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História Tipo Ideal Perfeito - A-alô


Escrita por: Kesey_ecc

Notas do Autor


não consegui achar uma foto melhor pra capa. Desculpe =/

finalmente último capítulo da viagem

Capítulo 25 - A-alô


Fanfic / Fanfiction Tipo Ideal Perfeito - A-alô

58 dias...

Aquilo não ia acabar nunca? Faltava tão pouco, mas mesmo assim parecia se arrastar ainda mais do que eu já tinha aguentado. Tentando dar o tempo e espaço que Cecília queria e precisava, bolando qualquer coisa na minha cabeça para provar a ela que eu com certeza sinto o mesmo, ou até mais.

Querendo ou não a gótica das trevas seria pedida em namoro devidamente e dependendo de mim, seria em grande estilo. Se preciso na frente da escola inteira ou na porta da casa da Yeon. De um jeito ou de outro teríamos uma data oficial para comemorar e deixar aquela besteira toda para trás. Park Jimin estava decidido. E pelo jeito que as coisas iam Ceci não desconfiaria de nada.

Saio do carro e caminho pelo estacionamento com um meio sorriso nos lábios. Eu estava morrendo de saudades, mas também estava ansioso e otimista.  Assim que atravesso os portões do pátio vejo os sem namoradinha conversando animadamente com Seulgi e várias candidatas a namoradinhas, mas Yeon não ficava mais conosco. Nem tinha mais clima depois daquilo tudo também.

Paro em frente a todos desligando minha música e retirando meus fones. Ultimamente estava ouvindo mais Ed Sheeran que o normal, era minha nova playlist, Ed Sheeran intercalado com something umas 50 vezes até finalmente conseguir cair no sono a noite. Yoongi hyung dizia que eu estava mais meloso e quieto do que eu realmente era desde que a Ceci foi viajar. De todos ali só Jungkook sabia o que realmente tinha rolado comigo e ela, fora Hyun é claro. Meu irmão me colocou cada vez mais pra baixo ao invés de me ajudar, me chamando de idiota pirado por não ter respondido ao “eu te amo” e idiota maior pela conversa que tive com a Seulgi. Entre a Ceci e eu, meu irmão escolheria ela sem hesitar.

- Tá sorrindo hoje?? Cecília vai voltar logo?? – Yoongi pergunta com um meio sorriso.

Acho que era o hyung que mais cuidava de mim, apesar de ter um jeitão “dane-se” pra tudo.

- Finalmente – respondo sorrindo sem mostrar os dentes.

- Já decidiu tudo então? – Jungkook pergunta, fazendo Yoongi hyung unir as sobrancelhas confuso.

- Mais ou menos.

- Vocês dois são estranhos – Yoongi dá de ombros desviando a atenção pra uma das meninas.

Jungkook faz sinal com a cabeça pra que eu o acompanhe em direção ao corredor dos armários e assim nos afastamos do grupinho.

- E ai, como vai ser? – pergunta curioso.

- Acho que aqui em frente a escola depois da aula. Nada lá muito espalhafatoso pra que ela não me mate, mas chamativo o bastante pra que todo mundo saiba que não importa o quanto se intrometam eu e ela já demos certo faz tempo.

- Nunca imaginaria você se preocupando com uma coisa dessas Jiminie hyung – ele ri dando tapinhas no meu ombro – Ainda bem que é pela garota certa.

- É justamente por que ela é a garota certa.

- Você tem sorte...

- E o seu lance com a Yuna?

- A gente só deu uns pegas mesmo. Da minha parte não vai rolar nada além disso – faz uma careta desapontado.

- E por que não?

- Ela não me impressiona – eu dou risada e ele me acompanha desconcertado – Tipo, não tem nada que faça ela especial aos meus olhos... não sei explicar, sou ruinzão com essas coisas. Ela é legal, meiga, é uma garota normal... e só isso. Se for pra namorar eu quero que seja um lance que nem o seu com a Cecília. Diferente, instigante, sei lá... vocês parecem íntimos até na forma de se olhar quando estão no meio de todo mundo.

Sorrio abertamente com aquilo. Sentindo falta de dividir aqueles olhares com ela em qualquer lugar.

- Acho que eu tive sorte mesmo.

- Então vê se não caga mais no pau depois que ela voltar.

Estreito os olhos e espalmo a mão aberta em seu peito, dando um tapa forte. Jungkook se encolhe e faz uma careta dando risada. Era carinho.

(...)

Assim que o sinal bate anunciando o intervalo vou até meu armário guardar uns livros que não precisaria mais pelo resto do dia. Todo mundo vai em direção ao lugar de sempre no refeitório e eu peço pra que Hobe Hyung compre meu lanche pra mim. Perco um, dois, três, quatro, cinco minutos do meu intervalo tentando fechar a porta daquela droga de armário que tinha emperrado. Pelo canto dos olhos noto que Yeon estava se aproximando. Cacete!

- Jiminie oppa ... – diz sorridente, toda estranha pra quem não falava direito comigo a pelo menos um mês e meio.

- O que foi So Yeon? Veio ver se consegue me machucar mais um pouco? Arranhar de novo minha cara.

- Pelo contrário, eu quero cuidar de você – responde melosa e como se fosse inocente, mas parecia um pouco irônica.

Eu bufo irritado sem encará-la, além daquela droga de armário agora tinha que aturar essas babaquices dela.

- Acho que você deveria estudar agronomia ou sei lá, ta precisando cultivar um pouco de amor próprio.

Ela ri alto me fazendo franzir o cenho e fita-la surpreso. Mas hein? Tava maluca? Começa a mexer no celular e seu sorriso se alarga mais ainda.

- Parece que sua namorada tem se divertido muito no Brasil, não é?

- Ta falando do que?

Vira a tela do seu celular pra mim e exibe uma foto da Cecília de mãos dadas com um cara loiro de olhos castanhos, usando uma camisa do ramones. Aquela porra de camisa de novo, aquela merda de banda. Na legenda da foto tava escrito “first love”.  Mas que merda era aquela? Eu não conseguia desviar os olhos e pelo jeito minha expressão devia ser das mais engraçadas, por que So Yeon não parava de rir. O ciúmes me consumiu por completo, queimando meu estômago, meu peito, minha garganta. Com raiva afasto o celular bruscamente, fazendo o aparelho espatifar no chão, depois bato a porta do armário com força, amassando a mesma e fechando de qualquer jeito. Me afasto da Yeon que me xingava recolhendo as partes do seu celular no chão.

Eu sabia que Cecília não postava nada na sua rede social provavelmente desde que o Mark Zuckerberg decidiu finalmente nomear o facebook de facebook. Todas as fotos que eu já tinha visto daquela viagem eram de uns parentes dela que colocavam. Aquele cara da foto só podia ser o brasileiro otário, com aquele papo de “first Love”, mas por que ela tava segurando a mão dele? Eu não acredito que dei esse mole, não acredito que não imaginei que esse cara poderia estar por perto, ou que qualquer outro cara pudesse se aproximar. Idiota! Burro! Anta! Animal de teta! Cecília não faria isso comigo... faria? Quem não faria? Eu sumi, dei o tempo pra ela, não respondi quase nunca suas mensagens. Mas que porra!

Sento emputecido ao lado de Tae ignorando tudo e todos, encaro meu celular e abro uma mensagem em branco. Coçando os dedos pra escrever mil e uma perguntas sobre aquela foto e aquele primeiro amor dos infernos.  Eu tinha algum direito de fazer aquilo ainda, ela é minha namorada. É a minha coreana, não é a sua brasileira... palhaço, otário, puto, idiota.

Eu tinha que me segurar.

Yul! Ele deveria saber de alguma coisa. Procuro pelos dois alheios ao universo no lugar costumeiro, mas justo hoje nenhum dos dois estava lá. Meus olhos procuram por todo o refeitório e não encontro nada, quando me levanto afim de procurá-los na biblioteca o sinal soa novamente e eu xingo baixinho.

(...)

Na hora da saída reparo em cada uma das pessoas que caminhava em direção aos portões da escola, procurando pelo rosto de Yul ou de Mae. Jungkook e nenhum dos hyungs tentaram puxar qualquer tipo de assunto comigo naquele estado, todos perceberam que eu não queria papo com mais ninguém. Todos menos Seulgi.

- Jimin oppa – me chama e eu só aceno com a cabeça, ainda prestando atenção nas pessoas – Posso ajudar em alguma coisa?

Naqueles dois meses ela era a pessoa que mais tentava me aturar quieto e sem graça do jeito que Yoongi hyung dizia que eu estava. Era de grande ajuda, mas agora não ia me adiantar de nada.

- Não Seulgi, depois a gente se fala – respondo e logo em seguida corro pra longe dela quando vejo Yul cruzar as portas da escola ao lado da Mae.

Assim que me aproximo a garota de cabelos coloridos se afasta, sem fazer questão de me olhar. Foda-se, uma a menos que eu tinha que lhe dar. Paro na frente do Yul que me encara sem graça.

- Tem falado muito com a Cecília ultimamente? – pergunto sem nem o cumprimentar.

- Quase todo dia.

- Como ela está?

- Por que você mesmo não fala com ela? – faz menção de continuar andando, mas eu me coloco em sua frente de forma autoritária.

- O que ela falou? Ela ta saindo com alguém?

- Sério cara, vocês deveriam resolver sozinhos. Não vou me meter.

Bufo irritado e não faço questão de esconder ou ser educadinho.

- O vôo dela ainda é aquele que vai chegar de madrugada?

- Ih cara, eu nem sei se ela vai voltar mais...

- O que? – pergunto imóvel.

Sou ignorado pelo garoto que se aproveita da minha surpresa e se afasta de mim o mais rápido possível. Não sabe se ela vai voltar? Não... não, ele tava me zoando. Pego o celular e aperto o contato dela, colocando o aparelho na orelha logo em seguida. Ouço chamar por um minuto inteiro, contando os toques, até que finalmente...

- A-alô...

Sua voz... sai baixa e ela gagueja. Eu estava nervoso, com ciúmes, com medo, com saudades, receoso.

- Cecília... desculpa, eu te acordei? Ai deve ser quase de madrugada já.

- Não, eu não estava dormindo – tento imaginar suas expressões naquele momento.

- Como você está? – mordo meu lábio, passando a mão pelo meu cabelo.

Aquilo era angustiante. Por que ela não tava ali na minha frente?

- Estou bem e você?

- Bem também.

Silêncio.

- Como está a escola? Todo mundo ai?

- Tudo do mesmo jeito. E como estão as coisas ai?

- Hm, um pouco delicadas... minha avó está piorando bastante.

Não!

- Quando você volta?

- Eu não sei... não tenho ideia...

- Cecília – minha garganta se fecha – Você não vai mais voltar?

- Eu não sei Park Jimin... eu não sei – ela murmura baixinho e funga logo em seguida.

- Isso não é verdade – levo a mão livre atrás da cabeça, puxando levemente meus próprios cabelos.

- Me desculpa – fala rapidamente antes de desligar o telefone.

Ando de um lado pro outro, sentindo meus olhos marejarem. No instante seguinte Jungkook para na minha frente, segurando meus ombros depois de notar meu estado.

- Jiminie hyung, o que ta acontecendo cara?

- Ela não vai mais voltar... – aperto os olhos, tentando impedir qualquer lágrima de rolar – Ela não vai mais voltar.

 


Notas Finais


Desculpem de novo =/

não sei nem o que falar aqui, então desculpem... vou me calar :(

MUITO obrigada pra quem chegou até aqui
<3


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