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História Tipo Ideal Perfeito - E sobre aquela exceção?


Escrita por: Kesey_ecc

Notas do Autor


OBS:
AS CENAS +18 DESTE CAPÍTULO NÃO FORAM CENSURADAS PORQUE O CASAL PRINCIPAL JÁ É MAIOR DE IDADE NESTA FASE.
PARA TODOS OS EFEITOS AMBOS ESTÃO FORA DA ESCOLA, NA FACULDADE, COM 18 ANOS RECÉM COMPLETADOS.

Capítulo 31 - E sobre aquela exceção?


Fanfic / Fanfiction Tipo Ideal Perfeito - E sobre aquela exceção?

26/04 – Quarta feira – 16:46pm

- Mas como assim Cecília??? O garoto é um gato – Suk dizia indignada atrás de mim, no meio do nosso expediente – Eu duvido que ele beije mal, não com aquela boca maravilhosa.

- Suk-Suk, você fala como se soubesse muito bem sobre a boca maravilhosa dele – dou risada.

- É a primeira coisa que a gente nota. As garotas da escola faziam fila atrás daquela boca – ela se abana dramática – E ele ainda tinha um papo que levava qualquer uma pra cama minha filha.

- Meu Deus... você e o Jin-ho???? – arregalo os olhos.

- Uma vez só – sorri inocente – Continuamos muito amigos depois disso. Por isso eu tinha certeza que ele é perfeito pra você.

- Perfeito até demais... – faço cara de tédio – Eu juro que achei ele lindo de morrer, mais meu estilo seria impossível. Ele é... só que não é pra mim entende? Ai, não sei o que tem de errado comigo.

- Claro que sabe. Você ainda gosta daquele fofíssimo. E como não gostar? Aquelas fotos que você me mostrou são de tirar o fôlego.

Engraçado como o jeito despojado e feminino de Suk não me incomodava nem um pouco. Aquela era a amizade mais feminina da minha vida, fora a minha mãe Mi Suk era a única mulher que eu cheguei a conversar sobre garotos e meu relacionamento com Park Jimin.

- Aliás, qual é a desse seu charme ocidental que só atrai esses homens lindos? Você tem que me apresentar aquele brasileiro, senão nunca mais vou te perdoar.

- O Rafa também gostou bastante de você pela foto. Ele gosta de asiáticas.

- O que ele está esperando pra vir me ver? – abre os braços e faz um bico de beijo preparado, atraindo os olhares de alguns clientes em algumas mesas.

- Talvez seja mais rápido do que você pensa – dou risada ao ver sua cara de surpresa, mas logo me recomponho ao ouvir o sininho da porta de entrada.

Quando ergo meu olhar pra encarar o próximo cliente, fico boquiaberta.

- Ceci... que saudades! – Hyun se aproxima sorridente e animado do balcão – Não acredito que você trabalha aqui, se soubesse teria vindo muito antes.

Boquiaberta mais um pouco...

- Eu nem tive tempo de falar com você naquela bagunça que foi a formatura de vocês – se encosta no balcão parecendo realmente alegre. Estava mais falante do que eu me lembrava – Só consegui te ver de longe. Estava linda! No final das contas eu que fiquei no meio dessa confusão de vocês dois. Sou o filho único jogado e esquecido por você no divorcio.

Não consigo evitar um sorriso enorme com todo aquele discurso.

- Também senti sua falta. Nem tive tempo de me despedir – faço minha melhor cara de “sorry” – Eu tinha vários jogos novos pra mostrar e nenhum parceiro bom o bastante pra testar.

- Você está finalmente admitindo que eu jogo melhor que meu irmão? – sorri convencido.

- Com certeza – era a mais pura verdade.

- Vou ter que esfregar isso na cara do meu hyung – solta uma gargalhada e eu volto a ficar boquiaberta. Ele ia comentar nosso encontro com Park Jimin. Claro! – Você trabalha aqui a muito tempo? Eu já vim aqui antes, mas essa é a primeira vez que eu te vejo.

- Trabalho aqui a uns dois meses só. Fica perto da faculdade que eu faço. E você ta fazendo o que por aqui?

- Tem uma pista de skate bem legal no parque aqui de perto também. Tudo é perto nesse centro – da de ombros sem tirar o sorriso do rosto. Os garotos Park e esses sorrisos. DNA da fofura – Passei aqui só pra comprar umas coisas pra comer no apartamento do meu hyung.

- Ah é verdade! Preciso anotar seu pedido – rio sem graça.

Ele pede bolinhos, dois cafés e mais algumas besteiras da vitrine. Hyun comenta alguma coisa sobre sua escola e eu arrumo rapidamente seu pedido numa sacola enquanto Suk prepara os cafés. Entrego tudo pra ele com as mãos parcialmente tremulas. Não sei por que estava nervosa.

- Eu nem queria ir embora, queria continuar aqui conversando com você – faz cara de desapontado. Meu ex-cunhado era muito sincero e transparente – Mas não posso atrapalhar seu trabalho. Por favor, não me abandona de novo só por causa do aconteceu entre você e o Jiminie hyung. A gente ainda pode ser amigos não é?

- Claro que sim. Assim que der te chamo pra jogar vídeo game comigo.

- Legal! – ele tira uma caneta da mochila que carregava e junto com o dinheiro do seu pedido ele me entrega seu telefone anotado – Não deixa de me ligar, senão vou ter continuar aparecendo aqui.

- Pode deixar – dou risada – Foi bom te ver Hyun.

Ele acena antes de pegar as sacolas com uma mão e o skate com a outra. Sai do café cheio de coisas e com a mochila nas costas. Eu suspiro.

O alerta Park Jimin tinha sido soado. Adeus tranqüilidade do dia.

 

27/04 – Quinta feira – 13:30pm

Eu estava atrasada... Eu estava atrasada... Eu estava atrasada...

Sai praticamente correndo da faculdade, depois de tentar decidir algumas coisas sobre um trabalho em dupla com a Mikame. Falei pra ela que iria retornar por mensagem o dia que estivesse livre pra podermos nos encontrar fora da faculdade, e ela assentiu sem problemas. Aquilo tudo era novo pra mim, meninas da faculdade não ligavam em se aproximar de mim apesar da minha aparência de gótica. Mikame dizia que eu tinha o estilo mais legal da sala, por isso queria fazer o trabalho comigo. Era novo, mas era legal.

Decido cortar caminho pelo meio do parque ao invés de ter que atravessar um monte de ruas e esperar um monte de faróis abrirem. Parecia que eu estava marchando muito rápido enquanto passava por algumas pessoas que eu nem fazia questão de reparar. Mesmo assim uma cena me chama muita atenção, eu reconhecia aquele cabelo e aquela estatura. Seokjin caminhava embaixo da sombra de uma arvore e ia em direção a uma garota que tirava várias fotos enquanto ele fazia caras e bocas. Como é que é? Kim Seokjin tinha virado modelo? Bem a cara dele. Mas no instante seguinte ele cobre a lente da câmera com a mão, abaixa o equipamento diminuindo a distancia entre os dois e selando os lábios da fotógrafa sem pudor na frente do parque inteiro. Eita! Que trabalho mais divertido.

- Jin! – a garota o chama quebrando o beijo – Preciso terminar isso hoje, eu tenho um prazo.

- Só um beijo não vai atrasar nada Lia – faz um bico e arranca sorrisos dela.

Eu estava perto demais pra ouvir aquelas coisas que eu não deveria. Não posso ser vista por ele, ia ser um constrangimento dos infernos depois de tanto tempo e depois daquela cena, então saio correndo pra longe dali. De repente Seul não era grande o bastante.

Daquele jeito o alerta Park Jimin tinha sido soado bem mais cedo durante o dia. Como se tudo ao meu redor já não me fizesse lembrar dele, eu tinha que ficar revendo seu irmão e seus amigos.

 

28/04 – Sexta feira – 22:50pm

Balcão limpo, mesas arrumadas, guardanapos repostos, bandejas no lugar, maquinas desligadas. Estava tudo em ordem então tiro meu avental, dobro com cuidado e me abaixo pra guardar numa das portas sob o balcão. Ouço o sininho da porta, anunciando a entrada de mais um cliente. Droga!

- Desculpe, nós já estamos fechados – falo alto e emirjo detrás do balcão rapidamente, quase caindo pra trás com o ato.

Eu paraliso e a única coisa que parece funcionar no meu corpo é meu coração batendo na velocidade de um trem. Minhas mãos começam a suar. Eu respiro fundo, mas aquela tática não me acorda do transe. Só a voz dele chegando aos meus ouvidos...

- Achei que poderia abrir uma exceção pra mim – Park Jimin abre um sorriso encantador e meus joelhos fraquejam.

Tenho que segurar com força no balcão pra me equilibrar. Era ele mesmo ali na minha frente, eu não podia acreditar nos meus olhos.

- Parece que viu um fantasma – ele ri colocando as mãos nos bolsos da sua blusa.

Mais fácil acreditar nisso... ou no fato de eu ter enlouquecido de vez.

- E-eu... eu... é... Oi Park Jimin – digo por fim abrindo um sorriso tímido.

- Oi Ásia Cecília Prado – ele enfatiza bem o "Ásia" e eu balanço a cabeça negativamente.

- Não me chama assim garoto.

Dessa vez ele solta uma risada sonora e gostosa. Se possível meu coração bate ainda mais rápido.

- Desculpa – se aproxima do balcão com passos lentos. A cada passo o trem pegava mais velocidade no meu peito – E sobre aquela exceção?

- Tudo bem – tento manter a voz firme – O que eu posso fazer por você?

- Toma um café comigo.

Direto e reto.

- Eu ainda prefiro chá.

- Melhor ainda – passa uma das mãos pelo cabelo, jogando pra trás e se afasta sem tirar os olhos de mim, sentando numa das mesas junto a janela.

Era impressão minha ou ele estava ainda mais charmoso? Como ele conseguiu esse feito em apenas 4 meses depois da ultima vez que o vi? Eu precisava me controlar, precisava acalmar meus nervos, diminuir minhas batidas, parar com essa tremedeira dos infernos. Aquilo não era nada demais, era só meu ex-namorado que eu ainda amava... ali... na minha frente, depois de tanto tempo.

Enquanto preparo um café e um chá, sinto seu olhar sobre cada um dos meus movimentos. Aquilo não estava ajudando em nada pra me acalmar. Assim que coloco tudo numa bandeja levo até a mesa que ele escolheu e ao passar pela porta do café eu viro a plaquinha de “open” pra “close”.

- O que está fazendo por aqui? – pergunto assim que me sento a sua frente.

- Estava andando por ai – da de ombros pegando o café – Como você está?

- Tentando parecer adulta, mas falhando com certeza – ele sorri. Argh, pelo amor de Deus... para de me olhar assim – E você?

- Eu achava que estava bem mais maduro, mas ainda rio de piadas sobre peido – dessa vez eu dou risada – Está na faculdade?

- Sim, aprendendo a única coisa na qual eu sou boa, – ele faz uma cara de confuso com um misto de curioso – Design de games.

- Tá brincando! – arqueia as sobrancelhas, parecendo realmente surpreso – O Hyun vai pirar quando souber – bebe um gole do café – É bem sua cara, mas com certeza não é a única coisa que você é boa.

Coloco uma mão na minha nuca exposta pelo meu cabelo em um rabo de cavalo. Me encolho levemente, meio sem graça.

- E você?

- Faculdade de artes, especialização em dança.

Como uma boa stalker eu já sabia daquilo através das suas inúmeras fotos na internet dentro de uma sala de prática.

- Eu sabia que você ia conseguir – sorrio sincera e nossos olhares se conectam.

Continuava com aquela carinha de sempre que eu me apaixonei sem nem perceber. Eu tinha sido tão burra. Estúpida. Idiota. Como eu pude pensar que ia dar pra esquecer Park Jimin um dia? Eu estava condenada.

- Hm... eu vi o Seokjin ontem enquanto andava no parque, – pigarreio, puxando um assunto rapidamente. Quebrando nosso contato –  mas ele estava com a namorada e eu não quis atrapalhar.

- Namorada? O Jin não namora – franze o cenho – Tem certeza que era ele?

- Era a cara dele e tinha o mesmo nome que ele.  A não ser que ele tenha sido clonado, eu tenho bastante certeza que era ele e a sua namorada Lia.

- Como assim aquele idiota escondeu isso da gente? – pega o celular parecendo indignado.

Busca o contato do Seokjin e pressiona pra iniciar a chamada. Deixa tudo no viva voz pra que eu possa ouvir.

- Jiminie, o que foi? – a voz do outro lado da linha era de sono já.

- Eu já descobri tudo hyung.

- Descobriu o que?

- Quem é Lia?

- HEIN? – ele grita fazendo nós dois segurarmos a risada – Como você soube?

- Isso não interessa. Ta escondendo o jogo por que?

- Eu não queria esconder nada, ela que sempre diz que não está pronta pra conhecer meus amigos, que quer esperar terminar a faculdade de fotografia pra gente decidir alguma coisa, que não tem certeza sobre ter nada sério porque somos muito novos. Eu não sei mais o que fazer pra ela aceitar logo.

- Aceitar o que?

- Que a gente tem que casar logo – Seokjin responde como se fosse óbvio.

Eu quase engasgo com o meu chá e Park Jimin arregala os olhos.

- Do que está falando Jin hyung? – pergunta – A quanto tempo vocês estão saindo?

- A mais de um ano que eu saio com ela, mas ela nunca quis namorar sério.

- UM ANO? – perguntamos em uníssono.

Seokjin era cheio das surpresas e truques na manga. Tudo escondido atrás daquela carinha de anjo.

- Tem alguém ai com você Jiminie?

- Não – Park Jimin responde na hora – Eu tenho que desligar agora, depois você me conta essa história direito hyung.

- Sei – responde desconfiado – Ta bom, depois a gente se fala.

Assim que encerram a ligação eu e Park Jimin caímos na risada. Que história mais maluca. Eu não poderia segurar uma gargalhada por ter dedurado Seokjin sem querer.

- Você continua a mesma – ele diz ainda exibindo um sorriso, prestando atenção na minha risada.

- Você também continua o mesmo.

- Continuo o fofíssimo Park Jimin.

- E eu continuo a mesma gótica das trevas.

Nossas mãos se aproximavam e se afastavam na mesa a todo momento. Nossos olhares não se desgrudavam sobre as bordas das xícaras que levávamos a boca. Nossos pés quase se tocavam sob a mesa. Nós estávamos flertando incansavelmente durante mais de uma hora que eu abri aquela exceção de atendê-lo.

- Eu acho que se ficarmos aqui mais um pouco eu serei demitida – mordo meu lábio.

- Vamos pro meu apartamento! –sugere prontamente – Você precisa conhecer. Lá a gente tem mais liberdade e pode jogar até Quamtun break se você quiser.

Aquilo não era uma boa idéia.

- Não sei Park Jimin – hesito.

- Só pra gente continuar conversando Ceci...

Sua mão se aproxima muito da minha, nossos dedos quase se roçam. Eu volto a estremecer levemente.

- Tudo bem – concordo sorrindo.

(...)

- ... aposto que teria sido um bebe bem diferente. Tipo o filho da Daenerys e do Drogo – falo rindo.

Ali estávamos nós dois, rindo como velhos amigos e sugerindo como seriam nossos filhos? Hein? Oi? Como é que é?

- Daenerys e Drogo? – pergunta destrancando a porta do seu apartamento e me dando espaço pra entrar.

- Park Jimin você ainda não assistiu Game of Thrones? – falo indignada.

- Assisti – ri ficando com os olhinhos apertados – Só queria ver de novo sua reação exagerada com essas coisinhas que você se importa tanto.

- Não consigo evitar. Você assistiu por recomendação?

- Você gosta tanto... eu tive que conferir.

Eu viro pra encará-lo, sem nem ter prestado atenção em nada no apartamento.

- Você e essa mania de ficar feliz com esses detalhes bobos – sorri abertamente enquanto me encara sem piscar – Seus olhos já estão brilhando Ceci.

- Desculpa – rio sem graça.

- Não. Eu que deveria ter me aproveitado disso antes. – fala tudo pausadamente e com calma -Você nunca precisou de muito pra sentir que eu me importava e a gente conseguiu fazer tudo ao contrario. Só precisava desses pequenos detalhes... e eu fui um idiota.

Coloco uma mecha que soltou do meu cabelo atrás da orelha e encaro meus pés. Aquele assunto...

- A gente não precisa falar disso Park Jimin. Já passou.

Ele se aproxima de mim em passos lentos após trancar a porta do apartamento. Para em minha frente e eu como uma covarde não consigo encarar seus olhos, apenas o sinto examinando meus movimentos e reações. Depois de um longo período o ouço suspirar longamente.

- Vem conhecer o resto do apartamento – ele segura minha mão e um choque percorre meu corpo todo.

Mal tive tempo de notar os detalhes da sala quase cozinha ao mesmo tempo. Vi que tinha um sofá e uma poltrona cinza, uma tv sobre uma hack preta. Alguns bear bricks enfeitando o lugar e só. Passeando os olhos apressadamente pela cozinha, vi um balcão comprido e único com um cooktop e uma geladeira pequena ao lado. Park Jimin apenas me guiava por um corredor que só tinha duas portas.

- Aqui é o banheiro – abre a porta da esquerda e revela um cômodo completamente branco – Esse é pequeno, o do meu quarto é maior – logo me puxa para a porta em frente – Na verdade meu quarto é o melhor cômodo daqui.

Ta brincando? Eu e Park Jimin dentro de um quarto? Foi assim que eu comecei a ferrar toda a minha vida.

- Park Jimin eu não posso entrar no seu quarto – puxo minha mão levemente, me desfazendo do seu aperto.

- Por que não? 

- É seu quarto, é... muito pessoal – eu não sabia como explicar, ou talvez não queria explicar. Mas era tudo muito insinuante.

- Eu quero te mostrar Ceci, não tem nada de mais – ele tenta sorrir diante da minha resistência, mas parecia um pouco chateado.

- Isso foi uma péssima idéia.

Dou meia volta no corredor e refaço o caminho para a sala apressadamente.

- Não Cecília...

É a única coisa que ele fala antes de me puxar pela cintura e chocar nossos corpos bruscamente. Sua boca rapidamente toma a minha num beijo veloz e eu não tenho tempo de raciocinar ou sequer fechar meus olhos. Eu estava em completo torpor, não sabia se estava correspondendo ou não, só sentia seu corpo junto ao meu, sua boca e sua língua, cada um dos seus movimentos. Apenas esperava pelo momento que eu fosse cair do céu de volta para o meu corpo mais uma vez. 

Park Jimin diminuiu o ritmo do beijo aos poucos, me dando vários selares carinhosos em meio a sua respiração ofegante. O trem estava de volta frenético no meu peito e eu tinha certeza que ele podia sentir. Que saudade daquela boca!

- É melhor eu ir Jiminie – falo num sussurro.

Por mais que eu quisesse ficar, tinha um fato que eu não podia ignorar naquela situação: eu sabia que ele estava com outra pessoa novamente. Todos os dias que eu me torturava acompanhando-o de longe, a outra garota fofinha postava fotos dançando com Park Jimin. Sempre muito íntimos. Eu não queria ser a outra, seria humilhante. Então mais uma vez me afasto e vou em direção a porta do apartamento.

Forço a fechadura, mas está trancada e antes que eu possa pedir a chave sinto ele envolver minha cintura mais uma vez, me abraçando por trás. Seus lábios roçam no lóbulo da minha orelha e fazem meus cabelos expostos da nuca se arrepiarem imediatamente.

- Fica comigo... – pede baixinho, mordendo minha orelha.

Suas mãos ágeis erguem minha saia rodada com estampa do Bart Simpson e Park Jimin leva seus dedos diretamente a minha intimidade, me fazendo arfar. Ele me acaricia por cima do pano fino, friccionando o indicador no meu clitóris. Minhas pernas fraquejam e eu apoio minhas mãos na porta. Tento juntar minhas coxas, mas é inútil. Com esse meu movimento de resistência sua mão adentra minha calcinha e ele começa a me estimular com mais rapidez fazendo movimentos circulares e me deixando molhada.

- Ahh... Park Jimin... Para... – peço, deixando escapar gemidos que eu não estava conseguindo segurar. Fazia tanto tempo.

Involuntariamente eu rebolo, esfregando minha bunda em seu membro protegido ainda pela calça jeans.

- Você não quer que eu pare. – afirma com a voz rouca contra minha pele e eu jogo a cabeça pra trás, apoiando em seu ombro – Já ta ficando tão molhada jahgi.

Tenho que segurar mais um gemido só por ouvir ele me chamar daquele jeito. Um calor já tinha se instalado entre minhas coxas e eu podia sentir pontadas de excitação no meu ventre. Eu sabia que era aquilo que eu queria fazer no momento que aceitei abrir aquela exceção. Precisava de Park Jimin dentro de mim com força, como só ele sabia fazer. Que se dane o resto!

Recobrando o controle das minhas pernas me viro de frente pra ele e o beijo com intensidade. Não era rápido, era profundo e necessitado. Um beijo forte que com certeza deixaria nossas bocas vermelhas. Park Jimin se desfaz do meu casaco ao mesmo tempo em que eu me desfaço do dele, deixamos as peças espalhadas pelo chão da sala sem nos importar. Sugo seu lábio inferior com força e peço logo em seguida:

- Me mostra seu quarto – roço meu nariz no seu carinhosamente.

Ele abre um sorriso de canto, sincero e safado. Fofo e gostoso. Garoto infernal. Como podia ser tão lindo? Suas mãos puxam minha blusa preta pra cima, a tirando por completo e jogando no chão também. Voltamos a nos beijar enquanto ele me guia pelo corredor as cegas, deixamos nossos sapatos pelo caminho e adentramos ao seu quarto

Park Jimin deixa meus lábios pra procurar o interruptor e eu aproveito para distribuir chupões fortes pelo seu pescoço branquinho e esguio, sentindo-o apertar minha bunda com firmeza em resposta. Sorrio contra sua pele, vendo sua respiração mais e mais alterada. Quando finalmente acende a luz, me empurra ate a cama e me deita sobre o colchão delicadamente pra logo depois engatinhar sobre meu corpo, me puxando consigo para o meio da cama. 

Com as mãos nas minhas coxas ele separa minhas pernas e se ajeita no meio delas. Park jimin morde os lábios ao me encarar deitada ali, completamente a sua mercê. De joelhos no colchão ele puxa sua camisa pelo colarinho e a arranca do próprio corpo, exibindo aquele peito e abdômen que eu tanto sentia falta. Eu levo meu indicador até meus lábios, mordendo meus dedos enquanto o admiro. Ele tava uma delicia e eu precisava beijá-lo inteiro.

- Não faz essa carinha pra mim jahgi – balança a cabeça em negativa – Eu to tentando me segurar.

Segura meu joelho esquerdo, levantando minha perna e começa a puxar minha meia calça preta pelas minhas coxas e panturrilha até tirá-la por completo. Repete o processo com a perna direita sem tirar os olhos de mim um minuto sequer. Aquele olhar tinha o poder de me fazer estremecer de prazer. Park jimin faz uma trilha de beijos pela minha perna direita inteira até chegar na minha saia e ergue-la aos poucos. Ansiosa eu mesma agarro a barra da saia a puxando pra cima e tirando-a como se fosse uma blusa.

- Cecília... você fez uma tatuagem? – pergunta surpreso, deslizando a mão pelo lado direito do meu quadril

Eu tinha esquecido completamente desse detalhe. A tatuagem já tinha virado parte de mim, então nem me lembrei de avisá-lo. Park Jimin gostava de tatuagens? Ou melhor, gostava de tatuagens em garotas? Aquilo poderia ser um problema.

- Fiz um pouco depois da formatura – encolho os ombros e tento fechar levemente as pernas, um pouco envergonhada, mas Park Jimin me impede – É só o contorno ainda. Você não gosta?

As pontas dos seus dedos fazem os contornos cuidadosos das rosas na minha pele. Depois sua a sua língua tenta fazer o mesmo caminho, desenhando a tatuagem do meu quadril até parte da minha coxa. Jogo minha cabeça pra trás, me deliciando. 

- Está linda! – enquanto desce minha calcinha ele beija minha coxa e minha virilha como se estivesse beijando minha boca. Fazendo um trabalho excepcional com a língua, dando atenção pra cada pedaço do meu corpo. Sem aviso prévio ele suga meu clitóris com força e eu arqueio as costas deixando escapar um gemido. – Como conseguiu ficar ainda mais gostosa jahgi? – murmura e eu consigo sentir sua respiração em minha intimidade, me arrepiando inteira. Park Jimin não demora a me penetrar com sua língua ao mesmo tempo em que brincava com os dedos no meu clitóris.

Minhas mãos não se decidiam entre agarrar os lençóis, agarrar seus cabelos ou tapar minha própria boca pra abafar meus gemidos. Sua língua hora rápida, hora lenta me torturava da melhor forma.

- Park... Jiminie...

Ao ouvir seu nome daquele jeito ele para repentinamente e me encara com os lábios vermelhos.

- Já quer gozar? – seus lábios sobem pela minha barriga, deixando um rastro molhado de saliva pela minha pele – Mas eu quero que goze comigo hoje...

Minha respiração estava frenética, e eu me sentia mais molhada que nunca. Quando ele passou a se desfazer do meu sutiã eu comecei a desafivelar seu sinto com as mãos tremulas. Assim que meus seios ficam livres, Park Jimin da leves lambidas pelo meu mamilo, o que dificulta meu trabalho de puxar sua calça pra baixo.

- Tão doce... – mais uma lambida – tão quente... – mordisca meu bico – tão deliciosa... – chupa meio seio com força, me dando um espasmo – Porra Cecília... eu vou explodir!

Eu coloco as mãos por dentro da calça jeans preta dele e aperto sua bunda redondinha sobre sua cueca, puxando seu quadril contra o meu e pressionando sua ereção no meu centro úmido. Ouço seu gemido abafado contra meu mamilo.

- Dentro de mim Park Jimin... por favor...

Impaciente ele se desfaz da calça e da sua boxer ao mesmo tempo. Se inclina até o criado mudo e pega uma camisinha. Enquanto ele veste a proteção eu o observo mordendo os lábios, ansiosa. Park Jimin se debruça sobre meu corpo, apoiando o antebraço ao lado da minha cabeça e logo roçando seu membro de cima a baixo na minha intimidade. Meus lábios entre abertos não conseguem emitir nenhum som de imediato.

- Devagar ... – cubro o rosto com as mãos, envergonhada de pedir aquilo – Eu não faço isso desde a nossa ultima vez.

Ele afasta minhas mãos do meu rosto e beija minhas pálpebras uma de cada vez, me fazendo abrir os olhos e encará-lo com o rosto a centímetros do meu. Seu olhar de admiração e carinho me arranca um sorriso.

- Não vou te machucar jahgi – murmura e logo volta a guiar seu membro em minha entrada com a mão livre.

Aos poucos ele me invade, me fazendo contrair involuntariamente e ofegar. Park Jimin movimenta somente a glande em meu interior vagarosamente, me arrancando suspiros. Conforme meus gemidos iam aumentando mais fundo ele ia.

Porém, ele me pega de surpresa ao sair de dentro de mim e se afastar levemente. O olho confusa, erguendo meu tronco e Park Jimin senta ao meu lado recostando-se na cabeceira da cama.

- Senta em mim – pede movimentando a mão no próprio pênis, se acariciando devagar.

Rapidamente me ajeito em seu colo com uma perna de cada lado de seu corpo. Seguro fortemente em seus ombros enquanto ele segura minha cintura da mesma maneira e guia seu membro pra dentro de mim mais uma vez. Solto o ar pesado dos meus pulmões e começo a mover meu quadril, rebolando no seu colo lentamente.

- Assim? – pergunto com um ar de inocência rente ao seu ouvido e o vejo fechar os olhos.

- Ahh... Ceci... tãoo gostosa... – geme arrastado e eu chupo seu lóbulo com vigor.

- Pode ir fundo Park Jimin, - arranho seus ombros sem piedade – mais fundo...

Me atendendo imediatamente ele impulsiona o quadril contra o meu várias vezes seguidas, me estocando com força. Ele solta meu cabelo do rabo de cavalo que estava e segura os fios com possessão, puxando e me fazendo inclinar a cabeça pra trás. Agora eu encarava o teto com os olhos semicerrados enquanto pulava em seu colo, aumentando nossos movimentos.

Nossos gemidos se misturavam pelo quarto. Seus lábios desajeitados roçavam meu pescoço e meu colo. Eu estava cada vez mais extasiada de prazer. Aquilo era o melhor que poderia ser. Park Jimin forte e fundo dentro de mim. Ainda precisava de mais.

Dessa vez eu que me afasto, fazendo-o soltar um grunhido de reprovação e me encarar com olhos confusos. Saio de seu colo inteiramente e fico de joelhos na cama, apoiando as mãos na cabeceira e empinando levemente meu bumbum. Ele logo exibi um sorriso de canto, mais malicioso impossível e se posiciona atrás de mim. Suas mãos puxam meu quadril contra o seu com certa agressividade e logo o sinto me invadir com ainda mais força.

Naquela posição ele podia se aproveitar do meu corpo inteiro e suas mãos estavam indecisas. A cada estocada rápida, forte e funda ele apertava um lugar diferente, arrancando gritinhos roucos da minha garganta. Vez ou outra eu sentia beijos pelas minhas costas ou mordidas no ombro.

- Jiminie... e-eu.. vou – falo com dificuldade entre ofegos, sentindo espasmos violentos em meu ventre.

Uma de suas mãos vai diretamente ao meu clitóris e me acaricia tão rápido quanto nossos corpos se moviam. Eu apoio a cabeça em seu ombro, virando o rosto e gemendo no seu ouvido propositalmente. Ele mantinha os olhos fechados e o cenho franzido.  Me sentia desmanchando aos poucos e com mais algumas estocadas meu corpo se contorce ao mesmo tempo em que sinto o corpo todo de Park Jimin rígido colado ao meu. Nossos líquidos escorrem juntos e minha intimidade mais uma vez se contrai antes de desabarmos juntos sobre o colchão.

Nos viramos na cama e eu encaro o teto com um sorriso. Park Jimin deita a cabeça sobre meu peito e eu o abraço, fazendo um carinho em seu cabelo suado.

- Já passou da meia noite – ele comenta com a respiração descompassada – Feliz dia 29/04 jahgi.

Solto uma risada baixa o sentindo tremulo em cima de mim.

- Está com frio Park Jimin?

- Não – exibi o sorriso aberto – Acho que estou Feliz.

Beijo sua testa sentindo o trem descompassado no meu peito mais uma vez.

(...)

- Park Jimin... – brinco com as pontas dos dedos pelo seu abdômen – Jiminie – o chamo mais uma vez beijando seu mamilo – amor...

Ele ri surpreso com aquela palavra. Estirado na cama.

- Meu Deus Cecília... você quer acabar comigo... preciso recarregar as energias, não dá.

- Está com fome? – o vejo afirmar com a cabeça – Vamos comer alguma coisa.

Levanto da cama vestindo minha calcinha e a camisa que ele estava usando antes, saio do quarto sem o esperar e corro pra cozinha/sala abrindo a geladeira com liberdade. Não tinha muita coisa ali, peguei uma tigela com alguns morangos e fiquei ali pensando até senti-lo me abraçar por trás.

- O que você quer comer amor? – enfatiza a palavra, me imitando.

- Alguma coisa bem gostosa. Acho que estou morrendo de fome também – mordo um morango dando o resto na boca dele.

Naquela posição minha cabeça ficava apoiada em seu peito. Park Jimin tinha vestido só uma calça moletom. Tiramos ovos, bacon, tomate e mais algumas coisas da geladeira pra fazer um sanduíche improvisado, que eram meus preferidos.

Depois de lavar começo a cortar alguns tomates, mas os dedos dele me distraem ao acariciar meu quadril sobre a tatuagem.

- Park Jimin... 

- Desculpa, eu não consigo parar de olhar jahgi – me vira e se agacha na minha frente. Levanta minha blusa ao mesmo tempo que abaixa o elástico da minha calcinha – Ficou tão sexy... tão gostosa... delicada... tão Cecília.

Sorrio mordendo o meu lábio inferior. Sexy era ele falando aquelas coisas e me olhando desse jeito. Eu não ia resistir.

- Você quer me enlouquecer Park Jimin? Está conseguindo. Minhas pernas já estão bamba.

- Estão é? – rapidamente se levanta e me coloca sobre o balcão da cozinha. Me da um morango pequeno na boca e lambe os próprios dedos em seguida, antes de unir nossos lábios num beijo quente.

Dirijo minha mão pra dentro do seu moletom e começo a masturbá-lo devagar. Sentindo seu ofego contra minha boca.

- Acho que vou comer você primeiro – dou risada do seu trocadilho sujo.

Logo sua mão gelada já afastava minha calcinha pro lado, me fazendo estremecer. Park Jimin dedilha levemente minha intimidade antes de me penetrar. Nossos gemidos preenchem o apartamento pela quarta vez naquela noite.

Eu estava completa.

(...)

Arrumo minhas meias pretas uma ultima vez e desentorto a minha saia preferida. Completamente vestida eu me inclino e beijo a bochecha linda de Park Jimin, que dormia com um semblante tranqüilo como um bebe. Um bebe lindo que eu amava, mas era hora de voltar pro mundo real e no mundo real ele não era meu. Era de outra mais uma vez.

Pego as chaves do apartamento dentro do bolso do seu casaco e saio de fininho. Assim que fecho a porta atrás de mim também deixo meu coração pra trás.


Notas Finais


Agora sim Bolacha... Seokjin surpreendeu e na verdade já estava fisgado bem antes de Jungkook e Yoongi. Espero que tenha te agradado ;)

Ficou longo, me falem se acabou ficando enjoativo.
Tomara que o retorno de MinSia tenha sido tão bom quanto vocês imaginavam.


Queria dizer que estou com saudades da minha estrelinha ~Srtaajung e da minha adotada ~Pandolaf... espero que vocês estejam bem <3


Sobre esse capítulo só digo que tudo depende muito de um ponto de vista. Nem tudo é o que parece ;)

vocês são muito especiais pra mim <3


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