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Palavras e mais palavras são colocadas em frases, formando parágrafos, dando vida a textos onde descrevo aquilo que sinto, aquilo que almejo; ou só reafirmo as minhas mentiras de um mundo idealizado, onde crio um personagem que eu queria ser.
E a cada postagem no site, ansiosamente espero que aquelas palavras de tantas horas pensadas, toque o coração de alguém, para que eu sinta a pura felicidade de ter conseguido ser íntima de um desconhecido.
O autor sem dúvida, é um sedutor, esperando que o leitor se apaixone por aquilo que tanto escreveu.
Ele espera tão vivamente que se perde em expectativas que muitas vezes lhe frustra; sem um favorito, ou comentário sequer, soa como aquele fora recebido de quem tanto amamos. Por isso dói, fere; e o bloqueio criativo aparece sendo a única válvula de escape entre o que escrevemos e o que somos.
Porque com favorito ou sem favorito, seu texto é você, aquilo é tão parte de ti, que quando comentado, favoritado, parte de seu eu se alegra imensamente, a ponto de conseguir sorrir. Essa incerteza, o misto do amor, com a angústia de não ter sido tão amado como autor tal, a persistência em querer ainda lutar pelo leitor que espera ser conquistado. Se faz forma ambígua do verdadeiro autor, que no momento que teclou aquelas palavras e postou, fez vida nascer, para que ela possa pertencer a vida de alguém ao ler.
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