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História Touch Me - Four


Escrita por: twojae

Notas do Autor


vai terum monte de att hoje me segurem

Capítulo 4 - Four


JAEBUM

Yugyeom tagarelava tudo o que Jinyoung não falava, isso aparentemente irritava meu amigo que não aguentava mais ouvir o garoto comentar com Youngjae sobre como a faculdade estava legal.

— Yugy? — Jinyoung o chamou baixinho e eu observava enquanto comia minha pizza. 

O mais novo não ouviu o chamado e acabou o ignorando meio que sem querer. 

— Yugyeom. — chamou novamente.

— E então eu conheci Mark hyung lá e ele me diss... — Yugyeom continuava falando animadamente com Youngjae.

— Kim Yugyeom! – Park Jinyoung gritou, atraindo a atenção de todos pra ele. Eu observava tudo de canto, Choi segurava o riso e Jinyoung bufava impaciente. 

— Aish! O que foi, hyung? O que você quer?

— Pare de falar um pouco, você me irrita.

— Mas o que eu fiz? Só estou conversando com o Youngjae, você pode conversar com Jaebum hyung se estiver com vontade. — ele sorriu e eu me senti mal pelo que viria, Jinyoung estava vermelho e pra mim já era bem óbvio o que estava rolando.

— Converse menos, então, Yugyeom! — ele cruzou os braços e o mais novo sorriu semicerrando os olhos.

— Está com... — Yugyeom tinha um sorriso infantil estampado quando Jinyoung o interrompeu.

— Ciúmes? Garoto eu vou te matar se você completar essa frase.

Eu e Youngjae nos entreolhamos e o menor escondeu o sorriso com sua mão. Ele continuava sendo tão fofo, eu não aguento olhar pra ele.

— Eu não falei nada disso, hyung. Agora, pare de ser chato, converse com seu amigo e depois nós conversamos. — Yugyeom sorriu e Jinyoung revirou os olhos.

O resto do dia passou rápido, nada do que estava rolando ali era muito normal pra mim, eu não estava acostumado com aquele tanto de gente, eram só três mas pra mim pareciam 3 mil, mas não iria reclamar. Ver Jinyoung e Yugyeom discutindo era muito engraçado, além de ser lindo, a implicância era visível, mas tinha mais uma coisa visível ali.

E Youngjae? Bom, ele era tão bonito e sua personalidade era brilhante, eu me sentia bem por estar perto dele. Ele tinha uma risada alta, assim como sua própria voz, antigamente eu reclamaria, mas agora, eu não me importaria em ouvir ele falar por horas a fio. Ele é realmente adorável. 

Foi assim que terminamos o dia, um suposto casal estranho e uma dupla envergonhada. O desafio era saber quem era quem.

ALGUNS DIAS DEPOIS 

Era sábado, mas Youngjae disse que tinha aula hoje, então acordei mais cedo pra fazer algo pra ele comer antes de ir.

Algo que devemos saber sobre Youngjae: Ele gosta de dormir. E o pior é que ele simplesmente não acorda só comigo chamando.

Isso era completamente irritante, ele precisava acordar pra tomar café e se arrumar mas estava completamente desacordado.

Entrei em seu quarto depois de ter sido ignorado quando bati na porta. 

Ele estava lá. 

Do jeito que eu não esperava que estaria abraçado com um ursinho de pelúcia, usando uma camiseta grande e preta, com uma calça de moletom cinza. Tudo nessa vida ocorria para que eu perdesse o controle, para que eu enlouquecesse. Estava frio, era inverno e ele estava de camiseta? Qual o problema dessa criança? Fiquei tentando chamar ele e nada do que eu fazia adiantava, me sentei na cadeira giratória que estava na frente de sua cama e fiquei ali, girando, esperando que quando ele acordasse, o café não estivesse tão gelado.

Não sabia quantos minutos haviam passado, mas aquilo estava estranho o despertador dele já havia tocado algumas vezes bem alto, era um rock pesado, daqueles que se você ouvir no fone de ouvido seus tímpanos saem dando cambalhota. 

Me aproximei dele tentando observar se ele estava, pelo menos, vivo.

Seu rosto estava vermelho e ele estava suando, ele estava tremendo também e agora entendia o porquê do pequeno estar com uma camiseta ao inves das roupas quentinhas de ssemre, ele estava com febre e havia tentado diminuir o calor corporal deixando a janela aberta e usando pouca roupa, adorável.

— Youngjae? — chamei, preocupado.

Aproximei minha mão do ombro dele, pretendendo chamá-lo. Mas como um flash, recolhi minha mão antes mesmo de conseguir completar o objetivo.

Andei de um lado pro outro, desesperado. Eu não sabia se ele estava bem e não conseguia acordá-lo, nem tocar no seu ombro eu conseguia. O que eu posso fazer? 

Ouvi seu celular tocando, era Yugyeom.

— Hyung, onde você está? Sua aula preferida está quase começando. — sua voz parecia preocupada.

— Yugyeom? — minha voz saiu estranha, eu nem havia percebido que havia começado a chorar. — Yugyeom, o Youngjae está doente, ele esta dormindo e não consigo o acordar.

— Hyung eu não posso sair daqui, eu sei que ele está doente, mas você precisa acordar ele pra tomar remédio, ok? — ele disse calmo, como se fosse algo recorrente.

— E como vou fazer isso? Você sabe que eu não posso... — ele me interrompeu. 

— Jaebum, escute. Eu sei que você não consegue, mas Youngjae está mal, não está? Só tente uma vez, se não der mesmo, comece a jogar umas coisas na cara dele. — Yugyeom falou calmamente e eu assenti, mesmo sabendo que ele não veria.

— Ok. Tudo bem. Vai dar tudo certo. — eu afirmei mais pra mim do que pra ele e desliguei.

— Jae... — sussurrei, andando em volta da sua cama e sentando ao lado do seu corpo quente, ainda sem tocá-lo. — Eu estou com medo Choi Youngjae, olha o que eu não faço por você. — Aproximei-me dele com minha mão direita, respirando fundo, tentando pensar exclusivamente no pequeno doente ao meu lado. 

Minha mão formigava ao entrar em contato com a pele dele, eu estava tremendo, talvez mais que ele e eu chorava mais que antes. Eu não sabia o que fazer.

— Y-Youngjae. — chamei me aproximando de seu ouvido. — Jae, você está passando mal, acorde antes que eu fique louco. 

Ouvi um suspiro alto vindo dele e retirei minha mão rapidamente de seu corpo. Senti algo estranho, como se algo estivesse faltando e eu sabia o que era. 

Coloquei a mão na minha testa e depois, toquei a dele, lentamente. Não entendendo da onde eu havia tirado coragem o suficiente para tocá-lo não uma, mas duas vezes.

A diferença era gritante, apesar de eu estar sentindo minha pele queimar por si só, Youngjae estava muito pior. 

Levantei da cama e fui correndo até a cozinha pra pegar um pano molhado.

Quando voltei, estranhamente, não senti medo ao tocá-lo, aconteceu naturalmente. Coloquei o pano dobrado em sua testa e deitei ao seu lado, olhando pro teto, pensando em como as coisas estavam sendo rápidas. Eu estava assustado. Tentava achar milhões de desculpas para o que eu fiz. Porque ele? 

E eu sabia a resposta. 

Eu queria ajudá-lo.

Queria tocá-lo.

E eu o queria.

Eu não tinha muita noção de tempo, já nem sabia que horas eram e inconsequentemente acabei dormindo.


YOUNGJAE


Meu corpo todo doía e eu sentia um calor infernal, mesmo lembrando de não estar com tanta roupa. Eu ainda estava doente, fiquei feliz pelo hyung não ter notado, não quero incomodar. 

Abri os olhos e a cena com a qual me deparei, foi no mínimo espantosa. Jaebum hyung estava deitado ao meu lado, dormindo perto demais. Eu tirei o pano da minha testa e percebi a situação, ele estava ali pra cuidar de mim.

— Hyung? — o chamei baixinho, me sentando, tossindo em seguida por causa da dor de garganta. Ele abriu os olhos e se sentou também meio confuso e me encarou, levando uma mão a minha testa e a outra pra dele. Arregalei os olhos.

— Você está melhorando. — ele sorriu, parecia não ter percebido o que tinha feito.

— Hyung, você está... — senti meu corpo formigar e tive dúvida se a temperatura quente do meu corpo era febre ou era o efeito Jaebum. — Você está me tocando? — ele arregalou os olhos e afastou rápido sua mão de mim. 

— Não! — ele olhou pro outro lado.

— Você estava me tocando, Jaebum! — não consegui esconder a felicidade e ele corou.

— Você não acordava por nada, eu fiquei tão preocupado. Eu precisava saber como você estava. — ele disse baixinho e eu senti meus olhos lacrimejarem, ele superou seu maior medo por mim.

Meu coração doía de tanto que estava batendo, minha pele estava quente e eu soube que era por ele. 

Eu me sentia a pessoa mais sortuda do mundo, poderia não ser muito pra quem olha de fora, mas eu havia o ajudado, eu estava feliz, passei dias acordado, mal comia, eu só pensava em Im Jaebum e em como ajudá-lo e no fim, nem precisei fazer muito. O sentimento que eu tinha por ele acabara se intensificando com esses poucos dias, eu não sabia muito bem o que era, eu nunca havia gostado de um homem antes, mas não posso dizer que eu não me sentia diferente com ele. E no fundo, não precisava ter um rótulo definido. Se eu era hetero? Gay? Bi? Eu não precisava saber no momento, eu só queria poder ter o hyung a minha frente, da forma que fosse possível.

— Jaebum hyung? — chamei.

— O que? 

— Obrigado. — eu estava chorando. Ele se virou pra mim e sorriu. Quantas vezes eu já havia pensado que talvez aquele fosse o sorriso mais bonito do mundo? E eu estava errado, não era um talvez, era uma certeza.

— Ei, porque está chorando? — ele secou minhas lágrimas com o polegar e eu percebi que ele ainda tremia.

— Eu... Eu gosto de você,  hyung.

— Eu também gosto de você, Youngjae. — com suas mãos ainda no meu rosto, fez um carinho delicado no mesmo, sem desviar seu olhar do meu. 

Não houve beijo e nem precisava, era muito cedo. Seu olhar demonstrava tudo o que podia e eu estava satisfeito.

Eu estava me apaixonando.

Eu já estava apaixonado.




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