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História Tipo Ideal Perfeito - Mas o coreano...


Escrita por: Kesey_ecc

Notas do Autor


+brasileiro

Boa leitura <3

Capítulo 24 - Mas o coreano...


Fanfic / Fanfiction Tipo Ideal Perfeito - Mas o coreano...

Acho que era pra eu passar mais tempo com meus avós, mas no final das contas meu pai não queria que eu me lembrasse tanto da minha avó do jeito que ela estava. A maioria das noites eu ficava com meu avô antes de voltar para casa do meu tio com meus pais e jogávamos dominó. Ele contava os pontos com feijões e eu ria toda vez que ele tentava roubar embaralhando. Ter avô era legal.

Durante os dias eu tinha um certo palhacinho pra me entreter e me levar pra conhecer vários lugares. Rafael estava sendo bem legal em dedicar seu tempo a mim depois que voltava de suas aulas. Parecia que a gente tinha só continuado as férias que ele tinha começado na Coréia, sem incluir o sexo claro. Quando não saíamos com nossos pais que insistiam em documentar tudo em fotos, nós saíamos sozinhos pra qualquer lugar que ele sugerisse.

Até por que Park Jimin não me saia da cabeça de jeito nenhum, quanto mais os dias passavam pior ficava. Eu ficava vendo suas fotos, revendo nosso vídeo idiota e vergonhoso no karaokê, ouvindo sua voz e sua risada. Lembrando de quando ficávamos juntos e sozinhos, sem ninguém mais pra atrapalhar na nossa quarta dimensão. Onde eu achava que ele realmente gostava de mim como eu gostava dele. Vir para o Brasil serviu como uma certeza de que eu não poderia estar mais errada.

Não importava onde eu ia, com quem estivesse ou quanto o Rafael me fazia rir, meu celular estava sempre na minha mão enquanto eu esperava por um sinal de vida de Park Jimin. Eu poderia ligar... mas não era eu quem devia correr atrás ali depois da forma que nos despedimos. Aquele certo orgulho de sempre mantendo meu queixo erguido e tal.

(...)

Apesar de ter o mesmo estilo que eu e curtir praticamente as mesmas coisas, Rafael era uma pessoa da natureza. Gostava de se enfiar em mato, fazer trilha, escalar montanha ou sei lá, ir a praia exibir seus músculos... enfim, viver no calor e na água. Agora imagina a gótica das trevas na praia, quão suave não era. Ele tentava me arrastar pra todos esses lugares e ir na praia várias vezes por semana, mas eu simplesmente era uma sedentária que não era muito fã de claridade. Tava cansada dessa rotina “natureza é amor”.

- Mas é uma praia diferente agora. Tenho certeza que você vai gostar do visual – ainda insistia.

- Não to questionando o visual, to questionando o sol, a água, areia, pessoas, ter que andar. Quase não parei em casa esse mês inteiro. Nem sabia que tinha tanta coisa assim pra ver aqui.

- A gente nem começou a andar de carro ainda. Tava afim de te levar num lugar com mirante onde da pra ver a vista inteira do litoral. O por do sol lá é bem maneiro.

Rio baixo e balanço a cabeça. Ele estava tão empenhado.

- Rafael, eu vim até sua casa. Pra mim é maneiro demais já, ta bom de emoções por um dia.

- Eu fico na minha casa todo dia, não tem nada pra fazer aqui – faz cara de tédio.

- Você tem um quarto inteiro só pra músicas, filmes e vídeo game. Pra mim tem muita coisa pra fazer.

Desaba no sofá ao meu lado, jogado de qualquer jeito. Sua boca de sorriso grande estava agora num bico enorme. Eu só consigo dar mais risada ainda do bebezão palhacinho que eu estava conseguindo entediar. Mas não tenho muito tempo pra ficar reparando em suas feições porque meu iphone vibra na minha mão, com uma notificação de mensagem. Meu coração acelera como sempre. Quando desbloqueio a tela não reconheço o número e franzo o cenho. Abro a mensagem:

“Boa noite... ou boa tarde, não sei. Yul me passou seu número de telefone depois que eu insisti muito. Gostaria de pedir as devidas desculpas depois da confusão na porta da sua escola aquele dia. Achei melhor não dar as caras por lá e correr o risco de te irritar ainda mais. Não queria estar fazendo isso por mensagem de texto, mas como não tem outro jeito... Me desculpe Cecília, aquela não era a impressão que eu queria deixar de mim em você. Espero que possa esquecer tudo. Min Jun.”

Fico encarando a tela do celular, relendo a mensagem, sem saber ao certo o que pensar. Ele tinha sido só mais uma das pessoas idiotas que julgaram meu namoro com Park Jimin, e tinha levado aquilo bem a sério pra fazer o que fez. A impressão que eu tinha dele era realmente a pior possível, magrelo, esquentadinho e fracote pra ser mais precisa. Mas no final das contas ele pelo menos fez alguma coisa pra pedir desculpas.  Então respondo tão formal quanto ele:

“Obrigada por se desculpar. Colocaremos uma pedra no assunto que já está esquecido. Cecília”

- Está com fome? – Rafael chama a minha atenção e eu bloqueio novamente o celular.

- Eu poderia comer agora – dou de ombros.

- Quer fazer o que?

- Comer e assistir algum filme.

- Eu faço isso todo dia – faz uma careta e eu dou risada.

O acompanho até a cozinha e o ajudo a fazer a pipoca, pegar 2 litros de coca, doces na geladeira, salgadinhos no armário. Tudo saudável que é preciso pra assistir filmes legais confortavelmente. Equilibramos tudo nos braços e vamos até o quartinho de música/cinema/vídeo game/escritório. Ajeitamos as coisas no tapete, Rafael joga umas almofadas grandes por ali também.

- Você gosta de assistir o que?

- Sei lá, tem alguma coisa ai tipo criminal misturada com canibalismo? – pergunto normalmente, indo até a estante para checar os DVDs.

- Wtf? Que troço doido é esse? – ouço sua risada, mas não o encaro.

- É tão legal – comento óbvia.

- Acho que não tem nada disso ai – responde e sua voz soa meio baixa.

- Poxa, tem vários filmes tão legais... No mundo de 2020 – começo a listar – meu preferido é Mortos de Fome, sem falar no clássico Silêncio dos Ino... OW O QUE VOCÊ TA FAZENDO? – me interrompo assim que me viro e vejo Rafael tirando a camisa.

Ele me encara inclinando levemente a cabeça e coçando a nuca. Se aproxima em passos lentos e eu arregalo os olhos.

- Tava pensando em te mostrar umas coisas que eu aprendi – sorri de canto.

- Meu Jesus! – tapo a boca e me viro de lado, pra não encará-lo – Rafael eu te disse que eu tenho namorado.

- É que você não me pareceu tão segura quando disse... então achei que pudesse ter um pouco de sorte – ele estava perto – Não queria perder a oportunidade simplesmente por que não tentei.

Espalmo a mão em seu peito, o afastando gentilmente.

- Hmm... é... nossa – viro para olhá-lo de canto e desvio o olhar umas três vezes seguidas. Ele tinha uns ombros largos, e uns bração, chegando perto assim parecia ainda mais alto, era intimidante, aquela barriga meio lisa e meio definida. Tapo o rosto novamente – Moleque... Rafael... eu te disse que era uma história complicada, mas infelizmente eu sou completamente apaixonada por ele. Mesmo que eu não tenha mais certeza de como estão as coisas entre nós dois, eu ainda o amo e não conseguiria fazer isso com você. – falo com firmeza – Me desculpa.

Ouço um suspiro pesado vindo da parte dele.

- Eu entendo... é que é difícil não querer ter um revival com você. A gente perdeu a virgindade juntos. Fui passar as férias na Coréia e acabei perdendo a virgindade com a coreana mais gostosa que eu já vi – dou uma risada sonora e volto a encará-lo – Tenho a história de perda de cabaço mais legal do universo – ele sorri gesticulando exageradamente – E é por sua causa. Não sei como foi pra você, por que pra meninas pode ser mais demorado e mais chato e tal. Mas pra mim foi inesquecível.

- Foi inesquecível pra mim também – sorrio, por algum motivo com muita vergonha – E te conhecer melhor nessa minha viagem tornou tudo mais legal ainda. Antes eu acho que a gente foi meio apressado, ficamos com vontade e fizemos. Agora te conhecendo mais, não me arrependo de nada.

- Mas o coreano... – fala sugestivo, se afastando pra sentar no sofá.

- Ele simplesmente era pra ser. Não sei explicar como aconteceu, por que ou nada dessas coisas. Só sei que tem que ser ele e pra mim é o bastante.

- Mas eu sou inesquecível né? – pergunta rindo e eu rio também afirmando com a cabeça, me sentando ao seu lado.

- Relaxa Rafa, tenho certeza que muitas meninas querem dar ré no seu kibe.

Ele ri ainda mais e eu o empurro com o ombro.

- Conta ai o que rolou entre vocês dois. Agora fiquei curioso.

- Não, é estranho...

- Você sabe que vai acabar falando.

Verdade.

- Ta bom... mas põe uma camisa pelo amor de Deus. Isso aqui não é crepúsculo.

Assim que se veste nos sentamos no chão e o nosso cinema vira a minha história com Park Jimin. Nós tínhamos o dia inteiro pra perder ali enquanto comíamos besteiras. Mostrei fotos, contei sobre o preconceito, as pessoas que insistiam em se meter, ele leu a mensagem de Min Jun, ria dos meus detalhes sobre as brigas. Prestava atenção em tudo e diferente de todo mundo ele diz que eu e Park Jimin éramos perfeitos um pro outro.

- As pessoas na Coréia são cegas – ele comenta devolvendo meu celular e comendo mais pipoca – Só de ver esse vídeo fica tão na cara que vocês meio que se completam de uma forma inusitada. Não tem nada de diferente em vocês dois, aqui vocês são completamente normais.

- Abençoados sejam os brasileiros e suas misturas de raça – sorrio abertamente.

- Ele não vai ser louco de te deixar Ceci.

Se Rafael vivesse perto de mim as coisas talvez tivessem sido bem diferentes. Não sei se rolaria alguma coisa mais séria entre a gente, mas com certeza eu não seria melhor amiga do Yul.

- Eu espero sinceramente que não...


Notas Finais


Dessa vez eu decidi deixar uma mensagem não tão subliminar pra ~taejikook super fã de uns lances criminal misturado com canibalismo kkk ;)
Você sempre foi minha melhor shipper e eu queria fazer pelo menos uma menção honrosa em algum capítulo. Espero que tenha gostado <3

Não sei se deu pra reparar que eu gosto de interagir com todas vocês kkkkkkkk Foi mal <3

Sobre esse capítulo, só tenho uma coisa a dizer: PARK JIMIN RETORNARÁ.


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