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História Thrice. - Thrice.


Escrita por: clemmingau

Notas do Autor


Olá olá!
Então, amanhã eu postarei o jornal do satansoo challenge, e vou colocar a fanfiction aqui logo, ok? Eu sou a @renjun, mas logo mudarei de volta para @jaehyun, então me procurem nessa segunda conta se querem falar comigo ou me adicionar.
A fanfiction em questão faz uma analogia aos números, é como se fosse um mundo onde só Kris contasse as coisas, é uma psicose dele. Espero que gostem! Tem três capítulos, leiam esse é Provável que saberão porquê.
Desculpem os erros ortográficos e boa leitura!
(TEMAS 10, 14 E 27)

Capítulo 1 - Thrice.


Três dias depois, Kris sentou na mesma sacada. Presenteou o vento com um suspiro, acendeu um cigarro. Por fim, sentiu seu corpo pairar por um minuto, como se fosse feito da fumaça que emanava de seu nariz e de seus lábios, tão poéticos esses. Ele não pensava em nada, não tinha ninguém em mente.

 

Três vezes, ele pensou que fosse ser  diferente. Seus pensamentos se voltavam sempre ao mesmo ponto, mas nunca alguém. Ele queria que amor fosse mais proveitoso, mais essência, que não fosse encontrado em pessoas. Amor é algo raro, mas podemos encontrar em qualquer um. Então, por que não se vê ninguém o oferecer ao próximo? As pessoas parecem não merecer um pingo de compaixão, guardam todo o amor que deveriam oferecer para si mesmos, e gastam o que deveria ser guardado com pessoas que não merecem.

 

Três pessoas morreram no cruzamento abaixo do prédio do loiro. Ele olhava para baixo, vendo as sirenes da polícia e escutando os sons ao longe. Poderiam pensar que ele iria pular. Yifan até pensou que deveria sair dali, mas seu corpo estava inerte, sua alma parecia flutuar, esvaindo entre as luzes vermelhas e azuis, azuis como seus sentimentos, vermelhas como seus olhos.

 

Três horas antes, ele pensou ter se tornado alguém diferente de quando saiu de casa. Coisas que viu, pensou, dispensou, odiou e arrastou, e atou se embolando num nó que ficava em sua garganta, doía, doía saber que o único, e apenas ele havia ido embora. Do outro lado, Tao encontraria a paz que procurava em pílulas e lâminas. Era um sol-de-inverno muito raramente, mas Kris sempre gostou do frio absoluto, o que queima.

 

Três piscadas, faziam sua visão clarear e seus olhos castanhos viajaram pela rua, onde a ambulância levava uma pessoa que havia resistido à uma bala. Quando ele era criança, não era esse tipo de bala que ele imaginava dentro de armas. Sempre foi sonhador, mas após algumas perdas, ele preferia ficar acordado todas as noites, um copo de café como companheiro.

 

Três delas, precisamente. Um amante, um pai, uma mãe. Cada um deles representou uma coisa diferente, uma coisa nova, algo que encantou uma parte preciosa da vida dele. Memórias tão brilhantes quanto suas bochechas rosadas, rodeavam seus pensamentos, e agora escureciam seus passos.

 

Três lágrimas. Elas rolavam como o rebosteio que sua vida se mostrava. Se apenas ele tivesse tomado um caminho diferente. Mas não sabia em qual encruzilhada ele havia se perdido. Em alguns momentos tristes, Apenas se mostrou irredutível. Mas hoje era uma das noites onde a lua estava linda demais para resistir.

 

Três batidas na porta e ele acordou. Um cartão passou por baixo da porta de sua casa, ele tinha certeza. Então ele desceu da sacada e foi para o primeiro andar. A casa era grande, solitária. Não tanto quanto o dono. Era o que ele esperava. O convite de casamento de Chanyeol. Baekhyun teimou que se vestiria com um terno branco e usaria buquê. Park aceitou. Enfim, eles se casariam, e Chanyeol com certeza estava descendo a rua. Yifan enxugou as lágrimas e abriu a porta, alcançando o mais novo. Vestiu um casaco antes de correr. Ele pegou alguns convites, os que ficavam mais longe. Então pegou seu carro, e partiu.

 

Três da manhã. O último convite da noite estava para ser entregue três da manhã. A luz estava acesa e havia um programa de televisão sendo transmitido. O som não deixava dúvidas. Ele andou até a calçada da rua vazia e fria, então começou a andar pelo passeio, sorrindo ao ver seu número favorito espalhado em garrafas no chão.

 

Três vinhos, era o que os vidros indicavam. A casa era digna de um milionário, e o dono realmente era, pelo que Chanyeol explicou rapidamente.

Ele tocou três vezes, rapidamente para não incomodar. O volume abaixou, a porta se abriu para revelar dois olhos tão vermelhos quanto os de Kris. Ele então, pronunciou o nome do garoto de cabelos cor de rosa.

 

— Kim Junmyeon? — O colorido aquiesceu silencioso.

— Eu te conheço de algum lugar? — Ele se pronunciou. Kris esticou o papel cartão entre o dedo médio e o indicador, se abstendo de falar. Junmyeon pegou o papel, Kris não pôde deixar de observar suas mãos pequenas e claras como se fossem de porcelana.

— É falta de educação esticar as coisas com uma mão, quem dirá com dois dedos. — Os cantos de sua boca se repuxaram sutilmente, formando um pequeno sorriso de lábios rosados.

— Eu não sou coreano. — Ele sorriu ao ver o sorriso do outro aumentar.

— Não? Qual seu nome?

— Wu Yifan. — Eles apertaram as mãos.

— Wu Yifan... Yixing já me falou de você. Ele te considera bastante. — O outro mudou sua postura e modo de olhar pouco visivelmente.

— Ah, é? O que ele disse?

— Que você é bom de cama, e que eu deveria te conhecer. — Junmyeon disse levando a garrafa aos lábios. Um filete do líquido rosado desceu pelo canto da boca do colorido. Ele foi descuidado. Yifan entendeu aquilo como um convite, pegando o queixo do menor levemente e levando a ponta de sua língua até o pescoço, onde o vinho escorria, e lambeu o filete levemente até os lábios do outro. Eles se olharam de perto.

— Meu quarto é ali. — O de cabelos rosados anunciou, deixando a porta aberta e andando até lá.

Três foram o número de batidas que Kris sentiu seu coração pular. Junmyeon era encantador, tão pequeno, tão lindo. Ele era brilhante como a lua lá fora. E se ele não resistiu à lua tão distante, como resistir a ele tão perto, seu cheiro gradativamente se fixando na mente e seus olhos, agora brancos, o convidando do batente?

Três. Eram três horas da manhã, quando Kris cometeu o pior erro da sua vida.

 

Três meses depois, Kris saiu da cama de Junmyeon pela nonagésima primeira vez. Ele ainda dormia, assim como o amor que Kris não sabia nutrir. Os sentimentos antes azuis se tornaram púrpura, olhos vermelhos se tornaram brancos. Bitucas agora eram cigarros, e garrafas, ah, as garrafas... De três, agora eram seis.

 

Três beijos. Rápidos, sem motivo ou cerimônias. Suho, como Junmyeon gostava de ser chamado, apenas lhe rendia eles de forma singela,  pequenos gestos que faziam com que ele derretesse um pouco mais. Apenas mais um pouco.

 

Três sombras. Geralmente, antes de dormir, Yifan pensava em seus três pesos. Ele sempre se sentia culpado, deixava que aquilo tomasse conta de si, sempre a mesma história que se via nos filmes, não queria se machucar, mas não iria se distanciar. Seus pais e Tao, talvez, estariam lhe vendo de longe? Ele gargalhou, fazendo Junmyeon lhe olhar e rir. Que idéia absurda.

 

 Três semanas atrás, Baekhyun se casaria com Chanyeol. Mas uma fatalidade fez com que Baekhyun e Chanyeol sofressem um acidente. Nenhum dos dois morreu. Mas Baekhyun nunca se casaria com alguém que não lembrava. Baekhyun não sabia quem era Chanyeol. Park não sabia o que era um mundo onde não havia Byun. Então, em um dia ensolarado, Chanyeol olhou para a janela, depois para Kyungsoo, seu melhor amigo.

— Eu vou nadar. — Foi o que ele disse antes de sair. Sair da vida de todos, sair da linha da sanidade.

 

Três lápides. Kris as visitava. Baekhyun voltou a lembrar de Chanyeol, e quando descobriu que ele havia se suicidado, voltou aos hábitos antigos, quatro lâminas, duas em cada pulso. Um dia, Byun sangrou, não só seus sentimentos, mas seu corpo, colorido em um escarlate que já foi cor das suas bochechas a cada beijo roubado por Park. Foi encontrado dois dias depois de sumir. Morto. Logo depois veio a irmã de Chanyeol, não aguentando a dor. Kris soltou uma risada baixa de escárnio. Quatro lâminas. Baekhyun sempre fora alguém que fazia tudo em quatro. Quatro refeições, quatro cores, quatro prateleiras, quatro lâminas.

 

Três segundos. Foi o tempo que levou para que Kris começasse a voltar até o começo. Ele não conseguiu parar de chorar por algumas horas, mais precisamente, três. 

 

Três quilômetros dali, Suho lhe esperava em sua casa. Ou pelo menos era o que ele pensava. Chegou na calçada, andou pelo passeio às três da manhã. Olhou para baixo, estranhou muito ao não ver três garrafas. Ao invés daquilo, três bitucas queimando e sendo levadas pelo vento como a tranquilidade de Kris estavam ali. quando chegou, apenas sacou uma chave extra e tirou os sapatos. uma trilha de objetos deixaram lágrimas nos seus olhos.

 

Três cartelas, todas vazias. Alguns saquinhos de algo que com certeza eram MDMA's, e eles levavam ao banheiro. Quando Kris parou na porta, olhou para baixo. Três garrafas de vinho. Ele abriu a porta, e assim que viu Suho, desviou o olhar.

 

Três soluços. Junmyeon estava sentado na banheira, usava roupas de Kris. A banheira estava metade cheia, a água se misturava com um líquido escarlate que também saia dos lábios do único aparentemente vivo, aqueles tão poéticos, agora ele mordia para não gritar, fraquejar em frente às frustrações, em frente à dor.

 

Agora, para Kris, eram dois.

Duas lágrimas. seu namorado estava morto. Mais uma vez.


Notas Finais


Três, dois, um...
Naturalismo


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