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História Tipo Ideal Perfeito - CINCO Por Cento


Escrita por: Kesey_ecc

Notas do Autor


estou nervosa ... boa leitura <3

Capítulo 33 - CINCO Por Cento


Fanfic / Fanfiction Tipo Ideal Perfeito - CINCO Por Cento

- Por favor... vai pra casa e a gente conversa mais tarde – peço baixinho, sem saber onde me esconder de todos aqueles olhares que vagavam de Park Jimin para mim.

- Eu já disse que não vou a lugar nenhum. Você não vai fugir de mim de novo – cruza os braços sobre o peito – Me responde agora.

Minha boca abre e fecha umas três vezes seguidas. Eu não sei o que fazer, não sei o que falar, não sei o que pensar. Só conseguia sentir minha timidez me engolindo dos pés a cabeça bem lentamente.

- Não vai falar? Ta bom, eu falo então... pra todo mundo ouvir – ele da passos largos até o balcão e num rápido impulso se senta sobre o mesmo.

Meu rosto queima, meu coração quer sair pela boca. Quando ele faz menção de se por de pé eu seguro sua blusa.

- Você ficou maluco? Desce daí, por favor – peço em tom de súplica.

- A gente vai ter essa conversa agora Ásia, de um jeito ou de outro e aqui mesmo se você não for comigo – Park Jimin faz questão de manter seu tom de voz o mais alto possível.

Olho a minha volta, reparando superficialmente nos rostos desconhecidos que pareciam estar cheios de expectativas. Ao meu lado Suk Suk mantinha as mãos apertadas sob o queixo e tentava segurar toda sua euforia, falhando completamente por que tinha um sorriso enorme e bobo estampado na cara. Tava amando me ver daquele jeito, só pode.

- Posso tirar o resto do dia com as minhas horas extras? – pergunto envergonhada para Kim Jae Won. O dono do café que olhava a cena toda de braços cruzados.

Ele afirma com a cabeça apenas uma vez, me fuzilando com os olhos. Eu rapidamente tiro meu avental e pego minhas coisas sob o balcão antes de contornar o mesmo e agarrar novamente Park Jimin pela blusa.

- Deixa esses clichês de Hollywood pra lá – murmuro enquanto o puxo, fazendo-o quase cair e o arrasto porta a fora.

Só consigo ouvir alguns clientes dizendo coisas como “o que está acontecendo?” ou “acho que ele gosta dela”. Como eu ia voltar a trabalhar ali depois daquilo?

(...)

Passamos o caminho inteiro em completo silêncio dentro do carro. Era muita coisa pra ser dita e colocada pra fora, mas nem o café e nem o carro seriam um lugar certo pra isso. O jeito era apertar as unhas nas palmas das minhas mãos e aguentar o nervosismo que era estar perto dele.

Assim que chegamos em seu apartamento, tirei rapidamente os sapatos e me dirigi ao centro da sala. Me viro o vendo trancar a porta e tirar seus sapatos também, colocando a chave cuidadosamente dentro do seu bolso enquanto vinha em minha direção. Parece que fazia questão de me mostrar que eu estava trancada ali e não sairia não importa o que eu fizesse.

- Tô esperando uma explicação – cruza os braços pela segunda vez naquele dia – Por que você quer tanto fugir de mim quando eu sei que a gente quer as mesmas coisas?

- Não me vem com essa Park Jimin, eu sei que você tem outra namorada.

Ele franze o cenho.

- Da onde você tirou isso?

- Do seu perfil, daquele monte de fotos que aquela menina coloca na internet com você. Os dois tão íntimos, dançando juntos, sempre tão perto.

- Você fica vendo meu perfil?

Droga! Admitindo que eu sou uma idiota que o perseguia. A merda já estava feita mesmo...

- Era o único jeito de saber alguma coisa de você mesmo de longe. Eu queria saber como você estava e as únicas coisas que via era você sempre em muito boa companhia dessas garotas fofas que te amam.

- Você é a pior stalker do mundo Ásia – se da ao luxo de esboçar um sorriso, o que me deixa meramente irritada. Vai debochar de mim ainda – Se prestasse atenção teria visto que eu nunca tive nada com ela.

- Vai começar a mentir agora? As fotos dela eram bem óbvias.

- Não posso controlar o que os outros colocam na internet – responde meio afetado, tentando me imitar.

Usando minhas palavras contra mim. Argh! Idiota presunçoso lindo.

- Park Jimin, você está começando a me deixar com raiva.

- Eu não nego que nós saímos algumas vezes, mas ela nunca passou disso. Doona sempre foi só minha parceira de dança – abro a boca pra interrompê-lo, só que ele não me da chances – Terminei qualquer coisa com ela antes mesmo de te encontrar ontem. Assim que Hyun disse que tinha te visto eu não aguentei, tive que conversar com ela e terminar tudo só de imaginar sua sombra de volta na minha vida. Só de imaginar em estar com você de novo.

Ta bom, aquilo me pegou de surpresa. Eu não sabia o que fazer com aquela informação. Park Jimin se aproxima de mim com um meio sorriso. Tenta colocar as mãos em meu rosto, mas eu volto a me afastar.

- O que foi agora Ásia? – bufa impaciente.

- Não me chama assim...

- Eu vou te chamar como eu quiser enquanto você continuar sendo teimosa, cabeça dura e orgulhosa desse jeito. Por que apesar de tudo você ainda vai continuar sendo minha.

- Isso não muda nada, não diminui ou soluciona nenhum dos nossos outros problemas. Você sempre vai me comparar com esse monte de outras garotas que você sempre sonhou. Eu nunca vou ser seu tipo ideal perfeito.

- Ah cara... foda-se essa merda de tipo ideal – do nada ele explode. Eleva seu tom de voz e começa a gesticular apressado – Eu não fico comparando você com outras garotas, eu comparo todas as outras a você. Com seu jeito de fingir que não se importa, mas é a garota mais carinhosa que eu já conheci na vida. Seu cafuné e seus dedos entre meu cabelo. Seu abraço. Seu carinho nos meus braços. Seus beijos no meu pescoço. Seu jeito de falar meu nome. Seus gemidos e meu apelido entre seus suspiros. Suas expressões. Eu to surtando pouco a pouco desde que a gente terminou, sabe-se lá por que, nem me importa mais. E eu me frustro dia após dia por que acho que nunca mais vou sentir com ninguém o que eu sinto com você. Nada nunca vai ser bom o bastante comparado ao nosso namoro. Comparado com eu e você juntos. Eu tentei te odiar, tentei fingir que está tudo bem pra todo mundo ao meu redor, tentei encontrar você em outras garotas. Porque apesar de tudo, ter alguém pra imaginar você no lugar ainda era melhor do que ficar sozinho enlouquecendo sem te ter.

Engulo em seco. Minha garganta se fecha e eu comprimo os lábios numa linha reta. O trem descompassado estava prestes a sair dos trilhos no meu peito. Eu não podia acreditar em tudo que tinha acabado de ouvir. Praticamente podia tocar toda sua frustração e desespero. Tudo por mim? A gótica das trevas? A estranha? A anti-social nada fofinha? Seria mesmo possível? No fundo, desde o começo a minha mente me sabotou o tempo inteiro. Nunca achei que aquilo de alguma forma poderia dar certo e não fiz nada pra que realmente desse no final das contas. Como era possível alguém como ele gostar de alguém como eu? Quando abro a boca não consigo controlar minha voz embargada.

- Park Jimin olha pra mim – solto meus braços ao longo do corpo e volto a comprimir os lábios – toda estranha, toda de preto, essa maquiagem, nada menininha... você vai querer andar do meu lado? Todo fofo, lindo e irresistível?

- Vou ficar orgulhoso de exibir nossas diferenças, como sempre fiquei só de poder segurar sua mão na frente de todo mundo.

- Eu ouço essas bandas que você detesta...

- A gente vai ter que comprar dois fones de ouvido então.

- Eu não sei dançar.

- Você sobe nos meus pés e eu te guio.

- Eu tenho uma tatuagem, o que seus pais falariam?

- Ninguém mais vai ver essa tatuagem além de mim em toda sua vida. Você é minha Cecília, sempre vai ser.

Passo as mãos pelo meu rosto e solto um risinho meio nervoso, meio sufocado e estranho.

- Ta, isso tudo é muito lindo, mas na próxima "Seulgi" que aparecer você não vai saber o que responder ou vai ser pego de surpresa. Não vai saber falar pra ninguém por que está comigo, nem vai conseguir tomar uma atitude.

- Se tem uma coisa que esse desencontro todo fez foi deixar que a gente se conhecesse ainda mais. Você conhece o melhor e o pior de mim, como nenhuma outra jamais conheceu. Sabe que eu não sou feito só de fofurinhas. Sou um idiota, burro que toma sempre as piores decisões e nunca sabe as palavras certas pra usar – suspira dando mais um passo em minha direção – Você me entende quando olha pra mim, mesmo quando é insegura o bastante pra arruinar tudo também. Quando olha no meu olho você sabe o que eu sinto, eu sei que sim por que eu também sei o que você sente. Só preciso de você do meu lado pra me ajudar a andar na linha, o resto a gente resolve.

Eu o olho nos olhos, mordendo o lábio. Aquilo era muito mais do que eu poderia pedir ou até mesmo sonhar. Fungo e tento disfarçar passando a mão no nariz, olhando pros meus próprios pés. Sinto ele segurar meu pulso com delicadeza e virar minha palma pra cima, encaro seus movimentos confusa enquanto ele tira o objeto do bolso e coloca na minha mão.

- O que é isso?

- A chave da minha casa... você queria uma atitude, então está aqui – fecha meus dedos em torno da chave, deixando sua mão repousar sobre a minha – Entra e sai quando quiser... mora comigo, acorda de manhã do meu lado – me puxa mais pra perto, colando a testa na minha – só não foge mais Ceci... eu sinto falta do seu bafo matinal.

Depois disso não consegui mais me segurar. Apertei a chave entre os dedos e deixei as lágrimas rolarem livremente pelas minhas bochechas. Um soluço forte escapa da minha garganta.

- Cecília? – sua voz era preocupada, mas meus olhos estavam tão marejados que eu não conseguia ver sua expressão direito – O que foi que eu fiz agora jahgi? Me desculpa, eu só quero ficar bem com você de uma vez por todas. Por favor...

Park Jimin se apressa em enxugar minhas lágrimas com os polegares. Ele beija minha testa, me mantém perto me fazendo sentir seu coração. Eu escondo o rosto em seu peito, simplesmente não conseguindo fechar aquela torneira irritante e melancólica chamada "choro". Eu estava feliz. Muito feliz. Muito, muito, muito feliz. E era a mais idiota das garotas felizes do universo.

- Jahgi, eu nunca te vi chorar de verdade antes. O que foi que eu fiz? – envolve os braços ao meu redor, me apertando contra seu corpo.

- Me desculpa Park Jimin... – fungo contra seu peito – Eu só estou... feliz...

Sinto seu tórax subir e descer com o ar que ele soltou aliviado. Ouço sua risada boba e gostosa antes de sentir seu beijo no topo da minha cabeça.

- Eu não acredito... com tudo que a gente passou e todos os motivos pra chorar, você me mata de susto assim por que está feliz? Você não faz o menor sentido Cecília...  – ergue meu rosto, enxugando mais algumas lágrimas enquanto me olha nos olhos – e eu te amo tanto.

Eu abro um sorriso bobo e fungo mais uma vezinha antes de sentir os lábios dele selando os meus. Um selinho longo e suave. Envolvo um dos meus braços ao redor da sua cintura e com a mão livre seguro sua nuca, mantendo seu rosto perto. Queria manter ele assim pra sempre. É, clichê, mas é a mais pura verdade. Seu polegar acaricia minha bochecha sem pressa e eu separo meus lábios pra iniciarmos um beijo carinhoso. Aquele era um beijo libertador, contendo todo meu amor, carinho, saudade, afeto, admiração por cada detalhe lindo que fazia Park Jimin ser Park jimin. A boca dele tinha gosto de felicidade. Acaricio os cabelos da sua nuca com as pontas dos dedos e fico nas pontas dos pés pra enlaçar o outro braço em volta do seu pescoço também. Sinto seu sorriso contra meus lábios, mas não quero quebrar aquele beijo nunca. Ele passa os braços ao redor da minha cintura, me erguendo do chão. Park Jimin começa a me dar vários selinhos, rindo da minha falta de vontade de largá-lo e tentativas de retomar o beijo. Só mais um pouquinho, prometo que depois eu paro...

Nha, fui vencida!

- O que foi que você disse? – falo baixinho, roçando o nariz no seu.

- Que eu te amo – responde prontamente.

- Eu te amo amor – se possível exibo um sorriso maior do que o Jhope jamais conseguiria abrir.

- Amor, gótica das trevas?

Ri o mais bobo possível, me fazendo acompanhá-lo.

- Amor, seu fofíssimo idiota – subo meus dedos entre seu cabelo e sinto quando se arrepia completamente – O que você acha da gente arrumar um gato? – pergunto brincando.

- Ow! Estamos indo rápido demais – solta uma gargalhada – E eu prefiro cachorro.

- E a briga continua – suspiro, fingindo decepção. Sentindo meus olhos ainda molhados.

Park Jimin começa a me carregar pelo corredor, enquanto distribui beijos pelo meu ombro sobre minha blusa.

- Onde estamos indo?

- Continuar de onde paramos – diz óbvio.

- Vamos dormir? – arqueio as sobrancelhas.

- É, depois de transar adoidado.

Agora é minha vez de gargalhar, estreitando os braços ao redor do seu pescoço. Nós entramos no quarto e ele me põe no chão ao lado da cama. Eu coloco a chave do apartamento sobre o criado mudo e deixo que nossos olhares se conectem, uma coisa que acontecia naturalmente entre nós dois. Então sorrio, constatando um fato:

- Nós fazemos parte dos 5% Park Jimin.

- Não entendi jahgi – franze o cenho.

- 5% dos namoros de escola que duram.

Ele abre um sorriso ainda maior que o meu.

- Eu te disse...  - sussurra no meu ouvido, me fazendo estremecer - A gente já deu certo Ceci.

Éramos dois idiotas. Aquilo também era um fato, mas quem liga? Volto a unir nossos lábios num beijo mais rápido agora, enquanto Park Jimin me deita sobre a cama pra me fazer completa mais uma vez. 

 

 

FIM...


Notas Finais


escrever esse FIM me doeu =/

mas estou nervosa pra saber se deu pra preencher todas as expectativas de vocês. Se vocês gostaram ou não. E se faltou alguma coisa.

Antes de mais nada, não vou me despedir aqui ou começar a agradecer sem parar ... AINDA.
Por que TERÁ UM EPÍLOGO <3

espero muito muito muito muito que vocês tenham aproveitado a leitura. Escrevi com muito carinho

ps: SOCIAL SPIRIT NÃO DEIXOU EU COLOCAR 5% COMO NOME DO CAPÍTULO... BROXEI




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