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História Toxic. - 1. Sorriso quadrado.


Escrita por: miakiais

Notas do Autor


Novo capítulo, boa leitura. <3

Capítulo 2 - 1. Sorriso quadrado.


Meu nome é Ariel, não, eu não tenho cabelo avermelhado e não sou uma sereia, eu não tenho ideia do motivo real do meu nome.

Bom, eu vivo a minha vida normalmente, eu estudo, faço minhas tarefas da casa, só não perguntem da minha vida amorosa e social, elas não existem.

Se ser social significa ficar horas vendo coisas no Facebook e postar confissões e desabafos no Twitter para pessoas que eu nem converso e nem conheço, eu sou muito social.

Abri meus olhos rapidamente ao ouvir batidas fortes na porta, é hora de começar um novo dia.

- Você sobrevive. – Levantei me deparando com um espelho, ajeitei meu cabelo e abaixei um pouco o meu vestido de dormir, calcei meus chinelos e me direcionei até o banheiro do meu quarto.

Escovei meus dentes e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo bem no topo da cabeça, retirei toda minha roupa e tomei um banho frio, soltei um gemido baixo em sentir a água fria batendo e descendo pelo meu corpo, fechei os olhos até me acostumar.

Após terminar meu banho, me tampei com a toalha e fui procurar alguma roupa enquanto secava meu cabelo.

- Ariel, quando acabar de fazer suas coisas me ajude a pegar as caixas do porão! – Minha mãe gritou e eu respondi com um alto e forte “Ok”

Vesti uma saia xadrez não muito curta, uma sapatilha preta e a blusa do colégio.

Branca com a marca/logotipo da Escola.

Penteei meu cabelo, sequei rapidamente e apenas fiz uma escova por cima para deixar ele mais baixo, saí do quarto para procurar minha mãe já que a mesma havia me gritado a minutos atrás para ajudar.

- Estou aqui mãe. – Gritei enquanto descia as escadas – Ótimo, me ajuda a pegar as caixas do porão por favor? – Ela pediu enquanto segurava uma caixa grande e pesada mostrando tamanha dificuldade.

Desci até o porão e me deparei apenas com uma caixa, andei devagar até a mesma e li o bilhete.

“Caixa para quando Ariel completar dezesseis anos. De: Papai”

Sorri ao ler, meu pai havia morrido a mais de três anos, e bom, meu aniversário foi semana passada e com essa mudança de cidade, espero que minha vida mude também.

Peguei a caixa e levei correndo até o quarto, dei uma olhada no meu relógio de pulso e ainda faltava trinta minutos para eu estar atrasada, então estava tudo bem.

Abri com uma pequena faca que fica em meu criado-mudo e me deparei com roupas caras na moda, maquiagens caras e sapatos, se eu vendesse poderia ficar rica.

Meu relógio apitou para eu tomar um café rápido e sair já que meu ônibus já ia chegar, então apenas abandonei a caixa após ter fechado e colocado em um canto.

No caminho todo para a escola eu só sabia pensar nos motivos de ter aquilo na caixa, eu culparia ele, mas ele não tem bola de cristal para saber que eu ia crescer e ficar viciada em estudar.

O ônibus parou, peguei minha bolsa e andei devagar até a portão da escola, haviam grupinhos formados sentados perto das árvores e jogadores treinando, líderes de torcida apoiada em seus carros caros enquanto algumas ensaiavam e outras se preocupavam com sua aparência.

Eu não sou a clichê fracassada dos filmes clichês das meninas que levam vidas clichês, eu apenas estudo, me visto do jeito que eu bem quero, me cuido, eu só não me arrumo mais pelo fato de não saber e não ter muita coisa para fazer isso.

Bom, agora tenho.

Abri a porta me deparando com muitos grupos de amigos, eu estava apenas com minha bolsa que quase não era vista por conta do meu longo e escuro cabelo, ajeitei minha franjinha e continuei olhando para frente.

- Respira, é só o segundo dia, você não precisa de atenção, você precisa de notas e uma boa faculdade, não seja ingênua. – Sussurrei para mim mesma enquanto olhava fixamente para cara de todas as pessoas que faziam o mesmo.

Parei em meu armário e guardei minha bolsa, peguei os livros da próxima aula, fechei o armário e continuei andando pela escola, eu não conhecia nada lá, só a biblioteca.

Abri a porta da biblioteca e acabei batendo em alguém, não demorou muito para mim ouvir a voz de alguém sussurrando a dor e reclamando.

- Você é cega? Sua bastarda. – Ouvi uma voz grave de um garoto reclamando, olhei fixamente para o garoto e só dei uma risada de leve. – Digo o mesmo, não devo ser a única cega. – Respondi ignorando sua dor e entrei na biblioteca.

Quem era aquele ser? Seu cabelo escuro me chamava tamanha atenção, e a idiotice também, espero não trombar com ele novamente.

Peguei um livro aleatório apenas para passar o tempo e sentei em uma mesa afastada de todos os grupinhos irritantes.

- Qual é o livro? – Ouvi uma outra voz masculina, dessa vez bem mais grossa e rouca – A capa está aí para responder sua pergunta. – Respondi sem tirar os olhos dos livros. – Você é educada. – Senti o sarcasmo em sua frase e olhei para o mesmo, seu cabelo ruivo me chamou muita atenção. – Quer sentar? – Perguntei. – Pensei que não iria perguntar.

Sorri com a resposta, fechei meu livro e coloquei na mesa deixando-o bem afastado de nossos braços já que ele estava sentado na minha frente. – Qual seu nome? – Perguntou me fazendo “sair da lua”

- Ariel. – Respondi e acabei recebendo uma reação inesperada. – Uau!! Você realmente parece uma sereia. – Ele riu enquanto fazia uma expressão agradável de se ver. – Pareço?

- Sim, sereias são lindas, o encanto da sereia. – Ele falou olhando para uma área vazia enquanto viajava em pensamentos. – Você é fofo. – Respondi e corei logo depois quando recebi uma encarada do mesmo.

- O que está olhando? – Gaguejei na primeira palavra o que fez ele rir baixo. – Nada, não é nada. – Ele falou suavemente, sua voz era maravilhosa. – Bom, quer fazer alguma coisa? – Ele tossiu forte para chamar minha atenção e sorriu, seu sorriso quadrado era tão fofo, eu poderia passar horas olhando.

Aceitei fazer alguma coisa, qualquer coisa, resolvemos nos encontrar no final das aulas na entrada já que não estudamos juntos.

Na mesma turma.

Corri até a minha sala, novamente eu fiquei horas procurando a maldita sala, mas eu finalmente encontrei.

- A aula já está começando. – A professora disse ao me ver parada na porta. – Obrigada. – Agradeci ao entender o que a mesma quis dizer e sentei na última fileira.

- Ainda estou esperando o seu pedido de desculpas. – Ouvi a mesma voz de hoje cedo e dei um sorriso falso. – Espera sentadinho, ou melhor, espera deitado em um maldito caixão. – Disse a última frase sussurrando e assustei o mesmo quando coloquei o caderno na mesa, causando um alto barulho.

Horas depois o barulho irritante do sinal tocou e todos desesperados para fazer nada já estavam correndo para fora da sala, fiquei sentada por uns segundos e me lembrei do “encontro”

- Meu deus, eu não perguntei seu nome – Arregalei os olhos ao lembrar e peguei minhas coisas e fui correndo até a entrada.

Imagina aquela cena de filme em que a mocinha sai correndo como uma princesa, cabelos aos ventos com um toque sexy no jeito que corria, imaginou? Então, não era eu.

Eu corria violentamente tentando me equilibrar, caso contrário, eu cairia com a minha linda fuça no chão sujo daquele corredor lotado.

Parei quase batendo de cara na porta de vidro quando o cabelo alaranjado gritou por atenção novamente, ele já estava lá, meu coração acelerou e eu senti borboletas no meu estômago.

Comer borboletas não faz bem, não recomendado.

- Você está aí! – Ele me reparou rápido, já sabemos que ele é observador. – S-sim, estou aqui, eu não perguntei seu nome. – Fui andando até a sua direção, já estávamos bem perto. – Sou Taehyung, alguns me chamam de “V”, mas não é um nome normal para ser usado no dia-dia. – Ele riu e mexeu no cabelo. – “V”? Eu achei interessante, parece um nome artístico para alguém brilhante. – Falei cruzando os braços e logo perdi a postura ao ver o mesmo sorrindo daquele jeito maravilhoso novamente.

- Então.. vamos sair? – Falei envergonhada com a situação. – Claro! – Ele me puxou pelo braço de forma delicada para irmos correndo até algum-lugar-que-eu-não-sei.

Eu só conseguia continuar com a cara de imbecil observando aquele cabelo, aqueles olhos, aquele braço e claro, sendo hipnotizada pelo seu maravilhoso sorriso, ele era fofo, mas com uma pitada de sexy no meio, era como um doce com recheio surpresa.

Comparar alguém com comida, que errado, não façam isso!

Finalmente chegamos, um lugar calmo, sem ninguém, ótimo para piqueniques.

- Aqui é calmo, interessante e confortável. – Disse observando todas as árvores e flores que rodeavam aquele lugar transformando-o em um lugar maravilhoso e não tão colorido.

 - Eu gosto de vir aqui.. – Antes dele terminar sua frase, o interrompi criticando os clichês. – “Oh, eu gosto de vir aqui, você é a primeira garota que eu trago para cá” só não apareça daqui a duas semanas beijando outra garota nessa pedra aqui. – Apontei para uma pedra grande que ocupava grande parte do lugar. – Ou eu vou ficar triste. – Terminei fazendo ele soltar uma risadinha fofa.

- Você não foi a primeira, pode ficar tranquila. – Aquilo foi pior que um soco na cara.

Ariel, acorda, você não é a primeira e nem a última, vocês se conheceram hoje, que ciúmes e dor toda é essa? Se controle.

- Nossa, vamos para o segundo round? – Falei enquanto sentava na pedra que havia comentado, o mesmo imitou a voz dos jogadores ao começar um novo round, ri com a situação e esperei ele sentar ao meu lado.

Conversamos por um tempo até repararmos que estava escurecendo, decidimos ir embora e se encontrar outro dia, eu consegui me distrair facilmente com aquele papo bom que acabei esquecendo da caixa.

Cheguei em casa correndo e subi a escada retirando meus sapatos, chegando no quarto joguei-os em qualquer lugar do quarto e fui rever a caixa.

Era impressionante a quantidade de coisas que havia naquela caixa, era interessante.

É hora do show

Coloquei qualquer música animada para tirar todo o clima chato do quarto, joguei tudo que havia na caixa no chão sem fazer muito barulho ou quebrar as coisas.

- Ok, vamos nessa. – Sussurrei quando respirei aliviada, vamos primeiro com a maquiagem.

Peguei alguns delineadores, sombras, coisas para fazer não-sei-o-que, passei horas e horas vendo tutoriais na internet, treinando e fazendo coisas que não faziam sentido, 'como usar uma colher para fazer um delineado ou não borrar o rímel" essas coisas não fazem sentido, mas funcionam, isso é genial!

Mais horas se passaram e eu já havia feito uma maquiagem “impecável”, arrumado meu cabelo e feito um look extremamente atraente, eu poderia casar comigo naquele momento. – Assim a autoestima aumenta. – Disse observando meu reflexo no espelho.

Já era de manhã, eu havia madrugado tentando fazer todas aquelas coisas, me arrumei com a maquiagem já feita, soltei meu cabelo ondulado e cheguei cedo na escola, minha mãe amou a ideia de eu ter me arrumado e me esforçado para parecer atraente no espelho.

Agora é hora de enfrentar a escola, vão me ignorar? Vão me achar atraente? Eu sinceramente não ligo, essas duas opções me fazem ganhar um ponto

Ser ignorada e isso te ajudar a estudar mais ou ser popular e ter várias cartas recomendadas que podem me ajudar?


Notas Finais


Espero que tenham gostado, a ideia de reescrever toda a história foi boa, sinceramente, eu não gostei muito da forma que eu havia deixado/largado o antigo "Toxic", espero que tenham gostado. <3


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