História Tipo Ideal Perfeito - Team MinSia

Era possível a gótica das trevas sentir que estava no céu? Eu sei, clichê, idiota, bobinho, sem graça, água com açúcar, mas o que eu poderia fazer? Ou até mesmo dizer... Park Jimin tinha me exorcizado e a ideia era até engraçada, pensando por outro ponto de vista.

- Eu não sei por que você ta insistindo tanto nesse assunto.

Nós dois estávamos deitados na minha cama daquela vez. Eu vestia somente uma das minhas regatas e a minha calcinha de caveirinhas e beijinhos, Park Jimin estava só de boxer preta.

- Por que eu to curioso pra saber quem foi, como foi, quando...

- E por que isso importa? – faço cara de paisagem.

Ele insistia naquele assunto desde que transamos pela primeira vez e eu passei vários dias me esquivando. Era estranho falar disso com ele, pra mim não importava quem tinha sido e pra ele também não deveria.

- É importante pra mim. Fala Ceci – faz manha e aperta meu nariz.

- Foi com o filho de um amigo do meu pai. Ele e os pais vieram do Brasil ano passado pra passar as férias de verão na Coréia e meu pai convidou pra ficarem aqui em casa. Não foi nada de mais, tudo rolou bem rápido.

Respondo finalmente fitando minhas próprias mãos.

- Uma vez só?

- Não.

- Muitas?

- Algumas.

- Você gostou?

- Não na primeira vez.

- Você teve orgasmo?

- Park Jimin... wtf? – me viro de costas pra ele, escondendo meu rosto no travesseiro.

- Fala Ceci, por favor – desliza os dedos por entre meus cabelos desarrumados.

- Uma vez – respondo abafado.

- Vocês continuaram se falando?

- Não. Depois que as férias terminaram ele disse que gostava de mim e que ia manter contato, mas nunca ligou e eu também não fui atrás.

- Você gostava dele? – continua o interrogatório.

- Sei lá – dou de ombros – Não ligava muito não, só tivemos vontade e pronto.

- Fora ele... você teve mais alguém??

- Não.

- Só eu?? – eu podia sentir o sorriso em sua voz.

Respondo que sim só acenando a cabeça, afundando ainda mais o rosto no travesseiro.

- E comigo, – ele aproxima o corpo do meu e pousa a mão na minha cintura – você tem orgasmo?

Não tinha nada de mais na sua voz, mas pra mim era muito sexy o jeito como ele falava aquilo.

- Park Jimin... para com isso...

- Responde jahgi...

- Não tenho não, eu finjo – falo impaciente, mexendo os pés. Devia estar mais vermelha que o uniforme do Peter Parker.

Ele ri e aperta minha cintura.

- Mentirosa! Você não finge tão bem assim.

- Como sabe??

- Por que eu já conheço seu jeitinho. – enterra o rosto no meu cabelo e respira fundo – O jeito que você treme e se aperta em volta de mim. Ou como você contorce os dedinhos do pé. Ou quando você não agüenta e fala meu apelido sem querer...

Desgraçado! Eu me encolho quando ele sela os lábios na minha nuca. Sinto seu membro roçar na minha bunda dentro da boxer e suspiro contra o travesseiro.

- Não era pra você reparar nessas coisas.

- Cecília, você ta toda arrepiada já – afasta meu cabelo e trabalha com os lábios molhados no meu pescoço.

Sinto todos os pelos do meu corpo arrepiados, mas me controlo. Mesmo morrendo de vergonha me afasto relutante e levanto da cama.

- Park Jimin, a gente tem que se trocar.

Ele apenas ri, sentando-se na cama enquanto eu dava voltas no quarto escolhendo minha roupa.

- Você guardou esse cd? – pergunta mostrando a capinha transparente com a letra de Min Jun rabiscada.

- Guardei, tem umas músicas legais. Curti algumas bandas – respondo sem dar importância – Por quê? O que tem?

Reparo que seu sorriso tinha morrido só de olhar pra letra no cd. Quando ouviu minha resposta sua cara fechou.

- Esse cara vive te cercando agora. Ta começando a me irritar.

- Bobagem! Só o vi umas duas vezes – dou risada, mas ele não me acompanha – Está com ciúmes Park Jimin?

- Estou! – fala sem hesitar – Não gosto dele e nem de como seu amigo força a barra pra vocês se conhecerem.

- O Yul sempre foi um idiota com essas coisas e nunca conseguiu nada.

- Mesmo assim não gosto e não to afim de ver esse cara perto de você. – levanta da cama e se aproxima de mim.

- Park Jimin, você não manda em mim – provoco com um sorriso de canto.

- Tem certeza? – arqueia a sobrancelha e usando seu corpo me empurra até a porta – Diz que eu sou melhor – impõe me olhando nos olhos com o rosto a centímetros do meu.

Faço que não com a cabeça. Eu tava brincando com fogo. Park Jimin estava ficando experiente muito rápido. Ao ver minha resposta ele segura minha cintura, colando nossos corpos e me pressionando contra a superfície de madeira.

- Não vou inflar seu ego amor – falo irônica, mesmo sentindo meu corpo todo corresponder prontamente a qualquer movimento dele.

- Diz que eu sou melhor que esse cara e aquele brasileiro otário – morde meu lábio inferior, puxando entre os dentes – Eu sei que você concorda.

Suas mãos passeiam pelas minhas coxas desnudas e sobem até meus glúteos apertando com firmeza, fazendo atrito entre nossos quadris. Solto a respiração pesada algumas vezes e espalmo as mãos em seu peito.

- Seus amigos estão esperando a gente – é tudo que consigo responder, mordendo o lábio logo em seguida.

- A gente pode chegar por ultimo – sorri malicioso.

- Meus pais estão em casa agora – não consigo tirar os olhos dos seus lábios, me agarrando a qualquer desculpa.

- Você geme baixinho... – sussurra e volta a roçar nossas intimidades.

Eu fecho os olhos e arranho levemente seu peito, subindo minhas mãos para seus ombros. Quando ele aperta novamente meus glúteos eu tomo impulso e envolvo as pernas na sua cintura. Com seu sorriso lindo novamente em seus lábios ele me carrega de volta pra cama, pra gente começar tudo de novo pela segunda vez naquele dia. Park Jimin estava insaciável, e eu estava adorando.

(...)

Na casa do Yoongi de novo, Park Jimin disse que por seus pais não ligarem muito era mais fácil todos se reunirem por lá. Eu não estava mais tão nervosa como da primeira vez, mas isso foi somente até entrarmos na sala e eu ver que as amiguinhas populares número 1 e número 2 também estavam lá.

- Você não me falou que elas estariam aqui também – cochicho para Park Jimin e o fuzilo com os olhos.

- Se eu falasse você não iria querer vir.

- Exatamente! Por que você faz isso comigo?

- Assim é o único jeito delas pararem de cochichar tanto sobre nós dois e esquecerem de vez o assunto.

- Isso não vai acontecer.

As encaro e a cara das duas era de poucos amigos, assim como a minha deveria estar também. Era difícil eu fazer amizade com meninas que eram meramente parecidas comigo, imagine com meninas como aquelas. Mae era e sempre seria a única exceção. Os outros seis garotos do grupo Seokjin apenas ignoravam o desconforto entre garotas.

- Deixa elas verem que você é linda, engraçada, inteligente, gostosa, fofa...

- Park Jimin – reviro os olhos irônica – Acho que você ta namorando outra pessoa nos seus sonhos.

Ele ri e aperta meu nariz, já que meu cabelo tava preso num rabo de cavalo e não dava pra bagunçar.

- Cecília, senta aqui – Namjoon me chama – Vamos ver se você ri hoje.

- Duvido muito – murmuro soltando a mão de Park Jimin e indo me sentar com Namjoon.

(...)

- Eu curto ficção cientifica também. Os filmes do Christopher Nolan tem sido meus preferidos ultimamente – Yoongi comenta. Nós havíamos engatado uma conversa sobre filmes e livros preferidos, eu, ele e Namjoon.

- Acho que ele acertou bastante o estilo do syfy depois de A Origem, mas escorregou no quiabo com Transcendence.

Os dois riem das minhas expressões pouco convencionais para uma garota.

- Mas interstellar foi incrível! – Namjoon se empolga.

- Apesar das três horas de filme – completa Yoongi e todos concordam – Cecília, acho que nós dois temos mais coisas em comum com você do que o Jimin.

Balanço a cabeça, afirmando.

- Acho que eu tenho mais coisas em comum com qualquer pessoa do que com o Park Jimin.

Jungkook, Taehyung e Park Jimin conversavam entre risadas no outro sofá. As duas garotas não estavam na sala a um tempo, Seokjin e Jhope também não estavam em nenhum lugar a vista. Hmm.

- Deve ser por isso que dá tão certo – Namjoon afirma sorrindo sem mostrar os dentes, somente sua covinha.

- É, mas agora to com inveja – Yoongi ri – Não acredito que ele te descobriu primeiro, que outra garota gosta de syfy naquela escola??

Dou risada de braços cruzados. Aquilo foi engraçado.

- Ae, conseguiu fazer ela rir Hyung – Nam troca um H5 com Yoongi.

- Não se empolguem. Agora sim só na próxima década – continuo sorrindo e me levanto do sofá – Posso usar o banheiro?

- Acho que lá em cima ta ocupado – Yoongi sorri sugestivo – Vê aqui embaixo, primeira porta a direita.

Assenti e fui até o corredor, mas antes passei perto da cozinha onde pude ouvir vozes. Eu não queria ficar ouvindo, mas a curiosidade era maior.

- Mas não rolou nada? – a voz feminina e irritante da amiga popular número 2 soa nítida quando me aproximo da porta.

- Não, falei pro Hope que não queria fazer nada aqui na casa do Suga e com esse monte de gente – responde a amiga popular número 1.

- E foi Só por isso?

- Você sabe que eu gosto mesmo é do Park Jimin, mas parece que ele ta enfeitiçado.

Não consigo evitar um sorriso.

- Pois é, aquela gótica das trevas parece que fez um voodu – as duas tentam segurar a risada.

- Eu não duvido nada – a amiga popular número 1 conclui – É a única explicação.

Legal, agora eu tinha sido promovida pra gótica das trevas vooduzeira. Desisto de ir ao banheiro e quando volto pra sala eu não tava mais com a mínima vontade de continuar ali, fingindo que ignorava as duas. Ao perceber meu olhar Park Jimin me puxa para sentar ao seu lado e passa os braços sobre meus ombros, me fazendo deitar a cabeça em seu peito.

- Você podia ter trazido seu irmão – falo pra ele – a gente podia ficar conversando.

- Por que? Você não quer ficar conversando com a gente? – quem me responde com as perguntas é Jungkook.

- Não é isso... é que vocês todos são amigos... Hyun é mais sozinho que nem eu... não sei. Ai vocês tem que dar atenção pras outras garotas...

- Meu irmão ta te roubando de mim? – Park Jimin pergunta, rindo com Jungkook – Aquele pivete.

- Se ta preocupada com as meninas, relaxa Cecília... todo mundo aqui é Team MinSia – Jungkook fala sorrindo.

Apesar de não gostar daquele nome fiquei satisfeita em ouvir aquilo. Sem me refrear sorrio abertamente para o garoto.