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História Toy 》 KaiSoo - Blue Eyes


Escrita por: whyminseokii

Notas do Autor


Então né...

Boa leitura amores ❤

Capítulo 17 - Blue Eyes



POV KAI

O caminho para minha casa seguia calmo, resolvi passar na joalheria, quem sabe Jihyun mudou de idéia e resolveu me contratar de volta. A loja não se encontrava muito longe dali, e provavelmente ainda estava aberta. Mas de qualquer maneira era bom acelerar meus passos.

O vento estava gelado e como não vestia uma blusa de frio, o vento gerava arrepios por meu corpo me fazendo estremecer por frio. Havia poucas pessoas pela rua, o que era um tanto estranho, já que ultimamente ela andava lotada.

Neste momento me encontrava em frente a loja, ela estava aberta ainda, porém não se encontrava ninguém por ali. Uma expressão confusa tomou meu rosto já que ele não costumava deixar o lado de funcionamento da loja vazio. Logo escutei alguns gritos, que provavelmente vinha da área de funcionários.

Parecia uma briga, não sabia se devia me envolver, então apenas me aproximei da porta e fiquei ali escutando se era algo que precisava de minha ajuda ou algo de minha mente e eu estava colocando pressão.

— EU FIZ O QUE VOCÊ MANDOU! — Era a voz de Jihyun, ele parecia estar com medo.

— Você não fez tudo o que eu mandei.. — Era uma voz rouca, era conhecida, mas não me lembrava de quem. Pela porta estar fechada os sons saiam abafados.

— PARA DE SER LOUCO!! Eu mandei ele embora, como você mandou. — Ao ouvir isso tive certeza de que a pessoa que estavam tratando era eu. Queria entrar naquela sala e ver quem tinha mandado isso, porém não tive coragem suficiente.

— Você não mandou ele vir falar comigo depois. — Um barulho alto ecoou sobre ali.

— Me... solte... — Jihyun dizia com dificuldade, parecia estar com falta de ar. Eu estava assustado com essa situação, mas não iria embora. — V-você vai... Me matar
.. Pelo amor de Deus, Sehun.

Naquele momento parecia que levei um choque, então a pessoa por detrás disso era Sehun, mas por que ele forçou Jihyun me mandar embora, sendo que nunca fiz nada à ele. Deixei com que algo caísse no chão sem que eu percebesse, então o barulho do vaso de vidro caindo ao chão foi alto.

— Quem está aí? — A porta se abriu então fui empurrado para trás, caindo sobre os cacos de vidro. — JongIn?

Os fiascos de vidros entraram em minha mão, logo gotículas de sangue escorriam por ali. Meu olhar estavam sobre Sehun e Jihyun que se encontravam ao lado dele. Estava com uma certa raiva naquele momento, então tentei me acalmar para não acabar fazendo uma besteira.

— Por que você fez isso? — Digo suspirando alto, Sehun estende sua mão para mim se levantar, mas eu ignorei e me levantei sozinho.

— Do que você está falando? — Ele fez uma expressão de desentendimento e minha vontade era desentendimento dar um soco nele.

— Não se faça de desentendido, né. Pelo amor.. — Digo num tom sarcástico.

Jihyun estava encolhido no seu canto observando a cena com uma curiosidade no olhar, os machucados deles agora estavam mais notáveis, já que os roxos finalmente tomaram suas cores.

— Me desculpe.. Não fui eu... Foi.. — Ele parecia perdido, e por incrível que pareça parecia falar sério. Mas não podia me deixar levar por aparências.

— Ah, Sehun. Não tente me enganar, se não foi você foi quem? —  Revirei meus olhos. — Você mesmo se entregou.

Dentre as pessoas que me rodeiam ele era uma das que menos desconfiava, afinal Sehun que me ajudou arranjar aquele emprego. E cogitar a idéia de que foi ele que me fez perder também, não estava em minha mente.

— Você não sabe.. Você não entende.. Realmente me desculpe. — Ele simplesmente saiu dali sem dar explicações.

Estava ainda mais confuso, Jihyun parecia aliviado sem ter a presença dele ali. No momento queria apenas explicações, e espero que o senhor a minha frente tenha.

— Você pode me explicar o que foi tudo isso? — Digo num tom baixinho.

— Eu acho que quem deve te explicar tudo isso é ele. Não eu. — O mais velho disse suspirando alto. — Ele não está em um estado psicológico bom, você devia ajuda - lo, parece que depois que você apareceu ele ficou pior.

— Você está dizendo que a culpa é minha? — Revirei meus olhos e fiz uma careta.

— Não estou dizendo que a culpa é sua, pois ele já tinha isso bem antes de você aparecer. Mas você pode ajudá - lo. Ajudar o Sehun e não sua outra personalidade. — Kihyun se sentou na cadeira que ficava no caixa.

O que ele quis dizer com "sua outra personalidade"? Minha cabeça estava num imenso quebra-cabeça, parecia que nunca iria achar a pessoa certa e desvendar o desenho final.

— Eu irei ter que falar com ele de qualquer maneira.. Já vou indo. — Espera por ele dizer um "já que esta tudo entendido, pode voltar a trabalhar aqui." mas isso não foi feito.

Me perguntava como Sehun teve coragem de fazer aquilo com seu tio e até comigo. Tudo bem que não somos pessoas íntimas e nem temos uma grande amizade, mas mesmo assim.

KyungSoo tinha razão por não confiar em quase ninguém e talvez eu devia fazer o mesmo, confiar menos nas pessoas, já que sempre acredito nelas e no final sempre saio como errado da história.
KyungSoo... Nem mesmo nós estando distante, ele parava de consumir meus pensamentos. Chegava a ser algo cansativo, já que sempre algo parecia se associar a Soo.

Sai da loja, seguindo de volta rumo à minha casa, logo mais teria que arranjar outro lugar para ficar já que sem emprego, sem dinheiro do aluguel. Ou seja, me ferrei completamente.

Minha cabeça estava doendo e eu já não sabia o que fazer com ela normal, imagina dessa maneira. Foram muitas descobertas para apenas dois dias, não dava nem para acreditar.

Já estava em frente ao grande prédio, então adentrei rapidamente, já que o frio me consumia naquele momento. Não sabia se devia falar com SeHun, se ele fez bateu em seu próprio tio, quem dirá em mim.

Reviro meus olhos e resolvo encarar isso de uma vez, quanto mais rápido acabar com isso seria melhor. Solto um suspiro e neste momento já estava em frente ao apartamento dele, minhas mãos trêmulas deram três toques na porta. Pelo visto ele não estava em casa, já que a porta não se abriu.

— Sehun.. — Falei num tom audível para caso ele não ter escutado meus toques na porta ouvir minha voz.

Continuei ali a esperar, mas nada aconteceu. Amanhã voltaria para - tentar - falar com ele, esperava que ele não ficasse me evitando, já que eu não só necessitava como também queria respostas, pelo o que ele fez.

Bufei baixinho e dei de costas, quando estava prestes a sair andando escutei o barulho de uma porta se abrir e uma mão estava em meu pulso, me puxando devagar.

— Eu pensei que você não estivesse em casa. — Disse me soltando de Sehun e o encarando.

— Eu queria não estar. — Ele diz num tom de sussurro. — Mas..

— Mas você não pode fugir de seus problemas. — Falei sendo direto. — Eu não vou tomar seu tempo, eu só quero saber o por que.

— Não foi algo que EU pude controlar. Ele está tomando posse mim. — Sehun indicou para que eu me sentasse no sofá e assim fiz.

— Ele quem? — Perguntei confuso. Não estava entendo nada do que ele fala, parecia que estava tratando de outras pessoas no assunto.

— O meu outro eu, o meu lado "obscuro", eu não sei como controlar nada disso. — Sehun puxava seu cabelo com força então coloquei minhas mãos sobre a dele para que o mesmo parasse de fazer isso.

— Sehun.. Não existe "outro eu". — Digo suspirando alto, por mais que eu quisesse sentir uma imensa raiva dele eu não conseguia.

— Quando você tem duas personalidades existe, quando você tem problemas com tudo isso existe. — Sehun direcionou seu olhar para minha mão, em seguida para meu olhar.

— Eu realmente não sabia... — Eu não esperava essa notícia, não fazia a mínima idéia de que ele tinha problemas com dupla personalidade, afinal ele sempre parecia tão firme e não ter nada disso.

— Na realidade quase ninguém sabe. E algo que eu prefiro manter isso só comigo mesmo. — Sehun parecia tão imponente e sem defesas alguma.

— Você já procurou por ajuda? Deve ter algum tratamento para isso. — Passo minha língua ao redor de meus lábios que estavam um tanto secos.

— Cara, isso não tem jeito e eu vou ter que conviver com esse problema para sempre. A não ser que eu morra de uma vez, assim ninguém vai sair machucado, como Jihyun. — Ele solta minhas mãos e se levanta ficando andando de um lado para o outro. — Sabe, naquela noite Hun, era assim que minha família chamava a minha outra personalidade.

Ele deu uma pausa em sua fala, sua respiração estava ofegante pois estava falando tudo rápido demais e eu apenas esperava por ele continuar a dizer.

— Na noite em que eu forcei JiHyun te mandar embora, eu agredi tanto ele, pois ele disse que não iria fazer isso já que você não faz nada e nem de motivos, mas eu estava com tanta raiva porque "eu" te vi com aquele garoto em uma noite e fiquei com um imenso ciúmes, queria apenas me vingar e esse foi o único jeito. — Meu olhar seguia cada passo dele atento, já estava ficando zonzo pois ele ia para frente e depois voltava para trás.

— Não tem motivos para sentir ciúmes disso. Até também porque não temos nada e você não gosta de mim certo? — Falei franzindo meu cenho.

"Não temos nada."

De alguma maneira essa frase fez com que eu sentisse uma sensação estranha dentro de mim, mas não havia nada demais nela, afinal era a verdade. Tinha certeza de que ele estava falando de Soo, e mesmo nós dois já termos trocados carícias, isso não devia significar muito coisa, pelo menos eu acho.

— Eu realmente não sei o porque de ter ficado tão obcecado em você. Talvez eu tenha confundido muitas coisas e criei alusões em minha mente. Mas se tem uma coisa que eu sei que não é uma alusão é sobre vocês dois, é bem notável que tem algo ali. Mesmo você não admitindo. — Ele finalmente parou de andar aleatoriamente e ficou parado a minha frente.

Ele não tinha razão no que falava, certo? Hoje em dia ninguém mais se importa com relacionamentos, nem mesmo depois de uma noite cheia de ternura e êxtase. Comigo e Soo era dessa maneira, pelo menos não parecia ser algo mais que isso. Mas ao final das contas isso pode mudar.

— Confundimos essas coisas sequentememte, talvez você só tenha ficado com raiva momentânea. — Digo dando de ombros. — Eu realmente gostaria de ter sua amizade.

— Eu realmente gostaria de ter mais que sua amizade... — Ele arfa num tom baixinho e quase inaudível. — Mas eu aceito ser seu amigo.

— Okay. — Estendo minha mão para ele. — Amigos então.

— Amigos.

Ele aperta minha mão e ficamos nisso por alguns segundos, minutos depois desfaço nosso toque e me levanto.

Agora sim as coisas entre nós dois iriam se iniciar da maneira certa, pelo menos eu esperava. Pretendia ajudar Sehun com esse problemas, mas antes disso precisava ajudar a mim mesmo.

— Vou indo agora, Sehun, até amanhã. — Falei enquanto tinha um pequeno sorriso em meu rosto.

— Até amanhã, Kai. — Ele acena com sua mão e eu vou rumo a porta. — Obrigado.

— Pelo o que? — Digo franzindo o cenho e apoiando minha mão na maçaneta sem fazer peso na mesma.

— Por confiar em mim. — Ele diz com uma certa animação e eu solto uma risada baixinha.

— Bem, acho que confiar é uma palavra muito forte por agora. — Coloco uma de minhas mãos no bolso. — Até, Sehun.

— Até...

Fecho a porta então solto um suspiro aliviado. Talvez agora as coisas começassem a fazer sentido - finalmente -, KyungSoo tinha razão em dizer que talvez não bons, mas de qualquer maneira acreditar em um talvez e melhor do que não ter nenhuma esperança.

Caminhei até meu apartamento, talvez agora finalmente teria uma noite de descanso, me jogo na cama sem pensar duas vezes em fechar meus olhos e me entregar o sono que me consumia.

Estava prestes a dormir quando escuto um "bip" de meu celular, levo minhas mãos até a tela, e fecho meus olhos brevemente já que não estava acostumado com a luz que vinha dali no momento.

Número Desconhecido: Belos olhos azuis, seria uma pena se eu tivesse que arranca - los.

Número Desconhecido: Belos olhos negros, bem esse não seria uma pena arrancar.

Número Desconhecido: Eles estão comigo, mas na realidade eu queria que fosse você ao meu lado.


Notas Finais


Está próximo para vocês descobrirem quem manda as mensagens...

NÃO DESISTAM DE MIM

Kisses ❤


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