento crescente de alguma coisa muito estranha e incomum ocorrendo dentro de si.

— Ok, entendi — Jimin o empurrou de leve, e embora não tivesse a intenção de fazê-lo com muita força, acabou quase lhe derrubando.

— Eu estava tentando te ajudar, tá legal?! — Jeon saiu rapidamente dali e foi se sentar na cama, ainda mais irritado do que antes, com os braços cruzados e uma expressão indignada. — Muito obrigado por me fazer de idiota, estou comovido.

— Não foi a minha intenção... Me desculpa? — Jimin direcionou seu olhar ao garoto, uma das sombrancelhas erguida. Aquela pergunta não pareceu fazer diferença alguma para Jungkook, então ele se levantou da cadeira e foi até ele, revirando os olhos. — Ok, eu fui um idiota com você. Desculpa. Por favor. Olha pra mim. — ele levantou o queixo de Jungkook com os dedos, forçando-o a olhar para si. Riu da expressão zangada que insistia em permanecer em seu rosto.

Jimin diminuiu ainda mais a pouca distância entre eles, e com um tanto de resistência do outro, esfregou seus lábios lentamente nos dele, fazendo-o estremecer. Fechou os olhos logo depois de Jeon, que pegou na cintura alheia com firmeza e obrigou-o a se sentar em seu colo. Estavam tão perto, tão próximos... E então...

— Acorda, Jiminnie! — Jungkook disse alto dessa vez, para que ele se acordasse e não perdessem a hora da primeira aula de novo. Jimin arregalou os olhos quando percebeu o tipo de sonho que estava tendo e por estarem tão próximos na cama. Jeon o olhou sem entender, procurando o que havia de errado. Quando a expressão de Jimin se suavizou, Jungkook pareceu prestes a dizer algo, mas foi impedido pelo dedo de Jimin em seus lábios indicando um pedido mudo de silêncio.

— Me deixe testar uma coisa...

Jimin ficou tão vermelho, mas tão vermelho, que parecia até uma tela coberta por tinta escarlate. Tirou o dedo dos lábios alheios e sentiu o coração bater tão forte que parecia que iria sair pela boca. Pegou na mão de Jeongguk por debaixo dos lençóis e, tremendo, juntou coragem e aproximou seu rosto amassado do de Jeon. Fechou os olhos e deu um beijo na bochecha dele lentamente. E outro. Mais outro. Mais um. Traçou uma trilha de beijos até chegar nos lábios alheios, selando seus lábios com os dele.

Se ele tivesse que descrever aquilo em apenas uma palavra, Jimin escolheria "mágico" sem pensar duas vezes. Ele se sentiu nas nuvens e ao mesmo tempo caindo por entre elas, com um frio constante na barriga. Era calmo e ao mesmo tempo que cheio de adrenalina, trazendo um conjunto sensações tão cheias de palavras antônimas que se tornaria difícil de descrevê-las.

Não houve nada mais que um selamento demorado, no entanto, quando Jimin afastou a face, uma descarga de eletricidade e timidez postou-se dentro de si, e sua reação imediata foi esconder o rosto com o lençol, tremendo ainda mais enquanto segurava a mão do outro:

Tinha sido seu primeiro beijo.

E o de Jeon também.

O mais velho sustentava um sorriso que quase não cabia em seu rosto de tão grande. Levou a mão à boca e fitou o teto por algum tempo, sorrindo bobamente, até que caiu da cama e finalmente voltou à realidade. Levantou-se com as costas doendo e se deparou com Jimin ainda embrulhado nos lençóis, sem coragem para encará-lo diretamente nos olhos. Debaixo dos cobertores, um sorriso também estava postado na face de Park. O dia havia começado da melhor maneira possível.

❀❀❀

Na biblioteca — lugar onde Seokjin passava todo o seu tempo quando não estava na sala de aula — Namjoon o observava de longe. Depois de quinze minutos o vendo folhear livros e mais livros com sua seriedade se sempre, decidiu ir falar com ele mais uma vez. Ajeitou os óculos, passou a mão no cabelo e se sentou em uma das cadeiras ao redor da mesa marrom. Respirou fundo e, depois de alguns segundos, finalmente disse:

— Oi.

— Oi — respondeu Jin, concentrado.

Passaram algum tempo em silêncio. Apesar de Seokjin não ter nem olhado para sua face, Namjoon se sentiu o cara mais feliz do mundo por ter obtido uma resposta dele.

— Aquele não é o Jeonghan vindo pra cá? Nunca vejo ele aqui na biblioteca...

— Ah, mas que maravilha — ironizou Jin. — Onde ele está? — levantou a cabeça, em alerta.

— Está vindo de lá — Namjoon apontou com a cabeça para atrás dele.

— Está acompanhado?

— Está. Uma garota loira.

— Certo. Farei algo com você, mas não quero que leve para o lado pessoal, sim? — agora foi a vez dele respirar fundo. — Três. Dois. Um. — Seokjin o beijou no mesmo minuto em que Jeonghan ia cumprimentá-lo com a moça. Ele pareceu meio triste e mudou o rumo que estava tomando, sentando-se em uma mesa qualquer. Namjoon aproveitou cada segundo como se fosse o último, mas ainda assim, estava surpreso. — Hm, isso foi, bem... des-

— Não precisa se desculpar pelo beijo. Eu entendi o que aconteceu. Se quiser fazer ciúme àquele cara de novo, tamo aí — concluiu. Seokjin sorriu.

Namjoon não se importava se estava sendo trouxa de novo ou não. Ele só queria causar um sorriso igual àquele mais vezes em Jin.


Notas Finais


Espero que não tenha me empolgado demais e exagerado na quantidade de beijos :') mas como Namjoon disse, "tamo aí". Obrigada por ler.


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