História Touch Me - Eight

JAEBUM 

Ele dizia e fazia coisas de forma natural, como se tivesse planejado aquilo e eu tentava agir o máximo possível como o Jaebum antes, não era fácil e não era algo de se apagar assim tão rápido, mas talvez seja pra isso que Youngjae veio ao mundo, pra ser a cura não só minha, mas de todos que já tivessem ao menos visto seu sorriso. 

Eu tentava manter minha respiração controlada vendo-o e sentindo-o rebolar em cima de mim, minha calça já era um incômodo e não sei como poderia entrar nesse jogo sem perder. 

— Hyung... — ele gemeu meu nome fechando os olhos. — Ah, meu hyung preferido. — ouvi sua voz doce falar num tom tão sedutor, continuando a se mexer em movimentos lentos. 

Como se meu corpo estivesse sendo comandado, o empurrei lentamente, me levantando do sofá e o puxando para um beijo. Era meu primeiro beijo, mas eu não me importava, segui meus instintos até o fim e pelos gemidos que meu dongsaeng soltava, eu estava fazendo certo. 

Não lembro como chegamos em frente ao meu quarto mas o empurrei contra a porta fechada, atacando seus lábios novamente, provando o máximo que eu podia de seu gosto doce. 

Abri a porta com dificuldades o jogando na cama. Ele sorria e me olhava com curiosidade, como se esperasse pra saber quais seriam meus próximos passos. 

— Pensei que eu perderia, mas se não for pra ganhar, eu nem jogo. — eu disse e ele riu. 

— Eu sei disso. 

Eu tirava sua camiseta com a maior naturalidade do mundo, como se já tivesse feito aquilo várias vezes. Eu não entendia o que sentia por Youngjae, mas sabia que era algo novo e intenso, mesmo aquele monte de sentimentos misturados era algo totalmente novo pra mim. 

Tudo era novo, eu não era como meu amigo Jinyoung, por exemplo, que já havia experimentado de tudo um pouco. 

Seu atual namorado, Yugyeom, é novo, mas não inexperiente. E Youngjae... Bom, ele namorava uma garota a um tempo atrás, mas agora era minha vez. E eu me certificaria que essa noite seria inesquecível. 

– Vou te mostrar o que aprendi nesses anos todos sozinho. – falei.

YOUNGJAE 

Meu plano era fazê-lo sentir prazer, mas deu tudo errado, o hyung estava sendo melhor que o esperado. Jaebum hyung sorriu e começou a morder o lóbulo da minha orelha e depois indo para meu pescoço, chupando o local e me deixando totalmente e extremamente excitado. 

Ele voltou a atenção para a minha boca, passando a língua envolta dela e mordendo meu lábio inferior logo depois. Jaebum pegou em meu membro pulsante por cima da calça, me fazendo soltar um gemido involuntário. 

— Você quer ajuda com isso, Jae? — perguntou para mim, enquanto eu tentava me controlar. 

— J-Jaebum. — eu tinha meus olhos fechados, eu precisava de ajuda. — Por... — ele me interrompeu quando colocou a mão por dentro da minha calça e me acariciou por dentro dela. 

— Não entendo quando você me chama de Jaebum. – falou olhando nos meus olhos, parando de me masturbar. 

— Hyung... — tentei responder direito, mas isso foi tudo o que saiu de minha boca, um gemido alto me fazendo levar uma mão até a boca, de modo que pudesse abafar qualquer barulho. 

Jaebum sorriu de canto e tirou minha calça, juntamente com minha cueca, me livrando do que me incomodava tanto. Eu abri meus olhos e vi seu olhar sobre mim, o que senti quando seus olhos escuros me encararam com desejo era a segunda coisa mais deliciosa que eu já havia sentido. A primeira veio logo depois, quando meu hyung pegou meu pênis com sua mão quente, fazendo movimentos lentos de vai-e-vem. Eu estava pronto para implorar para ele – mesmo que aquilo não fosse meu estilo – ir mais rápido quando, do nada, ele levou sua boca em minha direção e tocou meu membro com a ponta de sua língua, fazendo movimentos circulares antes de abocanha-lo completamente, sem piedade, me deixando completamente louco a cada vez que ele parava e sorria maldosamente ao me ouvir gemer. 

JAEBUM 

— Jaebum hyung. — ouvir Youngjae gemer meu nome era tão satisfatorio quanto ouvi-lo cantar. — Mais rápido! — ele fazia um esforço considerável para se manter com os olhos abertos e focados em mim, mas era em vão. 

Ao ver que eu o torturaria mais, a mão de Youngjae agarrou meus cabelos e me fez aumentar a velocidade. 

— Jaebum! — suas mãos agora agarravam o lençol – Não me faça implorar mais... hyung. — ele soltou um gemido alto e eu me perguntei se algum vizinho teria ouvido. Quando senti que ele estava quase atingindo o ápice tirei minha boca de seu membro, o fazendo gemer em frustração. – Ya! Porque você parou? — ele disse com a voz rouca e alta. Não respondi. Apenas me levantei, peguei uma embalagem de lubrificante na gaveta ao lado da minha cama e tirei a calça rapidamente, fazendo Youngjae sorrir de canto ao me ver nu. 

YOUNGJAE 

— Você está pronto? — Jaebum disse num tom baixo em meu ouvido, me deixando com mais vontade de tê-lo dentro de mim. Acho que nessa altura do campeonato, eu já nem precisava dizer o quanto estava arrepiado. 

Eu sabia o que ele queria dizer e eu estava com medo, claro, me senti como um adolescente em sua primeira vez com um homem, o que era completamente verdade. 

E era minha primeira vez com Im Jaebum. Olhei em seus olhos lindos perto de mim, sua respiração ofegante e sua boca vermelha, o sorriso que se formara em seus lábios quando eu falava seu nome involuntariamente ou quando pedia para ele não parar era a coisa mais incrível do mundo e me fazia ter total confiança nele, Jaebum provavelmente sabia tanto quanto eu sobre o que estava fazendo, mas eu estava honrado em ser o primeiro em sua vida. E deixaria ele saber, assim que possível. 

— Estou pronto. — vi Jaebum me olhar admirado. E eu já estava quase implorando de novo. 

— Não vou mentir pra você, vai doer. Mas você se acostuma. — ele sorriu envergonhado e eu assenti, abrindo minhas pernas. 

Jaebum lambeu um de seus dedos e delicadamente, e os introduziu devagar em minha entrada, me fazendo fechar os olhos e agarrar o lençol ainda mais forte por conta da dor. 

Sentia seu olhar sobre mim, enquanto ele colocava e tirava os dedos aumentando a velocidade aos poucos até que eu me acostumasse. 

—Hy-hyung, ahh! — gritei ao vê-lo diminuir a velocidade. 

— O que você quer, Youngjae? — ouvi sua voz em tom baixo em meu ouvido, fazendo eu me arrepiar. Eu arfei de nervoso ao senti-lo diminuindo a velocidade, me torturando. 

— Por favor, Jaebum hyung! —choraminguei desesperado e ele riu tirando os dedos completamente, me fazendo agradecer mentalmente quando o vi pegar o lubrificante. 

Peguei o frasco de sua mão rapidamente despejando uma boa quantidade em minhas mãos, deslizando meus dedos em toda a sua extensão e ao terminar, voltei a deitar, totalmente ofegante, abrindo minhas pernas novamente. 

Jaebum depositava beijos e chupões em meu pescoço, ao mesmo tempo que estocava dentro de mim. Era a melhor coisa que eu já havia sentido em toda a minha vida. 

Eu arranhava suas costas involutariamente, tentando esquecer a dor, enquanto rebolava nele lentamente, sendo obrigado a aumentar a velocidade junto com as suas estocadas, o ouvindo gemer as vezes. Queria mesmo que todos vissem aquelas marcas em suas costas e se perguntarem quem era o autor delas. 

Queria ver seu rosto lindo e envergonhado ao dar alguma desculpa idiota, mesmo que no fim, soubessem que a culpa era minha e que eu havia sido o primeiro a tocar todo o seu corpo. 

Vi sua respiração ficar mais acelerada que antes e ele pegou em meu membro, começando a me masturbar rapidamente. E quase gritei ao senti-lo atingir minha próstata, ao mesmo tempo que me tocava. 

— Y-Youngjae. — ele gemeu meu nome baixinho e eu abri minha boca, não conseguindo emitir mais nenhum som fora um gemido longo e arrastado. Senti meu orgasmo chegando, não consegui avisa-lo e nem precisou, pois Jaebum, chegou ao ápice a algum tempo depois que eu, dentro de mim. Me fazendo suspirar de prazer, sendo acompanhado por ele. 

Jaebum hyung limpou com o dedo indicador o meu sêmen que havia em sua barriga lambendo em seguida, de uma forma sexy que quase me fez pedir para ele repetir o processo todo. 

Ele tirou seu membro de mim e me deu um selinho, deitando ao meu lado na cama nos cobrindo com um lençol. 

Ficamos alguns minutos deitados olhando para o teto, com as respirações igualmente pesadas, provavelmente tentando entender o que acabara de acontecer aqui. 

— Youngjae? — Jaebum respondeu se virando pra mim. 

– Hyung? — sorri o olhando de volta. 

— Você... Hum.... — ele pensou por um tempo antes de falar — Foi bom? – ele sorriu ao dizer isso. 

— Eu não sei... — parei e fingi pensar, o vendo me encarar ansioso pela resposta, sorri para ele, dando-lhe um selinho. – Você foi perfeito, hyung. 

— Perfeito? É muito para a minha primeira vez. — ele riu nervosamente. 

— Foi perfeito, foi maravilhoso . — me aconcheguei em seu peito. — Foi sua primeira vez mesmo? 

— Foi. — ele fechou os olhos e eu achei aquilo totalmente adorável. 

— Você parecia saber exatamente o que estava fazendo. – sorri, entrelaçando nossas mãos. 

— Eu não sabia. E bom, tenho outra coisa pra contar. — o encarei, assentindo. — Foi meu primeiro beijo também, Youngjae. – o hyung sorriu, olhando nossas mãos entrelaçadas. 

— O primeiro de todos? — perguntei sorrindo, eu não conseguia mais evitar. Eu gostava tanto do meu hyung. 

— Uhum. — Jaebum resmungou. – E eu já quero te beijar mais. 

— Hyungnim, você nasceu pra me beijar, tenho certeza. Foi tudo maravilhoso. Eu... Eu amei tudo o que você fez. Desde o beijo até o sexo. — o vi sorrir e senti meu rosto esquentar. — Eu não sei o que faremos depois de hoje mas, saiba que eu tentei me controlar e não consegui, eu me apaixonei por você. — ele me deu um selinho demorado, demonstrando agradecimento. 

— Eu também não sei o que faremos. — ele me olhou. — Mas tenho algumas idéias. 

— Como assim? — questionei. 

— O que aconteceu aqui hoje, nessa cama, posso te dar pelo menos uns quatro lugares onde podemos repetir. — ele tinha uma voz maliciosa, a mesma que usou antes para me seduzir. Escondi meu rosto na curva do seu pescoço, envergonhado. — E isso é só aqui dentro de casa. 

— Jaebum hyung! — soltei sua mão dando um tapa em seu braço, indignado e encantado com o fato dele ter mudado tanto sua personalidade. 

— Foi o que você disse a noite toda. — ele deu um beijo em meus cabelos, rindo. 

— Aconteceu uma vez e você já está todo atirado. — fiz com a boca um som de desaprovação. — Você me deixa com vergonha. 

— Você não teve vergonha quando estava me pedindo... — tampei sua boca com a minha mão, e observei atentamente seus olhinhos se fecharem quando ele tirou minha mão e soltou uma risada divertida. — Estou brincando. 

Sorri pra ele e ele suspirou, passando seu braço ao redor da minha cintura. 

— Eu te amo. — ele disse depois de alguns minutos de silêncio e eu senti vontade de chorar, porque se tratando de Im Jaebum, eu era completamente sensível. Ergui minha cabeça, olhando-o nos olhos. — Eu amo você, Choi Youngjae. — sorri. — Me deixa muito feliz que você esteja aqui comigo, e o mais importante é que não importa o que aconteça no futuro, você sempre será a primeira pessoa que eu amei, o primeiro que conseguiu me ajudar e o primeiro a se deitar comigo. 

— Eu fui o seu primeiro e você foi o meu, mas além disso, pretendo ser seu último também. E não quero estar assim com mais ninguém. — ele me encarava de forma surpreendente, eu não entendia como alguém poderia ser tão bonito. — Eu também te amo, hyung. Meu hyung preferido. — repeti a frase de mais cedo, arrancando dele um suspiro. 

Im Jaebum era o homem mais extraordinário que eu conhecia. Ele era lindo por fora, mas por dentro era ainda mais. A personalidade cuidadosa, sempre querendo cuidar de todos, seu sorriso sincero, sua inocência e sua falta dela, me faziam me apaixonar cada dia mais. Eu me sentia completo agora e a cada vez que o olhava, eu tinha certeza que tomei a decisão certa ao vir morar com ele e me apaixonar. 

Me levantei com dificuldade, colocando minha cueca e calça, ele fez o mesmo me olhando durante todo o processo e eu entendia o que aquele olhar queria dizer. Ele sorriu se aproximando e me beijando lentamente, me fazendo sentir todas aquelas sensações de borboletas novamente. 

— Eu estou cansado. — falei, o afastando. 

— Pode dormir. — ele disse e se deitou comigo na cama. 

— Você não vai? — eu quase sussurrava e ele assentiu, fazendo carinho no meu rosto com uma das mãos. 

— Boa noite. — ele me deu um selinho demorado, também sussurrando, eu fechei os olhos e a última coisa que vi antes de dormir, foi seu sorriso.