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História Touch Me - Five


Escrita por: twojae

Notas do Autor


TERCEIRA ATT DO DIA.

Capítulo 5 - Five


JAEBUM

— Não é óbvio, Jinyoung. — revirei os olhos.

— Pare de ser teimoso, é mais que óbvio, você é sim um bobo apaixonado. Eu te conheço desde criança, seu idiota, nunca me deixou chegar perto de você e já está cheio de amorzinho com o Youngjae?

— Ele estava doente! — justifiquei.

— Doente ou não, já aconteceram coisas piores na sua vida e você mesmo assim nunca conseguiu. Jaebum, você está gostando dele. — sorriu.

— Não estou. Pare de falar essas coisas ou eu te expulso da minha casa.

— Primeira fase de se apaixonar. A negação. 

— Você sabe bem disso, né? Surtou quando viu Yugyeom com aquele amigo da escola, no dia que você foi buscá-lo.

— É diferente, Jaebum. Pensei que ele estava sendo incomodado. Estou protegendo ele.

— Porque você gosta dele.

— Como meu irmão. — ele respondeu e eu arquitetei um plano.

— Então não ficaria com ciúmes se eu dissesse que Youngjae me falou que Yugyeom está gostando do Bambam? — perguntei.

— Sério? — senti sua voz ficar tensa, mas ele gostava de atuar na época da escola, sua expressão continuava tranquila, mesmo estando com seu rosto vermelho. — Do Bambam?

— Sim. Eles tem a idade próxima, Jae me falou que Yugyeom se sente feliz estando perto de alguém que pode trata—lo como um amigo.

— Mas eu o trato como amigo.

— Estamos falando de Bambam agora. Yugyeom está apaixonado por ele, não é legal?

— Não diga besteiras, Jaebum. — cruzou os braços. — Eles são só amigos. 

— Por enquanto. — Jinyoung estava com uma expressão engraçada, me segurei para não rir dele. — Isso é interessante, né? Nós dois apaixonados por garotos bem mais novos.

— Sim. — ele tinha seu olhar distante. — Quer dizer, eu não estou apaixonado pelo Yugyeom.

— Você já confessou.

— E você também. — ele riu, parecia envergonhado.

NO OUTRO DIA

Ouvi o sino da porta da biblioteca indicar que havia alguém entrando, logo ouvi aquelas risadas altas e sorri, saindo do meio das prateleiras.

— Boa tarde, no que posso ajudar? — falei.

— Olá. — Youngjae falou sorrindo timidamente, ele estava acompanhado. — Hyung! — Ele olhou para o garoto loiro ao seu lado. — Esse é o Jaebum.

— O famoso Jaebum? — o garoto perguntou sorrindo simpaticamente. — Oi, sou Mark Tuan, meu Youngjae falou muito de você. — ele se apresentou, sem fazer menção alguma de que iria encostar em mim, agradeço Youngjae, que é cuidadoso e sempre explica a todos minha situação.

— Oi, Mark, prazer. — respondi tentando ignorar o 'meu' que saiu da boca do garoto. Desde quando meu Youngjae era o Youngjae dele? — O que fazem aqui?

— O Mark hyung é americano, ele não conhece por aqui e queria pegar alguns livros, então eu o trouxe até a melhor biblioteca da Coréia. — ele sorriu e eu não consegui evitar sorrir junto.

— Que honra. — falei. — Então, Mark, o que você quer? 

— Vou dar uma olhada, ok? — ele disse a última palavra em inglês e eu vi como Jae ficou feliz com aquilo.

— Ok! — Youngjae fez um sinal com a mão, arrancando um sorriso bonito de Mark, o mesmo saiu e foi até as estantes de livro. Andei para trás do meu balcão e comecei a organizar algumas coisas. Tentando ficar na minha, observei Youngjae olhando curiosamente para Mark, eles pareciam ser bem próximos, o que era estressante, ele era o completo oposto de mim, cheio de amigos. 

Por alguns minutos ninguém falou nada, Mark se atrapalhava com alguns livros, Youngjae ria e parecia que eu não existia.

— Jaebum, o hyung está todo atrapalhado. — ele riu.

— Percebi. — respondi, voltando a minha atenção aos papeis de locação de livros que eu tinha que organizar, sem vontade de repreender Youngjae por esquecer os honoríficos pela segunda vez no dia.

— Você tem que ajudá-lo. — disse, finalmente me olhando. Eu arqueei as sobrancelhas, sem desviar os olhos das folhas.

— Estou ocupado, ajude você, Choi Youngjae.

— Aigoo! Quando você ficou tão rabugento? — respondeu. — Vá ajudar, seu chato.

— Estou ocupado, já disse. — eu não sabia o que estava acontecendo comigo, mas eu estava muito nervoso. Por que ele veio me irritar logo hoje? — Se o seu hyung está com problemas, você é quem deve ajudar.

— Ele também é mais velho que você, então também é seu hyung. — ele me repreendeu e eu suspirei com a informação desnecessária. — Vou ajudá-lo sim, mas só porque eu também preciso do livro. — ele se virou e foi até Mark, que parecia com dificuldades para ler alguns dos títulos que provavelmente não estavam em inglês. 

Youngjae se aproximou de Mark, perguntando se ele havia achado algum livro que lhes fosse útil e o outro negou. 

Eles ficaram exatos vinte e três minutos vasculhando as estantes e eu suspirei, pensando em como faria pra organizar tudo aquilo novamente. Voltei meu olhar para o trabalho e tratei de me focar nisso, não era hora de ter ciúmes. 

— Hyung! — Youngjae disse alto, atraindo minha atenção. — Achei, foi esse livro que te indicaram, né?

— Sim!! — Mark disse animadamente, dando um abraço em Youngjae, o erguendo pra cima, e ele riu. Com aquela risada que eu era apaixonado, o meu som preferido no mundo, que só havia conseguido ouvir uma vez, graças a um filme que ele assistiu.

Me senti muito pequeno, como se não fosse capaz de fazê-lo rir, nunca aconteceu. Ele estava feliz e rindo, com alguém que nem ao menos precisou tentar e isso me deixou com ainda mais raiva. Eu estava ali, será que ele não percebe?

— Jaebum! — Youngjae gritou correndo até mim e me entregou o livro. — Queremos pegar esse. — ele me entregou e eu suspirei, revirando os olhos. — O que foi?

— Hyung. — eu disse.

— O que?

— Jaebum hyung. Porque você está falando assim comigo? — puxei o livro 'Guia para Cuidados com Cachorros' de sua mão e cadastrei uma data no nome de Youngjae.

— Desculpa, hyung. — ele disse e se curvou, eu ignorei, anotando uma data num papel. Observei que Mark não dava a mínima, sorria para o celular como se sua vida dependesse daquilo. — Hyung, Jaebum hyung! — ele me chamou. — ele riu e foi para trás do balcão comigo. — Jaebumie hyung, não fique bravo comigo, — ele me abraçou de lado e eu senti meu coração fazendo a coreografia 'Youngjae está perto demais' — Eu prometo que nunca mais vou esquecer de te chamar de Hyung, tá? 

— Ok, Youngjae. — sorri involuntariamente. — Aqui está. Entregue no dia certo e não atrase.

— Finalmente achamos esse livro. — Mark disse.

— Tem certeza que vai funcionar?

— Tenho. A pessoa que me indicou é de muita confiança. — disse o americano.

— E quem foi? — Choi perguntou sorrindo.

— Jackson. — Mark abriu um sorriso radiante e olhou para o chão como se estivesse com vergonha.

— Jackson hyung é péssimo com cachorros, você seguiu as instruções dele só porque ele é seu namorado, não? — meu amigo disse cruzando os braços, impaciente. E eu senti um peso saindo das minhas costas, Mark Tuan era comprometido, afinal.

— Não, ele é ótimo com o cachorrinho da família dele. Confie em mim.

— Ok, certo. — o mais novo entre nós sorriu e me olhou. — Hyung, eu e Mark compramos uma cachorrinha. — ele sorriu.

— Espero que ela não fique na nossa casa. — eu disse.

— Ela vai ficar na casa do Mark hyung. Eu sei que você não gosta de cachorros e eu por causa de mim você não pôde ficar com a Nora, eu não vou te incomodar mais, Hyung.

— Você não me incomoda, Jae. A Nora está bem na casa dos meus pais. — sorri fraco, eu sentia falta da minha filha, mas Youngjae tem alergia, não podia ter os dois. 

— Garotos, eu preciso ir, Jack está me esperando. — Mark sorriu. — Você vem, Youngjae?

— Não, vou ficar aqui ajudando meu hyung a arrumar a bagunça que eu fiz. — sorriu e eu agradeci mentalmente, depois que conheci esse pequeno, comecei a apreciar a companhia dele e não gostava mais de ficar sozinho.

— Ok. Foi um prazer te conhecer, Jaebum. — Mark sorriu e eu retribui — Muito obrigada por estar fazendo Youngjae sorrir, ele parece muito menos solitário agora, graças a você. Ele até voltou a cantar e tocar piano na escola! 

— Ya! Hyung, não me envergonhe. — Youngjae estava vermelho.

— Pare de ser bobo. Sério, Jaebum, ele está radiante agora e mesmo quando está cansado ou triste, só de ouvir seu nome é como se toda a energia dele se restaurasse. — ele sorriu, eu estava sem palavras. — Tenho que ir ou Jackson vai fazer o maior drama. Tchau, meninos.

— Tchau. — falamos juntos. Youngjae encarava o chão, envergonhado com a confissão do hyung e eu estava igualmente espantado. — O que ele disse... — suspirei. — É verdade?

— Claro que é. — ele falou num sussurro.

— Legal. — falei olhando pra frente. Ao esticar o papel com a data em sua direção, nossas mãos acabaram se tocando, causando um leve 'desconforto clichê' entre nós. Ele sorriu timidamente e enfiou o papel no bolso de sua calça. 

— Você sempre me faz sorrir, Jaebum hyung. Sempre. — ele falou baixo, dessa vez me olhando. E eu sorri de volta, ao sentir sua mão fria segurar a minha. Desviei o olhar para nossas mãos e acariciei a dele com o meu polegar.

Nem tudo era o que parecia. Eu pensei nunca conseguir fazê-lo sorrir e a verdade era que eu também não precisava tentar, havia arrancado inúmeros sorrisos do meu pequeno e isso também era revigorante pra mim porque Youngjae era o único motivo pelo qual eu tinha alguma vontade de levantar da cama todas as manhãs, porque eu sabia que quanto mais rápido eu saísse da biblioteca no final da tarde, mais rápido estaria sentado ao seu lado no sofá de casa, assistindo a algum programa idiota que o faria rir de forma mais idiota ainda, e isso me daria mais forças para levantar no outro dia. Era como um ciclo e eu era viciado nele.


Notas Finais


mark dono do mundo apareceuuu


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