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História Torture [Markson] - Se você não for meu, não é demais ninguém


Escrita por: jackssexuada

Capítulo 20 - Se você não for meu, não é demais ninguém


Eu esperava Jackson há vinte minutos, havíamos marcado de nos encontrar em minha casa às duas da tarde, horário que Patrick tinha imposto através de uma mensagem que tinha me mandado na noite anterior. Eu estava nervoso e andava de um lado para o outro da sala fazendo com que Jaebum me lançasse olhares de dúvidas e arqueasse uma de suas sobrancelhas enquanto me olhava.

"Você está bem, Mark?" o moreno perguntou diminuindo o volume da televisão que estava passando um programa infantil.

"O quê? Ah, sim. Estou." falo nervoso com a voz bastante tremula.

"Vai sair para onde?" sua expressão de curiosidade é visível.

"Co-com o Jackson." falo apenas vendo o sorriso no rosto do menor crescer. "N-não desse jeito. Não." falo percebendo o que o garoto está imaginando o que o faz rir ainda mais. Ouço uma buzina do lado de fora de casa e apreço-me pegando o celular e a carteira, coloco ambos no bolso da calça e me despeço do moreno. Passo pela porta de madeira, fechando-a em seguida e caminhando até o carro do loiro que me encarava pela janela do automóvel.

"Desculpa a demora" o garoto pede assim que dá partida no carro "Meu pai pediu minha ajuda e você sabe como ele é autoritário." Jackson dá de ombros e por um momento me encara, repito o ato olhando ele ao meu lado "Está nervoso?" ele pergunta diminuindo a velocidade do automóvel para passar em uma curva.

"Um pouco. Eu tenho medo do Patrick. Ele parece uma pessoa legal a primeira vista, mas ele tem um coração frio e eu tenho medo do que ele fez aos meus pais. Eu não consegui falar com eles ontem a noite, eu realmente estou com muito medo. Não por mim, mas por quem está se envolvendo nisso por minha culpa. Ainda dá tempo de desistir, Jackson. Eu vou entender." Digo com sinceridade fazendo com que um sorriso sincero nascesse no rosto do maior.

"Para de besteira. Eu não vou deixar ele fazer nada com você." Ele diz desviando  o olhar para a estrada a nossa frente, apoio o rosto no vidro do carro e fecho os olhos,

"Por está fazendo isso por mim?" pergunto ainda de olhos fechados mergulhado nos pensamentos confusos que me vinham.

"Porque eu me importo com você, Mark. Eu não sei o porque, mas o sei o para que. Eu estou te ajudando para poder ver novamente o seu sorriso, o sorriso que eu conheci, vê seu divertimento. Eu estou fazendo para te ver feliz novamente." Ele responde, me lançando um rápido olhar. 

"Minha felicidade não vai mudar nada na sua vida, Jackson." falo baixo sabendo que o maior havia escutado.

"A sua felicidade vai me dar paz." ele fala, mas antes que eu possa retrucar o carro é estacionado e eu olho para frente vendo a cafeteria que Patrick tinha mencionado, ao lado tinha uma biblioteca com uma aparência exótica e convidativa. Suspiro pesando vendo os cabelos loiros do americano encostado na vidraça da cafeteria. "Vamos terminar logo com isso." Jackson fala saindo do carro, repito o ato e caminho até o lado do maior, caminhamos até a cafeteria visto que Patrick ainda não havia nos notado, puxo uma das cadeiras a frente dele chamando sua atenção e o garoto ao meu lado faz o mesmo. Em me sento a frente de Patrick e Jackson ao meu lado. O loiro parece surpreso por ver Jackson ali, mas logo seu olhar de surpresa é substituído por um de indiferença.

"Não sabia que você viria?" Patrick lança um olhar a Jackson que dá um sorriso forçado para o outro.

"Vamos  ao que interessa. O que você quer?" pergunto com uma coragem que eu não sabia de onde havia surgido.

"Mas que pergunta boba, Mark. Eu quero você. Vamos pegar o primeiro avião e voltarmos para os Estados Unidos, seremos felizes. Você não sabe como me faz falta não poder foder com você todos os dias." Uma corrente fria passa por todo o meu corpo me fazendo encolher na cadeira, sinto uma mão ser posta sobre a minha que estava em minha perna, olho na direção da mesma e vejo os dedos grossos de Jackson sobre a minha. Patrick não parece notar já que seu sorriso continua no rosto "Vai me dizer que não gostava? Você até gritava e chorava. Fica tão lindo com o rosto vermelho enquanto chora. Fazia birra e parava de falar comigo, me evitava, mas eu sei que era só seu charme querendo me enlouquecer." Fecho os olhos com força sentindo vergonha por Jackson está ali escutando tudo e raiva de Patrick.

"Para. Cala a boca. Eu não sinto falta de nada. Eu tenho nojo de você. E a cada birra minha era apenas uma tentativa de fugir de você, de me livrar de você. Você é um demônio." falo mais alto que o desejado roubando a atenção de algumas pessoas que lanchavam no local.

"Mark, amor. Foi você que disse que me amava, foi você que fez eu me apaixonar, você gostou primeiro, você correu atrás. Por que está me culpando de uma decisão sua?" ele pergunta com a voz repleta de ironia.

"Porque eu gostava do garoto que você era, não do que se tornou depois que eu conheci melhor. Eu odeio você com todas as forças e eu juro que eu te mato se eu descobrir que você fez alguma coisa com os meus pais." Sussurro entre os dentes com a voz repleta de ódio.

"Então, Mark. Eu esperava que isso fosse feito da forma simples e fácil. Você viria, concordaria, correria para a casa desse seu amigo..." aponta para Jackson "...pegaria as coisas coisas e voltaria para podermos embarcar. Mas vejo que terei que fazer da pior forma." Ele se levanta e caminha até nós. Jackson rapidamente fica de pé a minha frente impedindo Patrick de passar.

"Você não vai encostar nele." Jackson fala com um tom grave e sério que eu nunca tinha visto. Fico de pé logo atrás dele. Patrick arqueia a sobrancelha e leva a mão até a parte interior do casaco grosso tirando de lá uma arma e abre um sorriso largo, todos do local começam a sair as pressas e os funcionários escondessem atrás do balcão, estando em poucos segundos apenas eu, Jackson e Patrick. Ouço um barulho e logo percebo que a arma havia sido destravada. Sinto minhas mãos tremulas, mas Jackson permanece no mesmo lugar que estava. 

"Abaixa essa arma, Patrick." Falo vendo o loiro posicionar a arma no peito esquerdo de Jackson.

"Então venha comigo e diga ao Jaebum pra parar de se intrometer onde não é chamado." ele fala pela primeira vez com uma raiva na voz.

"Eu vou, mas deixa ele. Deixa eu me despedir dele. Cinco minutos apenas." Passo por Jackson, afasto a mão de Patrick que estava com a arma em seu peito, colocando meu corpo na frente do de Jackson que me olhar com dúvidas. "Por favor" peço novamente e o garoto assente com a cabeça.

"Tudo bem. Sejam rápidos" Ele diz se afastando um pouco de nós sem tirar os olhos de Jackson.

"Você não vai fazer isso, Mark. Eu não vou deixar." Jackson sussurra me encarando.

"Eu não vou deixar ele te matar." falo encarando os olhos negros do garoto a minha frente.

"A gente pode conseguir sair daqui." Jackson fala com esperança.

"Dentro de dois caixões eu acho. Eu quero que pelo menos você saia vivo daqui, não conseguiria conviver com a culpa de mais uma pessoa que eu me importo se machucando por minha causa. Eu sou o garoto problema daqui, fica bem, eu também vou ficar." Ele assente em relutância.

"Eu vou te tirar dessa. É uma promessa." Ele diz e sem pensar nas consequências que minha ação poderia trazer, fico na ponta dos pés e selo meus lábios nos de Jackson.  Me afasto lentamente mas só percebo que algo está errado quando reparo o olhar de Jackson assustado enquanto encara um ponto fixo atrás de mim. Sinto meu corpo ser puxado pra trás e colidir com outro corpo enquanto um cano frio que logo percebo ser o da arma, ser pressionado em minha testa.

"Que lindo. Melhores amigos em uma paixão proibida. Me traindo, Mark?" o loiro indaga fingindo total dramaticidade. "Se você não for meu, não  é demais ninguém. Eu te mato aqui agora, vou sofrer por não te ter, mas ficarei feliz por saber que ele também não te tem. Ou te levo e te tenho e a gente vai ser feliz, enquanto ele vai sofrer da mesma forma por não te ter. Preferi a segunda opção." ele diz e me empurra por entre as meses saindo da cafeteria comigo, ele me leva até um carro onde me coloca sentado no banco traseiro e dá partida no mesmo, olho para trás ainda a tempo de ver Jackson sentado na calçada com a cabeça abaixada entre as pernas, seu corpo faz movimentos de inspiração e transpiração rápidos como um soluçar em um possível choro.



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