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História Toy 》 KaiSoo - Confession


Escrita por: whyminseokii

Notas do Autor


Demorei mais cheguei.

Sem mais enrolações
Boa leitura 💙

Capítulo 19 - Confession


Kai pov

— EU NÃO ACREDITO QUE É VOCÊ!!! — Sentia algumas lágrimas em meu rosto, e o medo me possuir, bem mais do que nas vezes anteriores.

— Eu avisei que acabaria com sua vida. — Ele cuspiu suas palavras sobre mim.

De todas as pessoas que me cercam ele era a que eu menos desconfiava, afinal sempre achei que tivesse me livrado dele. Não sabia o motivo de estar agitado e chorando daquela maneira, talvez só pelo fato dele ter arruinado minha vida durante muitos anos, achei que quando tivesse fugido de lá finalmente teria paz, mas isso só piorou, e o estados dos garotos a minha frente só comprovava isso. Estava preocupado com os dois claro, mas KyungSoo estava ainda mais, já que pelo visto esse psicopata que a horas atrás chamava de anônimo resolveu bater nele mais do que os outros. Ambos estavam desacordados, tinha medo de que ficassem desacordados para sempre, mas faria de tudo para isso não acontecer.

Eu queria esmurrar este ser nojento em minha frente, se brincar até matá-lo, porém não iria cair nesse jogo sujo que ele tanto queria.  Jun-seo, meu padrasto, sempre foi a pessoa que eu mais odiei em minha vida e agora tinha certeza que isso só iria aumentar. Talvez naquela noite em que fugi devia ter fincado o vidro no coração dele.

— Ah, meu querido Kai. Não chore, veja pelo lado bom, seu amigo e seu namoradinho ainda estão vivo. — Ele solta uma risada e eu me estremeço com isso, aqueles ecos em minha cabeça só crescia, ecos das noites em que ele me obrigava a fazer coisas que eu não queria. — Mas como eu disse AINDA.

Ele se aproximou de mim, Jun-seo girava uma arma na ponta de seus dedos, aquilo só o deixava ainda mais horripilante, seu olhar transmitia ódio e desejo, seus lábios se moviam em um tom horrendo e seus mãos agora me tocavam, como naquelas noites.

— ME SOLTA! — Gritei e o empurrei com força. — Você não percebe que eu te odeio? Você não cansa de estragar minha vida?

Jun-seo soltou uma gargalhada alta que ficou ecoando naquele ambiente, eu mantinha meu olhar entre ele e os gêmeos. Eu sei que devia agir com cautela para ele não causar nada aos dois irmãos, mas eu sentia tanto rancor naquele momento que era incapaz de segurar as palavras entaladas em minha garganta.

— Não me canso, estragar vidas é algo que eu faço muito bem. Não é à toa que irei destruir três vidas nessa noite. — Ele estalava sua língua no topo de sua boca, fazendo barulhos irritantes, como ele.

— Não é à toa que minha mãe nunca gostou de você, talvez ela ter morrido fosse o melhor mesmo, assim não teria que te aguentar e sofrer nas suas mãos. — Jogo as palavras contra ele, a sua expressão agora era pior do que as anteriores. As minhas palavras machucaram ele,  assim como ele me machucava todas as noites.

Flashback on

— Por favor me solta. — Eu sentia as lágrimas molharem meu rosto, aquele corpo suado e nojento estava por cima de mim, naquele momento de nada valiam minhas lágrimas.

— Cala a sua boca, JongIn. — Jun-seo disse com aquele bafo horrível de cerveja barata. Essa era apenas uma noite, das muitas que ele se aproveitava de mim. Não era como se eu tivesse acostumado com isso, mas eu apenas queria acabar logo com essa situação.

Para um garoto de 11 anos aquela situação era horrenda e todo o medo preenchia meu corpo, a cada dia tinha medo de que algo pior chegasse a acontecer. Chegava até a pedir que o pior acontecesse, afinal sofrer abusos todas as noites não é algo nada bom, estava cansado dessa situação toda.

Os ruídos da cama ecoavam pelo quarto e aqueles lábios nojentos tocavam meu pescoço me marcando, mas essas marcas não eram as piores, as que ficavam em minha mente sim.

Havia gotas de sangue sujando o lençol, havia gosto de cerveja em meus lábios e havia um grande ódio crescendo em meu coração.

Tinha saudade de mamãe aqui para me proteger, e de papai para proteger ela, mas os dois se foram e minha família não queria nem saber de mim, pelo menos não mais.

Amanhã temos a segunda dose. — Aquela mão tocou meu rosto limpando minhas lágrimas e depois Jun-seo deixou meu quarto.

Me encolhi em minha cama e fechei meus olhos, abraçava minhas próprias pernas, e tentava relembrar algum momento bom de minha vida, apenas para apagar está noite horrível que tive, porém nada disso acontecia.

Eu podia parecer forte, ter um sorriso em meus lábios, mas na verdade estou tão sozinho.
Pode até parecer que eu não tinha nenhuma preocupação, mas na verdade eu tinha muito a dizer.

Flashback off

— Cala sua boca garoto! — Ele apontou a arma em minha direção, meu coração se acelerou e eu pensei que naquele momento iria morrer. — Talvez tenha sido o melhor mesmo, depois que ela se foi aproveitei muitas noites ao seu lado. Ela não sofreu em minhas mãos, mas você.

Ele se sentia convencido com tudo isso, e eu apenas me sentia sem amparo, como sempre foi. De repente escuto um barulho ecoar e logo vejo que KyungSoo acordava, ele tentava se mexer, porém sua mão estava presa na cadeira em que sentava.

— O que você está fazendo aqui? Foi você que planejou tudo isso? — Ele olhava com raiva em minha direção. Não era possível que ele achasse isso de mim.

— Você está louco?! Tanto eu como você somos vítimas desse maníaco. — Aponto para Jun-seo que assistia tudo muito curioso.

— Assim você me ofende, Kai. — Ele ri sarcástico. — Aproveitem que essa é a última briga de vocês.

KyungSoo estava confuso e eu no lugar dele estaria da mesma maneira, pensei em ir até ele, mas não o fiz.

— Quem é ele, JongIn? — Soo mantinha seus olhos fechados, era notável um certo medo vindo dele.

— Lembra quando te falei sobre meu padrasto? — Disse e ele assentiu. — Então, é ele.

— Quer dizer que você falava de mim? —  Agora Jun-seo tirou um canivete de seu bolso e passava a lâmina na ponta de seus dedos.

— Vamos acabar logo com tudo isso? — Falei rapidamente. — Você não me trouxe até aqui para ficar conversando, certo?

— Óbvio que não, te trouxe para ver algo de camarote. A morte dos Kyung. — Ele ria e Soo arregalou seus olhos.

— O que aconteceu? — Uma outra voz se fez presente e logo todos se viraram para KyungLee.

— Os dois irmãos acordados, ah não.. —
 Jun-seo passou seu dedo indicador nos lábios. — Quem se voluntária a morrer primeiro?

— Kai? Soo? — KyungLee ainda estava confuso com tudo isso, eu não estaria diferente na situação dele.

— Você não está vendo que estamos prestes a morrer, que droga, KyungLee! — Soo se pronunciou irritado e resmungou baixinho ao sentir seus braços serem amarrados com mais força por Jun-seo.

— Sendo assim você podia me tratar ao menos uma vez na vida com decência, não acha? — O de olhos azuis falou, ele parecia muito tenso

— Já esqueceu que não gostamos um do outro?  Já esqueceu o motivo por qual você me odeia? — Eles discutiam como se não houvesse ninguém ali.

— Isso não vou esquecer nunca, mas não quer dizer que eu não possa te perdoar. — Lee suspirou pesado e Soo revirou seus olhos. Jun-seo estava calado e eu não sabia se isso era algo bom ou ruim. Suponho que seja a última opção.

— Eu não quero que você me perdoe apenas porque está prestes a morrer, até posso querer seu perdão se ele fosse sincero. — KyungSoo deu de ombros.

— Comovente a história de vocês dois, mas chega disso. — Jun-seo sorria mostrando seus dentes amarelos.

— Jun-seo, eu tenho uma proposta. — Finalmente falei após minutos que estava em silêncio.

Ele abriu um olhar curioso, assim como os outros dois ali presente. Eu não sabia que isso era o correto a fazer, mas era preciso. Mesmo que isso arruinaria todo o resto de minha vida.

— Ande, diga logo. — Ele procurava por algo em seu bolso.

— Você deixa eles partirem e eu fico com você, ao seu lado. A final era isso o que você queria, não? — Suponho rapidamente.

— Você está louco, Kai ! — KyungSoo praticamente gritou. — Não pode fazer isso.

Não entendi a tamanha preocupação dele, mas de qualquer maneira aquilo me encorajou.

— Oferta tentadora, eu aceito. — Jun-seo sorria vitorioso.

— Kai, não estrague sua vida. — KyungLee falou, ele estava muito estranho. Não sabia ao certo dizer aonde, mas seu jeito estava modificado.

— Lee, minha vida já está estragada a muito tempo. — Falei sendo sincero, fechei meus olhos e passei minhas mãos sobre meu cabelo. — Jun-seo, eu quero falar com os dois a sós, uma última vez, ao menos isso.

— Você não acha que está querendo demais? — Ele disse com um cigarro no canto de seus lábios.

— Depois de hoje não verei mais eles, e o mínimo que você pode fazer. — Ele dá de ombros. — Mas eu quero falar com um de cada vez.

— Okay, quer falar com quem primeiro? — Apontei para KyungLee, o certo seria escolher KyungSoo, mas tinha muito mais a falar para ele do que para Lee, sendo assim deixaria por último.

Jun-seo solta o braço de Soo rapidamente, apenas para que ele saisse com o mesmo dali, minutos depois ele prende novamente e sai pela porta junto com Soo. Agora estava apenas com KyungLee.

— KyungLee.. Eu sei que você deve estar achando tudo isso estranho,  eu não queria te envolver em nada disso. Mas não fui eu que fiz essa escolha. Me perdoe. — Disse enquanto estava em frente a ele. O mesmo mantinha seus olhos azuis fixados no meu.

— Eu já estava envolvido nisso de qualquer maneira. — Ele diz e eu solto um pequeno riso. — Você não tem que pedir perdão por nada.

— Você sabe que não é bem assim. — Falei abaixando minha cabeça. — Eu só queira dizer que amei ter sua amizade, mesmo nos conhecendo pouco. Só queria te pedir que não culpe Soo pela morte de sua mãe, ele não estava em sua consciência naquela noite.

— Eu queria muito mais que sua amizade, você sabe disso, mas Soo foi mais ágil que eu. — Lee falou num tom de suspiro. — Eu não sabia que ele te contou sobre aquela noite, mas foi ele que apertou o gatilho, ele que estava naquela sala aquela noite.

— A culpa é do destino que nós em situações difícil. Olha aonde eu estou agora.

Logo a porta se abriu e Jun-seo entrou com KyungSoo, ele deixou o mesmo ali parado e foi até Lee desamarando o mesmo, percebi que ele falou algo no ouvido do mesmo, provavelmente alguma ameaça.

— Ande logo vocês dois. — Jun-seo saiu na campainha de Lee.

Dessa vez os nossos olhos se encontraram como sempre fazia, porém demonstrava muito mais do que das últimas vezes, era como se nossos olhares pudessem transmitir tudo que sentíamos naquele instante.

Era um silêncio, porém não era desconfortável. Não sabia como me despedir dele e não sabia principalmente se queria me despedir dele.

— Você não pode fazer isso, Kai. — Soo quebrou o silêncio que nos rodeava. — Você não pode entregar sua vida nas mãos dele e deixar tudo se destruir de novo.

— Eu não posso deixar ele acabar com sua vida, nem com a de KyungLee, você não entende? — Disse em um tom baixinho. Meu coração estava acelerado naquele momento.

— Você não pode deixar ele acabar com nossa vida, mas acabar com sua vida pode? Isso está muito errado. — Ele se aproximou um pouquinho.

— Não tem errado e certo nisso tudo, Soo. — Falei abrindo um pequeno sorriso para ele. Queria transmitir confiança para ele, mas isso não estava adiantando muito.

— Eu não quero perder você, eu não quero que nossa história se acabe aqui. — KyungSoo disse e em seguida soltou um suspiro aliviado como se tivesse tirado um peso de suas costas.

A nossa história acabou, quando nem sequer teve um começo. — Digo sincero. Eu sentia minhas mãos ainda mais trêmulas a cada segundo.

— Vamos começar ela então. Vamos iniciar nossa história. — Ele não sabia o que estava falando e principalmente o efeito que essas palavras tinha sobre mim.

Naquele momento tinha certeza que tudo que sentia dentro de mim sobre Soo não era algo simples, isso tinha nome era sobrenome. Paixão. Eu me apeguei a pequenas coisas sobre ele, mesmo não admitindo isso em voz alta. Eu gostava da maneira que ele sorria, era frissurado em seu olhar e amava seus toques. Aquilo tudo era muito confuso para mim, não sabia se ele sentia isso que eu sentia, mas pela suas palavras podia-se dizer que sim.

— Não podemos fazer isso, não podemos ficar juntos. Agora você vai seguir sua vida e espero que você já feliz, eu segurei a minha mesmo ela sendo infeliz ao lado de Jun-seo. Só quero que saiba que eu realmente gosto muito de você, eu poderia dizer que talvez eu te ame. Mas eu não vou dizer isso porque não é um talvez e sim uma certeza.

Respirava ofegante por ter dito tudo rápido demais, mas agora me sentia bem melhor por ter dito essas coisas a ele, pelo menos iria embora com algo à menos sobre mim. Eu sabia que dizer um "eu te amo" para alguém é algo sério, mas eu realmente havia me apegado de uma maneira incrível a ele, cada dia parecia necessitado de vê-lo e sentir os toques do mesmo. Passei dias pensando sobre isso, mas somente quando estava prestes a perder o mesmo pude notar isso.

Minhas nãos estavam trêmulas e meu coração fraquejava instantaneamente, talvez por medo de tudo isso ou por ser renegado neste último dia que estarei junto a ele.

— Eu não sei dizer essas coisas embaraçosas, muito menos expressar meus sentimentos, mas eu posso dizer que sinto algo muito forte por você, eu não sei bem dizer, já que tudo isso é muito novo para mim. — Ele deu uma pausa em sua fala e voltou em seguida. — Eu não quero ser alguém na sua vida passageiro como uma garoa, eu quero ser como uma chuva e marcar minha existência em você. Eu não irei te deixar agora, não irei fazer besteira como nos últimos anos. Vamos tentar fugir daqui e então finalmente escrever nossa história.

Ele sorria perfeitamente, vendo assim nem diria que estávamos nessa situação toda. Me aproximei dele rapidamente e não disse nada,  apenas selei nossos lábios calmamente, aquele beijo estava mais para uma despedida. Ele tentava se mexer mas suas mãos ainda estavam presas, nossas línguas se moviam lentamente como se dançasse uma melodia calma. Aos poucos o ar foi fazendo falta sendo assim nos afastamos.

Deixei minhas mãos sobre a corda e tentei desatar o nó que havia ali, rapidamente desfiz e ele suspirou aliviado, seu pulso estava vermelho e havia cortes por conta da corda ali.

 — Eu tive uma idéia. — Ele disse em um tom baixinho para que Jun-seo não escutasse. — Quando seu padrasto entrar aqui, pela última vez, eu vou dar um golpe no mesmo, e você pega a arma do mesmo, se tiver que atirar assim seja, logo em seguida nos três vamos embora e chamamos a polícia, ela não pode nos prender afinal vai ser por pura defesa.

Não podia negar que a idéia era tentadora, porém um tanto perigosa, Jun-seo não era burro, e sabia se isso desse errado, nossas vidas estariam em risco e dessa vez ele não aceitaria nenhum acordo.

— Você sabe que isso é muito perigoso né? Qualquer erro pode ser fatal. — Falei baixinho. O receio era notável em minha voz.

— Vamos tentar, por favor. — Ele fez um bico. Até estranhei KyungSoo fazer isso.

— Nya!! Okay. — Digo suspirando derrotado. Minhas mãos se encontravam trêmulas então tentei me acalmar.

— Vai dar tudo... — Ele parou de falar pois a porta se abriu e logo Jun-seo e Lee entraram na sala, os dois estavam sujos de sangue, provavelmente Jun-seo havia batido em KyungLee, porém este não tinha indício de machucado "fresco" o que foi estranho.

— Acabou o tempo. — Jun-seo disse rindo alto sem nenhum motivo.

KyungSoo me lançou um olhar e eu já sabia o que isso significava, rapidamente ele deu um golpe sobre o pescoço de Jun-seo fazendo com que assim ele ficasse zonzo e sem saber o que fazer, rapidamente peguei a arma que caiu no chão, não sabia como segurar aquilo muito menos como usar. Mas faria qualquer coisa em momento de desespero. Jun-seo de repente pegou um canivete em seu bolso e fincou no braço de Kyungsoo, o mesmo soltou um gemido de dor, eu não sabia o que fazer, até que Jun-seo resolveu me atacar com o mesmo golpe que deu em Soo, porém ele vinha em direção ao meu pescoço. Eu apertei o gatilho da arma rapidamente e então o barulho de disparo ecoou naquela imensa sala, o corpo dele caiu ao chão e o mesmo sangrava muito. Eu acabei por começar a chorar, mesmo não gostando dele, mesmo o odiando, não queria mata-lo.  Olhei para os lados e KyungLee não estava mais ali. Apenas eu e Soo estávamos.

Jun-seo se contorcia no chão e soltava grunhidos de dor, eu nao estava sentindo pena dele, muito pelo contrário, achava que ele merecia seu troco, não a morte, mas seu troco.

— Vamos embora. — KyungSoo disse e saiu correndo rumo a porta, suas mãos me puxavam para ir junto a ele.

De repente KyungSoo andou para trás e eu não havia entendido o porque, até que vi KyungLee a nossa frente, ele apontava uma arma para Soo, para a testa dele. Mas que raios estava acontecendo?

— Vocês não vão a lugar algum. — Ele tinha um sorriso assustador nos lábios, um sorriso parecido com o de Jun-seo.

— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? — Gritei irritado e um tanto assustado, ele só podia estar brincando.

— Vocês acharam mesmo que eu estava sozinho nessa? Mas são tolos mesmo, são um casal perfeito. KyungLee na verdade é o garoto das mensagens, eu apenas sou um aliado a ele. — Jun-seo dizia com sua voz falha.

— Você sempre achou que eu era o irmão bonzinho né?  Estava muito enganado, pois eu sou pior que você. Você matou nossos pais e agora terá o mesmo destino que eles. — KyungLee disse e passava sua língua ao redor de seus lábios. — Ah Kai, você podia ter me escolhido, mas não. Resolveu fica com a pessoa errada.

— A única pessoa errada aqui é você. — Disse rapidamente e recebi um tapa forte em meu rosto. A região logo começou a se esquentar.

— NÃO TOQUE NELE. — KyungSoo empurrou seu irmão, Lee em um ato rápido puxou a arma de minha mão. Agora tudo estava pior por completo.

— Vamos esclarecer algumas coisas né irmãozinho, já que é sua último dia de vida. — KyungLee disse e Soo se afastou dele andando para trás.

— Você é louco ou o que? — Falei irritado.

— Eu já disse várias vezes na mensagem que sou louco por você. — Ele girava a arma na ponta de seus dedos, parecia ter facilidade com isso.

— Mas que droga de mensagens são essas? — Soo disse, sua voz fraquejava momentaneamente.

— Ele não te disse?  Vamos lá então, eu mandava mensagens para seu e meu querido Kai. Ameaças e até algumas provas de meu amor, foi então que eu vi que mandar coisas românticas não adiantaria nada quando você se encontra no meu caminho. — KyungLee parecia estar orgulhoso de si mesmo. — Você sempre roubou o que era para ser meu, você sempre roubou minha felicidade e destruiu minha vida. Esta na hora de pagar com a mesma moeda. Eu fiquei dias observando vocês dois, podia parecer uma obsessão, talvez de fato fosse. Foi ai que eu encontrei Jun-seo, na realidade eu invadi a casa de Kai, não deixei sequer um rastro ali para que ele percebesse, notei algumas coisas e acabei me afundando. Foi então que Jun-seo apareceu. Ele apenas queria Kai, assim como eu, e bem Jun-seo? — Ele disse e se aproximou do corpo de Jun-seo jogado ao chão, o mesmo ainda respirava, porém estava quase parando.

— O-o que? — A voz dele já não tinha forças.

— Você foi um imenso idiota por estar comigo nessa, achar que no final de tudo isso eu iria te deixar com Kai só podia ser uma brincadeira né. JongIn nunca vai ser seu, e obrigado por entregar ele em minhas mãos. Essas são as últimas palavras que você vai ouvir. — Foi então que ele apertou o gatilho de sua arma e atirou exatamente na testa de Jun-seo.

Fechei meus olhos com força tentando evitar toda aquela cena, mas com certeza tudo isso se agravaria em minha mente. Eu não esperava isso de KyungLee e creio que Soo também não, pois o mesmo parecia tão chocado quanto eu. Ele estava sendo mais psicopata que Jun-seo.

— Aquele garoto legal e gentil não existia, o KyungLee bonzinho morreu a muito tempo, morreu naquela bela noite vendo você matar nossos pais, desde então eu só queria vingança e agora o momento para tudo isso chegou. — Ele apontou sua arma para Soo, os dois estavam a poucos metros de distância.

Eu sentia algumas lágrimas descer por meu rosto, estava impotente naquele momento e já sabia que não adiantaria fazer nada.

— Lee, você não é assim. Você está fora de si. — Ergui minhas mãos para o alto quando ele apontou sua arma para mim.

— Eu sou assim, JongIn, eu nunca mais serei o mesmo. Mas agora seremos felizes. — Uma pequena lágrima escorreu pelo olho dele, porém o mesmo tentou disfarçar isso. Agora ele carregava sua arma, sua mão apertava lentamente o gatilho e estava prestes a soltar o disparo, porém não era em mim e sim em KyungSoo.

Todas as esperanças que haviam dentro de mim se acabavam naquele momento, não podia deixar ele matar Soo, e faria qualquer coisa para isso não acontecer. E foi exatamente o que eu fiz, assim que o barulho ecoou pela sala, assim que o disparo foi feito eu entrei na frente, sentia que algo ultrapassou as barreiras de meu peito, a bala ultrapassou meu peito.

Meu corpo agora foi direto ao chão, minha respiração estava cada vez mais falha, assim como a de Jun-seo a minutos atrás, nós dois tivemos o mesmo destino e tudo iria se acabar por aqui. Sentia lágrimas fortes escapar pelos cantos de meus olhos, o chão estava ensanguentado e logo senti duas mãos sobre mim.

— O QUE VOCÊ FEZ KYUNGLEE? — Soo gritava e pegou em minhas mãos em seguida. Seus dedos se entrelaçaram nos meus brevemente. — Kai, não desista, por favor.

Meus olhos estavam prestes a se fechar para dormir, um sono profundo onde não acordaria nunca mais, a morte me puxava pelas pontas de meus pés. Minha visão falha permitia ver KyungLee chorando e com as mãos trêmulas. Ele parecia incrédulo com tudo isso. De repente barulhos de sirenes ecoaram por todo o ambiente, e logo barulhos e sussurros podiam ser ouvidos. Então vários políciais entraram na sala, suas armas apontava para cada um dos gêmeos. Um beijo foi depositado no topo de minhas testas para me encorajar, mas isso de nada adiantava quando sua sentença era a morte. KyungLee apontou sua arma para um dos policiais que logo não pensou duas vezes e deu um tiro de borracha no ombro do mesmo, o garoto caiu ao chão e então um outro policial pegou os dois braços do garoto o prendendo.

Eu não tinha forças para continuar ali, a cada instante perdia mais sangue e junto ao sangue todas as esperanças que tive um dia.

— Você não precisa nos explicar nada, as imagens da câmera farão isso, agora vamos levar ele para um hospital, já o outro para um necrotério. — Uma policial disse e então meus olhos finalmente se fecharam.

(...)

"Pi...pi...pi"

Abri meus olhos e logo fechei novamente, aquela claridade toda estava me incomodando, aquele som da máquina de batimentos não me traziam lembranças boas, não sabia quantas horas estava no hospital deste que sai daquele pesadelo. Solto um suspiro pesado e então tento me acostumar com a luz que vinha da janela, minha cabeça estava doendo muito e o local que havia levado um tiro parecia doer mais ainda. Provavelmente demoraria para se cicatrizar por inteiro. Tentei tirar o soro de meu braço para levantar mas não estava conseguindo, bufe baixinho e voltei a me deitar. A porta se abriu e KyungSoo entrou, ele tinha uma expressão cansada e olheiras profundas tomavam seu rosto, parecia que não dormia a muito tempo. Ele de repente abriu um sorriso e correu em minha direção, nem parecia aquele KyungSoo totalmente rígido.

— Jongin! — Ele exclamou e seus braços de uma maneira calma me envolveram em um abraço. Me sentia confortável daquela maneira, era como se estivesse esperando isso a muito tempo.

— Aish!  Não me aperta muito. — Falei rindo e ele soltou um riso em seguida. Parecia que agora as coisas finalmente se aceitariam. — Soo eu quero ir embora.

— Provavelmente vão fazer algum último exame em você para saber se já pode ir embora. — Kyung disse enquanto desfazia o abraço.

— Mas eu já estou ótimo para quem ficou apenas um dia aqui. — Falei com uma expressão vitoriosa afinal havia me recuperado rápido.

— Você não ficou apenas um dia aqui, Kai. Você ficou um mês.


Notas Finais


É e isso..

Espero que tenham gostado sz

Kisses ❤


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