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História Anne de Pedra - Bela, no entanto, perigosa.


Escrita por: Dark-yuki

Notas do Autor


Minha mãe me obrigou a estudar T^T

Capítulo 2 - Bela, no entanto, perigosa.


Fanfic / Fanfiction Anne de Pedra - Bela, no entanto, perigosa.

Você caro leitor, nunca perguntou-se o porquê eu denomina-lo somente de João?

Provavelmente não deve ter ao menos estranhado eu não comentar seu sobrenome, uma vez que para uma narrativa tão detalhada uma informação como esta não seria algo que passasse tão facilmente.

Chamo-o de João porque para todos ele é insignificante para a sociedade, ele existe apenas por existir. Mas o que isso tem em com comum com o nome João? Você verá.

 

Narrador.

João despertou somente no dia seguinte, ao sentir uma ardência em sua face. “Não precisa usar palavras tão delicadas como face para descrever minha cara, pois até o couro de crocodilo está melhor que a minha pele.” - cala a boca criança.

Vagarosamente, como que desfrutando da dor recém-adquirida ou não, suas pálpebras se abriram; revelando assim, seu belo par de olhos azul-esverdeados. “Olha estou farto de tanto enfeite. Irei contar-lhes o meu ponto de vista”

 

João

Ergui meu rosto, o que resultou uma expressão de nojo proveniente de uma mulher que provavelmente havia me agredido (e que mulher huh), já que a dor não ia simplesmente acontecer ou acordei e o vento criou dedos e bateu em mim?. Não podia ficar pior­­­­­­.

-- O que um perdedor como tu fazes aqui, a estragar a bela paisagem que esta praça proporciona?

“Novamente equivoquei-me ao pensar que não haveria pior situação”

-Coscuvilhar a vida alheia não é algo apreciado por mim, senhorita.

-Não me interessa se é algo apreciado ou não, a sua opinião medíocre não interfere na minha vida.- proferiu seca

- Minha opinião para ti é tão medíocre quanto sua presença para mim.

-O que está insinuando?

-Não insinuei eu deixei explicito se você não entendeu problema seu.

Olhei-a no fundo dos seus olhos e entre a nossa seriedade um breve e singelo sorriso surgiu dos seus pequenos rechonchudos vermelhos lábios. Sua mão que até então permanecera  em seu casaco foi retirada de lá em um movimento brusco, consequentemente fechei meus olhos à espera de outro tapa, no entanto, não veio. Confuso, cautelosamente abri meus olhos, demorei por volta de 4 segundos para compreender o que estava a ocorrer, nunca em toda a minha vida poderia imaginar algo daquele nível vindo daquela pessoa.

“Ela estendeu-me sua mão, mas não só isso, dentro dela havia um bolo dinheiro”

-Não vai pegar?

-Não. Mesmo que eu morra acabe morrendo e me juntando a esta calçada até meu cadáver incomodar alguém, não irei rebaixar-me a esta situação e acima de tudo ser obrigado a guardar-te na minha memória até a morte como minha salvadora de merda. – Rosnei

Seu pequeno sorriso evoluiu ao ponto de mostrar sua arcada dentária inferior. Realmente essa mudança de humor repentina estava deixando-me com medo, vai que é psicopata? E você que está achando que eu sou um cara medroso, queria ver se estivesses no meu lugar subnutrido, sem forças. Só porque sou mendigo não quero morrer!

Ela pegou o dinheiro e guardou em seu moletom. - me encarando.

-Qual seu nome?

-Te interessa?- respondi sua pergunta com outra pergunta, e seu sorriso que até então permanecera em sua face desfez-se num passe de mágica.

-Se não me interessá-se não tinha perguntado. –proferiu seca.

-Meu nome é João. –Senti seu olhar sobre mim analisando cada gesto meu.

-Seu nome não é João. –Afirmou decidida.

-Como você sabe?

-Estou sabendo agora- sorriu debochada.

Praguejei internamente por ter caído nessa tão fácil. Ela sabe jogar (sorri de canto)

-Você me pegou nessa senhorita.

-Tá bom, deixa de enrolação e me diz logo seu nome.

-Meu nome é Just.

-Porque te ocorreu dizer que era João?- questionou

-Porque é isso que eu sou.-afirmei

-Como assim?-disse ainda mais confusa

-Eu sou um João,  João Paulo (kkk memes) João ninguém, ninguém jamais se importou comigo após eu me converter num morador de rua.

-Como se sente ao morar na rua?

-Não moro na rua, quem fica na rua são os carros, moro na calçada.

Como se já soubesse de tudo, uma vez que sorriu largo, estendeu-me sua mão novamente.

-Se for dinhei-

-Não é dinheiro. -cortou-me. Realmente, pois sua mão estava vazia, entendendo o recado, mesmo que hesitante não sabendo se deveria confiar, aceitei sua mão.

Num movimento rápido golpeou-me com suas delicadas mãos no ombro, e antes de tudo apagar ouvi um mesmo que longínquo

- Me desculpe.

 



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