História Tokyo Ghoul INTERATIVA. - Cafeteria.

Era aparentemente mais um dia normal, a chuva banhava Tokyo sem dar trégua. Mais um lugar em especial parecia transmitir um ar mais acolhedor. Uma simples cafeteria, que há poucas semanas havia aberto suas portas, do lado de fora se via uma simples placa anunciando seu nome: Anteiku!

O local já estava aberto, e como de costume o movimento estava fraco, o medo havia se instalado nas ruas, andar por ai tem se tornado algo difícil.

No interior do recinto o silencio reinava, encostado ao balcão envernizado se via um jovem de cabelos escuros.    Ele estava relaxado, seus olhos focados em um pequeno livro que segurava em uma das mãos.

– Qual foi a ultima vez que tivemos um cliente?

Uma voz baixa ecoou, Hidaki apenas observou de canto de olho, a garota de cabelos brancos estava encostada a parede, tendo seus braços cruzados parecia entediada.

– Aredhel-chan... Você disfarça muito bem.

O de cabelos negros fechou discretamente o livro com ambas as mãos.

A garota por sua vez estreitou seus olhos, e dando dois passos afrente deixou discretas pegadas de agua.

– Do que está falando?

– Do simples fato de você ter acabado de entrar pelo segundo andar.

Ele focou discretamente seus olhos lilases.

– oh, então você percebeu...

Aredhel exibia um pequeno sorrisinho.

– Não que seja da minha conta.

Retrucou o de olhos escuros.

– Você não vai dizer para o Lori vai? Seria péssimo se ele enchesse “nosso” saco com suas ladainhas.

Indagou a de cabelos longos, apoiando os braços sobre o balção.

– Nosso?

O jovem demonstrou curiosidade.

– Sim, e que bom que posso contar com sua discrição, você também pode contar a minha, suas aventuras noturnas estão seguras.

Diante de seus olhos levemente tímidos a garota exibia a clara frase: venci!

– Justo...

Foi curto e groso Hidaki, discretamente estralando o pescoço.

E com um simples granir a porta se abriu vagamente, deixando uma brisa fria levemente invadir.

A loira fechou lentamente seu guarda chuva, suas botas pareciam encharcadas.

– o que estão fazendo?

Questionou a de olhos azuis.

– Nada de mais, esperando algum milagroso “cliente.”.

Respondeu Aredhel se aproximando.

Hidaki apenas voltou a sua leitura.

– Seu cabelo está molhado... Quantos anos você tem?

Leticia puxou a de cabelos platinas pelo braço, estava sendo mandona, e como se fosse uma boneca de pano Aredhel foi arrastada.

Enquanto isso...

CCG, Sede do distrito 20.

O homem de cabelos longos estava calmo, sentado em uma simples mesa branca, e enquanto analisava alguns papeis parecia levemente incomodado. O que lhe incomodava? Uma simples noticia que recebera mais cedo. Depois de um longo tempo supostamente haviam lhe escolhido um suposto “parceiro.”. Alguém que logo ele teria que conhecer. Sim... Isso o irritava, pois ele não sabia ao certo quem seria. Toda a burocracia o irritava. Se ao menos fosse uma “garota.” bonita não seria um incomodo, bem é o que Lance BlackWood esperava pelo menos.

O homem de vestes negras estava ansioso, a cada dia mais e mais estava se aproximando de uma certa “organização.”. E por consequência de um certo Ghoul que a muito enfrentou, e que logo pretende aniquilar. O “Shinigami.” Estava absolutamente eufórico, mais deixava transpassar apenas um humilde sorriso em sua face, bem diferente do seu sorriso interior.

E ao mesmo tempo, em lugar levemente assustador...

Frio... O frio se instalava em sua pele a cada passo que dava pela velha fabrica escura.

E finalmente o garoto de cabelos escuros cessou seus passos. Estava exatamente no centro do velho local. E mais afrente se via uma silhueta incomoda.

– Que bom que gentilmente aceitou “nossa proposta.”.

Em seu rosto jazia uma mascara peculiar, sendo totalmente branca com duas listras vermelhas.

– Como eu poderia recusar, vocês pediram com tanta gentileza...

Monokuro tirou lentamente seu capuz, revelando um olhar ameaçador que contrastou piamente com sua voz sarcástica.

– Seja bem vindo Panda! Bem vindo a Aogiri... Conseguirei lhe um lugar entre os grandes.

E por trás de sua mascara Holloway deixava resplandecer um sorriso, um sorriso que faria muitos chorarem de medo. Ele havia dado mais um passo... Um passo em suas ambições.

A noite havia caído sobre Tokyo, e enquanto predadores espreitavam na escuridão um jovem havia retornado a um lugar já conhecido.

Anteiku.

Ele adentrou silenciosamente no cômodo, e com passos cautelosos se esgueirou pelo corredor, sua meta era chegar ao seu quarto sem incomodar nenhum dos seus “companheiros.” De casa. Companheiros... Ele podia os considerar realmente companheiros? Bem ele não conhecia exatamente nada sobre essas três pessoas, e nem era ousado o bastante para perguntar, o que os uniu na realidade foi unicamente uma coisa... Necessidade! Mais algo Lori não podia negar, e não iria, pois ele estaria mentindo se disse que depois da chegada de cada um deles não se tornou de certo modo mais “feliz.” Ou talvez esquecer um pouco sua solidão pessoal tenha lhe dado essa sensação.

E bam! O garoto de cabelos vermelhos sentiu um leve baque, sentindo seguidamente um liquido quente escorrer por suas pernas, e por fim o som de algo se quebrando. Ele saiu dos seus pensamentos surpreso. Olhos azuis reluziam na escuridão.

– Lori-kun?

Uma voz levemente aguda suou, e ele identificou suas mexas cor de ouro.

– Há, é só você Leticia...

O jovem deu um pequeno sorriso de lado, disfarçando o calor sobre suas pernas, aos seus pês se via uma xicara quebrada.

– Me-me desculpe... Não vi você.

Ela mexia nos cabelos com uma das mãos, enquanto parecia encabulada.

– A culpa foi minha... Acabei me distraindo.

O ruivo chacoalhou levemente uma perna, sua calça jeans estava totalmente encharcada de café.

A loira estava usando como pijama basicamente um vestido escuro meio colado, o que deixava suas curvas esbeltas visivelmente destacadas.

– Espera!

Leticia falou subitamente, meio afobada, e correndo a passos silenciosos adentrou em seu quarto, o qual fica ao final do corredor.

Lori estava parado, o jeito de essa garota agir... Seus olhos... Certamente eles o haviam feito lembra-se de alguém.

E quando ele se deu conta ela já havia voltado, e sem prévio aviso se inclinou, esfregando um lenço branco em suas pernas.

Ela parecia decida, seu olhar transmitia coragem.

– Nã-não precisa... Eu mesmo posso...

O rubro parecia incrivelmente tímido colocando as mãos sobre seus ombros.

Passos pesados lhe fizeram olhar instantaneamente para o lado, Leticia igualmente o fez.

Uma nova silhueta havia surgido, uma silhueta pálida. Olhos lilas observavam, e seu rosto ficou inocentemente vermelho diante da cena.

– Aredhel?

As palavras surgiram naturalmente nos lábios da de olhos azuis.

– N-não quis interromper... Podem continuar! Não vi nada...

A de cabelos brancos refez seus passos de costas, praticamente fugindo em velocidade sônica.

E então Leticia intendeu, formou-se a cena em sua mente.

Calça molhada... Um lenço em sua mão... Inclinada para baixo... Suas mãos próximas ao...

E foi como se tivesse se formado um enigma insolúvel, seu corpo se moveu sozinho, dando um pisão no pé de Lori, e arremessando o lenço em seus braços. Ela se trancou em seu quarto em passos largos.

E o garoto de olhos vermelhos ficou sem palavras, ou possivelmente confuso.

E enquanto isso Hidaki saia para mais uma de suas “aventuras.” Noturnas.