< - I-sso vai doer?! >
< - Vai, mas a gente aguenta! >
< - Alex... eu vou te matar! >
- Ah! - gemi de dor. Mas passar por isso até valeu a pena, porque agora eu tenho um piercing!
< - Viram? Ficou bem melhor assim! > - falei admirando o pedaço de metal brilhante no espelho.
< - Estou parecendo uma garota! Por que resolveu colocar um brinco em mim?! Ao menos furava as duas orelhas! >
< - Primeiro: isso é um piercing, segundo: coloquei um piercing em nós e terceiro: você quer mesmo que eu fure a outra orelha?! >
< - N-não por favor! Aquilo dói >
< - Não era nem pra você ter furado! O que eu vou dizer pra minha mãe?! >
< - Fala que você vendeu sua alma pra Satanás e como forma de representar seu pacto, você furou a orelha! >
< - Idiota! >
Fui andando de volta para casa, antes estava chovendo, mas agora o sol começou a aparecer. Espero que não chova hoje a noite...
Cheguei em casa, assisti um pouco de Tv e não conseguia nem me deitar direito, por causa daquele furo do piercing. Ainda ia demorar muito pra desinflamar.
Tinha que ser o Aex pra ter uma ideia dessas!
Às 17:00 horas, fui tomar banho e me arrumar. Coloquei uma calça jeans preta, com uma camiseta preta com a estampa do anime Tokyo Ghoul e coloquei um casaco grande e branco por cima, já que estava um pouco frio lá fora.
Ainda faltavam 30 minutos.
Arrumei meu cabelo castanho escuro e dei mais uma olhada no espelho.
Faltavam 23 minutos ainda.
Peguei meu celular e minha carteira.
Faltam 17 minutos ainda.
Bebi um pouco de água, fui ao banheiro e passei perfume.
Faltam 5 minutos.
Percebi que eu estava muito arrumado e muito obcecado em contar o tempo.
Meu nervosismo realmente veio a tona, quando ouvi alguém bater na porta. Agora meu coração estava quase saindo do peito.
Atendi a porta e tentei sorrir, para não parecer tão nervoso. Mas eu estva muito feliz em ver Daniel todo arrumado assim como eu. Ele estava vestindo uma jaqueta de couro preta e usando uma calça jeans.
- Oi, podemos ir? - perguntou.
- Sim... - falei.
Ele estava realmente animado para ir a esse parque. Não parava de falar nas atrações que tinham lá, durante nosso caminho de metrô até lá.
Enfim chegamos. Enquanto andávamos em direção ao parque, eu comecei a me animar também, ouvindo gritos e risadas das pessoas que já estavam nos brinquedos do parque.
- Em qual quer ir primeiro?! - me perguntou, assim que entramos e compramos os ingressos.
- Na montanha russa! Pode ser?
- Claro - sorriu e fomos para a fila, que não estava tão grande graças a chuva de mais cedo que espantou as outras pessoas.
Algum tempo depois, entramos no brinquedo e demos uma volta na montanha.
Quando desci daquele brinquedo, me senti um pouco tonto.
- Você está bem? - perguntou percebendo meu rosto um pouco pálido e o jeito disfarçado que eu tentava me apoiar nele para não cair.
- S-sim! Só um pouco tonto!
- Vou comprar um pouco de água pra você - me fez sentar em um banco de concreto que encontramos - Espere aqui.
Foi e se misturou as pessoas que estavam no parque.
Eu apaguei por um certo momento.
- Alexander?! Você está bem?! - Daniel me acordou.
- Sim! Eu só dormi um pouco...
- Não dormiu bem a noite passada?
< - Na verdade não, né?! >
- Vamos no carrossel?! - apontei para o brinquedo iluminado.
- Já está se sentindo melhor?! - perguntou surpreso com a minha recuperação rápida.
- Estou sim! - me levantei e peguei em sua mão o puxando até a fila do carrossel - Vamos! Vamos!
- Acho que já estamos grandes pra ir num brinquedo desses... mas se você quer, eu vou com uma condição...
- Que condição?
- Beba essa água. Eu comprei pensando que você estava passando mal...
- Tá bom - peguei a garrafinha de água e bebi de uma vez - mas eu já estou melhor agora!
- Ok! - riu.
Demos uma volta no carrossel, depois fomos no carrinho bate-bate, mais uma vez na montanha russa. Andamos pelo lugar e procuramos algo para comer.
Compramos pipoca e acabamos comprando ingressos para o circo também.
Vimos mágicos, malabaristas, equilibristas...
- Eu tenho medo de palhaços! - falei fechando meus olhos e segunrando forte no braço de Daniel. Ele riu e tentou me acalmar.
- Por que tem medo?
- Quando eu era menor, um palhaço tentou me levar... por isso tenho medo.
- Quando você era menor?! - riu - Você ainda é menor, então não faço ideia de quando foi isso!
Ri também.
- Quando eu era menor que agora!
- Agora eu entendi - sorriu.
Vimos animais como leões, elefantes e cavalos, domadores, uma bailarina e compramos algodão doce e maçã do amor.
Eu me diverti muito.
Assim que o circo acabou, saímos dele e vimos que faltava ainda 1 hora para o parque fechar.
- O que acha de irmos numa casa do terror?
- Lá vai ter palhaços?!
- Não, não se preocupe - riu.
- Então vamos! - falei animado.
Mal sabia eu em que situação estava me metendo...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.