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História Too good to be good for me - Capítulo Único - too bad thats all I need


Escrita por: qiarascuro

Notas do Autor


Olá, crianças! Como vão? Alimentadas?

Essa história nasceu por três motivos: a vontade de escrever sobre um romance simples, minha frustração com os meus encontros amorosos e o melhor sorriso do EXO (de quem vocês acham que eu estou falando, pls?). Queria agradecer à minha senpai maravilhosa, sempre me ajudando, betando minhas coisas e aguentando minha falação, e à minha querida com quem discorri sobre o charme de cada membro esses dias.
E outra: nunca sejam um Jong Dae que quebra pobres coraçõezinhos. Não é legal. Eu sou um Jong Dae ;;; Acreditem no amor q
O título da fic veio da música Too Good do amorzinho Troye Sivan <3
Também postei essa fic no Nyah! Fanfiction sob o nick "wieniet" (:
Espero que gostem do que irão ler ~

Obs: as imagens não são minhas. Peguei no google sos

Capítulo 1 - Capítulo Único - too bad thats all I need


too good to be good for me

 

Capítulo Único – too bad that’s all I need

 

O sorriso de Jong Dae sempre terminava em uma curvinha sutil em ambas as pontas dos lábios e, para Jun Myeon, aquele era o maior charme de seu amigo. Não era a icônica mandíbula bem definida, ou como seus olhos transformavam-se em um belo par de luas crescentes quando ria, ou os cabelos macios cor-de-caramelo, ou as coxas fartas. Mas também não eram os beijos lentos e marcantes, ou o modo como seus olhos brilhavam quase o tempo todo, ou o jeito que ele fazia qualquer um rir em menos de cinco minutos, ou como ele falava de seus problemas dando de ombros, quando, no fundo, ele chorava sempre que estava sozinho. O maior charme de seu amigo era um par de curvinhas sutis nos finais de seus lábios. Só. Um detalhe que a maioria notava de primeira, porém que raramente apontaria como seu ponto mais alto.

Jun Myeon comparava o sorriso de Jong Dae ao de um gato traiçoeiro e apaixonante e o outro ria e se inclinava para beijá-lo de forma calma, como se o tempo tivesse parado e não houvesse mais nada no mundo a não ser os dois. Era mágico.

E, sim, os dois eram apenas amigos. Vez ou outra Jong Dae criava uma brecha impossível de recusar e Jun Myeon, que não era bobo, nunca deixou passar a oportunidade. Ambos tinham a carinha de garotos que não estavam acostumados a aprontarem, no entanto, não passava de uma mentira muito bem contada, porque Jun Myeon possuía uma pequena lista de contatos para uma “ficada” casual, enquanto Jong Dae era só sorrisos nas festas, conquistando tanto garotas quanto garotos e partindo seus corações algumas semanas mais tarde. (Jong Dae brincava sobre “não merecer o Céu” por ser tão cafajeste e Jun Myeon não ria genuinamente, pois ele sabia que algumas piadas retratavam como Jong Dae sentia-se de verdade.) Mas Jun Myeon sabia por que Jong Dae não conseguia sustentar um único relacionamento – como uma andorinha, ele era livre e o envolvimento amoroso comparava-se a uma gaiola.

Jun Myeon não poderia culpá-lo (ele o entendia) e talvez até estivesse certo, já que muitas pessoas perdiam suas vidas em casos que não as levariam a nada. Mesmo Jun Myeon não fazia o tipo interessado em amarrar-se a alguém. O problema era que o fascínio que ele possuía por Jong Dae era intenso demais, forte demais, algo que extrapolava os limites aceitos por uma amizade colorida.

Eles gostavam de ir ao cinema e assistir aos filmes deitados um no ombro do outro. Também partilhavam algumas tardes num café estudando em silêncio para as provas. Em alguns dias, dependendo do grau de afobação dos dois, traçavam-se no banheiro para performarem besteiras, entretanto, o mais agradável de tudo eram as noites que Jong Dae mandava uma mensagem simples e direta pedindo para Jun Myeon dormir com ele. O garoto de cabelos negros não duvidava que seu amigo estava emotivo e sentindo-se deprimido e não demorava nem dois segundos para saltar de sua cama e caminhar duas quadras para dividir a noite com Jong Dae.

Às vezes lhe incomodava que o amigo não confiasse suas melancolias a ninguém – tanto menos a Jun Myeon. Não esperava que Jong Dae o escolhesse justamente para ser seu confidente; só queria que ele aprendesse a jogar fora o peso que carregava em suas costas de vez em quando, pois vê-lo engolir seus problemas ou jogar um tapete sobre eles não era nada saudável. Nunca que diminuir as próprias decepções resolveria alguma coisa e Jong Dae concordava com isso, mas não lhe ocorria que ele tinha o direito de ser ouvido pelos outros também.

 

“No que está pensando, babe?” Jun Myeon questionou ao notar as sobrancelhas franzidas de Jong Dae.

“Quanto devo tirar no mínimo em física para passar de ano.”

“Você deveria estudar em vez de fazer essas contas bobas. Preocupar-se em passar em cima da média não é exatamente garantia de nada.”

“Eu só quero ter mais tempo para mim, Jun. Não pegue no meu pé sobre minhas notas, ok? Esse é o trabalho dos meus pais.” Jong Dae respondeu rápido com sua língua afiada e tão logo arrependeu-se de ter saído tão rude, mas não pediu desculpas. Jun Myeon não estranhou a atitude do amigo; apenas envolveu a mão dele com a sua.

“Jesus, parece que alguém está bem irritado hoje. O que houve?” O outro fez uma careta como quem estivesse engolindo algo amargo – culpa e tristeza – todavia, acabou por decidir compartilhar suas frustrações.

“O que é que não está havendo, Jun? Ano que vem eu deveria ir para alguma faculdade e não tenho a menor ideia do que quero fazer, a não ser pelo fato que eu não quero fazer faculdade alguma! Só que o mundo é assim: ninguém se importa com o que você quer ou o que você pensa, então terei de passar o ano inteiro sentado numa cadeira lendo coisas que não me despertam nenhum interesse. Por que raios alguém não me leva a sério e acredita que eu quero cantar para sobreviver? Eu odeio essa droga de realidade. Ser obrigado a estudar e a escolher o caminho a seguir, logo no primeiro quarto da sua vida. Estou cansado das obrigações se quer saber.” Foi bom poder ouvir Jong Dae, mas Jun Myeon não sabia o que fazer em seguida. “Estou fazendo algo terrível: estudando para as provas em vez de estudar para o vestibular.” A esta altura Jong Dae já baixara o tom de voz. “Mas não consigo me importar o suficiente. Isso tudo me deprime e me sinto mal por pensar dessa forma porque me faz parecer um completo babaca para com os esforços dos meus pais. Não tenho para onde correr.” Completou passando a mão livre pelos cabelos, enquanto a outra se agarrava ao aperto de Jun Myeon.

“Você não tem que se tornar responsável por tudo, Dae...” Após longos segundos, Jun Myeon comentou baixinho. Não era o melhor conselho do mundo, mas era o que ele pensava e parecia melhor dizê-lo do que manter-se em silêncio, contribuindo para o desespero de Jong Dae. Em resposta, o garoto de cabelos castanhos suspirou.

“Sou um fracassado. Minha existência é um fracasso. Nada dá certo.”

“Não fale assim. Olhe para mim, por favor. Você não é um fracassado, ok? É só que... algumas coisas demoram um pouco mais para acontecer – algumas flores demoram mais para desabrochar.” Jong Dae riu.

“Isso é muito gay.

“Você também é!” Defendeu-se Jun Myeon.

“Cinquenta por cento,” brincou Jong Dae.

“Idiota.” E murmurando, abraçou o amigo bem apertado.

“Obrigado por me ouvir.”

“Alguém ainda está interessado em saber o que você pensa e quer, Dae. Gostaria de que soubesse disso.” Jun Myeon poderia sentir o bolo subindo pela sua garganta só de pensar que aquilo era apenas a ponta do iceberg, e Jong Dae escondeu suas lágrimas porque ele odiava parecer fraco. Não era questão de orgulho; ele só não se achava digno que fraquejar. “Meu consultório fica aberto vinte e quatro horas por dia, ok?” Jun Myeon ficou feliz ao arrancar outro riso de Jong Dae, mesmo que fosse um sem muito ânimo.

 

-

 

Festas não faziam o tipo dos dois, mas eles costumavam frequentar às vezes para deixarem a seriedade de lado e assumirem suas personalidades mais fúteis. Beber, beijar, dançar, fofocar e reclamar do evento horas mais tarde, deitados no chão do quarto de Jun Myeon, já que seus pais estavam sempre viajando.

“Tentei ficar com outras pessoas, mas você me alugou a noite inteira, Jong Dae. Tsc, tão egoísta.” Reclamou Jun Myeon entre os goles famintos que tomava de uma garrafa de suco. Os dois estavam suados, cansados, surdos e morrendo de sede, no entanto não tão bêbados quanto esperaram ficar. Ambos dispunham de um invejável autocontrole e excelente tolerância ao álcool – eram pessoas muito lúcidas, principalmente quando fora de casa sem a permissão dos responsáveis. Deveriam estar acordando àquela hora (oito da manhã), porém, ao contrário, chegaram não fazia nem vinte minutos e mentiram para os pais de Jong Dae sobre passarem o final de semana inteiro jogando videogames e se entupindo de comida gordurosa no conforto e segurança do sobrado de Jun Myeon. “Tinha uma garota linda... Como era mesmo o nome dela?”

“Você nem perguntou, Jun Myeon, seu babaca.” Jong Dae riu empurrando-o para longe. “Ela era linda, mas ouvi dizer que beijava mal. Geralmente é assim mesmo. Agradeça a mim, salvei a sua vida ali.” O outro franziu o nariz. “Vamos, admita que amou a noite. Sou a melhor companhia que alguém poderia ter. Beijo bem, faço todo mundo rir e meus boquetes são os melhores da cidade.” Jun Myeon tapou a boca de Jong Dae censurando-o pelo que acabou de dizer.

“Que horrível, Jong Dae!”

“Não me venha com essa conversa agora, senhor Kim Jun Myeon! Repito: eu sei que você gosta.” Jong Dae inverteu o jogo, sentando-se no colo do amigo e tomando a caixa de suco de sua mão, bebendo o resto do conteúdo. Jun Myeon contentou-se com assisti-lo sem maiores reações. Ainda tinha sede, mas os showzinhos particulares de Jong Dae eram muito melhores do que suco de laranja, com certeza. “E tenho toda a certeza do que você quer agorinha, neste mesmo momento.”

“Ah, é?” Jun Myeon desafiou, encorajando-o.

“A sua sede não é de suco, Myeonie.” Sussurrou Jong Dae ao abaixar-se para capturar os lábios do outro num selar suave. As mãos de Jun Myeon foram de pronto para o quadril alheio, desesperado por mais contato. “É de mim.” Os dois riram da ousadia de Jong Dae e este prosseguiu o joguinho descendo os beijos para o pescoço e a clavícula do mais velho. “E do quão maravilhosos são os meus lábios. Você não vai me negar isso, vai?”

“Tem razão... Sua boca é a melhor que já provei.” Concordou Jun Myeon de olhos fechados, aproveitando o momento. Jong Dae não era rude – suas ações eram gentis e respeitosas, como se qualquer um sob seus cuidados fosse especial demais para ele. Sim, Jun Myeon sabia que não era o único, sabia que Jong Dae era incrível assim com todos os seus casinhos e mesmo que isso o desapontasse um pouco, também achava admirável o jeito (sensualmente) atencioso dele.

“Eu sempre tenho razão.” Jong Dae livrou-se da camiseta de Jun Myeon e a sua própria com a ajuda do outro. Eles riram do quão atrapalhados estavam e o garoto de cabelos negros insistiu em levar a situação para cama, porque era muito mais confortável. Jong Dae, então, exigiu que Jun Myeon se deitasse e abrisse as pernas para, assim, o mais novo continuar despindo-o. Jun Myeon não reclamou do ritmo lento do amante, pois achava tudo que vinha dele muito especial, além de que o excitava as provocações. “Como se sente apenas de roupa íntima sob mim, hm?” Ali estava o sorriso que Jun Myeon amava; as sutis curvinhas que deixavam-no bobo. “Lembra-se de quando me contou sobre o quão intimidante achou que eu fosse ao ver-me pela primeira vez? Ainda pensa assim?”

“Claro que não, idiota. Você não passa de um bobão.” Jun Myeon sorriu de volta para Jong Dae enquanto o puxava para mais um beijo, dessa vez, um com direito a língua e dentes, pois os dois não se cansavam de se atrapalharem. “Como pode beijar tão bem mesmo beijando mal?”

“É um dom.” Mais risadas e Jong Dae continuou a brincar com as coxas de Jun Myeon, ora beijando, ora mordendo de leve e sempre (sempre) mantendo contato visual, divertindo-se com a expressão ansiosa e frustrada do mais velho. “Você fica uma gracinha assim. Raramente pede para eu me apressar. Seria submissão nata?”

Seria admiração por qualquer coisa que você faça? Mas é claro que Jun Myeon não replicaria algo do tipo.

“Seria porque não adianta pedir? Você é muito cheio de si, garoto.” O de cabelos negros revirou os olhos. “E se vale de algo, então vá logo.”

“Ir aonde?” Jong Dae assumiu sua faceta mais dissimulada, porém falhou na missão, pois um sorrisinho debochado insistia, divertido com a situação. “Se não for específico, não poderei fazer nada por você.”

“Jesus, Jong Dae–!” Jun Myeon engoliu as milhares de pragas que iria rogar e decidiu dar ao mais novo o que ele queria – mas não da forma como ele queria. Sentou-se, aproveitando que Jong Dae estava de bruços, apoiado sobre os cotovelos, e, com a ponta dos dedos indicador e médio, ergueu-o meramente o rosto pelo queixo. “Quero ver seus lindos lábios sugando o meu pênis.” Jong Dae escondeu o vermelho de suas bochechas com uma risada tão verdadeira que chegou a fechar seus olhos. Jun Myeon ficou satisfeito com a reação e voltou a deitar-se, desta vez também apoiado sobre os cotovelos para ter visão completa da cena a seguir.

“Você é tão bom com as palavras quando quer...” Jong Dae comentou – os dedos valsando pelo cós da boxer. “Gosto quando é direto comigo – gosto de pessoas diretas, sabia?” Jun Myeon sabia. Sem mais rodeios, o mais novo livrou-se da peça e, mordendo o lábio inferior, envolveu o membro de Jun Myeon com a destra, fazendo lentos movimentos de sobe e desce. O gemido que partiu da garganta do mais velho mexeu com o ego (e o falo) de Jong Dae, que sentiu-se compelido a intensificar suas ações em retorno. “Mas é melhor ainda quando geme.”

Jun Myeon não preocupou-se em responder Jong Dae; só concentrou-se nos toques dele, pensando no quão gratificante era ter a atenção do garoto para si. Ele era tão único... De repente, um sentimento egoísta surgiu do fundo de seus pensamentos, querendo que Jong Dae fosse apenas seu; seu melhor amigo, seu confidente, seu amante, seu namorado – seu. Contudo, tão logo afastou tal ideia envergonhado pela ousadia de tê-la. Jong Dae não era seu. Não era de ninguém e nem nunca poderia ser – porque era um crime prender um pássaro que nascera com belas asas para voar. Jun Myeon gostava tanto de Jong Dae a ponto de entender que a felicidade dele vinha antes de suas vontades, pois só assim poderia Jun Myeon ser feliz também.

Jong Dae não demorava a ir direto ao ponto quando o assunto era sexo porque se acanhava; ele demorava porque era muito mais interessante e proveitoso deleitar-se com cada segundo. Uma relação sexual, ao seu ver, deveria ser curtida em cada detalhe. Claro que as “rapidinhas” tinham seu charme, mas naquele momento eles tinham todo o tempo do mundo, então por que não usá-lo? Fechou os olhos e entreabriu os lábios, plantando um beijo molhado e estalado na ponta do membro. O gemido lânguido do mais velho animou-o. Jong Dae abriu mais a boca engolindo a cabeça e sugando-a sem pressa (tudo era sem pressa). A mão direita continuava seu trabalho no resto da intimidade, bombeando-a e ampliando o prazer de Jun Myeon.

“Jong Dae-yah...”

E de sacanagem o mais novo murmurou inquisitivo, sabendo que sua voz reverberaria pelo membro em sua boca e faria Jun Myeon gemer outra vez. Àquela altura, o pré-gozo começou a despontar da fenda e Jong Dae pensou que seria divertido brincar com aquilo. Jun Myeon desistiu de tentar ver e relaxou completamente sobre o colchão, colocando cem por cento de sua atenção apenas no que acontecia em seu baixo-ventre. Ah, Jong Dae era o pior dos jogadores. Seus movimentos eram sujos e não possuíam o mínimo de ética. Cada jogada era um nocaute para Jun Myeon.

Cansado de provocar, Jong Dae seguiu em frente, engolindo mais do membro teso. Não fizera aquilo muitas vezes em sua vida, é claro, mas pelo pouco que sabia se dava bem, sempre atento ao que seria melhor para os dois lados. Às vezes sugava, às vezes raspava os dentes de leve, pois sabia que a pele era sensível e deveria ser ministrada com igual cuidado.

“Jong Dae, se você n-não parar...” Jun Myeon tentava avisar, mas Jong Dae ignorava – o que ele queria ainda estava por vir e não iria afastar-se até lá. “Por favor...”

Rapidamente Jong Dae afastou-se e, ainda com a mão subindo e descendo no pênis, assegurou: “não tenha receio, Jun, você sabe como eu faço isso. Não se segure.” Sussurrou a última parte de maneira hipnotizante e a partir dali, Jun Myeon perdeu o pingo de controle que tinha sobre si e soltou-se por completo, entregou-se a Jong Dae.

“Você vai me matar, Dae-yah.”

“Com prazer.” E voltou a chupar Jun Myeon sem o menor pudor aumentando a velocidade e intensidade. Os suspiros e gemidos foram ficando mais urgentes, anunciando o limite do mais velho e, logo, ele gozou, e Jong Dae tentou beber o quanto podia. Como era de se esperar, o mais novo riu, quebrando o clima sensual. Jun Myeon grunhiu irritado e puxou-o pela nuca para um beijo com gosto terrível de sêmen e álcool.

“Nojento.”

“Eu acho sexy.”

“Você é nojento.” Mas mesmo assim Jun Myeon lambeu o resquício do líquido branco no canto da boca de Jong Dae. “Precisamos de um banho, de pasta dental e de dezesseis horas de sono.”

“E um café logo depois disso. E quem sabe um pouco de sexo na parte do banho, que tal?”

“Você é terrível, Jong Dae.”

“Você adora.” Ele estava certo. Ele sempre estava certo. Os dois se beijaram por mais alguns minutos, despreocupados com o que fariam depois e completamente perdidos no mundo particular que apenas eles conheciam. Quem olhasse, diria que eram amantes, mas não passavam de bons amigos.

 

-

 

“Nove e meio em física. O que acha disso?”

“Acho que isso merece sorvete de morango e baunilha.”

Jong Dae comemorou. Todo mundo que conhecia Jun Myeon sabia que se ele levasse alguém para comer, então significaria que esse alguém era muito importante para ele. Não que fosse novidade para o de cabelos castanhos a posição dele no coração de mais velho, mas era sempre maravilhoso ser lembrado do quanto uma pessoa te amava.

 

-

 

Por causa do temporal, Jun Myeon viu-se obrigado a cancelar seu programa com Baek Hyun e Min Seok – por acaso chuva e parques não eram uma combinação aconselhável – e nisso, Jun Myeon ficou em casa com sua mãe revisando os resumos de biologia, até que a campainha tocou tímida, quase como um breve susto. A senhora Kim levantou-se do sofá e foi atender a porta e qual foi a sua surpresa ao encontrar Jong Dae ensopado e de olhos vermelhos.

“Desculpe, senhora Kim, mas seu filho está?” Indagou num tom embargado. A mulher compadeceu diante da cena e mandou Jun Myeon buscar toalhas secas. O garoto, que não sabia a razão da ordem, fez o que foi pedido e, ao aparecer na porta com três toalhas, arregalou os olhos.

“O que houve, Jong Dae?!” O mais novo colou os lábios, suprimindo o choro, e deixou que os dois ajudassem-no a se secar. Jun Myeon correu para preparar um banho quente e roupas secas e só depois que os ânimos de todos se acalmaram – e que a senhora Kim trouxera uma bela xícara de chá – os garotos puderam conversar. “Vai me contar o que houve, Dae?” Desta vez, Jun Myeon perguntou num tom ameno para não exaltar seu amigo. Seus dedos alcançaram os fios que insistiam em cair sobre os olhos de Jong Dae e afastou-os.

“Briguei com meus pais. Decidi que iria afrontá-los sobre o que eu queria fazer da minha vida e eles... Disseram que era desculpa para vagabundear. Que eu não tenho noção do que estou dizendo e que não sei como é o mundo lá fora. Disseram que eu só poderia fazer o que eu quero assim que saísse debaixo do teto deles.” Jong Dae disse tudo isso num só suspiro. Jun Myeon observou que ele continuava segurando as lágrimas. “Quero sair de casa, Jun, quero arrumar um emprego qualquer e morar em algum lugar barato. Estou disposto a aguentar qualquer barra que aparecer. Não vou para uma faculdade só porque meus pais sonham com isso. Se eles quiserem um filho que faça todas as vontades deles, então que comprem um boneco. Eu não–!” Jong Dae parou para engolir a péssima sensação – um misto de medo, ânsia de vômito e ardor na garganta.

“Tudo bem chorar, Dae-yah.” Jun Myeon garantiu apologético. “Chorar não significa nada de ruim. Chorar é... Colocar o peso para fora, ok? Nada mais.” Jong Dae levantou o olhar para o mais velho e lançou-se sobre ele, soluçando desesperadamente e Jun Myeon aceitou-o no abraço mais apertado que já deu em alguém.

“Ninguém nunca fica satisfeito com o que eu faço, Jun. Sou um fracassado aos olhos de todo mundo. Sem a minha autoconfiança quem sou eu? Um idiota que pensa saber cantar. Todos ao meu redor são inteligentes e dedicados; não possuo nem metade da beleza que deveria; meus pais me acham um completo inútil; e eu... Não sei amar ninguém. Só sei desapontar e destruir tudo o que eu toco. Não mereço nem metade do que a vida me dá.” Jun Myeon aguardou até que Jong Dae tivesse se livrado de todos os pensamentos ruins. Pela segunda vez nos anos em que se conheciam, ele estava ouvindo o coração do amigo e era tão intenso, tão forte. Eram tantas coisas negativas que ele carregava em silêncio e Jun Myeon mal poderia imaginar o que mais habitava o pobre ser de Jong Dae. E o pior de tudo: não sabia o que fazer. De novo. Ele ficou que nem um idiota pensando em mil respostas reconfortantes, no entanto nada daquilo não soava clichê e ridículo. A última coisa que ele precisava era desapontar Jong Dae com uma frase de efeito cafona.

“Dae-yah–”

“Por que você está aqui, Jun Myeon?” Indagou o mais novo um pouco mais calmo, mas igualmente deprimido. A pergunta atingiu Jun Myeon como um golpe no estômago. “Eu não entendo. Sei que às vezes sou agradável, mas... Mas nem eu me aguento. Por que você me recebe? Por que você me aceita? Por que não reclama de quem eu sou, dos meus defeitos, dos meus exageros ou dos meus pensamentos mais radicais? Por que você está aqui? Por que está me prestando todo esse suporte sem a menor garantia de que eu faria o mesmo por você?”

“Eu acho... Que é isso o que se faz por quem se gosta, Jong Dae.” Sussurrou Jun Myeon com um aperto no peito. “Tudo o que espero de você é que fique feliz, porque sua satisfação é a minha satisfação. Se você chorar, então parece que nada vai ficar bem.” Ele queria dizer tanto mais, porém as ideias estavam tão desorganizadas que resolveu calar-se. Ao menos ainda estavam abraçados e isso levou-o a crer que ele não fizera nada de errado ainda.

“O que você vê em mim?”

“O mesmo que você vê em si mesmo, mas com outros olhos. Eu te admiro, ok? Você é incrível. É inteligente, engraçado, bonito, único e tem a melhor combinação de qualidades e defeitos do mundo. Se as pessoas não são capazes de gostar de você pelo que é, então elas estão erradas. É só o que penso.” Jong Dae queria ouvir mais, mas ao mesmo tempo não queria, então optou por morder o lábio e desfazer o contato.

“Posso dormir aqui hoje?”

“É claro!” Jun Myeon exclamou ansioso. “Você pode fazer o que quiser. Quer mais alguma coisa?”

“Não dorme no chão, não. Dorme ao meu lado, por favor.” Jong Dae pediu num tom tão baixo e gentil que sua voz quase não funcionava, mas Jun Myeon sempre o entendia.

Naquela noite, sob a tempestade, os dois partilharam a mesma cama e Jun Myeon segurou-o o tempo todo.

 

Era tão surreal e fascinante como Jong Dae ia de oito a oitenta. Claro que Jun Myeon odiava vê-lo triste, mas aquela parte era um pedaço da existência do garoto que ele gostava, por isso não desejava apagá-la, porém, sim, assegurar-se de que estaria sempre por perto para sanar as necessidades do mais novo.

Depois daquele dia, os dois tornaram-se ainda mais próximos (se é que aquilo fosse possível) a ponto do colégio inteiro reconhecê-los como “o casal vinte”. Jong Dae tirava sarro do título porque achava-o bobo e Jun Myeon só desejava silenciosamente que fosse verdade.

 

-

 

O momento em que Jun Myeon teve certeza de que estava se apaixonando por Jong Dae foi no dia em que eles estavam no telhado do prédio de Jong Dae, deitados sobre um lençol estendido no chão e observando o céu limpo e estrelado. Não entendia por que, mas sentia uma urgência assombrosa em segurar a mão de Jong Dae e dizer-lhe que o amava sem se importar com o que poderia acontecer no futuro.

Uma pena que ele não tinha permissão para tal.

 

Dias mais tarde, os dois estavam esparramados pelo quarto de Jun Myeon, lendo quadrinhos de super-heróis e ouvindo bandas de rock indie, quando o mais velho quebrou o silêncio com um assunto que, até então, nenhum deles havia conversado sobre.

“Acho que estou apaixonado.” Jun Myeon arriscou.

“Você não está apaixonado – você tem dezessete anos.” Jong Dae retrucou sem tirar os olhos da HQ.

“Você realmente acredita que amor tem idade?”

“E você realmente acredita em amor?”

Touché.”

“Você sabe que eu sempre tenho razão.” E depois desse dia, Jun Myeon passou a afastar-se. Talvez a melhor forma de esquecer seus sentimentos fosse acabar com a fonte deles e isso queria dizer renunciar sua amizade pelo bem de sua sanidade mental. Parecia justo. Até que Jong Dae notou a distância – porque é claro que uma hora ela seria tão óbvia que seria inevitável ter que responder pelos seus atos.

“Quando é que vai me dizer o que eu fiz de errado, ein? Estou esperando.” Jong Dae o surpreendeu ao final de uma aula de inglês. Sentou-se na cadeira à frente de Jun Myeon e olhou-o no olho, sério e de sobrancelhas erguidas.

“Você não fez nada de errado.” Jun Myeon esclareceu evitando devolver o olhar. Não conseguiria mentir se o encarasse diretamente. “Só estou ocupado com os estudos e tudo mais. Meus pais têm viajado–”

“Eu não nasci ontem, Kim Jun Myeon.” Jong Dae interrompeu-o e Jun Myeon não ousou abrir a boca. “Seus pais viajam o tempo todo e se os estudos fossem o problema, então estudaríamos juntos como sempre. Se não quiser ficar perto de mim, tudo bem, eu respeito sua escolha, só não me trate como um cachorrinho retardado; fale na minha cara que não quer mais estar na minha presença, ok?” O garoto de sorriso felino e cabelos cor-de-caramelo e encaracolados pôs-se de pé e antes de sair, pontuou, “achei que fosse melhor do que isso, mas parece que eu estava errado. Você é igual a todos os outros.”

Assim que Jong Dae saiu da sala, Jun Myeon não se importou com o que pensariam de si e se pôs a chorar. Mas tudo bem, ele iria se sentir mal, porém era pelo bem de Jong Dae. Ele ficaria muito melhor livre, sem alguém tentando prendê-lo.

 

Dias transformaram-se em semanas e semanas viraram meses. O vestibular estava próximo e Jong Dae e Jun Myeon agiam como se fossem estranhos um para o outro. O mais novo parecia ir bem com seu boytoy, Chan Yeol, um cara alto, engraçado e a quem todos gostavam – alguém muito melhor que Jun Myeon. Este, no entanto, não aprendeu a superar Jong Dae e ia de mal a pior. Mergulhou nos estudos e esqueceu o significado de “cuidar de si mesmo” e o mais degradante, era que a mudança em Jun Myeon era muito explícita. Seus amigos andavam preocupados, entretanto recusava-se a explicar qualquer coisa, embora fosse óbvio o motivo para a autodestruição.

E, de novo, tudo bem, porque Jong Dae estava muito melhor sem ele.

“Você tem certeza de que não quer conversar com ele?” Min Seok insistiu.

“Com quem, Min Seok?”

“Com a rainha da maldita Inglaterra, Jun Myeon. Jesus, de quem você está achando que eu estou falando? Do Jong Dae!”

“Min–”

Min Seok meu rabo, Jun Myeon! Já se olhou no espelho alguma vez? Você está um lixo! Se não quer nos contar o que houve, então fale com ele.” Jun Myeon tentou desviar de assunto, contudo Min Seok calou-o. “E se não falar, vou eu, entendeu? Porque tudo o que se pode perceber da situação inteira é que ele foi um grande babaca com você.”

“Ele não foi, Seok.” Jun Myeon suspirou.

“Então o que houve?”

“Nada, ok? Nada. Para de–”

“Está bem, depois não me diga que eu não te avisei.” Min Seok fez menção em levantar-se da cadeira do refeitório, quando Jun Myeon o segurou pelo pulso.

“Certo, eu vou falar com ele. Não esquente mais com isso. Agora vamos parar de falar sobre isso, por favor?”

 

Jun Myeon mentiu, é claro. Ele não estava afim de perturbar a paz de Jong Dae. Em vez disso, foi a uma festa de um colega – uma espécie de “despedida” do Ensino Médio. Queria esquecer os problemas, entrar em coma alcoólico e, quem sabe, morrer de uma vez. E foi o que fez. Pelo menos a primeira parte e metade da segunda. Bebeu um copo atrás do outro e se atracou com qualquer um que parecesse disposto a tal. Não estava nem aí se a cidade toda pensasse mal dele no dia seguinte – ele não estava interessado em impressionar ninguém mesmo.

Porém, às duas da manhã, viu-se sendo forçado a deixar a festa por um par de braços que ele bem conhecia. “Jong Dae? O quê...?”

“É incrível, Jun Myeon. Olhe só para o seu estado.” Jong Dae não estava irritado; ele estava puto. Ele queria bater em Jun Myeon por ser tão irresponsável. “Se você beber mais um copo, juro que você entra em coma. É isso o que você quer?”

“É, é sim! E no quê isso te diz respeito? Me deixe em paz.” O de cabelos negros tentou desvencilhar-se de Jong Dae e este, sem paciência, deixou-o que caísse no chão.

“Você não está em posição de se fazer de vítima aqui, seu idiota!”

“Eu te fiz um favor, ok? Você deveria me agradecer?”

“Pelo quê? Por você ser um babaca sem coração e me descartar?”

“Por livrá-lo de uma dor de cabeça!” Cuspiu Jun Myeon. Ele tentava ficar em pé, mas mal aguentava o próprio peso sentado.

“Do que está falando?” Jong Dae gritou exasperado.

“De...! De nada.” Jun Myeon estava bêbado, mas ainda muito consciente, o suficiente para não falar uma besteira. “Vá embora, Jong Dae, por favor. Eu não pedi pela sua ajuda. Você nunca precisou de um perdedor como eu para ser feliz e não é agora que vou fazer falta.”

“Do que está falando? Você é maluco?”

“Eu sou!” A paciência de Jun Myeon estava indo para o espaço. “Eu sou! Eu sou um maluco! Um maluco que sabia o que iria acontecer se me apaixonasse por alguém que não é capaz de amar alguém de volta. Eu sabia o que iria acontecer e quando tentei evitar isso... Já era tarde demais. E agora olhe só para mim – para nós. Tornei-me um perdedor ridículo, digno de pena, e você está... Você está bem. Graças a Deus, você está bem.”

“Jun Myeon, eu não sou uma droga de adivinho. Tem como me dizer o que está acontecendo?” O mais velho desistiu de tentar sair da calçada e ficou ali, olhando para o chão derrotado pelo próprio estado deplorável. “Você acha que estou bem? Você me abandonou e começou a se negligenciar. O que está acontecendo? Por que as coisas estão como estão? Eu não mereço uma boa explicação? Mesmo depois de tudo o que passamos?”

“Mas que droga, eu amo você.” O som de suas respirações aceleradas era a única coisa que preenchia o espaço entre eles. O cenho de Jong Dae franzia-se gravemente, procurando diferir o que acabara de ouvir. “Entendeu? Agora... Tem como me deixar em paz? Sei como as coisas funcionam com você, Jong Dae, eu sempre soube, por isso não quero te envolver nas minhas paranoias. Por favor, você ir embora é melhor do que ficar aqui com dó de mim.” Jun Myeon não impediu as lágrimas grossas, de cair. “Sei que a culpa é minha, eu assumo. Só... Me perdoe. Você nunca errou em nada.”

“Myeonie...”

“Não, por favor.” Jun Myeon encolheu sob a tentativa de Jong Dae em tocá-lo, mas isso não assustou o mais novo. Pelo contrário, ele se agachou e abraçou Jun Myeon. “Não fala isso comigo.” O mais velho ficou chorando sem retribuir o abraço, enquanto Jong Dae recusava-se a deixá-lo sozinho.

“Você foi um babaca, mas também lhe devo desculpas. Agora entendo por que... Por que se afastou. Acho que minhas palavras foram muito injustas, não é? Perdão por machucá-lo. Eu não sabia...”

“Não faz diferença, Jong Dae. Você iria me tratar com compaixão e não como meu melhor amigo. Não quero ser alvo da sua compaixão. Ou você aceita o que eu sinto, ou vai embora.”

“Eu não quero ir embora, Jun Myeon, você não entende?”

“Você que não entende–”

“Você é quem não entende nada!” Jong Dae afastou-se. “Não me diga o que devo fazer, pensar ou sentir! Pare de agir como meus pais, por Deus. Quantas vezes terei de pedir? Eu não quero ir embora. Você é importante; a presença mais insubstituível na minha vida. Como você pode tomar essa decisão de sair da minha vida sem ao menos me consultar?” Jun Myeon engoliu em seco e voltou a chorar mais ainda. Jong Dae suspirou. “Desculpe. Droga. Desculpe, eu não quero vê-lo chorar. É só que... Você não fala. Eu aprendi a me abrir para você e... Você se esconde.”

“Você nunca iria me aceitar!”

“E eu, por acaso, estou te empurrando agora, Jun Myeon? Me responda!” Silêncio. “Eu não estou tentando te empurrar. Estou... Estou tentando juntar todas as peças e encontrando uma forma de encaixá-las. Eu quero que tudo dê certo porque sou egoísta e não quero te perder. Quero que esteja por perto, ao meu lado, como sempre esteve. Quero tentar o que for preciso para te manter próximo a mim. Por favor, me dê uma chance. Vou aprender a–”

“Não permito que você seja quem não é por minha causa, Jong Dae.”

“Jesus, Jun! Pare com essa conversa, pelo amor de tudo o que mais sagrado. Não consegue perceber que estou admitindo algo aqui? Você é especial para mim, é a pessoa mais importante do meu universo. Quero que isso continue sendo como é, então não me impeça.” Jun Myeon não disse mais nada e nem Jong Dae, e assim os dois permaneceram.

Ele queria tentar. Jun Myeon não sabia se era correto aceitar aquilo. Não queria forçar Jong Dae, mas ele parecia tão determinado a... A fundir seus universos a níveis atômicos. Não queria soar egoísta com palavras, então jogou-se nos braços do outro.

“Eu senti tanto a sua falta.” Confidenciou apenas para Jong Dae no meio da rua deserta e sob o céu nublado da noite. “Suas risadas, sua espontaneidade, sua simples presença. Senti falta dos seus abraços, da sua voz e de quando fazíamos praticamente tudo juntos. Sou um corpo sem cabeça sem você.” Jun Myeon não refreou as palavras que sempre quis dizer ao mais novo.

Jong Dae desfez o abraço, no entanto manteve Jun Myeon por perto. Olhou-o nos olhos por alguns segundos e sorriu do jeito que Jun Myeon mais amava, com as curvinhas nos finais dos lábios mais perfeitos de toda a galáxia.

“Acho que não somos mais tão amigos assim.”

“Com certeza.” Jong Dae selou os lábios de Jun Myeon. “Acho que vai ser melhor assim, não?”


Notas Finais


Deveria eu fazer um extra com mais cenas quentes? Hmm... Achei que faltou isso q
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