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História To Save and To Hold - AU Drarry - . just let the pain remind you hearts can heal


Escrita por: nyymeria

Notas do Autor


Oi mores, peço desculpas pela demora da att e por esse capítulo, ele não ficou nada da forma que eu pensei :(

Enfim, vocês são uns amores sempre!

Boa leitura <3

Capítulo 20 - . just let the pain remind you hearts can heal


4 horas antes do acidente

- Entra no carro. - Demandou, usando o tom de voz que me deixa assustado. Baixo e perigoso.  

- O que?! Não! Você bebeu, eu não vou entrar com você alcoolizado. 

- Entra no carro, Draco. Agora.  

Suas mãos tentaram me puxar para dentro do carro com tanta força que pensei que meus pulsos se quebrariam. Resisti, Theo não era muito mais forte ou alto que eu, porque sempre deixei que ele levasse a melhor? Quanto mais eu puxava meu corpo, mais ele apertava os dedos ao meu redor. Ficaria marcas horríveis na minha pele extremamente pálida.  

- Lutar contra só vai ser pior Draco. Entra no carro. AGORA.  

Eu sabia que a qualquer segundo ele me atingiria com um golpe mais forte, e foi exatamente o que aconteceu quando meu corpo foi jogado contra o a lateral do carro. O mundo girou de forma anormal, mas eu não podia desmaiar. Se eu desmaiasse, ele me levaria para algum lugar onde não me deixaria escapar,  e poderia até me matar naquele estado. Respirei fundo e me levantei com dificuldade.  

- Está tudo bem ai, garoto?  

Foi tudo muito rápido. O guarda me ajudou a levantar ao mesmo tempo em que Theo entrou no meu carro e arrancou dali rapidamente. Tentei dizer que pertencia a mim e que ele estava me agredindo, porém o mundo não havia parado de girar com força. Foi então que eu desmaiei.  

Quando acordei, estava no hospital da cidade. Em minhas roupas, o que me fez pensar que não havia sido nada grave. De fato, a enfermeira que me cumprimentou confirmou que eu não tive nenhuma concussão mais séria, apenas marcas roxas nos braços e costas. Quando sai do pequeno quarto que me cederam, encontrei minha mãe e Pansy a minha espera, por mais que meus machucados haviam sido leves, fiquei desacordado por algumas horas, por isso a cara de preocupação de ambas.  

- Filho, eu fiquei tão preocupada. Como se sente? - Narcissa apalpava meu rosto e braços se certificando de que eu estava inteiro.  

- Bem, estou bem... Alguma notícia de Theo e meu carro?  

Pansy e Narcissa se encolheram. Tinha algo errado.  

- O que aconteceu? - Perguntei. Minha ansiedade já estava ditando as regras, minha pulsação ficando mais rápida.  

- Draco... Encontraram Theo e o seu carro. - Pansy começou. Seu tom de voz era cuidadoso, Pansy nunca era cuidadosa nas palavras.  

- Ele sofreu um acidente, querido. Seu carro deu perda total. - Minha mãe completou.  

Já estava pronto para me lamentar sobre o meu carro perdido, como e em como eu ia ter que ir trabalhar e para SUni caminhando quando Pansy perdeu o seu filtro de fala.  

- Theo está morto, Draco.  

Se o mundo havia girado rapidamente há algumas horas atrás, agora ele estava completamente em câmera lenta. A voz de Pansy ecoava repetidamente em meus ouvidos. Morte. Eu mesmo havia desejado que Theo desaparecesse para sempre da minha vida.  

"- Ás vezes eu me sinto mal, mas desejo que Theo explodisse no ar, pra deixar você em paz." 

"Se eu sumisse da sua vida, pra sempre. Você me perdoaria?" 

- Draco? Filho, você está bem?  

Desejaria conseguir dizer o que estava sentindo, sabia que estava em estado de choque porque minha garganta estava trancada, meus olhos estava vazando e alguém havia chamado uma enfermeira novamente. Ela falava e falava e me deram água para beber, minha cabeça estava trabalhando em looping.  

Theo está morto. 

Theo está morto. 

A culpa é minha. 

Eu deixei ele fugir. 

Theo está morto. 

Preciso de Harry. 

A culpa é minha.  

Theo morreu. 

Preciso de Harry. 

É minha culpa 

-x- 

Harry não me soltou desde o momento em que apareceu no hospital momentos depois de Pansy ter me dado a noticia da morte de Theo. Momentos depois, o médico nos informou que Theo havia tido uma morte cerebral e estava ligado aos aparelhos que respirava e bombeava seu coração para ele, mesmo que nada ali realmente funcionava. Me perguntaram se eu queria me despedir antes que os pais dele chegassem e os fios fossem desligados.  

- Eu acho que você deveria ir. - Sussurrou em meu ouvido, quando disse que não queria vê-lo, que tudo bem, podiam desligar os aparelhos.  

- Você entraria comigo, lá? - Pedi, não queria encarar aquilo sozinho. Harry apertou minha mão, parecendo meio incerto.  

Concordou em ficar na porta, era algo pessoal e íntimo e para ser sincero, ele não queria ver Theo naquele estado. Nem eu queria, me tremia todo e tinha seguidos arrepios antes mesmo de cruzar o batente, mas quando entrei sentia um misto de tristeza, pena e medo ao mesmo tempo.  

O rosto de Theo estava todo enfaixado, os olhos inchados e roxo. Tubos por todo o canto e muitos fios o deixavam "vivo". Peguei sua mão. Frio. Theo sempre teve as mãos muito quentes, era estranho. Soltei sua mão rapidamente, temia, como se ele fosse acordar e me puxar pelo braço, me buscando para me levar com ele.  

- Você sempre vence, Theo... Sempre dá um jeito que me faça me sentir culpado e horrível por algo que você fez. - Afastei a lágrima que caia da minha bochecha. Me sentei na cadeira, eu sabia que Harry estava me escutando da porta, mas não me importava.  

- Eu tento repassar o que aconteceu mais cedo, como se eu pudesse ter te segurado ou lutado contra mim mesmo e não ter desmaiado. Você não teria tido chance de correr com o carro e capotado na estrada, estaria preso agora. Mas se você estivesse preso e saísse, Theo, você me deixaria em paz? Me deixaria viver e respirar sem medo de que você aparecesse para me atormentar? - Fiquei esperando uma resposta que não viria.  

- Você alguma vez iria conseguir me deixar em paz? Eu me sinto culpado por achar que isso foi o melhor para nós dois... - Pausei por alguns minutos. 

- Você perguntou antes de começarmos a brigar que se você mudasse, se eu te perdoaria. Na hora eu queria dizer não, porque você não seria capaz de fazer algo que realmente me fizesse te perdoar. - Um riso nervoso misturado com choro, saiu junto com as palavras - Saiba que eu mudei de ideia, te perdoaria e te perdoo. Você me libertou, Theo. Eu te perdoo.  

Encarei Harry da porta, ele estava chorando tanto quanto eu. Tentei sorrir. 

- Eu estou livre.  

-x- 

O funeral de Theo foi cheio e bonito. Todos que o conheciam estavam lá, até mesmo alguns colegas da faculdade onde ele estudava vieram. Alguns por amor, outros para ter certeza de que ele estava morto. Eu estava ali por um pouco dos dois.  

O sol estava brilhando, derretendo a neve da grama do cemitério e Harry estava comigo. Não havíamos conversado ainda sobre nós, estava claro que ele estava me dando um tempo para digerir tudo o que aconteceu, além das visitas que andava recebendo em apoio a morte do meu ex-namorado. Todos sabiam o que eu representava para Theo e que eu estava envolvido até o pescoço em sua morte.  

A culpa e os pesadelos me assombravam toda noite, passei a dormir com ajuda de remédios novamente e para passar o dia, as mesmas pílulas que eu havia pensado que nunca mais precisaria. Era como se eu tivesse andado uma vida para trás.  

No final daquela semana, Harry foi até em casa, sentou na cadeira da cozinha e tomou chá na caneca rosa de unicórnios. Eu sabia que ele estava querendo me dizer algo.  

-Vou me mudar para Londres. - Rápido, como arrancar um curativo.  

Sorri e me virei rapidamente para a pia para que ele não me visse querendo chorar. Respirei fundo, uma, duas, três. Não sabia o que dizer. 

- E-Eu fico feliz, finalmente vai ter seu espaço... e... Enfim. - Tentei dizer, meus olhos apertados. Harry já deveria estar cansado de me ver chorar. 

- Draco, eu te amo. Muito. Mas eu sinto que você não me deixar ficar, eu tento, mas você está sempre se isolando e me afastando. Eu achava que agora que Theo se foi, você ficaria um pouco melhor, mas eu sinto como se nadasse e morresse na praia toda vez. - Havia mágoa na sua voz, me cortando por dentro. 

- Eu não quero te afastar...  

Harry não continuou, talvez tenha pensado que eu diria mais alguma coisa mas eu não sabia o que dizer. Que pegaria minhas coisas e iria embora com ele? Eu poderia fazer isso? Ele seria capaz de aguentar? Quando me virei finalmente para fazer essas perguntas, havia apenas uma caneca meio vazia sobre a madeira e o seu cheiro espalhado no ar.  

 -x- 

Toquei a campainha duas vezes até que Remus abrisse a porta para mim, ele me abraçou com força e sussurrou em meu ouvido que havia sentido minha falta, e que sentia muito por tudo que havia acontecido. Sirius também confessou saudades e informou que Harry não estava em casa mas, eu poderia esperá-lo no quarto.  

Estava tudo guardado em caixas, os livros, as roupas, tudo pronto para ir. As fotos que eu tanto gostava já não estavam mais grudadas nas paredes. Nem parecia que ele vivia mais ali. Comecei a organizar as fotos que eu havia trazido, as espalhei pela cama. Então esperei.  

-x- 

Harry's P.O.V 

Meus pais estavam felizes demais quando cheguei em casa, sabia que estavam aprontando algo porque nem mesmo me deixaram falar antes de me mandarem para o andar de cima. Fiquei intrigado quando, me aproximando do meu quarto, reparei na luz acesa e a porta aberta, diferente de como eu havia deixado.  

- O que significa tudo isso?  

Draco estava de pé, em frente a minha janela. Havia fotos nossas e de lugares espalhados sobre a minha cama. No canto, havia uma mala grande que não me pertencia.  

- Por favor não comece a cantar outra música dizendo que vai me deixar, porque--- 

- Eu não sou alegre e vibrante todos os dias. Ás vezes eu vou acordar e passar o dia inteiro na cama, ás vezes eu vou colocar meus tênis e correr com você, sem me cansar. Eu odeio bagunça, que comam dentro do meu carro, que mexam nos meus materiais e vai doer deixar minha mãe e meus alunos do francês. Mas se isso for para fazer você acreditar que não existe lugar no mundo que eu que preferia estar do que ao seu lado. Eu abro mão, Potter. Abro mão de todos os meus medos, se você ainda quiser, eu vou embora com você.  

O que eu poderia fazer a não ser beijá-lo? Se eu queria que ele fosse embora comigo? Em que mundo Draco Malfoy tinha a cabeça que ainda havia dúvidas sobre isso?  

- Isso foi um sim? - Disse, depois que eu o deixei respirar.  

- Em todas as línguas e formas possíveis. Eu te amo.  

- Nem acredito que vamos ter mais de uma padaria com opções veganas sem que eu precise caminhar metade da cidade! - Disse, me fazendo rir.  

- Você está falando sério? Tipo, sério mesmo? - Draco me beijou novamente, me puxando para cama onde caímos em cima das fotos que ele trouxe.  

- Sim. Sim. Sim. - Para cada sim, Draco depositava um beijo pelo meu pescoço e clavícula, me causando cócegas e calor ao mesmo tempo. Ninguém me fazia sentir coisas tão inéditas como ele. Desejei que momentos como aqueles durassem para sempre, que ninguém viesse roubar nossas felicidade de novo.  

Prometi lembrar a dor que corações podem se curar. 


Notas Finais


O próximo capítulo é o último!

Até mais.

xx Nyme


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